segunda-feira, 8 de junho de 2009

Para que criar fantasmas?


A Secom adota hoje o princípio da mídia técnica: a participação na publicidade é proporcional à circulação ou à audiência

NA ÚLTIMA semana, alguns colunistas e políticos da oposição abriram baterias contra a regionalização da publicidade do governo federal. Não gostaram de saber que os anúncios da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), até 2003 concentrados em apenas 499 veículos e 182 municípios, em 2008 alcançaram 5.297 órgãos de comunicação em 1.149 municípios -um aumento da ordem de 961%. Por incrível que pareça, conseguiram enxergar nesse saudável processo de desconcentração um ardiloso mecanismo de corrupção dos jornais e rádios do interior. Essa seria a explicação para as altas taxas de avaliação positiva do presidente Lula, registrada pelos institutos de opinião.

O raciocínio não tem pé nem cabeça. Vamos aos fatos.

As verbas publicitárias de todos os órgãos ligados ao governo federal permaneceram no mesmo patamar do governo anterior, em torno de R$ 1 bilhão ao ano. Desse total, 70% são investidos por empresas estatais, que não fazem publicidade do governo, mas de seus produtos e serviços, para competir com companhias privadas.

Além disso, os ministérios e autarquias, que respondem por 20% da verba publicitária federal, não podem fazer propaganda institucional, só campanhas de utilidade pública (vacinação, educação de trânsito, direitos humanos etc.). Apenas a Secom está autorizada a fazer publicidade institucional. Para esse fim, seu orçamento é igual ao do governo anterior (cerca de R$ 105 milhões).

Não houve aumento de verbas. O que mudou foi a política. Em vez de concentrar anúncios num punhado de jornais, rádios e televisões, a publicidade do governo federal alcança agora o maior número possível de veículos. Pelo mesmo custo, está falando melhor e mais diretamente com mais brasileiros. Acompanhando a diversificação que está ocorrendo nos meios de comunicação.

A circulação dos jornais tradicionais do eixo Rio-São Paulo-Brasília, por exemplo, está estagnada há mais de cinco anos, próxima dos 900 mil exemplares. No mesmo período, conforme o Instituto Verificador de Circulação, os jornais das outras capitais cresceram 41%, chegando a 1.630.883 exemplares em abril. As vendas dos jornais do interior subiram mais ainda: 61,7% (552.380). No caso dos jornais populares, a alta foi espetacular, de 121,4% (1.189.090 exemplares).

Por que deveríamos fechar os olhos para essas transformações? A Secom adota hoje o princípio da mídia técnica: a participação dos órgãos de comunicação na publicidade é proporcional à sua circulação ou audiência. Houve época em que eram comuns distorções, às vezes bastante acentuadas, a favor dos grupos mais fortes. Isso acabou.

Esses critérios técnicos, amplamente discutidos com o TCU e entidades do setor, têm favorecido a democratização, a transparência e a eficiência nos investimentos de publicidade do governo federal. Não há privilégios nem perseguições. Tampouco zonas de sombra. Muito menos compra de consciências.

É importante ressaltar ainda que a comunicação do governo não se dá principalmente pela publicidade. Esta apenas presta conta das ações mais importantes e consolida algumas ideias-força. O governo comunica-se com a sociedade basicamente por meio da imprensa, respondendo a perguntas, críticas e inquietações.

Para ter uma ideia, em 2008 o presidente Lula deu 182 entrevistas à imprensa, respondendo, em média, a 4,8 perguntas por dia, incluindo fins de semana e feriados. É pouco provável que exista um chefe de governo no mundo que tenha conversado tanto com a imprensa quanto o nosso. Atendendo a todo tipo de imprensa, pois não existe no Brasil só a imprensa do eixo Rio-São Paulo-Brasília. São várias, com percepções e interesses diferentes. Cada uma fazendo o jornalismo que lhe parece mais apropriado e se dirigindo ao público que conseguiu conquistar.

Exemplo: quando Lula lançou em São Paulo o atendimento em 30 minutos aos pedidos de aposentadoria no INSS, os grandes jornais não destacaram o fato. Mas o tema foi manchete de quase todos os jornais populares e diários das demais capitais. O que para uns foi nota de pé de página, para outros foi a notícia do dia.

Por tudo isso, temos que ficar atentos às mudanças na forma como os brasileiros se informam. O crescimento da internet é um fenômeno que abre extraordinárias possibilidades e lança imensos desafios. Não podemos fechar os olhos para a realidade: os jovens, cada vez mais, buscam informações nos portais, nos blogs e nas redes sociais da internet.

Por último, não se sustenta o raciocínio de que as altas taxas de aprovação do governo Lula teriam a ver com um arrastão de compra de jornais e rádios no interior. Basta recorrer ao último Datafolha, que atribui 67% de ótimo e bom para o governo federal nas regiões metropolitanas e 71% no interior. A diferença está situada dentro da margem de erro da pesquisa. Os números são praticamente os mesmos. O resto é preconceito.

O mais provável é que as altas taxas de aprovação do governo tenham uma explicação bem mais simples: a maioria da população está satisfeita com seu trabalho. É legítimo que aqueles que não concordam com tal percepção recorram à luta política para mudá-la. O debate faz parte da democracia. E faz bem a ela. Mas é necessário criar fantasmas?

FRANKLIN MARTINS, jornalista, é ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

PSOL tenta derrubar ''mordaça'' a servidor


O PSOL encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma arguição de descumprimento de preceito fundamental para suspender a eficácia de dispositivos da Lei 10.261/68, do Estado de São Paulo, e da Lei 8.989/78, da capital paulista, alegando afronta a direito de liberdade de expressão, opinião e manifestação. De acordo com o partido, as leis representam uma "mordaça" que coíbe e pune manifestações de servidores públicos.

Domingo, 7 de Junho de 2009

Cota da Petrobrás na Globo para Fórmula-1 é R$ 53 milhões, sem licitação

A Petrobrás comprou uma das 5 cotas de patrocínio para transmissão das corridas de Fórmula-1 nesta temporada de 2009, como já fez nos anos anteriores.


O valor de cada cota (anual) foi de R$ 53 milhões.

Banco Real, Renault, Nova Schin e Mastercard ficaram com as outras 4 cotas, de mesmo valor, totalizando R$ 265 milhões.

A Globo detém os direitos exclusivos de transmissão para o Brasil, por isso o contrato, com certeza, foi feito sem licitação, uma vez que não existe possibilidade de haver concorrentes.

A Petrobrás disputa mercado na distribuição de combustíveis e derivados como o Lubrax, o que justifica o patrocínio, principalmente porque o público que assiste tem tudo a ver com consumidores dos postos BR.

As questões são duas:

1) Se a Globo condena contratos da empresa sem licitação, o primeiro que ela deveria defender a rescisão é este, provavelmente um dos maiores.

2) A Globo e a Fórmula-1 vem perdendo audiência. O valor de R$ 53 milhões tem o retorno esperado? Ou esse dinheiro poderia ser empregado em outros patrocínios ou promoções com maior retorno em vendas?

Vôo AF 447: jogue o PIG no lixo e se informe direto na FAB




O PIG se serve de informações da FAB (Força Aérea Brasileira) e da Marinha brasileira, que comandam e fazem as operações de resgate.

Não tem nenhum "Globocop" (helicóptero da Globo) no meio do oceano Atlântico acompanhando.

E a FAB colocou em seu sítio na Internet informações completas das operações de resgate com fotos, vídeos, aúdio, notas à imprensa.

É a melhor cobertura DE FATOS, de onde o PIG tira as informações que publica e deturpa (a exemplo da "reporcagem" que fez a revista Época, da Globo).

E a FAB não está segurando informações exclusivas para passar primeiro para jornalistas publicarem em primeira mão.
Republicanamente, a FAB está informando o PIG através da internet, de notas oficiais, e de entrevistas coletivas.

O trabalho de resgate da FAB está exemplar, de orgulhar todos nós brasileiros.

É bem melhor nos informarmos diretamente pela FAB, porque ficamos livres:

- dos palpiteiros "especialistas";

- dos abutres na exploração da dor de familiares;

- da tentativa de desqualificar o trabalho da FAB e da Marinha;

- do complexo de baratas que dá mais importância à qualquer crítica de qualquer palpiteiro estrangeiro, do que de oficiais sérios e experientes da nossa aeronáutica;

- ficamos livres da tentativa ressuscitar o "caos-aéreo";

- ficamos livres do lobby demo-tucano que quer privatizar o controle de vôo aéreo nacional, plantando na imprensa notícias falsas, tentando desqualificar a segurança;

Outro dia vi na banca de jornal, a primeira página do jornal "O Globo" com a foto de pilotos franceses nas operações de busca em vez de pilotos brasileiros. A FAB está trabalhando dia e noite. 14 aviões brasileiros participam das operações, e apenas 2 franceses colaboram, mas "O Globo" dá destaque e coloca foto dos franceses.

A imprensa corporativa, de tão lobista, interesseira, partidária, mercantilista, colonizada, anti-nacionalista, sensacionalista e incompetente, está se tornando, por conta própria, dispensável na sua atividade fim: prover informação.

Aeronáutica considera reportagem de revista da Globo como terrorismo informativo

A Revista Época, da Editora Globo, fez uma "reporcagem" tentando ressuscitar o caos-aéreo, de forma leviana e irresponsável.

A "reporcagem" diz que "dois anos depois do caos aéreo, a tragédia do voo 447 lembra que a aviação brasileira é incapaz de monitorar as viagens sobre o Atlântico".

O Comando da Aeronáutica respondeu em nota:

1) A travessia de oceanos, no mundo, é feita por meio de um controle de tráfego aéreo específico, apoiado nas comunicações de rádio, porque não há como estruturar uma rede de cobertura radar ali. De forma irresponsável, a matéria deixa de contextualizar o assunto. As aeronaves voam em condições diferentes das que atravessam o continente;

2) As comunicações entre o controle de tráfego aéreo brasileiro e o voo 447 funcionaram corretamente, como previsto, prova disso o contato realizado às 22h33, via rádio, com o Centro de Controle de Área Atlântico (CINDACTA III), na posição INTOL (565 quilômetros de Natal RN), informando que ingressaria no espaço aéreo de DAKAR - Senegal (posição TASIL – 1.228 quilômetros de Natal RN) às 23h20 (horário de Brasília);

3) A aeronave foi acompanhada pelos radares brasileiros até o último equipamento disponível, na ilha de Fernando de Noronha, quando já voava além da costa brasileira, em mar aberto. Isso às 22h48;

4) Sobre a cobertura por satélite, informamos que o Brasil integra o seleto grupo de nações que está à frente do sistema que irá revolucionar o controle de tráfego aéreo no mundo, com a criação do espaço aéreo contínuo (CNS-ATM). Esse sistema, em inglês, reunirá os seguintes elementos: Comunicação (C), Navegação (N), Vigilância (S) e Gerenciamento de Tráfego Aéreo (ATM);

5) O sistema CNS-ATM ainda não foi implantado em nenhum lugar do mundo;

6) Cabe destacar ainda que, em recente auditoria da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), o serviço prestado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (DECEA) foi avaliado como um dos cinco melhores do mundo;

7) A reportagem ignora o resultado da investigação técnica sobre o acidente com o voo 1907, divulgado no ano passado após mais de dois anos de trabalhos e que deixou claro que a cobertura radar no Brasil não foi fator contribuinte para aquela ocorrência. Tal omissão da reportagem compromete o entendimento dos leitores sobre a segurança no país;

8) É vital para o país tratar o assunto “aviação e segurança” sem emoção e desvinculado de interesses particulares. Não é prudente, portanto, que um eventual debate seja balizado pelo terrorismo informativo, com a simplificação de exemplos, com a manipulação de comparações, com o uso de dados fora de contexto e sob a influência de reivindicações pessoais.

O Globo aparelhado por tucano, ex-genro de FHC


O ex-genro de FHC, David Zylbersztajn, é blogueiro colega de Ricardo José Delgado (Noblat) e Miriam Leitão, no portal oficial do jornal O Globo: http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/dz/.

O fato demonstra mais uma vez o aparelhamento de veículos das organizações Globo com o grupo político demo-tucano de FHC, José Serra, Aécio Neves e outros.

Apesar de ser um "expert" em "PetrobraX", não há uma linha escrita no blog de Zylbersztajn sobre a CPI, nem mesmo para defender "O Globo" da sova que está levando em desmentidos seguidos em outro blog: o Fatos e Dados da Petrobras, criado para desmentir notícias falsas publicadas em jornais como "O Globo".

O blog de Zylbersztajn tem poucas notas, tem mês sem nota nenhuma, e a maioria das notas divaga sobre abobrinhas do cotidiano.

Os assuntos quentes, como CPI, privatização, PetrobraX, tucanagem, ficam de fora. Parece que as opiniões dele, a "sabedoria" e, sobretudo, vivência como ex-presidente da ANP, ex-secretário de energia do governo tucano de Covas, na época das propinas da Alstom, são assuntos impublicáveis em um blog acessível ao grande público. Ficam em "off", para reuniões internas, fechadas.

Segundo a nota de ontem aqui no blog, Zylbersztajn coordena um grupo de "notáveis", que assessora Sergio Guerra (presidente do PSDB de José Serra) nos trabalhos da CPI da "PetrobraX".

Parece ser isso que os tucanos disseram que iriam fazer diante da maioria governista: uma "CPI paralela".

A "CPI paralela" do grupo do ex-genro de FHC já "instruiu" aos senadores tucanos não questionarem contratos nem investimentos da Petrobras em obras.

É fácil entender essa falta de interesse em questionar investimentos e obras.

David Zylbersztajn, desde 2002, é dono da empresa DZ Negócios com Energia, uma empresa de "desenvolvimento de oportunidades", focada na indústria brasileira de eletricidade, petróleo e gás natural. Assessora investidores e empresas interessados no mercado energético brasileiro, ou seja, empresas dependentes dos investimentos da Petrobras.

Ou seja, os resquícios de "aparelhamento" da Petrobras, e tantativas de fazer "boas" negociatas, é justamente as incursões tucanas feitas contra a empresa onde os "experts" ainda tem conexões.

Azeredo defende interesses de bancos


Já está na pauta da Câmara um projeto de lei, aprovado no Senado, que em tese é positivo. Só em tese. Seu objetivo original era a tipificação de crimes e delitos cometidos na área de informática, criando penalidades para eles. O projeto originou-se na Câmara, foi aprovado e encaminhado aos senadores. Uma série de emendas foi aprovada. A maioria delas obriga os provedores a identificar melhor os usuários. Ótimo. Só que, ao preparar um substitutivo tornado necessário pelo número elevado de emendas, o relator Eduardo Azeredo colocou um jabuti no texto. Escondidinho no meio do projeto está um dispositivo que isenta os bancos de responsabilidade por desvios cometidos por hackers e fraudadores operando via internet. Se o texto for aprovado, pobrezinhos dos correntistas. Ou seja, o senador tucano defende interesses de bancos brasileiro, financiador de Azeredo, em projeto do senador tucano.

O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), não contente em entrar para a história como o criador do “valerioduto”, decidiu achar um caminho mais rápido para a imortalidade. O destino reservava-lhe papel mais grandioso, o de ser o senador que tentou aprovar um projeto que exige a identificação dos usuários antes de iniciarem qualquer operação que envolva interatividade, como envio de e-mails, conversas em salas de bate-papo, criação de blogs, captura de dados (como baixar músicas, filmes, imagens), entre outros.

O senador teve o financiamento de R$ 150 mil para sua campanha de 2002 da Scorpus Tecnologia S.A. Pois bem. Veja o que uma pesquisa de cinco minutos descobre sobre a terceira maior financiadora da campanha de Azeredo em 2002.Leia aqui no arquivo do blog

O que pensam os tucanos sobre a Petrobras...


O coleguinha Cloaca, descobriu nos aquirvos da Agência Brasil, uma pérola dos tucanos.

O Globo, de 31/01/98:

“O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, disse ontem que a Petrobras é “um dos últimos esqueletos da República” e que o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), David Zylbersztajn, terá de desmontá-la “osso por osso”. Motta referiu-se à estatal como um paquiderme que consome US$ 9 bilhões em importações, prejudicando a balança comercial do País e a sociedade brasileira. (pág. 1 e 30)”.Confira aqui

Nenhum comentário: