sexta-feira, 26 de junho de 2009

ENTREVISTA: LULA



O problema não é ganhar, é governar


FONTE: OS AMIGOS DO PRESIDNTE LULA

Entrevista do presidente Lula ao Jornal Zero Hora:

O que é melhor para a campanha da ministra Dilma Rousseff nos Estados em 2010? Chapa puro-sangue com PT na cabeça ou alianças com o PMDB?

Luiz Inácio Lula da Silva – Trabalho com a hipótese de construir uma aliança entre PT e PMDB, PDT e PTB. Uma parte importante da base do governo precisa compor nos Estados para que a gente possa ganhar e governar. O problema não é ganhar, é governar. É você ter um grupo de pessoas dispostas a trabalhar para destravar um País, um Estado, para que a gente possa apresentar à sociedade uma perspectiva. A Dilma tem de trabalhar com a possibilidade de um grande leque de alianças para ganhar bem e governar bem.

O PT está disposto a fazer sacrifícios?

Lula – Não temos o direito de não fazer sacrifício e permitir que o desejo pessoal de alguém prevaleça sobre os interesses coletivos de um partido, seja estadual ou nacional. É preciso um debate para saber o seguinte: o que nos interessa neste momento? Quais os Estados que temos de disputar, em quais temos chances? Que tipo de aliança poderemos fazer e o que queremos construir? Se fizermos essa discussão corretamente, fica fácil construir as alianças. É preciso construir um time que vá do goleiro ao ponta-esquerda para trabalhar junto nessa campanha. Essa minha concepção vale do Oiapoque ao Chuí. Mas quem decide isso são os partidos. Só espero que as pessoas tenham aprendido.

Ciro daria trabalho em São Paulo

Como o senhor vê a ideia de o PT abrir mão da candidatura ao governo de SP em favor do deputado Ciro Gomes (PSB)?

Lula – O Ciro tem todas as condições de ser candidato em qualquer lugar do Brasil. Por enquanto, só vejo especulação, nada sério. Mas acho que o Ciro daria trabalho em São Paulo.

Denuncismo desvairado... Todos os senadores têm mais de 35 anos de idade, estão na idade adulta.

Esta semana o senhor criticou a imprensa por dar tanto espaço à crise no Senado. O senhor segue apoiando o senador José Sarney ou defende o afastamento dele da presidência da Casa?

Lula – Não critico a imprensa por conta do Senado. É pelo denuncismo desvairado que, às vezes, não tem retorno. Há uma prevalência da desgraça sobre as coisas boas. Talvez venda mais jornal. Citei um jornal quando fiz a crítica. Você tinha a volta do crescimento do emprego, cento e poucas mil vagas criadas. E a manchete era desse tamanho (faz um gesto com as duas mãos para indicar altura) sobre um emprego equivocado no Senado. Os milhares de empregos criados estavam numa notícia secundária. A nação precisa de boas notícias, de autoestima, para poder vencer esse embate com a crise internacional. Sobre as denúncias no Senado, que se faça investigação. Quem estiver errado deve ser punido. Todos os senadores têm mais de 35 anos de idade, estão na idade adulta. O Sarney já anunciou que vai investigar.

A defesa que o senhor faz de Sarney tem a ver com a eleição de 2010? A crise do Senado pode agravar a relação com o PMDB, que já não anda boa?

Lula – Não acho que algum senador vá renunciar ao mandato. Eles vão se acertar e prestar contas. A minha cabeça não trabalha pensando em 2010. Agora, tenho clareza de que nós saíremos bem em 2010 se a gente estiver bem em 2009.

O vice ideal para Dilma seria do PMDB?

Lula – Vamos discutir isso. Veja a importância do PMDB no Brasil, um partido que tem mais vereadores, mais deputados, mais senadores, mais governadores. Tem um potencial muito grande. Mas não é apenas isso que credencia alguém para ser vice. Primeiro, o vice tem que ser da concordância de quem vai ser candidato a presidente. Você não pode ter um vice que não tenha uma afinidade política, ideológica e visão de Brasil.

O senhor tem acompanhado o tratamento da ministra Dilma. Como ela está? Há riscos de prejuízo à campanha dela?

Lula – Por tudo que tenho conversado com os médicos, não acredito (em prejuízos). Mas doença é doença. No momento certo, o médico vai dizer se parou ou não o tratamento. A Dilma tem trabalhado a mesma coisa. Ela tem um ou dois dias por semana que se sente mais cansada, depois da quimioterapia, e diminui um pouquinho o ritmo. Todo mundo que já teve esse tipo de câncer diz que é curável. A Dilma vai ficar extraordinária e a hora que tiver que anunciar, estará pronta para o embate. Se for candidata mesmo – depende ainda dos partidos e dela própria –, a partir de março se afasta e começa a campanha.

Quem vai para o lugar dela? O ex-ministro Antonio Palocci?

Lula – Não, não. Não posso discutir agora o que vou fazer. Mas não pretendo colocar nenhum ministro novo no governo.

Pelo menos 14 ministros devem sair até abril para concorrer nas eleições. Como o senhor pretende conduzir as substituições: com indicações políticas ou recorrendo a técnicos?

Lula – Não vou trazer uma pessoa para chegar sem conhecer o histórico do próprio ministério, das obras, dos projetos. Desse jeito, irei paralisar o governo por dez meses. Na hora que o ministro for saindo, o secretário executivo assume e vai tocando. Não quero mexer no andamento das coisas que estamos fazendo.

Na oposição, o senhor e o PT criticavam muito o antecessor, Fernando Henrique por viajar demais. Nenhum presidente colocou o Brasil tão em evidência como o senhor nessas missões internacionais. O que mudou e qual a utilidade desse trabalho?

Lula – Mas se você pegar o meu discurso verá que eu dizia: “Ele (Fernando Henrique) tem o direito de viajar pra fora, o que é lamentável é que ele não viaje aqui dentro”. E viajo muito lá fora e viajo muito aqui dentro. É inexorável. O número de aliados que o Brasil estabeleceu nesses seis anos é muito grande. As pessoas querem ouvir o Brasil.

Qual é a utilidade desse seu trabalho no exterior?

Lula – O momento histórico me deu essa projeção. Nós levamos cinco anos para poder consolidar o Bric (grupo formado pelos grandes países emergentes – Brasil, Rússsia, Índia e China) como uma instituição. Vamos ter a segunda reunião no Brasil no final do ano que vem. O Brasil está muito importante. Lembro quantas críticas recebi quando fiz a primeira viagem à África. “Mas por que na África? Não tem nada para vender na África.” Pergunta ao ministro (da Indústria e Comércio) Miguel Jorge, que voltou com uma caravana empresarial da África agora. A gente não tem o que vender é para a Alemanha, Suécia, EUA, porque precisa mais valor agregado, competitividade tecnológica. Mas para a África, América Latina, parte do mundo asiático e para o mundo árabe, o Brasil só tem é que vender.

Reforma política e Reforma tributária: pactos feitos com a sociedade organizada, quando chega no Congresso, emperra.

O senhor vai encerrar o seu governo sem a reforma política e sem a reforma tributária?

Lula – Mandei as duas para o Congresso. Não sei quantos anos tenho de vida, mas quero estar perto para ver o dia em que alguns empresários disserem que é preciso fazer reforma tributária. O DEM fez da reforma tributária a bandeira dele. Mas eles não querem. Mandei duas propostas. Em abril de 2003 e outra no ano passado. Quando fazemos as reuniões com governadores, prefeitos e empresários, todo mundo concorda. Quando chega no Congresso, ninguém concorda mais.

O senhor tem dito que quer ser um cidadão do mundo depois de 2010. O presidente Barack Obama disse que o senhor é ‘o cara’. Ele seria o seu cabo eleitoral para o senhor ocupar um espaço na ONU, Banco Mundial? Qual é o seu desejo pessoal?

Lula – Quando falei cidadão do mundo, me perguntaram o que queria fazer. Não tenho pretensões. A minha maior pretensão agora é ver se eu pago a promessa que eu fiz para Dona Marisa em 1978. Ela queria que eu deixasse o sindicato e prometi que era o último mandato e que, depois, ia me dedicar à família. Já são 31 anos e não consegui. Pretendo me voltar um pouco para a família. Também não quer dizer que vá deixar de fazer política. Gostaria de trabalhar muito essa questão de integração da América Latina, da África. Acho que precisamos cuidar com muito carinho da África. Por isso, estou indo pra lá no dia 1º, na Cúpula Africana, na Líbia.

