sexta-feira, 29 de janeiro de 2010


Sociopatas


 



A elegância entre adversários é uma conquista da civilização. Desde séculos imemoriais o homem cultivou essa postura altaneira em qualquer campo das disputas humanas. No futebol, onde se vê freqüentes demonstrações de selvageria, quando um jogador está caído seus adversários chutam a bola para fora, cedendo cobrança lateral, para que o ferido seja atendido. No boxe, se um dos lutadores “vai à lona” o outro também não ataca. Até os duelos eram feitos com um mínimo de respeito entre os contendores.
É doloroso para alguém como eu, que repudia golpes baixos na política – como fiz quando o ex-porta-voz de Fernando Collor, jornalista Claudio Humberto, espalhou notícia jamais comprovada sobre um segundo filho ilegítimo de FHC, ou quando condenei a campanha eleitoral de Marta Suplicy por usar boatos sobre a sexualidade do hoje prefeito Gilberto Kassab –, ler o que li de comentaristas de blogs da mídia de oposição como o de Reinaldo Azevedo ou o de Ricardo Noblat por conta do recente mal-estar do presidente.
Já reproduzi, em outro post, aquilo ao que me referi no parágrafo anterior. Ou seja, ao teor desses comentários desprezíveis de regozijo e de chacota por conta do problema de saúde do presidente da República. Estamos falando de gente que se divertiu com o que aconteceu com ele.
Também a ausência de manifestações públicas de solidariedade a Lula por parte de seus adversários diretos demonstra mais um pouco a que nível se chegou na disputa política no Brasil, ainda que nos continentes americano, asiático ou africano, principalmente, a selvageria opositora seja característica e recorrente na política, em maior ou menor grau, e ainda que não se possa negar que se trata de uma degeneração da luta política que independe de ideologia ou de grupos partidários.
Assusta ver quão baixo tantos são capazes de descer em uma disputa. Sobretudo porque conduta tão chocante pode ser vista sendo adotada por pessoas supostamente “esclarecidas” e de nível social inclusive mais alto do que o da média da população, o que revela que não se trata de ignorância ou de revolta com a vida, mas da mais legitima sociopatia.
Vi, pessoalmente, uma gentil velhinha, culta e “bem de vida”, reagir assim ao saber que Lula sentiu-se mal. Vi um professor universitário. Vi uma enfermeira de pediatria. Enfim, vi pessoas supostamente respeitáveis agindo como animais, pondo para fora seus instintos mais primitivos, ferozes, irracionais, desumanos ao saberem que o objeto de seu ódio adoeceu.
Só de pensar em como essas pessoas são capazes de dar vazão tão impressionante ao seu lado sombrio contra qualquer um que desafie suas idiossincrasias, sinto medo.  Esse tipo de ser humano, conforme vastos estudos  demonstram, pode compartilhar nosso dia a dia. São pessoas perigosíssimas. Esses estudos mostram que, sob as condições “certas”, são capazes de ultrapassar qualquer limite da civilização.
Um excelente exemplo de sociopata é a jovem Suzane Von Richtoffen, garota de aparência angelical e inocente que, com o concurso do namorado e do “cunhado”, assassinou os próprios pais a pauladas enquanto dormiam.
Essas pessoas existem muito mais do que se imagina e todos estamos ao seu alcance. Costumam ser dissimuladas e inteligentes. Muitas vezes, ocupam cargos de relevo em todas as áreas da atividade humana, até porque não medem esforços e limites para “se darem bem”. Muito cuidado, portanto, leitor. Certamente você tem uma ou mais dessas pessoas no seu caminho... Ou até bem mais perto do que isso.






Eu não gostaria de ser Lula

Eu não gostaria de ser Lula


 



Estava eu lá na Capital da República em dezembro passado (participando da Conferência Nacional de Comunicação), em uma conversa informal com um deputado do Democratas (PFL) de São Paulo, quando ouvi dele uma frase inaudita: “Lula só não conseguiu o terceiro mandato porque não quis”.
É verdade. Com a aprovação que Lula tem, muitos deputados e senadores pensariam duas vezes antes de se caracterizarem publicamente como anti-Lulas votando contra o que é um desejo de pelo menos metade dos brasileiros, conforme detectou pesquisa Datafolha em meados do ano passado. Isso sem o popularíssimo Lula querer. Imaginem se ele trabalhasse para aumentar esse percentual...
Por que, então, Lula não cedeu a essa tentação? Seus adversários oficiais e informais, negando-se a reconhecer seu espírito democrático de não alterar as regras do jogo com ele em andamento (como fez seu antecessor na Presidência da República), dizem que é porque ele “sabia” que “não conseguiria”. Garanto a essas pessoas que há muito político da oposição demo-tucana que pensa diferente.
Corte para o presente. Noite do dia 27 de janeiro de 2010 (ontem). O presidente Lula passa mal e é internado no Real Hospital Português de Beneficência (RHP), em Recife, devido a uma crise de hipertensão arterial (18 por 12). O presidente havia cumprido extensa agenda pública.
Os adversários de Lula dizem que ele não faz nada da vida, mas sua agenda é publicada diariamente sobretudo por seus adversários, até para facilitarem que ele seja fiscalizado por alguém que esteja próximo de si, esteja onde estiver. Basta analisar essa agenda para ver seu ritmo de trabalho. É difícil que em algum dia da semana ele não tenha uma agenda pública.
Seus adversários, no entanto, dizem que sua vida é um mar de rosas. “Só se alcoolizando ou se esbaldando em mordomias”, dizem pelas costas e nos blogs, por exemplo. Seria a “gentinha” lambendo os beiços com os privilégios aceitos somente para os doutores.
Vejam o que dizem comentaristas de um dos mais conhecidos blogs da mídia tucana (preservei o português deles conforme o usaram):


Marcia1907 - 28/1/2010
Vai ver que o esforço de segurar a candidata para não cair ladeira a baixo foi o causador da hipertensão. A Dilma deveria estar com remorso, isto sim! 

Csfu - 28/1/2010
Deveria se tratar em Cuba isso sim, afinal, é referencia em ahahahahaha medicina.
Aliás acho que Cuba é mesmo o lugar, veja o exemplo do COMAndante Fidel, mesmo morto parace vivo. rsrsrs 

IPS2 - 28/1/2010
Foi atendido na UPA ? Ele falouu que dava até vontade de ficar doente... bom.... foi atendido, mas foi na unidade de saúde pública ? Ou foi para algum hospital RPIVADO e muito, mas muito, CARO ? 

Eomundogira - 28/1/2010
Estando em Pernambuco, qualquer um pode constatar que o Frevo é mesmo um ritmo intenso. Desaconselhável é ficar obsessivo dançando nesse Frevo sem parar, fazendo muito Carnaval para nada. PS: no caso, Carnaval= espetacularização. 

O_Anti-Virus - 28/1/2010
Ritmo intenso? O luLLu foi a algum baile funk ontem? 

flying - 28/1/2010 - 15:37
hehehe. ritmo intenso de Lula Berzoini? de levantamento de copo cheio de 51? 

Todos os dias, desde 2003, Lula é acusado de tudo nesses jornais, revistas, tevês, internet, rádios. Todos os dias, Lula acorda e vai dormir tentando adivinhar do que o acusarão desta vez. Só nos últimos sete anos e tanto – sem contar a artilharia da mídia contra ele quando estava na oposição –, já foi acusado do seguinte:
1 – Assassinato
2 – Roubo
3 – Perversão sexual
4 – Mitomania
5 – Alcoolismo
6 – Covardia
7 – Deslealdade
8 – Inveja
9 – Arrogância
10 – Burrice
Esqueci alguma coisa? Aliás, será que existe ser humano tão ruim quanto esse Lula que a mídia pinta?
Se cair um teco-teco em algum grotão do país, a culpa é dele. Até pelo que é responsabilidade de seus adversários ele é acusado. Está permanentemente sob tensão, cumprindo uma agenda extenuante, pulando de cidade em cidade, de país em país, mergulhado em reuniões, tentando evitar que o país tenha problemas e lutando para fazer prevalecer suas medidas que seus adversários combatem uma a uma, indiscriminadamente.
Agora eu lhes pergunto: é de estranhar que ele esteja, no mínimo, estressado, e que esse estresse já esteja pesando a um homem de 64 anos? Alguém estranha que o presidente não tenha querido governar por mais tempo? Para mim, toda evidente mordomia que tem qualquer chefe de Estado não compensa uma vida dessas.
Prefiro ser eu mesmo do que ser Lula. Não há preço que pague estar livre para ir aonde quiser, dizer o que quiser, ser dono de mim mesmo. E desconfio de que o presidente anseia por isso. Deve estar contando os minutos para voltar a ser livre.

Manipulação no Jornal Nacional

Colaboração do meu amigo Fernandinho - Recife - PE


No Twitter:"O JN de hoje se superou: bateram no Lula, em Chávez, no MST e isentaram o Serra dos alagamentos. Deve ser o crescimento da Dilma sobre Serra" @AdrianoRima

No email do blog

Não é querendo dar destaque ao PIG. Mas é difícil ver mentiras e manipulações na TV e ficar calado, sem pelo menos soltar o verbo em algum lugar.

Na edição de hoje do JN, eles mostraram como esconder a lambança administrativa em SP. E como tentam de qualquer modo depreciar o governo Lula.

Em duas "reporcagens" tentam detonar as relações internacionais e incriminar o presidente Lula de não seguir as prerrogativas do do poder Legislativo e do TCU.

A primeira, chega a defender o papel do Brasil no caso de Honduras (que antes falavam em desorientação da diplomacia nacional) em detrimento a relação com a Venezuela. Nesta reportagem, praticamente cobram do governo um posicionamento em relação a tal "crise na venezuela". Convidam até dois diplomatas (provavelmete do PIG) para falar da tal ambiguidade.

A segunda é mais nefasta ainda, chega a chama Lula de ditador ao dizer que o presidente passou por cima do Legislativo e do TCU para manter obras embargadas no ano de 2009.

Para mim essas duas "reporcagens" tem uma mensagem sublimiar, taxar o presidente Lula de Golpista.
Ao afirmar que o governo do presidente Lula não emite opinião sobre um estado revolucionário (tal crise Venezuela) e caracterizar o chefe administrativo da nação (Lula) de não seguir as leis democráticas (revogando decretos do poder judiciário e dominando o poder Legislativo, segudo eles).

Enquanto SP some embaixo de água, eles criam crises para retirar a atenção da falta de governo no estado de SP.

Cuidado com o PIG...eles não brincam...Antonio Fernando

Agora, é a sua vez de contar o que achou do Jornal Nacional dessa noite

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

60 mortes em 60 dias. Quando começa a vacinação em massa em São Paulo ?

Na foto, o melhor amigo da leptospirose
Na foto, o melhor amigo da leptospirose
Desde que a chuva começou, há dois meses, morreram sessenta pessoas em São Paulo.
Um morto por dia.
Parece o Afeganistão.
Zé Alagão não faz nada.
Põe a culpa na água e nos pobres – trololó que o PiG (*) repete incansavelmente.
Quando ele e a Globo inventaram a epidemia de gripe suína e ele suspendeu as aulas em São Paulo, parecia merecer o título de “melhor Ministro da Saúde da História”, que o ministro serrista Nelson Jobim lhe conferiu.
Zé Alagão suspendeu as aulas, mas não suspendeu os jogos do Brasileirinho no Morumbi, para não atrapalhar a Globo …
Agora, sim, é que ele tinha que mostrar que foi um Ministro da Saúde que fez muito mais do que comprar ambulâncias.
Se ele fosse um bom Ministro, mesmo, ele comemoraria o aniversário de São Paulo, nesta segunda feira, com uma campanha de vacinação em massa.
Especialmente depois que alagou a maior central de alimentos do mundo, o Ceagesp, que ficou sob as águas pútridas do rio Pinheiros. (**)
Zé Alagão tem que distribuir antibióticos em massa, para combater a leptospirose.
Zé Alagão tem que dar água pura de beber a quem tomou água pútrida ou comeu alimentos estragados na Baixada Santista.
Zé Alagão tem que distruibuiir pomadas e remédios para combater a micose de pele.
Zé Alagão tem que vacinar todo mundo contra a hepatite contraída com o consumo de alimentos estragados e água contaminada.
Zé Alagão tem que sair do twitter e trabalhar.
Ou ele pensa que governar São Paulo é se eleger presidente da República ?
Eliane, cadê o Serra ?
O que São Paulo inspira

 



Hoje, 25 de janeiro, aniversário de São Paulo, as pessoas lerão textos bonitos e romanceados nos jornais e na internet. Também haverá lamentos e denúncias pela dramática situação da cidade neste mês de janeiro, com inundações que já causam uma crise humanitária por aqui, com milhares de desabrigados e vários mortos.
A este texto caberá missão mais modesta. Qual seja, a de tentar captar o que São Paulo inspira em seus habitantes para que metade deles almeje mudar de cidade – e, ainda assim, não o faça – e a outra metade nem cogite buscar uma qualidade de vida melhor.
Neste ano, essa incoerência dos paulistanos parece maior porque os problemas que as chuvas causam anualmente nesta cidade, aumentaram. As águas estão invadindo as casas sem distinção de etnia e classe social.
Diante da democratização da catástrofe, a mídia, que quando o prefeito e o governador são “amigos” limita-se a atribuir a tragédia das águas a São Pedro e às “administrações passadas”, vem pesando a mão contra o prefeito e ousando criticar o incriticável midiático da política nacional, o governador Serra.
Esse fenômeno acontece porque o apoio do topo da pirâmide social paulistana e da mídia paulista a qualquer governo que se proponha a impedir distribuição de renda, de oportunidades e o uso de dinheiro público para melhorar a infra-estrutura das combalidas periferias da capital, finalmente começa a mostrar como é daninho a todos.
Hoje, completando 456 anos, São Paulo é uma cidade que inspira medo em seus habitantes. Foi isso o que captei no decorrer deste mês, quando passei a estimular qualquer interlocutor daqui a mostrar o que sente sobre nossa cidade.
Descobri, então, que tememos São Paulo, mas, enlouquecidos por um vírus midiático que nos impede de cobrar as autoridades pelo que não têm feito, mergulhamos num conformismo insano, doentio, patético, culpando a nós mesmos pelo que as autoridades não fazem. É uma coisa maluca. Só ouvindo os paulistanos para crer.
Se você não é de São Paulo e acha que estou exagerando, pergunte a qualquer paulistano que conheça se ele se disporia a atravessar a cidade num fim de tarde, ou mesmo a ir a um bairro um pouco mais distante. Pode ser de carro ou de transporte público, tanto faz.
Também pergunte a algum paulistano o que acha de passear por São Paulo de madrugada ou de transportar algum valor pela rua ou de encarar algum hospital público ou de pôr ou ter o filho numa escola pública paulista ou paulistana. Ou pergunte a um de nós o que faz quando começa a chover, estando em casa – saímos desligando aparelhos eletrodomésticos, porque a luz certamente acabará.
O sentimento que brota do paulistano por meio de uma entrevista como essa que propus no parágrafo anterior, é o medo. Temos medo de sair às ruas de nossa cidade e de usar seus serviços públicos. Sobre nós, paira sempre uma angustia, um sentimento de que algo terrível está por acontecer.
Esse sentimento intensificou-se durante o último ano. A crise econômica internacional coincidiu com governos da cidade e do Estado de São Paulo que se pautam por uma ideologia caduca quanto ao papel do Estado, achando que ele deve se omitir mesmo nos momentos nos quais deve induzir em vez de se deixar levar.
Os cortes de gastos que as administrações da capital e do Estado de São Paulo fizeram sob desculpa da crise agravaram sobremaneira a situação de uma cidade que precisava manter os investimentos sobretudo em obras contra enchentes, pois estas produzem verdadeiras catástrofes quando fogem ao controle.
Alguns meses de deliberadas redução na coleta de lixo e economia no desassoreamento do rio Tietê provocaram um aumento escandaloso das enchentes, fazendo as águas chegarem aos bairros dos ricos, que já intuem que essa mentalidade administrativa dos tucanos e pefelês é, de fato, uma ameaça
Uma cidade que inspira medo, portanto. Essa é a São Paulo de 2010. E tudo por obra e graça do preconceito, do egoísmo e da ignorância, desses sentimentos menores que colocaram totais despreparados no comando de administrações complexas como são a Prefeitura e o governo de São Paulo. 




Blogueiro enfermo

Blogueiro enfermo

Atualizado às 10h8m de 25 de janeiro de 2010





Contraí alguma virose e estou de cama, quase pedindo para que Deus me leve, com febre, vômitos, diarréia etc. Devo voltar nesta segunda-feira, espero...

*

Como sempre, amigos e amigas, encontro vocês aqui me apoiando.
Não fui eu que liberei os comentários. Dormi como uma pedra. Venho aqui e encontro um número imprevisto de comentários desejando-me pronto restabelecimento.
Já estou bem. Deve ter sido mesmo essa virose que anda por aí fazendo vítimas.
Creio que peguei o vírus no hospital em que Victoria, minha filha heróica de 11 anos, voltou a ser internada na semana passada.
O que aconteceu foi que a sonda que a criança usa conectada ao estômago para alimentação parenteral, entupiu. Ela foi internada para resolverem o problema e acabou adoecendo.
Naquele ambiente, eu e minha filha fomos vítimas de infecção hospitalar.
O que é estranho é que minha mulher, que ficou muito mais do que eu no hospital, não foi afetada...
Enfim, termino este texto e já começo a escrever um  novo post, sob protesto veemente de familiares, os quais não entendem que escrever,  para mim, é o melhor remédio.





A 'bala de prata' da mídia

A ‘bala de prata’ da mídia


 



A expressão “bala de prata” foi criada para identificar, por metáfora, as denúncias de última hora que a imprensa costuma fazer contra políticos dos quais não gosta às vésperas de eleições, os quais, geralmente, costumam pertencer ao PT, com destaque para Lula. É uma expressão que será registrada nos livros de história.
Essa prática remonta a cerca de vinte anos. Desde então, dificilmente não é usada em qualquer eleição que interesse mais ao controle que a direita exercia e perdeu sobre o país há mais de sete anos. E, por fadiga de material, na eleição presidencial de 2010 essa arma dos conservadores está prejudicada. As razões e as evidências disso são o que este post pretende explicar.
Todos estão vendo, entre desconfiados e perplexos, que a mídia (tevês, rádios, jornais e portais de internet – as revistas da grande mídia ainda relutam em aderir à prática), a partir de meados de 2009, começou a dar notícias desfavoráveis aos tucanos e pefelistas*.
Até o Jornal Nacional passou a dar algumas dessas notícias. Sobretudo depois do desmoronamento do PFL (dito DEM, contra o qual a mídia aceitou usar a expressão “mensalão do DEM”, quando, para o PSDB, era “mensalão mineiro”).
Mas se você, leitor, pegar a Folha de São Paulo deste sábado, por exemplo, cairá de costas. Há vários textos criticando não só Kassab, mas também Serra (!?). A novidade, que raríssimas vezes ocorreu na última década, é a de que, agora, os colunistas do jornal também o criticam
A explicação para tal mudança de atitude está num processo que começa a acontecer de forma mais visível e que a mídia tentou impedir que prosperasse, mas que, ao que parece, não conseguiu.
Dois são os fatores que provocaram esse surto de “isenção” midiática. Um deles foi a sorte – ou o azar, dependendo do ponto de vista. E o outro foi a revolução da internet, que permitiu que discursos políticos e denúncias que sempre foram sufocados pela mídia tivessem como se espalhar.
O azar foi de Serra e de Kassab. As chuvas trouxeram as provas de suas incompetências e mentalidades atrasadas tanto política quanto administrativamente, com seus slogans ultrapassados e obras faraônicas e ineficientes, no melhor estilo malufista, sempre tentando enganar a população confiando no apoio da mídia decorrente de serem de direita.
Ser de direita, há que ressaltar, foi o que levou essa mídia a cometer loucuras como a de o Estadão ajudar a fazer de São Paulo o que ela é hoje apoiando Maluf contra Luiza Erundina nos anos 1990, em eleição para prefeito da cidade.
A mídia ainda resistia a dar a “isenção” que o público exige mesmo com sucessivas pesquisas de opinião, feitas nos últimos sete anos, mostrando que, quanto mais os Marinho, os Frias, os Civita, os Mesquita e seus seguidores batiam em Lula, mais ele ganhava popularidade.
O recado eleitoral da população dado na eleição presidencial de 2006, quando esta população reelegeu Lula depois de a mídia chamá-lo de bandido por dois anos, foi ignorado. E continuou sendo ignorado quando os mais escolarizados passaram a apoiar Lula em maioria mesmo com a mídia batendo nele sem parar.
Durante 2009, mesmo com a pré-candidatura Dilma Rousseff crescendo e se consolidando paulatinamente, Globos, Folhas, Vejas, Estadões  e subordinados continuaram usando todo tipo de golpe sujo contra a ministra e contra o presidente Lula, seu “padrinho político” – falsificaram ficha policial contra ela e acusaram o presidente de maníaco sexual, entre outros.
Pela primeira vez, portanto, ocorre uma inflexão nesse quadro. Notícia veiculada no fim da última quinta-feira de que o instituto Vox Populi detectou queda vertiginosa da intenção de voto em Serra no Rio e, talvez, informações privilegiadas sobre a pesquisa nacional fizeram com que a mídia, nos últimos dias, ficasse cada vez mais “isenta”.
O problema dessa mídia é que ela aposta sempre na burrice. Não quer aceitar a premissa de que a população está conseguindo enxergar o que ela faz. Acha que se atirar contra os dois lados por algum tempo, conseguirá forjar a “bala de prata” com que pretende fulminar Dilma pouco antes da eleição presidencial deste ano.

*Como vocês sabem, para mim pefelista sempre será pefelista, pois “democratas” eles nunca foram e jamais serão.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Fonte: Cidadania

O Haiti é aqui – em SP







Não, a foto acima não é do Haiti. O que você vê é a população de uma das cidades mais ricas do mundo revoltada com uma tragédia humanitária que emula em vários aspectos a do país caribenho.
Dá medo viver hoje em São Paulo. A cidade mais rica do país é, também, a que se tornou uma selva desconhecida onde tudo pode acontecer. Até você morrer afogado, ser soterrado, ter seus bens destruídos em questão de minutos, adoecer por contaminação de enxurradas de água infectada com excrementos e todo tipo de material infeccioso...
Nos jornais e tevês, o prefeito da cidade, Gilberto Kassab, culpa São Pedro e a população vitimada pelo descaso não só da Prefeitura, mas do governo do Estado. A cada tragédia, mídia, prefeito e governador de São Paulo citam novos recordes de precipitação pluviométrica e de lixo atirado nas ruas pela população atingida.
Todavia, a principal causa dessa tragédia foi desnudada por reportagem da jornalista Conceição Lemes no site Viomundo. Conceição mostra que o que aumentou não foi nem o lixo na rua nem o mau humor de São Pedro, mas o descaso das autoridades municipais e estaduais.
As obras de desassoreamento do rio Tietê não estão sendo feitas como deveriam e a coleta de lixo foi reduzida no âmbito do “choque de gestão” tucano-pefelê”. Essa compulsão por interromper obras e acumular recursos em caixa fez com São Paulo o que poderá fazer com o Brasil se essa gente vencer a eleição presidencial deste ano.
Nos bairros de classe média que ainda não foram atingidos, boa parte da população paulistana ainda compra as desculpas do prefeito e do governador, mas a foto acima dá uma boa dimensão do que começa a acontecer nas periferias.
As conseqüências da tragédia humanitária que está se abatendo sobre enormes contingentes de paulistanos ainda não foram totalmente mensuradas. Problemas de saúde pública, aumento da criminalidade, destruição de patrimônio público e privado são apenas alguns dos efeitos colaterais do caos paulistano.
A população está cada vez mais desesperada e começa, na marra, a entender o erro que cometeu em 2004 e repetiu em 2008. A popularidade de Kassab despencou. Na periferia paulistana, é cada vez mais comum ouvir a população dizer que tem saudade de Marta Suplicy.
Na verdade, o que no Haiti precisou de um terremoto para ganhar visibilidade, em São Paulo precisa apenas de uma chuva mais forte. E a causa das tragédias é a mesma tanto no país caribenho quanto na capital paulista: o descaso e a ausência do Estado. Sem falar na corrupção.



Uma mulher na Presidência?

Uma mulher na Presidência?
 



Depois de ler aquilo que a imprensa e o presidente do PSDB, Sergio Guerra, chamaram de “nota oficial do PSDB” de resposta à afirmação da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, de que os tucanos pretenderiam acabar com o PAC e com o Bolsa Família, entendi o verdadeiro sentido da candidatura dessa... Mulher.
Eis o xis da questão. A truculência, a insolência, a “valentia” de Guerra parecem condutas daquele marido cachaceiro que chega em casa às três da madrugada e, ao ouvir uma reclamação da mulher, enfia-lhe  a mão no rosto. O tom da “nota oficial” desse sujeitinho, é esse.
E esse é o sentido da candidatura Dilma. O Brasil já elegeu aquele que sofre menos discriminação neste país entre a elite, um operário, um “peão”, como essas elites chamam trabalhadores. Tenho minhas duvidas, porém, sobre se Lula seria eleito se fosse negro ou mulher.
Acho que o Brasil, por incrível que pareça, não é capaz, ainda, de eleger um negro, o mais discriminado entre os brasileiros. Mas talvez o próximo passo seja eleger o imediatamente mais descriminado antes dos “peões”, uma mulher.
Com Dilma, novamente o Brasil romperia um paradigma. Estaríamos indo, aos poucos, rumo à eliminação do absurdo que é um país que tem mais mulheres e negros do que homens e brancos jamais ter elegido presidente um entre a etnia ou entre o gênero que constituem maioria.
Eis que a visão de Lula vai se formando para a sociedade, o simbolismo em o grupo social mais discriminado na política depois dos negros queimar todas as etapas e colocar um membro do gênero feminino no mais alto cargo político da nação, em desafio franco e aberto à vontade do gênero opressor.
Com a sucessiva quebra de paradigmas de opressão e desigualdade que vem ocorrendo no Brasil, caminhamos para um destino que nos espera há séculos, o de uma das maiores nações entre todas estar moralmente à altura de seu gigantismo e de seu futuro de tantas e tão visíveis promessas.

PS: o governador José Serra poderia ser tão corajoso quanto a ministra Dilma Rousseff e enfrentá-la ele mesmo, em vez de mandar seus mastins fazerem o serviço.




Depois do espetáculo

Depois do espetáculo

 


Leiam, abaixo, a nota oficial do PSDB emitida hoje (20 de janeiro de 2010) e assinada pelo presidente do partido, o senador tucano por Pernambuco, Sérgio Guerra.


"Dilma Rousseff mente. Mentiu no passado sobre seu currículo e mente hoje sobre seus adversários. Usa a mentira como método. Aposta na desinformação do povo e abusa da boa fé do cidadão.
Mente sobre o PAC, mente sobre sua função. Não é gerente de um programa de governo e, sim, de uma embalagem publicitária que amarra no mesmo pacote obras municipais, estaduais, federais e privadas. Mente ao somar todos os recursos investidos por todas essas instâncias e apresentá-los como se fossem resultado da ação do governo federal.
Apropria-se do que não é seu e vangloria-se do que não faz.
Dissimulada, Dilma Rousseff assegurou à Dra. Ruth Cardoso que não tinha feito um dossiê sobre ela. Mentira! Um mês antes, em jantar com 30 empresários, informara que fazia, sim, um dossiê contra Ruth Cardoso.
Durante anos, mentiu sobre seu currículo. Apresentava-se como mestre e doutora pela Unicamp. Nunca foi nem uma coisa nem outra.
Além de mentir, Dilma Rousseff omite. Esconde que, em 32 meses, apenas 10% das obras listadas no PAC foram concluídas – a maioria tocada por estados e municípios. Cerca de 62% dessa lista fantasiosa do PAC – 7.715 projetos – ainda não saíram do papel.
Outra característica de Dilma Rousseff é transferir responsabilidades.
A culpa do desempenho medíocre é sempre dos outros: ora o bode expiatório da incompetência gerencial são as exigências ambientais, ora a fiscalização do Tribunal de Contas da União, ora o bagre da Amazônia, ora a perereca do Rio Grande do Sul.
Assume a obra alheia que dá certo e esconde sua autoria no que dá errado.
Dilma Rousseff se escondeu durante 21 horas após o apagão. Quando falou, a ex-ministra de Minas e Energia, chefe do PAC, promovida a gerente do governo, não sabia o que dizer, além de culpar a chuva e de explicar que blecaute não é apagão.
Até hoje, Dilma Rousseff também se recusou a falar sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos, com todas barbaridades incluídas nesse Decreto, que compromete a liberdade de imprensa, persegue as religiões, criminaliza quem é contra o aborto e liquida o direito de propriedade. Um programa do qual ela teve a responsabilidade final, na condição de ministra-chefe da Casa Civil.
Está claro, portanto, que mentir, omitir, esconder-se, dissimular e transferir responsabilidades são a base do discurso de Dilma Rousseff. Mas, ao contrário do que ela pensa, o Brasil não é um país de bobos."


Ao contrário do que alguns podem ter pensado, não pretendo responder ao senador tucano. Por que? Simplesmente porque não sou porta-voz nem advogado de defesa de Dilma Rousseff.
Se eu estivesse no lugar dela, desmontaria cada afirmação do tucano. Ele confunde fatos, mente, inventa, omite, exagera, minimiza, enfim, faz tudo o que o modus operandi dessa direita incapacitada latino-americana manda fazer ao atacar.
A questão nem é essa, portanto. É saber o que irá acontecer. É num momento como este que se percebe se um partido tem ou não estratégia. O PT está se defendendo ou está atacando? Creio que quem começou a briga, no nível em que está, foi Guerra nas Páginas Amarelas da Veja. Creio, não tenho certeza.
Sinceramente, confesso que não ficaria batendo boca com Sergio Guerra. Eu o desafiaria para um debate público, ou a quem ele indicasse. Ou, então, não responderia mais aos ataques. Na verdade, nesta segunda opção não teria respondido desde a primeira vez... Ou adotaria a opção anterior.
Enfim, só quero lamentar que seja nesses termos que a campanha eleitoral acontecerá no Brasil. Sabem quem ganha com isso? Ninguém. Se um dos lados, de partida, já criminaliza o outro, chama-o de mentiroso, insulta-o de todas as formas, pouco restará ao debate das propostas para o país. Como debater assunto de tal importância nesse clima?
É evidente que não há criminosos pretendendo disputar a eleição presidencial deste ano. Nem mitômanos. Não dá para travar o debate político nesse nível. Isso é briga de rua. O eleitor não quer saber se Lula enche a cara ou se Dilma é mitômana ou se Guerra é um débil mental; quer saber como influirão na vida dele.
Acho que, neste momento, cabe a todos os que têm um pingo de responsabilidade e desejo de ver este país progredir chamarem a atenção de tucanos e petistas exigindo respeito a nós, eleitores. Não é isso o que espero ver durante este ano.
Também à mídia, quero dizer que não estou interessado em denúncias de última hora sobre Dilma ou sobre Serra. Passamos os últimos sete anos e tanto sendo bombardeados com denúncias-bomba contra um na grande mídia e contra outro na mídia alternativa. Agora queremos saber o que eles pensam sobre cada assunto que nos interessa.
Acho que chegou o momento de este país exigir daqueles que debatem em larga escala os seus rumos que respeitem a platéia, pois esta, ao final, repleta de eleitores que está, irá se pronunciar em definitivo sobre o “espetáculo” que lhe foi oferecido.



O nome da tragédia

O nome da tragédia


 



Para quem tem sensibilidade humana, choca ver que as tragédias humanitárias, depois de milênios de história, ainda continuam acontecendo muito mais entre os negros. Essa tragédia no Haiti apenas confirma a regra.
Há miséria chocante na Ásia, sim, entre orientais ou muçulmanos, mas aonde quer que se vá, para onde quer se olhe no globo terrestre, os negros sempre serão os mais afetados. Sofrem as piores doenças, têm os piores indicadores sociais, suportam as piores discriminações.
Olhem para a África, senhoras e senhores. Ou, se preferirem, olhem para as partes mais miseráveis do Brasil e lá estarão eles com suas peles de ébano e seus olhos faiscando de sofrimento e da mais justa das revoltas.
E a pele nem precisa ser totalmente escura. Na verdade, os descendentes de negros e brancos, de negros e índios, de negros e orientais, enfim, todo aquele que carrega a herança genética da negritude estará sempre entre os mais prejudicados.
E o mais doloroso é que, cientificamente, está provado que a cor da pele e os traços dos negros e seus descendentes decorrem de questões climáticas. A natureza faz com que aqueles que vivem em regiões onde o sol incide de forma mais inclemente desenvolvam pigmentação da pele adequada a enfrentar o clima.
Em suma, o que ajuda a sustentar essa situação é a hipocrisia e a mais perversa desonestidade.
Pequenos contingentes de negros vencem na vida, sim, mas quase sempre no esporte ou nas artes. E há um contingente diminuto que se destaca na academia, na política e em outras atividades mais intelectualizadas.
Mas quando se compara percentuais entre as etnias, o prejuízo aos negros e aos descendentes de negros é gritante.
Tudo advém da discriminação, seja explícita ou dissimulada. As maiores vítimas do nosso péssimo sistema público de ensino ou de saúde, são os negros. E em tudo mais é assim.
As imagens daquela massa de pele escura no Haiti padecendo todas aquelas torturas constituem uma bofetada no rosto da humanidade, uma acusação à etnia branca, que se beneficia da discriminação e da desigualdade decorrentes da cor da pele.
A tragédia no Haiti tem nome, pois. E esse nome é racismo.





O Estado e o Mercado

O Estado e o Mercado



Uma coisa que muitos brasileiros devem estar constatando e que os neobobos não percebem é a necessidade da presença do Estado para impedir abusos de grandes grupos econômicos contra os cidadãos.
Antes de começar, porém, quero sugerir que, se você concluir que é muito pouco a necessária intervenção estatal que descreverei, estarei ao seu lado, mas peço que considere que a questão que ora discuto não é essa.
É óbvio e evidente que o Estado brasileiro se omite em questões da vida nacional como nem nos Estados Unidos acontece, mas tenho indícios de que isso começa a mudar. Enumerar o que não funciona é fácil. Nem se dê ao trabalho. Há muito o que dizer. Agora, se você sabe de alguma coisa que confirma o que digo, se disser o que é acrescentará alguma coisa ao que já se sabe. 
No Brasil, o livre mercado do fim do século XX foi liberado pelo governo anterior para substituir o monopólio estatal. Venderam a telefonia, por exemplo, a dois ou três grupos estrangeiros e estes passaram a dividir o butim entre si prestando péssimos serviços.
Ao investir contra o telemarketing das empresas impondo penalidades a abusos, ou ao impedir a Telefônica de vender Speedy por mau atendimento, o governo simplesmente contrariou o livre mercado tucano-pefelê e isso foi bom. Constatei hoje.
Fiz reclamação à Telefônica devido à péssima conexão de internet que tenho em meu escritório há anos. Disse que em casa tinha a Net e que era muito melhor e iria trocar. De forma inédita e rapidíssima, veio o técnico e resolveu um problema que há anos me perturbava.
A conexão com o Speedy sempre foi um inferno e a Telefônica nunca me deu bola. Agora, como sabe que se não prestar bons serviços estará fora, recebi a bola que me era negada.
O mérito disso não é da concorrência, pois as empresas se acertam e a gente se... Bem, a gente se dá mal. O mérito é da intervenção estatal, ao deixar claro que abusos não serão mais tolerados. E, como constatei no caso em questão, funcionou.  
Essa é uma das diferenças que o Brasil terá que notar entre os dois projetos políticos para si que estarão postos neste ano. Claro que a situação não é ideal, ainda, e que demorará a ser. Mas agora entramos no caminho. Disso eu não tenho mais dúvida.

*
PS: minha filha Victoria foi internada novamente. Hoje, terça-feira, é minha vez de passar a noite com ela no hospital. Não é tão grave como da outra vez, porém. É problema com a alimentação parenteral. Não está fluindo para o estômago dela pela sonda. Victoria foi operada às pressas hoje de novo para refazer o acesso da sonda ao seu estômago, mas passa bem e pode ter alta até quinta. Só que, da noite desta terça até a manhã desta quarta, poderá haver atraso na liberação de comentários, caso eu não consiga arrumar o modem 3G.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010


BIG BROTHER - ÓPIO DO POVO!

ONIPRESENTE

 

Acess: WWW.miron-miron.blogspot.com e mande o PIG SIFÚ

 
Escreveu Carlos Fernando Priess (*)
 
As elites, o capitalismo, através dos tempos têm usado de todos os meios para destruir a consciência crítica do povo, num trabalho meticuloso, científico até, coisa que os românticos e sonhadores socialistas e comunistas, jamais fizeram com a necessária competênciaPelo contrário, socialistas, comunistas, a esquerda enfim, inclusive, quando no poder, levados pela vaidade pessoal, pela incompetência, destruíram os sonhos de milhões, como a queda do muro de Berlim, o fim da União Soviética.
 E prossegue assim, o capitalismo, mordaz, criminosamente inteligente, senhor dos tempos e de tudo.

A televisão tem sido um dos instrumentos para continuar o trabalho de destruição da consciência crítica do povo, e a cada dia é incentivada a criação de porcaria "ao vivo", fortalecendo ainda mais a banalização do comportamento social.

Como se não bastassem as novelas, que cumprem o seu papel de distrair o público com suas tramas de péssima qualidade cultural, moral e ética, retornam às telas, os Big Brother´s, buscando justamente, atrair e manipular os tele alienados, que o capitalismo promove pela televisão comum, num processo inteligente direcionando a perpetuar a exploração do povo.

Um bando de idiotas, manipulados, procuram “vender” uma diversão, que é, na verdade, principalmente no caso brasileiro, um instrumento hediondo de desvio de mentes e consciências dos inúmeros problemas que nos afligem.

Os Big Brother´s, apesar de medíocres e com cérebros de ameba, servem para tentar fazer o povo esquecer os governantes, os políticos construtores de castelos, da cobrança, da satisfação dos seus atos irresponsáveis, incompetentes, corruptos ou ilícitos que tanto têm comprometido nossa estabilidade econômica, com sérias conseqüências em todos os aspectos sociais e que limitam os sonhos de uma vida melhor.

Pensar que a televisão aberta não tenha nada que preste, não seria uma atitude correta nem inteligente, mas dizer que ela se tornou um instrumento de cerceamento da liberdade de pensamento e julgamento da parte majoritária da sociedade é uma verdade. Temos que lutar, de alguma forma, nem que seja mudando de canal, evitando essas figuras dos Big Brother´s, pois precisamos isto sim, de uma televisão voltada para a cidadania e não para o consumo. Os meios de comunicação deveriam ser criativos, instigantes, buscando valores e idéias, para uma educação de melhor nível, e jamais um ópio para o povo.
 Marx disse num determinado momento, que a religião era um ópio para o povo, mas ele queria, em verdade, que as pessoas abrissem os olhos para a dura realidade do capitalismo burguês do século dezenove. As elites, desde sempre, estão extraindo mais e mais lucros a partir do trabalho mal pago.
 Esse grupo de alienados, em verdade, está ajudando a destruir a cidadania e seus princípios morais e éticos, promovendo uma reformulação degenerativa do tecido social e enfatizando a vitória relativa de tudo aquilo que não presta na convivência social.

José Serra retorna à era medieval e cobra pedágios fora-da-lei

ConversAfiada  

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB/SP) desrespeita suas próprias leis, para favorecer seus amigos donos das concessionárias de Pedágio.
Existe uma lei estadual em São Paulo que proíbe a instalação de pedágio a menos de 35 quilômetros do marco zero da capital.
Os novos pedágios implantados na altura de Osasco, na Rodovia Castelo Branco, é flagrante desrespeito a esta lei.
José Serra foge da imprensa como o vampiro foge da cruz, quando perguntado sobre pedágios. Assim, quem falou em defesa da bandalheira fora-da-lei, foi o presidente da concessária Viaoeste, Braz Cioffi:
“Esta é uma lei estadual e na medida em que o próprio governo [José Serra] autoriza a instalação do pedágio ele estaria revogando a lei. Por isso nenhuma argumentação passou pela justiça nesse sentido e os pedágios estão aí”, disse o concessionário.
Traduzindo: A lei NÃO FOI REVOGADA, ela foi desrespeitada. José Serra autorizou fazer coisas fora-da-lei, como um rei absolutista que distribui estradas a senhores feudais para cobrarem pedágio como bem entende dos "vassalos", do povo.
Cumprir lei em São Paulo governada por José Serra virou coisa para "otários", para quem não tem amigos dentro do governo demo-tucano.  O presidente do PSDB, o deputado Sérgio Guerra, deu uma desastrosa entrevista à VEJA – a última flor do Fascio – em que disse que ia acabar com o PAC. O Conversa Afiada, prontamente, prestou um serviço à pobre categoria dos empreiteiros nacionais e publicou esse post, em 11 de janeiro de 2010. O Conversa Afiada reproduz interessante e-mail do amigo navegante Eduardo sobre revelação do deputado Sérgio Guerra, presidente do PSDB, em entrevista à Veja: O Zé Alagão vai acabar com o PAC. A OAS – Obras do Amigo Serra – e a Camargo Castelo de Areia Corrêa sabem disso, hein, Serra ?

UM PÉSSIMO VOTO AO BRASIL. Quem votaria no PSDB para governar o prôximo governo federal, se eles não tem nenhum sentimento pelo povo brasileiro, apenas aos banqueiros e empresários paulistas! Veja esta matéria, e conheça os mercenários do país: “Nós vamos acabar com o PAC” diz Sérgio Guerra – Presidente do PSDB. Hoje, o PiG (*), diligente, tenta dar a impressão de que Dilma Roussef atribui ao deputado Guerra o que ele não disse. Vejam o que diz o G1, do Globo: Dilma diz que oposição quer acabar com o PAC. E o que diz a Folha online:  Dilma diz que oposição ameaça acabar com o PAC. Não, amigo navegante, o deputado Guerra diz que vai acabar com o PAC. E segundo amigo navegante mineiro, o Zé Alagão, se fosse – se fosse, porque não será – Presidente, privatizaria o Bolsa Família e entregava à Wal Mart. Hoje, em Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, em Minas, uma das regiões mais pobres do Brasil, Dilma e o presidente Lula foram inaugurar um hospital, uma escola e uma barragem no rio Setúbal (que vai permitir irrigar a agricultura). Dilma anunciou também que o Presidente Lula, hoje, tinha autorizado construir a BR 367, que vai ligar Diamantina em Minas a Porto Seguro na Bahia, um sonho de Kubitschek (filho de Diamantina). Sobre o PAC que o Zé Alagão e o deputado Guerra querem destruir (ou vender à OAS, Obras do Amigo Serra), Dilma disse: Acabar com o PAC significa acabar com saneamento básico, construção de moradias e de barragens, como essa do rio Setúbal. Em suma, destruir o PAC será reduzir o Brasil à São Paulo dos tucanos: um Belo Antônio estacionado numa poça de esgoto.
E aqui para ver o discurso do Presidente Lula, que disse: quanto mais inaugurar obra, melhor (para desespero do Gilmar Dantas (*), que quer ver o Lula acorrentado a uma cadeira, no Palácio).
Paulo Henrique Amorim
(*)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista
(**)Clique aqui para ver como um eminente colonista (***) do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista (****) da GloboNews e da CBN se refere a Ele.
(***)Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.





PERNAMBUCO: A NOVA LOCOMOTIVA DO BRASIL- VIVA LULA
Anotações de uma viagem a Petrolina, em Pernambuco.
Neste último fim de semana, foram vendidos – no fim de semana – 450 apartamentos de R$ 70 mil, em 15 prédios diferentes, para compradores com renda entre 3 e 6 salários mínimos.
Amanhã, ainda em Petrolina, haverá um outro lançamento, com 500 unidades.
Os dois, dentro do programa Mina Casa, Minha Vida, da Caixa.
Segundo Alex Jenner Norat, superintendente regional da Caixa em Pernambuco, o programa Minha Casa, Minha Vida aplicará R$ 34 bilhões para resolver apenas 14% do déficit habitacional do país.
Ou seja, ainda há muita casa popular a ser construída.
(Só para fazer uma comparação: a única obra parecida do governo do Farol de Alexandria, um Programa Habitacional de Interesse Social, tinha R$ 300 milhões para aplicar. Uma pequena diferença.)
Em 2006, havia 1.600 alunos matriculados em escolas técnicas do Estado de Pernambuco.
Este ano, serão 16.000 novas matrículas.
A construção civil cresce 20% ao ano em Pernambuco.
O comércio, 10%.
A indústria, 6%.
Uma simples mudança no ICMS permitiu que, este ano, sejam gerados 18.000 empregos na indústria do call center.
No Complexo Portuário de Suape foram gerados 15 mil empregos.
O estaleiro Atlântico Sul abriu 9 mil vagas.
Há 96 empresas em operação em Suape.
Em Suape será criado um polo petroquímico, com especialização em fibras têxteis.
Em Suape, haverá um pólo para prover equipamentos e serviços para a indústria do gás e petróleo off-shore.
10 mil pernambucanos trabalham na transposição do rio São Francisco.
A próxima etapa da construção da refinaria Abreu e Lima, uma sociedade da Petrobrás com Hugo Chávez, vai precisar de 12 mil empregos adicionais.
A ferrovia Transnordestina terá a extensão de 1.730 quilômetros e ligará os Estados do Ceará, de Pernambuco e do Piauí.
Vai exigir investimentos de R$ 5,4 bilhões.
A ferrovia fará a ligação dos centros de produção de grãos (Piauí), gesso (Pernambuco), avicultura e agricultura irrigada do semi-árido nordestino, aos portos de Suape em Pernambuco, e Pecém no Ceará.
Deverá criar 7 mil empregos diretos.
A fruticultura irrigada de Petrolina – da uva sem caroço e da manga sem fibra – produz mais de um milhão de toneladas por ano.
Em Pernambuco é onde, hoje, no Brasil, o crédito cresce mais rápido.
Em um ano, a carteira, segundo o Banco Central, cresceu em Pernambuco 65%.
Em segundo lugar, no Rio, com um aumento de 38%. São Paulo ficou abaixo da média: 14%.  Aí, você chega de volta a São Paulo. Um engarrafamento na Marginal às 5H30 da manhã. Abre o jornal Agora (o único que presta em São Paulo), pág A-4, e lê:  “Protesto no Jardim Romano – aquele bairro da Zona Leste que há 40 dias está alagado com esgoto – impede obra em rua – moradores dizem temer que casas sejam ainda mais afetadas com suposto rebaixamento de via.” Lê na Folha (*), pág. A8, que o Zé Alagão vai redesenhar sua campanha publicitária. Em lugar de “São Paulo trabalhando por você”, o novo slogan será “Um Estado cada vez melhor”. Ele pensa que engana.
E veja essa notícia PHA: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/01/19/industria-de-sao-paulo-corta-98-mil-empregos-em-2009-diz-fiesp-915560293.asp
Tenorio – SP
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos,  reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é,  porque o dono é o que é ; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.