Mas com essa popularidade que o senhor tem, será que na eleição de 2014 a dona Marisa resiste? Pesa mais do que uma pressão para que o senhor volte a disputar a Presidência?

Se Dilma for a sucessora, deve governar melhor e sem saudosismo

Lula – Tenho que recusar discutir 2014, porque não seria benéfico para mim e para quem quero eleger. Vamos supor que eu eleja a companheira Dilma a candidata do PT e o povo brasileiro eleja a Dilma presidente do País. Ora, qual é o meu papel? Trabalhar para que ela faça o máximo possível e ela tem o direito de querer ser candidata à reeleição. Senão, o que acontece? Se eu não tiver essa consciência de que ela tem de fazer mais e fazer melhor, fazer o governo dela sem tutela e patrulhamento de ninguém, sem saudosismos, você tira a possibilidade de uma grande mulher fazer um grande governo. Mas ela ficar no governo vendo que eu sou sombra, “ah, em 2014 ele vai voltar”... Vou torcer para que ela possa fazer o melhor e ser candidata à reeleição. Se for um adversário que ganhe, aí sim pode estar previsto em 2014 eu voltar. Depende.

Críticos do Bolsa-família foram os responsáveis por séculos de empobrecimento generalizado

Há uma posição de que as pessoas beneficiadas com o Bolsa-Família não saem do sistema. Estaria faltando um segundo passo, para as pessoas recuperem a cidadania?

Lula – Essa visão elitista dos brasileiros é responsável por mais de um século de empobrecimento generalizado. Com o Programa Luz para Todos, 83% das pessoas que receberam energia compraram televisão, 79% geladeira, 44% aparelho de som, 44% voltaram a estudar à noite. Alguém que nasceu na avenida Copacabana, que nunca teve problema, acha que R$ 80 é pouco, mas para um pobre é muito. À medida que a economia vai crescendo, as pessoas vão deixando o Bolsa-Família e deixam outros entrarem. 600 mil já deixaram o programa.

O senhor vai ampliar o prazo de redução do IPI?

Lula – Não posso falar porque as empresas estão falando por aí: “Compre seu carro logo”. Falando em política tributária, imposto e política social, quero dar uma explicação lógica. Todos queremos que o Brasil tenha uma política tributária muito mais simplificada. O ideal é que a gente aumente o número de contribuintes. A carga tributária brasileira não é algo a ser comparado com os países desenvolvidos. Num País que tem 10% de carga tributária, não há Estado. Pode mapear quais são os países. A política social é extremamente importante porque por mais de 20 anos se discutiu no Brasil se a gente deveria distribuir para crescer ou crescer para distribuir. Começamos a fazer os dois juntos e o resultado foi extraordinário. A ascensão dessa molecada por conta do ProUni: são 545 mil jovens da periferia na universidade, 40% deles negros. A política social é uma coisa barata, ela perpassa a ignorância, a violência. Na hora em que o pobre tem uma ajuda, todo mundo vai melhor, vai ter menos bandido, menos violência.

A oposição ganharia se usasse esse discurso?

Lula – Não sei, porque não é só o discurso, é preciso olhar nos olhos das pessoas.

Teve gente que acendeu vela para a crise chegar ao Brasil

O senhor acha que a oposição torceu para que a crise afetasse o Brasil?

Lula – Torceu e muito. Teve gente que até acendeu vela.

Houve gente que queimou os dedos?

Lula – Uns queimaram a língua, outros queimaram os dedos. Quando deixar o governo, vou montar um grupo para pesquisar as análises econômicas que fizeram sobre o meu governo, para saber quem errou e acertou. Sobre a crise, ninguém precisou explicar porque ela era internacional. Tivemos dois momentos da crise. Em setembro do ano passado eu estava no Panamá quando surgiram os primeiros sinais. Voltei, fiz várias reuniões com economistas, analisamos e percebemos que a crise chegaria muito pequena no Brasil. Até que desapareceu o crédito no mundo inteiro. Tomamos todas as medidas necessárias e somos reconhecidos no mundo inteiro.

CPI deve ter fato determinado. Achincalhar Petrobras é irresponsabilidade.

É por essa questão de orgulho que o senhor não quer que a Petrobras sofra uma CPI?

Lula – Se tem um fato determinado, diga e faça a CPI. O que não pode é, de forma irresponsável, pegar a mais importante empresa do País e tentar, um ano antes das eleições, achincalhar. Numa CPI sem fato determinado, vale tudo. Se tiver de fazer, o que queremos é uma coisa séria. O que se propôs não tem nada de seriedade.

O que incomoda o senhor na CPI são os investimentos da Petrobras, que podem ser prejudicados, ou é o caráter eleitoral?

Lula – Acho que CPI não pode ser feita para fins apenas de disputa eleitorais. É não respeitar o País. Agora, a CPI é um instrumento da oposição em qualquer lugar do mundo. Estamos em uma crise econômica profunda, em que a Petrobras teve dificuldades para pegar dinheiro emprestado lá fora. Se uma empresa como a Petrobras encontra dificuldades em arrumar dinheiro, fico imaginando se começar um processo de achincalhamento. O denuncismo é isso. Acho que a Petrobras deveria ser investigada pelo Tribunal de Contas da União e pelo Ministério Público.

O ministro Tarso Genro tem defendido a punição dos torturadores do regime militar. Ele faz isso com o aval do senhor ou é uma posição pessoal dele?

Lula – É uma tese do Tarso. No governo, temos pessoas que pensam diferente.

E o senhor?

Lula – Não sou jurista (risos).

É importante o povo comprar. Não quero que faça dívidas. Mas se tiver uma economia, compre.

O que o senhor diria para o cidadão brasileiro. Deve gastar ou esperar mais um pouco?

Lula – Deve gastar. As pessoas podem acreditar que o País está mais sólido do que já esteve. É importante o povo comprar. Não quero que faça dívidas. Mas se tiver uma economia, compre.

Novo vídeo-bomba da compra de votos no Comitê Lealdade a Beto Richa




Os sete partidos de oposição devem exigir nas próximas horas ao prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), a demissão imediata do irmão dele, José Richa Filho, o Pepe, pelo suposto envolvimento no Comitê Lealdade, que comprava apoio à reeleição de 2008.No blog do Esmael tem o relato completo

Ciro governador


De Lula, durante voo entre SP e Brasília na segunda-feira: "Se o PT de São Paulo tiver juízo, apoia o Ciro para governador". Quem disse ter ouvido a frase foi a Renata Lo Prete

Lula vai à África para ampliar comércio e cooperação


O Presidente Lula participará na próxima semana da Cúpula da União Africana, que acontecerá na Líbia, com a intenção de ampliar as redes comerciais e de cooperação com o continente.

Durante sua participação na cúpula, que será realizada na cidade de Sirte, berço do líder líbio Muammar Kadafi, Lula "reafirmará o compromisso de longo prazo do Brasil com o desenvolvimento da África", como disse em coletiva de imprensa seu porta-voz, Marcelo Baumbach.

Segundo Baumcah, nos últimos anos, a África se tornou uma das prioridades para o Governo federal, que fez das relações com esse continente "uma política de Estado".

Dentro da cúpula, o porta-voz explicou que serão assinados três convênios entre Brasil e União Africana, todos dirigidos a reforçar a cooperação para o desenvolvimento.

O primeiro dos acordos propõe estender a todos os países da África um projeto para melhorar a produtividade das indústrias algodoeiras de Mali; e o segundo se refere à cooperação em agricultura e ao fortalecimento dos pequenos produtores e seu acesso aos mercados domésticos, regionais e internacionais.

O terceiro acordo, segundo Baumbach, será centrado na cooperação para o desenvolvimento humano e social, a assistência em saúde aos grupos mais carentes, e abrangerá também as áreas de cultura e esporte como ferramentas de inclusão.

Lula também tentará ampliar ainda mais o comércio entre Brasil e os países africanos, que de US$ 5 bilhões anuais em 2003, quando o ex-líder sindical chegou ao poder, passou apara cerca de US$ 26 bilhões no ano passado.

Baumbach destacou que a África se transformou no quarto parceiro do Brasil e que o comércio com o continente significou 7% do total da balança exterior brasileira em 2008.

O porta-voz lembrou também que, durante os últimos seis anos, o Brasil ampliou sua presença diplomática nesse continente e hoje tem embaixadas em 34 países africanos.

Serra/Kassab:Arrecadação do IPTU de SP será alvo de auditoria


O Tribunal de Contas do Município (TCM) vai realizar uma auditoria na arrecadação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) feita pela Prefeitura de São Paulo no ano passado, último da gestão José Serra (PSDB)/Gilberto Kassab (DEM). Houve queda no recolhimento do tributo em 2008. A fiscalização foi determinada no julgamento das contas relativas a 2008, ocorrido ontem. Precisa fazer uma checagem (na arrecadação do IPTU). O setor imobiliário teve uma expansão muito forte, afirmou ontem o conselheiro Mauricio Faria, relator da prestação de contas de 2008. A receita de IPTU cresceu só 1,8%. É de se estranhar.

Apesar das dúvidas em relação ao imposto e de outros problemas apontados, os conselheiros recomendaram a aprovação das contas. A decisão final cabe à Câmara Municipal, que tem competência para reprovar ou não o modo como os prefeitos administram o Orçamento a cada ano. A ideia é que a auditoria analise, por exemplo, quantos metros quadrados de área construída a cidade ganhou no ano passado, principalmente com grandes empreendimentos, como shoppings e conjuntos residenciais de alto padrão, e como está sendo calculado o imposto sobre eles. Não há prazos para início ou conclusão, mas o trabalho terá prioridade. A pergunta é; Onde está o dinheiro?

Quinta-feira, 25 de Junho de 2009

Sarney tem razão?


O presidente do Senado, José Sarney, afirmou em nota que a matéria desta quinta-feira, 25, de O Estado de S.Paulo, é uma campanha da mídia contra ele. Na nota, Sarney atribui como um dos motivos dessa campanha o fato dele apoiar o Presidente Lula.

Esta é a íntegra da nota:

"Sobre a matéria divulgada hoje pelo jornal O Estado de S.Paulo, considero os esclarecimentos prestados pelo meu neto, José Adriano Cordeiro Sarney, pessoa extremamente qualificada, com mestrado na Sorbbone, e pós graduação em Harvard, suficientes para mostrar a verdadeira face de uma campanha midiática para atingir-me, na qual não excluo a minha posição política, nunca ocultada, de apoio ao presidente Lula e seu governo".

Katia Abreu gasta verba do Senado com segurança privada ...



A senadora Katia Abreu (DEMos/TO), gasta R$ 5.600,00 de dinheiro público do Senado para bancar segurança privada.

A sede da empresa "Jorima Segurança Privada Ltda." é em Palmas, capital do Tocantins.

O Senado não disponibiliza os detalhes dos serviços contratados, não diz se são seguranças armados para vigiar fazendas da senadora, um patrimônio privado, e não público.

A preocupação do cidadão, é se esse dinheiro não estaria sendo gasto de forma acintosa, com pistoleiros, semelhantes ao que vimos recentemente atirando contra sem-terras em fazendas de Daniel Dantas no Pará.

Senador Tucano gastou em free-shop dinheiro do Senado



Entre as notas apresentadas para justificar verbas indenizatórias do senador mineiro Eduardo Azeredo (do PSDB de José Serra e Aécio Neves), aparece, no mês de maio de 2009, R$ 554,10 gastos em um free-shop (Brasif é a empresa dona de free-shops em vários aeroportos brasileiros, que já teve como vice-presidente e conselheiro Jorge Bornhausen).

Pelo mesmo motivo, no ano passado, a ex-ministra da igualdade racial, Matilde Ribeiro, recebeu uma perseguição implacável da imprensa, e acabou renunciando ao ministério, num gesto de dignidade para não causar maiores constrangimentos nem ao governo, nem que pudessem prejudicar as próprias políticas afirmativas do ministério.

Agora a imprensa tratará o pai do mensalão com o mesmo rigor, pedindo sua renúncia, ou o tratará como tucano da elite branca?

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Ditadura da hipocrisia

Fonte: Cidadania

Atualizado às 11h06m de 25 de junho de 2009

O Congresso Nacional está paralisado há meses por “crises” que só ganharam a dimensão que ganharam porque, de forma inédita na história deste país, a mídia resolveu começar a bater todo dia em práticas congressuais que acontecem há décadas e que nunca meio de comunicação nenhum se interessou em investigar.

A prática que gerou recentemente o “escândalo” das passagens aéreas e que paralisou a Câmara dos Deputados atravessou 40 anos sem nunca ter incomodado os meios de comunicação.

Os tais “atos secretos” do Senado acontecem há pelo menos 15 anos e praticamente todos os senadores têm alguma relação com eles. Alguns dos envolvidos, como os pefelistas Heráclito Fortes, Demóstenes Torres e Agripino Maia, aparecem nas tevês dando lições de moral em José Sarney, vejam só.

Nunca antes na história deste país ousaram cobrar do Congresso qualquer das práticas que temos visto. Antonio Carlos Magalhães, que ninguém diria melhor do que Sarney, enquanto foi ministro dele e distribuía favores à Globo e companhia, recebia da mídia tratamento de “estadista”. É só resgatar as edições antigas de jornal para constatar.

E, se você denuncia essa hipocrisia toda, está defendendo Sarney, o indefensável. Para mim, porém, não sei se Sarney é o capeta como estão pintando ou se é apenas mais um oligarca de um tipo que pode ser encontrado à farta no Congresso.

Vejam só o ACM “grampinho” Neto. Herdeiro de uma oligarquia nordestina truculenta, representante de uma casta baiana acusada dos piores crimes que se possa conceber, e ninguém o trata como maldito. Aliás, nem Sarney jamais foi atacado desta forma.

A mídia “descobriu” Sarney porque ele é presidente do Senado e porque é fácil usar tudo que se falou sempre pelos cantos contra ele para tentar diminuir ainda mais a já escassa maioria governista no Senado derrubando-o.

Agora, sair atacando Sarney enquanto se tolera a hipocrisia retórica de um Agripino Maia ou de um “grampinho” ou até de um Demóstenes Torres, envolvido neste escândalo em particular e que fica dando shows de indignação, é de matar.

Isto aqui não é defesa de Sarney coisíssima nenhuma. Querem depor Sarney? Provem as acusações contra ele e deponham-no. Ele é oligarca? Claro que é, como tantos outros que o atacam. Ora, se querem continuar atacando Sarney, ataquem. Mas tenham vergonha na cara e não se esqueçam dos outros.

Aliás, aqui vai um novo bordão quentinho pra vocês: dar ao roto o direito de falar do remendado é no mínimo ser tão “rasgado” quanto qualquer um dos dois.

O bom assédio da mídia

E querem saber? Acho até bom o que está acontecendo com esse assédio da mídia à parte do Congresso que lhe interessa e ao governo Lula. Sempre digo que Lula se supera porque é o mais fiscalizado da história.

Ter o PT no poder é garantia de fiscalização pela imprensa. O que é perigoso é ter o PSDB ou o PFL no poder, como acontece, respectivamente, no Estado de São Paulo e na capital paulista.

Aqui, em minha cidade e em meu Estado, a imprensa simplesmente não fiscaliza nem o governo do Estado nem a administração municipal.

Na última contagem, havia mais de setenta pedidos de CPI contra o governo do Estado na Assembléia Legislativa paulista e nenhum deles foi aprovado por obstrução da bancada governista.

Na cidade de São Paulo, o prefeito, apesar de avisado muito antes, permitiu que empresas que servem merenda escolar às crianças da rede pública fornecessem comida estragada e racionada.

Os escândalos da Alstom ou da compra sem licitação de livros de baixa qualidade da editora Abril simplesmente não aparecem na imprensa paulista. São Paulo é uma caixa-preta. O único Estado e a única grande capital imunes a fiscalização da imprensa.

Do que se conclui que o melhor mesmo é votar no PT, porque os governos petistas são mantidos sob rédea curta, enquanto que seus adversários têm licença para corrupção.

Dilma 41,4% X 37,6% Serra, no Nordeste

Dilma já ultrapassou José Serra no Nordeste, segundo pesquisa do instituto GPP, encomendada pelo DEMos. Leia mais aqui.

MP 458 obriga 80% de reflorestamento a quem desmatou

A MP 458, que vem sendo chamada de MP da Grilagem, pode ser criticada, mas precisa primeiro ser entendida em sua plenitude:

- Até 100 hectares, os posseiros ganharão a regularização de graça. De 100 a 400 hectares o preço será simbólico.

- Propriedades entre 400 e 1500 serão vendidas a preço de mercado, para quem já explora a terra e quiser legalizá-la. Estão habilitados a comprar, quem tem na propriedade sua principal fonte econômica e ter obtido sua posse de forma pacífica até dezembro de 2004.

- Após a transferência, o proprietário terá ainda que recuperar áreas que tenham sido degradadas. Pelo Código Ambiental, pelo menos 80% de cada propriedade na Amazônia deve ser preservada.

Ou seja, numa propriedade de 1500 hectares, o proprietário poderá explorar 300 hectares com plantação ou pastagem e terá que recuperar 1200 hectares de floresta nativa, só podendo explorá-la comercialmente através de manejo extrativista.

O bicho não é tão feio como parece, e essa recuperação de 1200, repõe floresta desmatada.

A legalização dá subsídios ao IBAMA para responsabilizar quem não cumpre a lei, uma vez que haverá proprietário responsável em área delimitada.

Hoje, onde a terra é de ninguém, a não ser quando o IBAMA consegue pegar em flagrante, ou reunir testemunhas que concordem em depor, fica muito difícil responsabilizar na justiça alguém por crimes ambientais. Muitas vezes não há nem um nome e endereço conhecido que possa ser colocado em uma autuação.

O governo fez concessões, mas a bancada ruralista também fez ao responsabilizar-se por 80% de preservação da área, e isso não é noticiado, nem por ecologistas de boa fé.

O número de 1500 hectares (300 hectares úteis) deve ter sido encontrado a partir de negociações, e de estudos da viabilidade econômica na região, e é provável que muitos que exploram hoje a terra de ninguém, de forma pirata e de má-fé, desistam de sua legalização, diante das responsabilidades a assumir perante a lei.

A partir destas informações, a discussão fica mais clara para críticas racionais.

A solução baseada em render-se à uma realidade viável de fato, pode ser vista como conservadora. Mas que outra solução existiria a curto prazo? Talvez ocupar a região com um enorme contingente de uma guarda florestal bem remunerada, para não precisar fazer "bicos" vendendo madeira ou criando gado. Porém essa guarda florestal não produziria riquezas comerciais, apenas preservaria a riqueza natural. Isso é um verdadeiro exército de funcionários públicos, remunerados com o orçamento da união, via impostos. Seria a solução ideal se o Brasil já fosse um país rico e com boa distribuição de renda. Nada mais civilizado de forma sustentável do que empregos verdes.

Mas num país ainda carente de recursos para tirar pessoas da pobreza, essa solução me parece mais uma capitulação aos lobby's ecológicos do primeiro mundo (quase todos vivendo em ambiente de riqueza material, após desmatarem seus territórios e aquecerem o mundo), às custas de manter a segregação social no Brasil.

Quando o mundo se dispor a pagar um imposto ecológico, onde os mais ricos pagam a conta da preservação da Amazônia como santuário intocável de reservas extrativistas, sustentando um exército de empregos verdes na guarda florestal, essa conversa muda de rumo.

Para oposição, instalação da CPI da Petrobras pode ajudar a melhorar imagem do Senado


Veja só querido leitor, a que ponto chega o mau-caratismo desses senhores que povoam o senado. Preocupados com a imagem desgastada do Senado, devido aos sucessivos escândalos, como nomeação de parentes, aumento de salários por meio de atos secretos, farra das passagens áreas, Contas paralelas e outras maracutaias, senadores da oposição querem reverter essa imagem com a “investigação” envolvendo a Petrobras. É ou não é eleitoreira essa CPI tucana? Autor do requerimento de criação da CPI do PSDB, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) afirmou no plenário do Senado, que a instalação da CPI seria uma forma de melhorar a imagem da Casa perante a opinião pública. “Não há mais como se buscar novo pretexto para adiar essa iniciativa. Nesses últimos dias, vivemos aqui um verdadeiro calvário, com uma espécie de catarse, em que verdades foram reveladas na divulgação de determinados atos praticados na Casa”, disse o tucano.

“Diante do esforço que se faz no Senado para mudar os rumos e para se erigir sobre esses escombros da tragédia ética, uma nova instituição respeitada, sobretudo em razão desse esforço, é que não podemos deixar de instalar a CPI da Petrobras na próxima semana”, completou Dias, acrescentando que a oposição dará um “crédito de confiança” para os líderes governista, que prometeram instalar a CPI na próxima terça-feira (30).

Logo depois de confessar que a CPI da Petrobrax tucana será usada para desvia a atenção do da maior crise que passa o senado , o senador, sem nenhum ética procurou um aliado de seu partido e oposiçã a Lula; O jornal o Globo.

Como vocês sabem, o jornal está "requentando factoide de 2006" com ajuda do PSDB

Lá, no Globo, o senador cara de pau, para delirio dos Marinhos, declarou: “Assim que a comissão for instalada, no dia 30, vai solicitar à Justiça Federal de Mato Grosso acesso aos dados referentes à quebra do sigilo telefônico do gerente executivo de Comunicação Institucional da empresa, Wilson Santarosa. O pedido de quebra de sigilo telefônico foi feito pelo procurador da República Mário Lúcio Avelar”(amigo do governador tucano José Serra)

Membro titular da CPI pelo DEM, o senador Antonio Carlos Júnior (BA), afirmou que uma das formas de o Senado sair dessa situação em que está é investigar aPetrobras”, disse ele.

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) também defendeu a instalação da CPI como forma de limpar a imagem da instituição. "Há a possibilidade de mais um vexame para o senado, se a CPI não for instalada antes do recesso”, disse o tucano cearense.

Só lembrando os leitres;Foram beneficiados por atos secretos

Aldemir Santana (DEM-DF)
Antonio Carlos Júnior (DEM-BA)
Demóstenes Torres (DEM-GO)
Efraim Moraes (DEM-PB)
Maria do Carmo (DEM-SE)
Heráclito Fortes (DEM-PI)

PSDB

João Tenório (PSDB-AL)
Papaléo Paes (PSDB-AP)
Pedro Simon (PMDB-RS)(sumiu da mídia depois que seu nome foi divulgado)

Lúcia Vania (PSDB-GO)

PSDB esconde Serra e Aécio para atacar o PAC: Com o consentimento dos dois

Eles não batem;Mandam bater
No dia em que o PSDB comemora 21 anos, o programa semestral dos tucanos, no rádio e na televisão, dá o tom que a oposição adotará na campanha de 2010. Eles atacam de frente o principal programa do governo e fazem duras críticas ao Presidente Lula, por entenderem que ele subestimou a crise financeira mundial.

É aquela velha história de sempre; Em frente as câmeras de TVs, Aécio e Serra fingem ser amigos de Lula. Serra comparece em todas as inaugurações na Capital paulista, para aparecer na foto ao lado de Lula. Por debaixo dos lençois, Serra e Aécio dão ordem aos marketeiros e PSDB para descer a lenha em Lula.Assim, os dois, passam a impressão para o povão, que eles não tem nada com isso.

O governador de São Paulo, José Serra, nem o de Minas Gerais, Aécio Neves, participam do programa a ser mostrado hoje, embora sejam os dois pré-candidatos do partido à sucessão de Lula. O PSDB quis preservá-los da crítica direta ao desempenho de Lula, com quem mantém relações administrativas boas. Além disso, os dois foram os principais protagonistas das inserções partidárias exibidas em maio no rádio e na TV - Aécio deu destaque ao seu governo em Minas, enquanto Serra procurou se mostrar como um nome mais nacional, destacando atuação dos tucanos na criação dos genéricos (ele era ministro, à época), segundo desemprego e no Plano Real.

Quem abre o programa é o ex-presidente do partido Tasso Jereissati (CE), que fala do aniversário de 21 anos do PSDB e destaca que ele foi o partido que acabou com a inflação, com a criação do Plano Real, fez os genéricos e a Bolsa Escola, embrião do Bolsa Família. Tasso diz que não é possível se conformar com o crescimento inferior do país em relação a países como a Índia, China e Rússia, num momento em que o mundo vivia um período de prosperidade.

É Tasso quem dá o tom para as críticas que se seguem, na voz de populares(contatados pelo PSDB). "(Lula) Fala muito, mas faz pouco".

Em seguida entram Artur Virgílio (Senado) e José Aníbal (Câmara). Critica-se a carga tributária, mas os principais ataques são destinados ao PAC - em dois anos, segundo os tucanos, apenas 3% das obras previstas teriam sido executadas. São mostrados filmes de projetos anunciados mas que não foram realizados, como estradas enlameadas e até o terreno da refinaria que seria construída em Pernambuco, tomada pelo mato.

O PSDB diz que "Lula fez piada com a crise", e mostra a declaração em que o presidente diz, ao se referir à crise, ainda no início, "lá é um tsunami, aqui é uma marolinha".

Um popular (contratado)fecha o raciocínio: "A marolinha custou o meu emprego". De acordo com os tucanos, mais de 800 mil pessoas perderam o emprego, em decorrência da "marolinha".

Agora qu você já sabe de toda bandalheira qe vai aparecer na sua telinha de TV... D E S L I G U E, para não ter azia.

Álvaro Dias confessa que recebeu dinheiro condenável durante anos, mas não quer devolver o dinheiro

Clique na imagem para ampliar



O senador Álvaro Dias quer chamar o cidadão de bobo, escrevendo em seu blog uma confissão de culpa disfarçada e concedendo um "auto-perdão" sobre um dinheiro condenável, recebido durante anos do Senado.

Quando viu que a coisa ia se tornar pública, disse que "dispensou" a verba indenizatória a partir de abril (2 meses atrás) e que "vinha combatendo tal verba há algum tempo"...

Mas... vinha COBRANDO a verba indenizatória e RECEBENDO religiosamente TODO MÊS até abril de 2009 !!!

Ora... Se "vinha combatendo" e CONFESSA que ACHAVA ERRADO, que DEVOLVA todo O DINHEIRO retroativamente !!!

Quanta cara-de-pau !!!

Ah! … Um vidro de óleo de peroba não foi suficiente!

Para caprichar, ainda disse que "dispensou" ... "RECENTEMENTE" ... o auxílio-moradia de R$ 3.800,00 porque ele não pagava aluguel, uma vez que tem 5 apartamentos próprios em Brasília !!!

Também não tocou no assunto sobre devolver retroativamente o dinheiro sangrado do senado!

Por fim ele sequer falou no blog que é dono de seu escritório político em Curitiba, mas cobrou aluguel do Senado até "RECENTEMENTE", conforme demonstramos aqui em 20 de maio último.

Quarta-feira, 24 de Junho de 2009

Escândalo PSDB- Alstom:Suíça bloqueia conta atribuída a conselheiro tucano de TCE


O Ministério Público da Suíça bloqueou uma conta naquele país atribuída a Robson Marinho, conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo. Segundo a Folha (aqui assinante), com três profissionais que acompanham a investigação, o órgão reuniu indícios de que a conta recebeu pagamento de propina da Alstom.

Marinho é suspeito de ter ajudado a Alstom a conseguir contrato de R$ 110 milhões em 1998, quando já era conselheiro do TCE e era chefe da Casa Civil. Os documentos do bloqueio estão em poder de promotores da Suíça e de juízes da França, onde a Alstom também é investigada por suspeita de pagar comissões ilegais para obter contratos com governos.

A conta recebeu pouco mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 2 milhões, pelo câmbio atual), de acordo com a quebra de sigilo.Atualmente, essa conta teria menos de US$ 1 milhão.

Marinho foi tesoureiro na campanha do PSDB que levou Covas ao governo de São Paulo em 1995 e ocupou, até abril de 1997, a chefia da Casa Civil. Em 1997, deixou o governo e foi indicado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado por Covas. Caso se confirme a titularidade, ele será o primeiro tucano a ter conta no exterior bloqueada por suspeitas de ter recebido recursos ilegais de empresas que faziam negócios com o governo do PSDB.

No final de 2008, o titular da conta tentou transferir os recursos da Suíça para outra conta nos EUA, mas os promotores suíços vetaram a tentativa. O titular recebeu os recursos de contas que fizeram pagamentos considerados ilícitos sob ordens da Alstom, segundo os promotores. Para os investigadores, as datas das transferências têm relação com o contrato que a Alstom assinou com a Eletropaulo em 1998. Também foram bloqueadas outros contas de brasileiros investigados sob suspeita de receber comissões da Alstom. Esses contratos têm origem num projeto de 1983 chamado Gisel (Grupo Industrial para o Sistema da Eletropaulo), que visava modernizar a transmissão de energia no Estado


Aditivo

A primeira suspeita sobre Marinho aparece num documento da Cegelec, empresa que foi comprada pela Alstom. Em memorando de 21 de outubro de 1997, época em que ele já estava no TCE, um executivo chamado Bernard Metz escreve que é preciso pagar 7,5% para que a empresa consiga o aditivo dez do projeto Gisel.

O negócio alcançava R$ 110 milhões em valores de 2001 -hoje seriam R$ 221,22 milhões, quando corrigidos pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado). Envolvia o fornecimento de equipamentos para duas subestações de energia.

O documento cita as iniciais R. M. entre parênteses da seguinte definição: ex-secretário do governador. De acordo com o documento, a comissão deveria ser dividida entre "o partido", "a secretaria de energia" e o "Tribunal de Contas". Na Suíça, o Ministério Público tem o poder de determinar o bloqueio de uma conta sem pedir permissão para um juiz.

Betogate


Recibo assinado no Comitê Lealdade, da reeleição de Beto Richa .Ministério Público possui 300 recibos como provas materiais do caixa dois na reeleição de Beto Richa PSDB.Parente próximo de Beto Richa seria o chefe do caixa dois do Comitê Lealdade. A imprensa tucana está em silêncio




O prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), demitiu hoje mais três pessoas que aparecem em fitas de vídeo, recebendo dinheiro durante a campanha eleitoral

"Quero ver ele demitir gente grande que está envolvida", comentou Rodrigo Oriente, autor das denúncias da compra da reeleição de Beto Richa(PSDB). Ele disse que prefere não comentar sobre qem são essas outras pessoas, que seriam a fonte do dinheiro, alegando que há um processo que corre em sigilo em relação às denúncias.

Os perdigueiros da revista “Veja” farejaram de longe a confusão e desembarcaram na capital de todos os paranaenses. Os odores sentidos pela revista tem tudo a ver com as denúncias de compra de apoios e o tal Comitê da Lealdade.

E tem mais. O Coleguinha Esmael diz aqui em seu blog que, Dinheiro do caixa dois de Beto Richa teria vindo de empreiteiras

Quem esteve em Curitiba também foi o CQC.Fazendo o que? Veja o vídeo

Ministro da Fazenda dominicano chega ao Brasil em busca de financiamento


O ministro da Fazenda dominicano, Vicente Bengoa, viajou ontem para o Brasil, onde se reunirá com autoridades na busca de financiamento para projetos de infraestrutura em vários pontos do país caribenho.

Bengoa chegou hoje ao Rio de Janeiro, onde assinará, amanhã, com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, o contrato de financiamento para o corredor Duarte na República Dominicana, que inclui a construção de soluções de trânsito em vários cruzamentos da capital Santo Domingo.

Segundo uma nota do Ministério da Fazenda da República Dominicana, Bengoa também se reunirá nesta quarta-feira, em Brasília, com o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.

No encontro, discutirão sobre a ampliação do financiamento para projetos como o das hidroelétricas de Palomino, na província dominicana de San Juan da Maguana, no oeste do país, e a de Placeta, em Santiago, no norte.

Além disso, os ministros abordarão o financiamento da estrada do Coral, no leste do país e da represa de Monte Grande, em Barahona, no sudoeste, além do aqueduto de Samaná, no nordeste da República Dominicana.

A viagem segue as linhas das conversas mantidas entre o presidente dominicano, Leonel Fernández, e Presidente Lula, sobre o financiamento brasileiro de grandes obras na República Dominicana, acrescenta a nota.

Procurador amigo de José Serra pede quebra do sigilo de Petista


Meus queridos leitores. Se preparem, os tucanos começaram dar o tom da baixaria visando a eleição 2010. Para o desgaste de Dilma, foi convocado, o procurador da República, o tucano amigo do governador José Serra, Mario Lucio Avelar que pediu à Justiça Federal de Cuiabá a quebra do sigilo telefônico do gerente executivo de Comunicação Institucional da Petrobras, Wilson Santarosa, em 2006. Avelar quer investigar contratos da estatal com a NM Engenharia, para saber se há ligação entre a empresa e o chamado "dossiê dos aloprados".O dossiê criado por tucanos na campanha eleitoral de 2006.

Avelar pede que a Polícia Federal quebre o sigilo dos telefones em nome de Santarosa, de 1º de agosto a 15 setembro de 2006, época da negociação do dossiê. Também requisitou a quebra do sigilo das linhas em nome de Paulo Eduardo Nave Maramaldo e de sua empresa, a NM Engenharia e Anticorrosão, que presta serviço à Petrobras. E sugere que a PF identifique todos os contratos entre a estatal e a empresa.

Avelar é amigo de José Serra PSDB

O leitor lembra do dossiê dos aloprados? Aquele dossiê armado pelo PSDB, com ajuda do delegado Bruninho, na campanha eleitoral de 2006?

A trama urdida para, como um guindaste, levantar a votação do candidato Geraldo Alckmin e levá-lo ao segundo turno, deveu-se a um delegado da Polícia Federal, Edmilson Pereira Bruno, e ao procurador da República, Mário Lúcio Avelar - em conluio com um setor da mídia, em especial o império Globo.Sabia? E você sabia que, hoje o mesmo jornal o Globo está publicando essa notícia "exclusiva"?

O leitor lembra do Dossiê Lunus, criado pelo PSDB, para tirar Roseana Sarney do caminho de José Serra, na disputa a presidência?

Avelar, foi apontado como comandante da operação, e tivera papel igual ao divulgar no início de 2002 as fotos do dinheiro apreendido na firma Lunus, do marido de Roseana Sarney (o que detonara a candidatura presidencial dela pelo PFL no momento em que, nas pesquisas, ultrapassava a do tucano Serra na preferência para confrontar Lula). Mas a ficha do afoito Avelar não fica nisso.

Em 2002, uma operação da polícia federal comandada pelo procurador da República, na época no Tocantins, Mário Lúcio Avelar apreendeu dinheiro na empresa de Roseana Sarney, que vinha crescendo nas pesquisas e ultrapassado o candidato José Serra. A divulgação das fotos do dinheiro vazada para a imprensa prejudicou a candidatura de Roseana, favorecendo o candidato tucano, José Serra.

Em 2006, uma operação da polícia federal comandada pelo mesmo procurador da República, Mário Lúcio Avelar, apreendeu dinheiro com petistas-segundo ele-, que lideravam com folga no 1º turno, para a compra de um dossiê contra o candidato José Serra. A divulgação das fotos do dinheiro vazada para a imprensa fez com que a disputa fosse para o 2º turno, favorecendo o candidato tucano, Geraldo Alckmin. Serra trocou idéias com o procurador Mário Lúcio Avelar, que foi o autor do pedido, e orientou a estratégia a ser adotada.

Coincidência?

O procurador já tinha pisado na bola mais duas vezes. Em Tocantins, fora afastado pelo procurador-geral Geraldo Brindeiro no final de 2002, por ter indiciado políticos com mandato sem ter autoridade para tal (pois isso cabe ao procurador-geral). E em Mato Grosso, seu posto seguinte, tinha sido o desastrado comandante jurídico da operação Curupira, da Polícia Federal, contra funcionários do Ibama e madeireiros.

No caso Roseana, o dinheiro foi afinal devolvido, após a conclusão de que nada ocorrera de ilegal na campanha.O dinheiro que destroçou a candidatura de Roseana foi devolvido, após o estrago, por não haver crime.

O mesmo procurador Avelar, responsável pelo procedimento jurídico no caso do dossiê, pediu a prisão preventiva de Freud Godoy, segurança do Presidente Lula.Foi provado que ele era inocente .Leia a matéria aqui e Leia aqui

E novamente a Globo entra em ação

A matéria de capa do Globo de hoje:Investigada ligação de Santarosa com 'aloprados'. A mesma Globo que estava em 2006, com Avelar e Bruninho filmando dinheiro com o marqueteiros de Serra eAlckmin.

Por que apenas um lado da história foi explorado pela grande mídia em 2006?

O interesse extraordinário da TV Globo em dar espaço ao caso do dossiê fica mais evidente quando se constata que a rede preferiu ignorar um fato inescapável do ponto de vista jornalístico – o maior desastre aéreo da história da aviação brasileira – o choque entre um avião Boing 737-800 da Gol e o jato Legacy, no sul do Pará. A edição das capas dos jornais paulistas Folha e Estadão forçando a relação entre as fotos do dinheiro e a pessoa do presidente Lula ficam mais do que ressaltados os interesses políticos partidários de prejudicar a candidatura Lula.

Apenas um lado da história foi explorado pela grande mídia, enquanto que as articulações de Abel Pereira, empresário de Piracicaba envolvido com interesses no Ministério da Saúde na época dos governos tucanos era totalmente omitida. Além disso, pouco se investigou sobre o papel do Procurador da República Mário Lúcio de Avelar, que comandou a operação que levou à denúncia da compra do dossiê que é amigo de José Serra PSDB



A farsa do delegado:Delegado Bruno e jornalistas combinam vazamento



Sem medo de ser feliz


O medo do desemprego no país está em queda. A constatação está em pesquisa recém-concluída por CNI/Ibope. A pedido da Confederação Nacional da Indústria, o instituto ouviu 2.002 brasileiros maiores de 18 anos, de 29 de maio a 1ode junho. O Índice de Medo do Desemprego (IMD) caiu de 97,2 para 89, entre março e junho. O recuo de 8,4% foi o maior já registrado num trimestre. “Com confiança no emprego, o consumidor é mais propenso a gastar. Por isso, esse índice pode ser visto como mais um sinal da recuperação da economia neste segundo trimestre”, diz Flávio Castelo Branco, gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI. Com a queda recorde deste mês, o IMD voltou a se aproximar dos menores níveis da série histórica, registrados entre 2007 e 2008. Em março, três em cada dez entrevistados tinham muito medo de ficar sem emprego ou ter um membro da família demitido. A proporção caiu para 22%. Já os que não temem o desemprego passaram de 37% para 46% dos consultados.

Brasil exporta mais e reverte saldo comercial com a China

A crise global reverteu a tendência do comércio entre Brasil e China e transformou o déficit em superávit. O Brasil acumulou robusto saldo de US$ 2,8 bilhões com os chineses de janeiro até a segunda semana de junho. No primeiro semestre de 2008, o déficit do comércio bilateral estava em US$ 1,5 bilhão, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Dois fatores explicam a reviravolta nas relações comerciais com o dragão asiático: a recomposição de estoques de commodities na China, que incentivou as vendas de produtos brasileiros como minério de ferro e soja, e a queda da produção industrial no Brasil, que derrubou as importações de componentes e máquinas chinesas.

Para o secretário de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, o Brasil vai apurar um "superávit importante" com a China em 2009. Ele ressaltou o impacto da China na balança comercial brasileira. O país asiático é responsável hoje por 22,5% do superávit total do país.

A aposta dos economistas é que o saldo atual é um "ponto fora da curva" e que o Brasil deve retomar o padrão de déficits crescentes com a China a partir de 2010. No segundo semestre, a tendência é de superávits menos robustos, a medida que a economia brasileira se recupera e a China termina de recompor os seus estoques.

PF já recuperou US$ 10 bilhões do caso Banestado


Em pouco mais de dez anos de investigações, a Polícia Federal (PF) já contabiliza US$ 124 bilhões em evasões para o exterior, relativas ao caso Banestado. Desses, cerca de US$ 10 bilhões retornaram aos cofres públicos. Com mais apoio e verbas, os valores recuperados poderiam chegar a 40% do total, cerca de US$ 49,6 bilhões, afirma o chefe do Serviço de Perícias Contábeis e Econômicas da PF e diretor da Associação Nacional de Peritos Criminais Federais (APCF), Eurico Monteiro.

"Em termos de recursos investigados, o Banestado foi o maior rastreamento já realizado na história mundial. Dos US$ 124 bilhões investigados pode-se dizer que 90% são de operações ilegais", explica Monteiro, que participa hoje (23) do III Seminário Internacional de Perícias em Crimes Financeiros (IC Financial Crimes 2009), no Instituto Nacional de Criminalística (INC), em Brasília.

"Apenas com ações fiscais foi possível recuperar US$ 10 bilhões. Certamente poderíamos chegar a cerca de 40% do total, caso houvesse mais apoio e verbas e condições de trabalhar de forma mais simultânea aos acontecimentos", disse. "A publicidade do caso acabou afugentando os envolvidos, que tiveram tempo hábil para retirar o dinheiro que estava para ser bloqueado no exterior", completou.

Ao todo, 10 bancos e 1.300 contas foram investigados. Entre os quais, o Banco Opportunity, o Banco Pontual, empresas de grande porte e personalidades que vão de jogadores de futebol a cantores populares.

O caso Banestado foi uma megainvestigação iniciada na Tríplice Fronteira, onde foi identificada uma movimentação suspeita de grande quantidade de dólares transportados por carros fortes. Como havia, na região, uma movimentação constante de sacoleiros brasileiros que iam comprar no Paraguai, o Banco Central abriu uma concessão para que diversas instituições financeiras recebessem os reais dos lojistas paraguaios e os trocassem por dólares, que poderiam ser depositados em contas do exterior.

"Isso abriu uma brecha para que doleiros vislumbrassem uma porta de saída para o envio da moeda a outros países", explica Eurico Monteiro, perito que desde 1999 participa das investigações.

Relembre o caso

Dossiê do caso Banestado traz nomes de políticos

A revista Época - 2003: José Serra.Políticos como José Serra (PSDB) e Jorge Bornhausen (PFL) constam de relatórios da Polícia Federal que mostram a existência de ordens de pagamento e registros de movimentações financeiras do esquema de lavagem de US$ 30 bilhões por meio da agência bancárias do Banestado de Foz do Iguaçu (PR).

Um dos principais documentos é o dossiê AIJ 000/03, de 11 de abril de 2003, assinado pelo perito criminal da Polícia Federal Renato Rodrigues Barbosa – que chegou ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, com um carimbo de “confidencial”. O perito e o delegado José Francisco Castilho Neto identificaram pessoas físicas e jurídicas que estariam usando o esquema de remessa de dinheiro do Brasil para o exterior.

O dossiê AIJ000/03 traz a indicação de José Serra, ex-ministro da Saúde e ex-presidenciável tucano. O AIJ004 aponta apenas S. Motta, que os policiais suspeitam ser o ex-ministro das Comunicações Sérgio Motta, que já morreu. O dossiê AIJ001 mostra transações financeiras do senador Jorge Konder Bornhausen, presidente nacional do PFL, e do seu irmão Paulo Konder Bornhausen. Já o dossiê AIJ002 aponta o nome do empreiteiro Wigberto Tartuce, ex-deputado federal por Brasília.

No caso de José Serra, há extratos fornecidos pelo banco americano JP Morgan Chase. O nome do ex-ministro, surge em uma ordem de pagamento internacional de US$ 15.688. O dinheiro teria saído de uma conta denominada “Tucano” e sido transferido para a conta 1050140210, da empresa Rabagi Limited, no Helm Bank de Miami, nos EUA. Serra é apontado como o remetente dos recursos. Isto seria uma indicação de que ele teria poderes para movimentar diretamente a conta Tucano. Entre 1996 e 2000, essa conta recebeu US$ 176,8 milhões, segundo a PF.

Charges do Bira







Terça-feira, 23 de Junho de 2009

Lula pede 'juízo' aos partidos de oposição


O Presidente Lula recomendou hoje "juízo" aos partidos de oposição ao governo federal. "Quando a oposição fica numa situação delicada - e eu sei como é complicado criticar um governo que está indo bem -, começa a falar bobagem", disse, em São Paulo, em entrevista à Rádio Capital. "Como já fui oposição, posso dar um conselho à minha oposição: juízo." Em uma alusão ao PSDB, que deve lançar o governador de São Paulo, José Serra, candidato à Presidência em 2010, Lula afirmou: "Achar que você só pode ganhar as eleições se tiver desgraça é um equívoco enorme."

O Presidente se disse acima de críticas em três áreas de governo. "Não podem me criticar na área da educação, segurança e na área econômica. Temos hoje o menor juro da história do Brasil e o maior investimento." Na entrevista, de 40 minutos, o presidente disse esperar manter a aprovação de seu governo na faixa de 80% até o fim do mandato. Mesmo assim, Lula voltou a descartar a possibilidade de um terceiro mandato. "A alternância de governo é importante porque o povo sempre vai tendo a sorte de poder encontrar uma pessoa melhor, que faça mais e inove", disse. "Não quero ser candidato pela terceira vez."

Questionado sobre o que pretendia nesse último um ano e meio de administração, Lula falou que não vai "inventar mais nada". "Só peço a Deus para terminar o que estou fazendo." Ele prometeu deixar a seu sucessor um Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) 2011-2015. "Para que quem vier depois de mim encontre projetos na prateleira, prontos para fazer a licitação." Ele prometeu não tirar um centavo sequer do PAC prometido para essa gestão, mesmo diante de uma eventual queda na arrecadação de impostos.

Lula defendeu, mais uma vez, a candidatura à Presidência da ministra Dilma Rousseff. "Tem pouca gente preparada no Brasil como a ministra Dilma. É uma mulher muito competente e inteligente." Para o presidente, o Brasil será o primeiro país a superar os efeitos da crise econômica mundial. "O pânico já passou. Na hora em que o mundo voltar à normalidade, o Brasil sairá na frente de todos os países", disse. "O Brasil está no ponto para se transformar numa grande economia mundial."

Senado

O Presidente disse acreditar que as denúncias de irregularidades no Congresso Federal contribuam para a paralisia da instituição. "Não se pode estabelecer um processo de paralisia do Legislativo por conta de uma coisa que existe há 40, 50 anos neste País." O presidente do Senado, José Sarney (PMDB), é acusado de contratar parentes e conhecidos por meio de atos secretos. "Você não pode banalizar a ponto de levar a sociedade a desacreditar de tudo", disse o presidente, que defendeu Sarney publicamente na semana passada. Lula sustentou ainda que só uma reforma política permitirá que o País possa "sonhar com uma política um pouco mais nobre".

Obama cita Lula como exemplo na América Latina

O presidente americano, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira, 23, durante entrevista coletiva na Casa Branca, que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um exemplo para outros países da América Latina. Questionado sobre a relação dos Estados Unidos com a região, Obama citou Lula e a presidente do Chile, Michelle Bachelet, como líderes da América Latina que mantêm um bom relacionamento com o governo americano.

"Eu penso que o Chile lidera pelo exemplo", disse o presidente americano, que se encontraria com Bachelet em Washington nesta terça-feira. "Estou usando o Chile como um exemplo, mas o mesmo é verdade para o Brasil."

"O presidente Lula tem uma orientação política muito diferente da maioria dos americanos", acrescentou Obama. "Ele surgiu do movimento sindical e era visto como um forte esquerdista."

"Acontece que ele se mostrou uma pessoa muito prática, que, apesar de manter relações por todo o espectro político da América Latina, realizou todos os tipos de reformas de mercado inteligentes que fizeram o Brasil prosperar", afirmou o presidente americano.

Ao elogiar Lula e Bachelet, Obama disse que os dois presidentes apontam o caminho que países "onde a tradição democrática não é tão enraizada" deveriam seguir. "Nós podemos tornar uma causa comum mostrar para esses países que democracia, respeito pelos direitos de propriedade, respeito por economias de mercado e respeito às leis podem levar a uma maior prosperidade", completou o presidente americano. BBC Brasil -

Deputado é réu por desvio de passagens há 14 anos


O Ministério Público de Rondônia acusa o deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO) de envolvimento em desvios de dinheiro público por meio de vendas irregulares de passagens aéreas à Assembléia Legislativa do estado. O processo tramita na primeira instância, desde 1995, na 2ª Vara da Fazenda Pública de Porto Velho (RO). A denúncia por improbidade administrativa contra o deputado e mais quatro pessoas, incluindo sua ex-mulher, foi feita a partir das conclusões de uma CPI do Legislativo estadual, encerrada em 1994. Apesar de a denúncia ter sido feita há 14 anos, só a partir do último dia 23 de abril é que o processo ficou pronto para a sentença do juiz responsável pelo caso. Segundo a ação civil pública (leia a íntegra) dos promotores Miguel Mônico Beto e Rodney Pereira de Paula, a agência de viagens Tamatur, que pertenceu ao parlamentar, vendia passagens aéreas para a Assembléia e depois cancelava a emissão dos bilhetes.

"Constatou-se ainda que a mesma empresa realizava vendas fictícias de passagens aéreas à Assembléia, forjando faturas frias ou inexistentes ou fraudadas, algumas até com alterações dos valores, tudo com o objetivo de desfalcar o patrimônio público em benefício dos réus e de outras pessoas ainda não determinadas, tanto da própria empresa Tamatur, quanto de pessoas ligadas à Assembléia", afirmam os promotores no texto da ação.

O Ministério do Público estadual aponta outra irregularidade: a empresa do deputado e de sua então mulher, Maria Helena Erise Mendes, não poderia ter sido contratada pela Assembleia porque os dois eram funcionários da própria Casa. A proibição desse tipo de contratação está prevista no artigo 9° da Lei de Licitações, a Lei 8.666/93. "A empresa Tamatur não apresentou certidão negativa do INSS e os seus sócios: Rubens Moreira Mendes e Maria Helena Erise Mendes eram funcionários da Assembléia Legislativa, o que os impedia de contratarem com a administração pública", sustenta a ação. Congresso em Foco

segunda-feira, 22 de junho de 2009


Tem mais fita por aí sobre a corrupção tucana no governo Beto Richa


FONTE: Os Amigos do Presidente Lula


A fita exibida no Fantástico sobre o corrupção eleitoral na campanha da reeleição do prefeito de Curitiba Beto Richa (do PSDB de José Serra) pode ser só o começo.

O jornalista de Fábio Campana do Paraná On-line publicou a seguinte nota:

No início deste mês de junho, ao chegar à cidade de Colombo, Requião viu o então secretário municipal de Curitiba, Manasses Oliveira, e tascou-lhe a seguinte provocação: "Você vai se complicar, Manasses. Tenho uma fita sua com os empreiteiros que é muito comprometedora".

As testemunhas dizem que Manasses Oliveira ficou lívido. Requião seguiu em frente. Quem viu e ouviu a cena não entendeu. Só Manasses e o próprio Requião podem explicá-la. Explica, Manasses! Explica, Requião!

A empresa privatizada por FHC


A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou que a Telefônica suspenda a comercialização do serviço de banda larga Speedy que atende o Estado de São Paulo. A decisão foi tomada em razão das inúmeras reclamações de falhas na prestação do serviço de acesso à internet em alta velocidade. A suspensão é temporária e vai vigorar até que a empresa declare que foram implementadas medidas que assegurem a efetiva regularização do serviço.

A Telefônica tem prazo de 30 dias para apresentar um plano de prestação de serviço e, em caso de descumprimento, terá de pagar uma multa de R$ 15 milhões e um adicional de R$ 1 mil para cada acesso do serviço comercializado. A decisão foi publicada hoje no Diário Oficial da União (D.O.U.).

Reunião com Suplicy


E está rendendo a proposta do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) de colocar os salários dos servidores do Senado na internet. Hoje, o parlamentar receberá representantes do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo (Sindilegis). O presidente da entidade, Magno Mello, manteve contato telefônico com o senador e deu início à conversa, esclarecendo ao parlamentar que suas preocupações com a moralidade e a transparência são compartilhadas pelos servidores, mas que existem diversos caminhos para se atingir esses objetivos sem causar tantos traumas quanto os decorrentes de sua proposta. "A biografia do senador não nos permite ter nenhuma dúvida acerca da boa-fé que o move. Com base nesse pressuposto, esperamos contar com sua ajuda para levar aos colegas e à Mesa Diretora a compreensão de que a situação do Senado constitui um problema gravíssimo, cuja superação exige, antes de tudo, a necessidade de que todos se irmanem sob o propósito comum, isto é, o fortalecimento da instituição", afirma. O projeto do senador encontra-se submetido a prazo de emenda por parte dos demais membros da Casa.

Reabertas investigações sobre ações da ditadura


O Ministério Público Militar reabriu investigações sobre desaparecidos políticos no regime militar (1964-1985). A Procuradoria Geral da Justiça Militar encaminhou no início deste mês um ofício ao Comando do Exército solicitando informações sobre a composição e as atribuições dos oficiais do DOI-Codi de São Paulo --órgão repressor da ditadura militar-- no período de 1971 a 1976.

A reabertura dos casos foi realizada a partir da tese de que os sequestros de pessoas não encontradas, vivas ou mortas, são crimes ainda em andamento. Os militares Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir Santos Maciel, que comandaram o DOI-Codi de 1971 a 1976, são acusados pela Procuradoria. A investigação pode resultar na perda de patentes e remunerações.

Domingo, 21 de Junho de 2009

Mala de dinheiro na campanha de Beto Richa

Em agosto de 2008, o prefeito de Curitiba Beto Richa (do PSDB de José Serra) compareceu à inauguração do Comitê Lealdade (foto de cima). No mês seguinte, o coordenador Alexandre Gardolinski (abaixo à direita) filmou o pagamento aos ex-candidatos do PRTB que apoiaram a reeleição do tucano.


A corrupção tucana transborda também na prefeitura de Curitiba, no governo Beto Richa. Nem a Gazeta do Povo (do PIG paranaense, grupo que detém a TV afiliada da Rede Globo) consegue mais segurar a notícia.

Um vídeo apresentado em reportagem da Gazeta do Povo mostra lideranças do PRTB do Paraná fazendo uma partilha de dinheiro vivo dentro de um comitê eleitoral de Beto Richa (PSDB de José Serra) na campanha eleitoral de 2008 para a prefeitura de Curitiba.

Na prestação de contas da campanha, junto ao TSE, não constam os nomes, nem os CPFs, das pessoas que aparecem no vídeo recebendo dinheiro ou que são citadas. Portanto caracteriza-se caixa-2.

Tudo começou em julho do ano passado, quando 28 candidatos a vereador do PRTB recusaram seguir a orientação oficial do partido, que se coligou com o PTB do então candidato a prefeito Fabio Camargo.

Esse grupo dissidente (a grande maioria ocupava cargos na prefeitura de Beto Richa), abriu mão de suas candidaturas a vereadores, e se uniram para fundar o "Comitê Lealdade" em apoio à reeleição de Richa.

No comitê, que funcionava em uma casa no bairro do Ahú, em Curitiba, também eram realizados churrascos, festas e outros eventos eleitorais.

Porém essa "lealdade" parece que foi aos cargos na prefeitura, e tampouco foi voluntariosa, pois pelo menos 23 dos dissidentes do PRTB aparecem no vídeo recebendo dinheiro em espécie das mãos de Alexandre Gardolinski, indicado por Richa como coordenador do comitê.

Além disso, outras 5 pessoas são citadas na gravação como beneficiárias dos recursos distribuídos.

Pelo menos 8 ex-candidatos dissidentes do PRTB foram nomeados após a eleição para cargos na prefeitura de Curitiba, nas secretarias de Governo, Assuntos Metropolitanos, Trabalho e Emprego, Esporte e Lazer e até no gabinete do prefeito.

O próprio autor dos pagamentos, Alexandre Gardolinski confirma que não houve qualquer prestação de contas. "Era um comitê independente", justifica. Segundo ele, o dinheiro usado para pagar os ex-candidatos veio de "contribuições de amigos". Ele não quis dizer os nomes dos doadores.

A gravação mostra os ex-candidatos, um a um, recebendo o dinheiro das mãos de Gardolinski e assinando um recibo referente ao valor pago pelo comitê, além de outras quantias para pagamento de combustível.

A Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná informou que está acompanhando e investigando supostas irregularidades durante a campanha do prefeito tucano Beto Richa na eleição de 2008.

Ao tomar conhecimento do vazamento do vídeo, o governo de Beto Richa sofreu um abalo em meio à corrupção, com exoneração de secretários e outros funcionários de confiança nas secretarias, envolvidos no escândalo. Fato muito semelhante ao ocorrido no governo Yeda Crusius com a exoneração de secretários envolvidos no escândalo do DETRAN.

Foram exenorados, por tornarem-se insustentáveis no cargo, em meio ao escândalo da corrupção tucana da prefeitura de Curitiba:

- o secretário de Assuntos Metropolitanos, Manassés Oliveira, que aparece na gravação recebendo dinheiro (na primeira gestão de Beto Richa, foi o secretário do Emprego e Trabalho, onde ficou até a campanha eleitoral do ano passado);

- o próprio Gardolinski, que distribuiu o dinheiro, ocupava até a última quinta-feira cargo em comissão na Secretaria do Emprego e Trabalho;

- Raul D’Araújo Santos, que também aparece no vídeo, era superintendente da Secretaria de Assuntos Metropolitanos. Na época da gravação, ele respondia interinamente pela secretaria de Emprego e Trabalho, devido à Manassés ter se licenciado.

Clique na imagem para ampliar e ver cenas do vídeo com quem recebeu dinheiro: