terça-feira, 24 de julho de 2012

FHC e as fraudes do Santander e HSBC

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Entre outros legados de Fernando Henrique Cardoso, se encontra a desnacionalização de alguns bancos, estatais e privados. Os casos mais emblemáticos são o do Banco do Estado de São Paulo, o Banespa, e o do Bamerindus, então controlado pelo Sr. José Eduardo de Andrade Vieira. O banco estatal paulista foi vendido ao espanhol Santander por 7 bilhões de dólares. A importância era muito inferior aos seus ativos reais.

Quando será julgado o mensalão tucano?

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Começa no próximo dia 2 de agosto, no Supremo Tribunal Federal, o julgamento do chamado "mensalão do PT". Muito justo: afinal, o caso já se arrasta desde de 2005 e nós estamos em 2012. Estava na hora.

Por falar nisso, pergunto: e quando vai ser julgado o "mensalão tucano", rebatizado pela grande imprensa de "mensalão mineiro", que é bem mais antigo e vem se arrastando desde 1998?

"Campanha nazista" contra Serra?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Nazismo na militância do PT na internet?

Serra cometeu um exagero. O que existe, essencialmente, é uma antipatia dos internautas por Serra. Não especificamente por ele, mas por tudo o que represente o sistema, o estabelecimento, a ordem tradicional.

Serra se enquadra aí.

Exclusões no Conselho de Comunicação

Por Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa:
Em fevereiro de 2009, dois anos depois da desativação deliberada e ilegal do Conselho de Comunicação Social (CCS), escrevi neste Observatório artigo com o título “Por que o CCS não será reinstalado” no qual cometi erro primário de avaliação: subestimei a capacidade ilimitada de velhas “raposas políticas” brasileiras de se reinventarem na burla das reais intenções da lei em benefício próprio.

Serra: quem são os nazistas?

Por Renato Rovai, em seu blog:

O candidato José Serra disse que há nazistas na campanha de São Paulo.

Ele precisa dizer os nomes.

Uma denúncia dessas não pode ser feita assim de forma vaga.

Serra tenta intimidar seus críticos

Por Luis Nassif, em seu blog:
Que José Serra é a mais perfeita vocação de ditador que a política brasileira moderna conheceu, ninguém duvida. Ninguém escapa dos seus arreganhos totalitários.

Meu blog foi reconhecido pela Burson-Marsteller como um dos quatro blogs jornalísticos mais influentes do Twitter – o único independente. Tenho história no jornalismo econômico, premiações e reconhecimento público.

Serra, desesperado, ataca os blogs

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Primeiro, foi a Folha, que ficou muito incomodada com o sucesso do Conversa Afiada.

Depois, foi o Gilmar, o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, aquele que aparece no grampo sem audio e depois o Demóstenes diz ao Carlinhos: “O Gilmar mandou subir”.

Serra quer censurar a blogosfera


Por Altamiro Borges
O PSDB apresentou nesta segunda-feira uma representação na Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) em que pede a investigação dos patrocínios de empresas públicas a sítios e blogs “ofensivos aos partidos de oposição”. A iniciativa foi tomada após mais um ataque histérico de José Serra, que na sexta-feira acusou o PT de sustentar “uma tropa nazista” na internet e voltou a destilar o seu ódio contra o que ele batizou de “blogs sujos”, durante palestra para milicos saudosos da ditadura na campanha presidencial de 2010.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Afiliada da Globo favorece ACM Neto

Por Altamiro Borges
A TV Bahia, afiliada da TV Globo, aproveitou o aniversário de cinco anos da morte do "coronel" Antônio Carlos Magalhães para fazer campanha subliminar de ACM Neto, o candidato dos demos à prefeitura de Salvador, neste final de semana. A emissora exibiu entrevistas e bajulou o ex-governador e ex-senador, um dos principais caciques do DEM. Para o diretório estadual do PT na Bahia, a propaganda deve ser tratada como crime eleitoral. O partido já decidiu entrar com uma representação no Ministério Público Eleitoral.

Beagá atrapalha planos de Aécio Neves

Por Altamiro Borges
Alguns “calunistas” da mídia já concluíram, com base na pesquisa Datafolha da semana passada, que o Aécio Neves é “imbatível” nas eleições para a prefeitura de Belo Horizonte. O seu candidato, Márcio Lacerda, um aecista infiltrado no PSB, aparece com 17 pontos de vantagem sobre o petista Patrus Ananias – 44% contra 27% das intenções de voto dos entrevistados. A sua gestão, um exótico condomínio de vários partidos, também é bem avaliada pelo eleitor da capital mineira.

Paraísos fiscais e a privataria tucana

Por Altamiro Borges
O Brasil é o quarto país do mundo em recursos desviados para os paraísos fiscais. A conclusão é de uma pesquisa encomendada pela organização Tax Justice Network, que comprova que de US$ 21 trilhões a US$ 32 trilhões sumiram de seus países de origem em ações para sonegar impostos e lavar dinheiro oriundo da corrupção, do tráfico e de outros crimes. O valor deste roubo da elite dos super-ricos equivale ao tamanho das economias somadas dos EUA e do Japão.  

Cachoeira e Perillo: “muy amigos”

Por Altamiro Borges
O tucano Marconi Perillo caminha para o abatedouro. Nem a mídia aliada consegue mais esconder as revelações da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. A revista Época desta semana voltou a denunciar os podres do governador de Goiás. Na reportagem intitulada “Os três amigos”, ela revela os laços entre Perillo, o seu irmão e Carlinhos Cachoeira. Antonio Perillo, o Toninho, aparece com integrante do “clube Nextel” – numa referência às pessoas ligadas ao mafioso que dispunham de rádios habilitados nos EUA.

Serra vai esconder o rejeitado Kassab?

Por Altamiro Borges
A pesquisa do Datafolha desta semana confirma o que muitos paulistanos já sabiam. Gilberto Kassab, o ex-demo e atual chefão do PSD, é um dos piores prefeitos do Brasil. Os eleitores deram nota 4,4 para a sua gestão, a pior das seis capitais pesquisadas (São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e Recife). É o seu pior desempenho desde 2007, quando obteve nota 3,9. Nos últimos 14 meses, o Datafolha já fez seis pesquisas na capital paulista. Em todas elas, Kassab ficou abaixo da nota 5.

Governo e mídia atacam grevistas

Por Altamiro Borges
O governo Dilma até parece que segue as orientações da mídia privada para endurecer no trato com os servidores em greve – nas universidades federais há mais de dois meses; em outras repartições públicas, há um mês. Nesta semana, o Palácio do Planalto adiou novamente a apresentação de uma proposta de reajuste salarial para o funcionalismo. Esta postura arrogante irritou ainda mais os cerca de 10 mil grevistas que realizaram um tenso protesto na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na quarta-feira (18).

PSDB quer calar sites críticos a Serra

Da Rede Brasil Atual:
O PSDB entregou hoje (23) à Procuradoria Geral Eleitoral uma representação pedindo a investigação de blogues e páginas da internet que considera críticos a seu candidato à prefeitura de São Paulo, José Serra. O partido acredita ser necessário apurar “a utilização de organizações, blogs e sites financiados com dinheiro público, oriundo de órgãos da administração direta e de estatais, como verdadeiras centrais de coação e difamação de instituições democráticas”.

Com medo de Haddad, Serra faz pacto de não agressão com Russomanno


 José Serra, reuniu-se com o coordenador da campanha de Celso Russomanno, Marcos Pereira, presidente nacional do PRB, para discutir a conjuntura eleitoral e traçar um cenário na disputa pela capital paulista. Durante a conversa, os dois lados falaram que não pretendem se agredir durante a eleição.

O encontro ocorreu na sexta feira à noite, no apartamento do prefeito Gilberto Kassab, que foi quem convidou Pereira para a reunião. Presidente nacional do PSD, o prefeito paulistano é o principal articulador político de Serra e tem boa relação com o PRB, que apoia a sua administração na cidade.As informações são do jornal O Estado de São Paulo

Um dia depois do encontro, no sábado, foi divulgado o resultado da pesquisa Data folha que coloca Russomanno em empate técnico com Serra. O candidato do PRB tem 26% das intenções devoto contra 30% do tucano- a pesquisa tem margem de erro de três pontos porcentuais para mais ou para menos.O candida todo PT, Fernando Haddad,tem 7% das intenções de voto.

Kassab também esteve,no domingo, na casa do deputado estadual Campos Machado, presidente do PTB paulista - partido que emplacou Luiz Flávio D"Urso como vice de Russomanno.

O PSDB quer imprimir uma "convivência pacífica" com o candidato do PRB e defende um acordo de cavalheiros com ele, por avaliar que o ex-deputado segura o crescimento de Haddad.

Russomanno é o candidato com o melhor desempenho entre os eleitores que declaram o PT como seu partido de preferência.

Nesse grupo, ele tem 29% das intenções de voto contra 19% de Serra e 15% de Haddad.

Ele também tem bom desempenho nas classes menos escolarizadas e com renda mais baixa, um dos focos do PT na eleição.

Coordenadores da campanha do tucano afirmam que o "melhor dos mundos" seria disputar o segundo turno contra o candidato do PRB. Para eles, seria mais fácil vencer Russomanno numa segunda rodada da eleição que o candidato petista.

Isso porque, dizem os tucanos, o PRB teria menos estrutura na cidade os petistas para fazer campanha.

Também avaliam que a campanha contra o PT será muito pesada, já que o partido bateria mais forte em Serra que o candidato do PRB,apesar de Russomanno manter boa relação com os petistas.Em 2010, quando disputou o governo do Estado pelo PP, de Paulo Maluf, Russomanno apoiou a eleição de Dilma Rousseff (PT) contra Serra e atacou o então candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.

Na corrida eleitoral deste ano, o PT tentou fechar uma aliança com o PRB. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a chamar os líderes do partido para uma conversa.

Segundo turno. Apesar das conversas entre Serra e o PRB, tanto petistas quanto tucanos dizem que a tendência hoje é a de que Haddad comece a crescer nas pesquisas quando começar o horário eleitoral na televisão. A aposta hoje ainda éde um segundo turno entre Serra eHaddad.

O candidato do PT terá 7 min 34s em cada bloco do horário eleitoral na TV.Serra terá um pouco mais: 7min46s. Já Russomanno tem apenas 2min07s.

Petistas e tucanos também apontam que Haddad deve crescer quando se tornar conhecido e os eleitores passarem a identificá- lo como candidato do PT.

Segundo o Data folha, apenas 15% dizem conhecer o petista "muito bem" - ao todo, 55% dos eleitores sabem quem ele é. Já o candidato do PRB é conhecido por 94% da população e metade desse público diz conhecê-lo "muito bem". Serra é conhecido muito bem por 78% dos entrevistados - 99% dos eleitores sabem quem é o tucano.

"A pesquisa mostra que o eleitorado do Serra está consolidado e a sua rejeição deve diminuir a partir do início do programa eleitoral na TV", disse o deputado Orlando Morando, um dos coordenadores da campanha.

Para o presidente estadual do PT,Edinho Silva,"neste momento, as pesquisas só identificam o "recall" dos candidatos". "Haddad nunca participou de um processo eleitoral, então ele não pode ter "recall". Quem está aparecendo agora é quem já participou de outras eleições", disse.

Conselho político

Em evento ontem, o candidato do PRB, Celso Russomanno, apresentou Campos Machado (PTB), deputado estadual e histórico aliado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), como integrante de seu conselho político

Após Serra acusar PT de manter "tropa nazista" na internet, PSDB pede investigação de blogueiros

José Serra pregou uma “campanha limpa”, mas, por via das dúvidas, já escolheu a ponta-de-lança para seus ataques: Os blogueiros 

Após Serra acusar PT de manter "tropa nazista" na internet, PSDB pede investigação

Após o candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, José Serra, acusar PT de manter uma "tropa nazista" na internet, a direção nacional do PSDB pediu que a Procuradoria-Geral Eleitoral investigue o financiamento com dinheiro público de sites e blogs políticos.

Serra afirma que PT tem tradição em espionagem e pancadaria

Segundo a representação, a Caixa Econômica Federal, a Petrobras e o Ministério da Saúde estariam entre os patrocinadores de páginas na internet caracterizadas "por elogios excessivos ao PT e ao governo federal e por ataques à oposição".

Na última sexta-feira, Serra subiu o tom dos ataques ao PT. Disse que o partido adversário tinha tradição em "violação de sigilo", "espionagem" e "pancadaria".

Ele também acusou a sigla de manter uma "tropa" para difamá-lo na internet e comparou sua atuação à da "SA nazista", milícia paramilitar que atuou na Alemanha e era ligada a Adolf Hitler. Na Folha


O falso elixir milagroso da privatização das teles

Se um camelô vender na praça um elixir da juventude garantindo que faz rejuvenescer 20 anos, acabará sendo preso por fraude. Se uma indústria de alimentos vender embalagem de um quilo de feijão contendo 900 gramas, será multada e a lei prevê até prisão para os donos da empresa.A partir de hoje (23) – finalmente! – vigora a determinação da Anatel que proibiu temporariamente a venda de chips das empresas de telefonia celular, porque a rede..Leia a matéria completa aqui

CNJ apura transporte ilegal de ministros do STJ para casamento

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está investigando supostas ilegalidades no transporte de quatro ministros do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para uma festa de casamento em Goiânia. O objetivo é apurar o envio de dez policiais federais para fazer a segurança dos ministros Antonio Herman Benjamin, Arnaldo Esteves Lima, João Otávio de Noronha e José de Castro Meira durante os dois dias de atividades do casamento do filho da ministra Laurita Hilário Vaz, em 9 de abril de 2011. Policiais teriam escoltado as autoridades desde o aeroporto até o hotel onde se hospedaram, e do hotel até o local da festa. As informações são do jornal O Globo

Segundo apuração do Ministério Público Federal (MPF), a ordem de enviar agentes para fazer o traslado teria partido do delegado da Polícia Federal Deuselino Valadares dos Santos, que foi preso na Operação Monte Carlo. Ele estaria respondendo a um pedido direto do secretário de Segurança do STJ, José Ximenes de Albuquerque. Diante da "clara ocorrência de irregularidades da solicitação" de Albuquerque, o MPF encaminhou ofício à corregedoria do CNJ para tomar "providências que entender cabíveis". Não há informações sobre quem está sendo diretamente investigado.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Vídeo: Agnelo do PT nocauteia tucano Perillo na CPI do Cachoeira



Dia 12: Perillo (PSDB) disse não (abrir seu sigilo bancário).
Dia 13: Agnelo (PT) disse sim.

PSDB mentiu: CPI não tem sigilo já quebrado em 2011 pelo STJ.

Depois do constrangimento, os tucanos tentaram desqualificar a atitude de Agnelo dizendo que o STJ já havia quebrado seu sigilo em 18/11 e, portanto, não haveria vantagem nenhuma, pois já estaria disponível.

É mentira.

O processo no STJ é sobre as denúncias a respeito do Ministério do Esporte, feitas na "reporcagem" da revista Veja pelo PM João Dias, que o PGR Roberto Gurgel, sob influência e pressão da Veja, resolveu investigar Orlando Silva e Agnelo. Se os sigilos foram quebrados neste processo, não é transferível para esta CPI, uma vez que a CPI investiga outra coisa.

O ato de Agnelo abrir seu sigilo foi verdadeiro, e a CPI não tem à disposição esses dados, a menos que ele autorize como fez ou a própria CPI faça através de votação de requerimento.

Resposta às agressões de Veja e Jabor

Por José Dirceu, em seu blog:

A bem da verdade, e para esclarecimento público, volto a falar aqui no blog sobre a reportagem com o título “Onde foi Parar o Dinheiro?”, publicada pela Veja desta semana sobre a administração da Prefeitura de Maricá (RJ).


A matéria me aponta como responsável pela nomeação de dois secretários municipais na cidade, o de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Petróleo, Marcelo Sereno, e a de Administração, Maria Helena Alves Oliveira.

Faço-o, hoje, com nota divulgada pela Prefeitura de Maricá, que assegura:

"A reportagem (de Veja) insiste em uma tese conspiratória, que mistura personagens nacionais (com locais), mas isso está errado. O ex-ministro José Dirceu não tem ou teve influência na administração municipal e sequer conhece a cidade. A secretária executiva, Maria Helena Alves Oliveira, não tem relação com o ex-ministro e seu nome consta em quase todos os contratos (municipais) por ser a autoridade de gestão e controle. O ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Marcelo Sereno atuou na preparação da cidade como atrativo de grandes investimentos e não há nada que desabone sua atuação na prefeitura."

Aproveito, ainda, para responder ao comentarista Arnaldo Jabor que afirmou ontem na Rádio CBN;

"Segundo a revista Veja neste reduto (Maricá) da administração do PT a influência maior vem do sempre fatal José Dirceu. Na cidade todos sabem que os que participam da administração são apaniguados do ex-chefe da Casa Civil, como seu ex-assessor Marcelo Sereno, que foi deslocado para também extrair os lucros do pré-sal e Maria Helena Alves Oliveira, que teria sido nomeada secretária de Administração pelo mesmo chefe político Dirceu, que deve ser julgado em breve no processo do mensalão no STF."

As matérias de Veja e do comentarista da CBN, Arnaldo Jabor, são agressões gratuitas contra mim. As denúncias e acusações dos dois nada têm a ver comigo. Nunca fui a Maricá, e como bem diz a nota de sua Prefeitura, não participo da vida política do município e não tenho nenhuma relação com sua administração.

Os três equívocos da mídia

Por Marcos Coimbra, na CartaCapital:

A cobertura de nossa “grande imprensa” da atualidade política gira em torno de três equívocos. Por isso, mais confunde que esclarece. Os três decorrem da implicância com que olha o governo Dilma Rousseff, o PT e seus dirigentes. A mesma que tinha em relação a Lula quando era presidente.


Há, nessa mídia, quem ache bonito – e até heroico – ser contra o governo. E quem o hostilize apenas por simpatizar com outros partidos. Imagina-se em uma espécie de cruzada para combater o “lulopetismo”, o inimigo que inventaram. Alguns até sinceramente acreditam que têm a missão de erradicá-lo.

Não é estranho que exista em jornais, revistas, emissoras de televisão e rádio, e nos portais de internet, quem pense assim, pois o mundo está cheio deles. E seria improvável que os empresários que os controlam fossem procurar funcionários entre quem discorda de suas ideias.

Até aí, nada demais. Jornalismo ideológico continua a ser jornalismo. Desde que bem-feito e enquanto preserve a capacidade de compreender o que acontece e informar o público. O problema da “grande imprensa” é que suas antipatias costumam levá-la a equívocos. Como os três de agora. Vejamos:

O desespero de Lula

Pode haver suposição mais sem sentido do que a de que Lula esteja “desesperado” com o julgamento do mensalão?

Ele venceu as três últimas eleições presidenciais, tendo tido na última uma vitória extraordinária. Só ele se proporia um desafio do tamanho de eleger Dilma Rousseff.
Hoje, em qualquer pesquisa sobre a eleição de 2014, atinge mais de 70% das intenções de voto, independentemente dos adversários.

Seu governo é considerado o melhor que o Brasil já teve por quase três quartos do eleitorado, em todos os quesitos: economia, atuação social, política externa, ecologia etc. (sem excluir o combate à corrupção).

O mensalão já aconteceu e foi antes que galvanizasse a imagem que possui. Lula tem, portanto, esse conceito depois de passar pelo escândalo. O ex-presidente não tem nenhuma razão para se importar pessoalmente com o julgamento do mensalão. Muito menos para estar “desesperado”.

O que ele parece estar é preocupado com alguns companheiros, pois sabe que existe o risco de que sejam punidos, especialmente se o Supremo Tribunal Federal for pressionado a condená-los. Solidarizar-se com eles – e fazer o possível para evitar injustiças – não revela qualquer “desespero”.

A batalha paulista
Não haverá um “enfrentamento decisivo” na eleição para prefeito de São Paulo. Nada vai mudar, a não ser a gestão local, se José Serra, ou Fernando Haddad, ou Gabriel Chalita sair vitorioso.

Como a “grande imprensa” está convencida de que Serra vai ganhar – o que pode ser tudo, menos certo –, a eleição está sendo transformada em um “teste” para Lula, o PT e o governo Dilma. Ou seja, quem “nacionaliza” a disputa é a mídia. Apenas porque acha que Haddad vai perder. Se Serra vencer, o PSDB não aumenta as chances de derrotar Dilma (ou Lula) em 2014. Caso contrário, terá sua merecida aposentadoria.

O melhor que os tucanos podem tirar da eleição paulista é a confirmação da candidatura de Aécio Neves. Quanto ao PT e ao PMDB, vencendo ou perdendo, saem renovados. No médio e no longo prazo, ganham. Por enquanto, a mídia está feliz. Cada pesquisa em que Haddad se sai mal é motivo de júbilo, às vezes escancarado. Quando subir, veremos o que vai dizer.

É a economia, estúpido!

Sempre que pode, essa mídia repete reverentemente a trivialidade que consagrou James Carville, o marqueteiro que cuidou da campanha à reeleição de Bill Clinton.

Lá, naquele momento, foi uma frase boa. Aqui, não passa de um mantra usado para desmerecer o apoio popular que Lula teve e Dilma tem. Com ela, pretende-se dizer que “a economia é tudo”. Que, em outras palavras, a população, especialmente os pobres, pensa com o bolso. Que gosta de Lula e Dilma por estar de barriga cheia.

Com base nesse equívoco, torce para que a “crise internacional” ponha tudo a perder. Mas se engana. É só porque não compreende o País que acha que a economia é a origem, única ou mais importante, da popularidade dos governos petistas.

Nos últimos meses, a avaliação de Dilma tem subido, apesar de aumentarem as preocupações com a inflação, o emprego e o consumo. E nada indica que cairá se atravessarmos dificuldades no futuro próximo.

Lula não está desesperado com o julgamento do mensalão. Se Serra for prefeito de São Paulo, nada vai mudar na eleição de 2014. As pessoas gostam de Dilma por muitas e variadas razões, o que permite imaginar que continuarão a admirá-la mesmo se tiverem de adiar a compra de uma televisão. Pode ser chato para quem não simpatiza com o PT, mas é assim que as coisas são.

Agnelo na CPI: derrota da oposição

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Já perto do fim da sessão desta quarta-feira, Cássio Cunha Lima, senador pelo PSDB, admitiu que o governador Agnelo Queiroz conseguiu provar sua inocência em relação ao esquema Cachoeira. Aproveitou, contudo, numa jogada esperta, ou supostamente esperta, para inocentar igualmente Marconi Perillo. Lembrou um advogado que tentasse inocentar Fernandinho Beira-Mar dizendo que não há provas contra Bin Laden. Ou seja, uma coisa não tem nada a ver com outra.


Marconi Perillo era um membro do clube Cachoeira. Era amigo pessoal do bandido (telefonou-lhe pessoalmente para lhe desejar feliz aniversário) e tinha com ele íntimas ligações financeiras (Cachoeira foi preso na casa que Perillo lhe vendeu).

Ficou provado que o esquema Cachoeira tentou derrubar Agnelo. Há gravações que mostram o próprio Cachoeira xingando o governador por não conseguir arrancar o que queria de sua administração, ameaçando botar o “gordinho” (apelido de Demóstenes Torres) e a revista Época para prejudicá-lo. Dias depois Demóstenes subiu à tribuna para pedir o impeachment do governador do Distrito Federal. E a revista Época iniciou ataques sistemáticos contra Agnelo. Ou seja, mais uma vez observamos a mídia aliada ao crime organizado.

O fato é que o depoimento de Agnelo resultou numa estrondosa derrota da oposição. Alguns parlamentares falaram em “xeque-mate” de Agnelo, ao abrir a sessão oferecendo seus sigilos bancários, fiscal e telefônico. Parlamantares do PSDB, DEM e PPS não conseguiram sequer encontrar acusações consistentes contra o governador e começaram a levantar fatos totalmente desconectados do foco da CPI.

Os sigilos de Agnelo já tinham sido quebrados pela Justiça ao final do ano passado, num daqueles escândalos que, agora sabemos, tinham o dedo do esquema Cachoeira-Veja, mas somente os fiscais e bancários. Agnelo acrescentou agora seus sigilos telefônicos e de email.

Com isso, criou-se uma enorme onda nas redes sociais e na própria comissão para quebrar o sigilo de Marconi. O governador de Goiás, vendo o fato consumado, procurou-se adiantar-se e também ofereceu seus sigilos.

Estou muito curioso para ver como a imprensa repercutirá o dia de hoje. Certamente os colunistas continuarão desqualificando a CPI, mas todas acusações que se fazia contra ela já caíram por terra.

Falaram que havia interesse de blindar a Delta. Pois bem, o sigilo nacional da empresa foi quebrado, a Controladoria Geral da União declarou-a inidônea e todos seus contratos com o governo federal estão disponíveis na internet.

Falaram que havia acordo para blindar governadores: pois bem, ambos foram convocados pela CPI, prestaram esclarecimenots e seus sigilos serão quebrados e suas vidas devassadas.

A CPI engrenou de vez.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Cachoeira e a mansão de Perillo

Por Altamiro Borges
O tucano Marconi Perillo deve dançar miudinho no seu depoimento à CPMI do Cachoeira amanhã (12). Para complicar ainda mais a sua já delicada situação, o repórter Chico de Gois, do jornal O Globo, divulgou hoje novos trechos da escuta telefônica feita pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo. Eles indicam que o mafioso intermediou pessoalmente a venda da mansão do governador de Goiás.

Num dos grampos, Carlinhos Cachoeira ordena ao ex-vereador Wladimir Garcez, também do PSDB, que a grana da negociata seja entregue diretamente ao próprio Perillo, em plena sede do governo em Goiânia. “Vende esse trem hoje, hein. Pega o dinheiro logo, urgente... Fala: É pro governador. Vamos lá pagar ele logo no palácio”, afirma o mafioso.
As explicações que não convencem
Até agora o governador não conseguiu explicar como a sua mansão – onde Carlinhos Cachoeira foi preso pela Polícia Federal – foi vendida. As cifras da transação não batem: ele diz que vendeu por R$ 1,4 milhão. Nos grampos da PF, o mafioso fala em valores entre R$ 2,25 milhões e R$ 2,3 milhões. Também não está claro como o negócio foi fechado: com três cheques ou com dinheiro vivo.
“Perillo tem afirmado que a negociação se deu por intermédio de Garcez e que não recebeu dinheiro pela transação, mas três cheques, que foram depositados em sua conta. Os cheques foram assinados por um sobrinho de Cachoeira, mas o governador afirma que não sabia disso... Na semana passada, o professor Walter Paulo Santiago, que se intitula administrador da Mestra Participações, em nome da qual está a casa, disse que pagou pela imóvel em dinheiro vivo, em pacotinhos de notas de R$ 50 e R$ 100”, relata Chico Gois.
O desespero dos escorpiões 
Sem ter como explicar a sua estranha ligação com o mafioso Carlinhos Cachoeira, o governador tucano tem adotado a tática de que a melhor defesa é o ataque. Em entrevista à Folha, Perillo voltou a atacar o ex-presidente Lula. Tenta se passar como vítima de um complô, de “perseguição política”. Mas nem o PSDB bota mais fé no tucano, que vivia posando de paladino de ética.
A legenda está perdida, atordoada. Ela teme pelos efeitos das denúncias nas eleições de outubro, mas não tem como rifar o grão-tucano. No desespero, “preocupado com o impacto na imagem do partido, o PSDB recorreu à base do governo Dilma na tentativa de blindar o governador de Goiás amanhã em seu depoimento à CPI do Cachoeira”, especula Cátia Seabra, da mesma Folha.
O “pacto de não agressão” proposto pelos tucanos lembra a fábula do escorpião e do sapo. No meio da travessia, até por instinto de sobrevivência em pleno ano eleitoral, o escorpião vai cravar seu ferrão venenoso. Não dá mesmo para confiar nos tucanos e nas intrigas da mídia!

Onde há democracia no mundo?

Por Emir Sader, no sítio Carta Maior:

No auge da guerra fria, os EUA impunham intervenções militares onde consideravam que a “democracia” estava em perigo. Tinham primeiro que caracterizar o governo como ditatorial ou que haveria um risco de um golpe que liquidaria a democracia. No Brasil foi assim, como as manchetes da imprensa o comprovam.


Depois da guerra fria as coisas ficaram mais complexas para os EUA. Se consideram que o selo democrático é conquistado conforme os critérios liberais – eleições periódicas, pluralidade partidária, separação dos poderes, imprensa livre (“livre” quer dizer privada), em vários países surgiram e se consolidaram governos que obedecem a esses critérios, mas que desenvolvem políticas que contrariam os interesses norteamericanos.

Uma nova moda surgiu com a visão de Fareed Zakaria (ex-editor do Newswek, atualmente na Time) jornalista nascido na Índia, naturalizado norte-americano, com a ideia de que há governos que cumprem com os rituais do liberalismo, mas que não seriam democráticos, porque não incentivam o capitalismo, que seria o habitat natural da democracia. Entre esses governos estariam os da Venezuela, do Irä, da Bolivia, do Equador, entre outros.

Agora um outro politólogo norte-americano, William Dobson, publica um livro na busca dos “neoditadores” e a imprensa daqui, colonizada, reproduz imediatamente a lengalenga deles. Significativamente a preocupação “democrática” dele se volta justo para países cujos governos tem antagonismos com os EUA: Irä, Venezuela, Russia, China. Para ficar evidente que seu problema não é com o sistema politico ou a estrutura social – democráticos ou nao -, mas com as posições politicas e ideológicas desses governos.

Nem pensar em países como a Arábia Saudita, o Kuait, o Yemen, o Marrocos, o Afeganistao, o Iraque, Honduras, entre outros, que não têm nada de democráticos, nem pelos estreitos critérios liberais. Mas que são aliados incondicioonais dos EUA. Não é democrático quem é nacionalista, quem desenvolve políticas internas de caráter popular, quem não se subordina aos interesses dos EUA

Ministério Público multa Rede Globo

Por Antônio Mello, em seu blog:

Segundo o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, a Procuradoria do Trabalho da 1ª Região encontrou um cardápio com várias opções de irregularidades trabalhistas na Rede Globo do Rio de Janeiro: casos de funcionários com expediente de mais de 19 horas e desrespeito ao intervalo mínimo entre expedientes (11 horas) e não concessão do repouso semanal remunerado. “Foi constatado excesso de jornada e que este excesso é habitual, e não extraordinário”, explica a procuradora Carina Bicalho, do Núcleo de Combate às Fraudes Trabalhistas.


Acordo firmado entre a empresa e o Ministério Público (MP) no fim de 2011 trouxe como resultado que a Rede Globo vai ter que contratar 150 jornalistas e radialistas para suas redações, além de pagar uma multa de R$ 1 milhão de reais.

"Nos últimos cinco anos, esta foi a terceira vez que a emissora do Jardim Botânico teve constatadas irregularidades quanto a jornadas de trabalho. Com este acordo na Justiça, a Globo promove nos últimos meses a prática de novas escalas, garantindo folgas aos jornalistas e mais respeito aos intervalos interjornadas. Este ajuste de conduta chegou também no Infoglobo, que edita os impressos da família Marinho".

Em Nota, o Sindicato defende a importância do acordo e afirma que as irregularidades não se restringem à Rede Globo:

Ao conseguir que a TV Globo seja multada e obrigada a contratar 150 funcionários no prazo de um ano – até fevereiro do ano que vem – o Ministério Público põe o dedo numa ferida. Profissionais, não apenas da Globo, sofrem com as longas jornadas de trabalho, a falta de respeito às folgas semanais e aos intervalos de 11 horas entre uma jornada e outra. Sofrem sem que a população tome conhecimento.

Os trabalhadores que têm a missão de informar jamais são notícia quando o que está em pauta é o desrespeito às leis trabalhistas praticado pelas empresas de comunicação. Por motivos óbvios, os empresários não permitem que os seus próprios erros sejam noticiados. Esse tipo de censura é cláusula pétrea na lei interna das redações.

A multa de R$ 1 milhão aplicada à TV Globo é simbólica, mas serve de alerta a todas as empresas que agem da mesma forma. E a justificativa dos procuradores ao pedir a punição é contundente.

Os jornalistas, pressionados por um mercado de trabalho limitado, não devem sofrer calados. Com os devidos cuidados, precisam denunciar as irregularidades e se unir, através do Sindicato da categoria, na luta por melhores salários e condições de trabalho. Os veículos de comunicação, que fazem tantas denúncias de ilegalidades, têm a obrigação de cumprir a lei no que diz respeito ao seu público interno.


Procuradora critica pejotização

A procuradora Carina Bicalho afirma que a pejotização, que acontece na Rede Globo e em outras emissoras é artifício claro da precarização das relações do trabalho:

PJ é uma forma que o capital descobriu para trazer o trabalhador para o lado dele, dizendo que o empregado está ganhando com isso”, expõe a procuradora. No entendimento dela, quando essa prática ocorre com os altos salários, não há distribuição de riqueza, já que tanto a empresa quanto o profissional deixam de recolher impostos.

Íntegra da entrevista da procuradora, da Nota do sindicato e mais detalhes do processo você acessa aqui.

É bom que jornalistas e outros profissionais que são submetidos à pejotização pelas empresas saibam que a Justiça do Trabalho tem dado ganho de causa aos que entram com ação contra as empresas, como já publiquei aqui em Juiz do Tribunal Superior do Trabalho diz que TV Globo frauda contrato de trabalho de jornalista.

A jornalista Cláudia Cruz, que trabalhou como repórter e apresentadora (RJTV) na Globo do Rio, entrou com ação no Ministério do Trabalho solicitando que fosse reconhecido seu vínculo empregatício com a Rede Globo. No período em que trabalhou na emissora, Cláudia Cruz teria sido obrigada, segundo afirma, a “abrir uma empresa pela qual forneceria sua própria mão-de-obra”.

O TST deu ganho de causa à jornalista:

A 6ª Turma do TST (Tribunal Superior do Trabalho) obrigou a TV Globo a reconhecer vínculo de emprego com a jornalista Claudia Cordeiro Cruz, contratada como pessoa jurídica.

O ministro Horácio Senna Pires, relator do caso, concluiu que o esquema “se tratava de típica fraude ao contrato de trabalho, caracterizada pela imposição feita pela Globo para que a jornalista constituísse pessoa jurídica com o objetivo de burlar a relação de emprego”. [reportagem completa aqui]


Se a moda pega, a Globo se ferra, pois jornalistas, atores, diretores (pelo menos os medalhões) sofrem do mesmo mal de Cláudia Cruz: também são obrigados a abrir uma empresa para fornecer sua própria mão-de-obra.

“Nesse contexto, concluo que se tratava de típica fraude ao contrato de trabalho”, afirmou o relator do agravo de instrumento no TST, ministro Horácio Senna Pires.

Mídia: Regulamenta, Dilma!

Por Venício A. de Lima, na revista Teoria e Debate:

Regulamentar é o mesmo que regular, verbo de origem latina que significa estabelecer regras para; estabelecer ordem; acertar, ajustar. Um dos papéis fundamentais do Estado é exatamente “estabelecer regras” – políticas públicas – relativas aos diferentes setores de atividade existentes numa sociedade para servir ao interesse coletivo.


Nas últimas décadas, atores sociais poderosos conseguiram tornar preponderante, em todo o planeta, a perspectiva política que postula limites estritos ao papel regulador do Estado. É o chamado “Estado mínimo” do ideário neoliberal. Os resultados desastrosos dessa política tornaram-se evidentes, a partir de 2008, com a crise global dos mercados financeiros. E suas consequências seguem fazendo estragos enormes ao redor do mundo.

É interessante notar, todavia, que, mesmo numa época em que dominou a perspectiva neoliberal, uma atividade foi e continua sendo objeto da regulação do Estado: as comunicações, reunindo os antigos setores de telecomunicações e radiodifusão e o novo espaço das TICs, as tecnologias de informação e comunicação.

Não só em vizinhos nossos como a Argentina, a Bolívia, o Equador, a Venezuela e o Uruguai, mas também na Inglaterra ocorre intenso debate sobre regulação e autorregulação – exemplos eloquentes por si mesmos.

São muitas as razões que justificam o imperioso papel regulador do Estado nas comunicações. A mais evidente (certamente) é a revolução digital pela qual passa o setor, que dissolveu as fronteiras entre as telecomunicações (telefonia, transmissão de imagens e dados), a comunicação social (rádio, televisão) e as TICs. Esse tsunami tecnológico provoca enormes ressonâncias no conjunto da sociedade, desde a transformação radical dos modelos de negócio até a reinvenção da sociabilidade humana, que agora se espraia viroticamente pelas redes sociais.

Uma razão talvez menos evidente ao senso comum, todavia, é a centralidade cada vez maior das comunicações nas democracias contemporâneas. A universalização da liberdade de expressão adquire um caráter fundante para a construção da cidadania ativa e republicana.

No Brasil, mesmo atores historicamente resistentes a qualquer alteração no status quo do setor de comunicações dão sinais públicos de finalmente reconhecer que algum tipo de regulação do Estado torna-se inevitável e inadiável.

De fato.

Para ficar apenas nos exemplos mais eloquentes: a principal referência legal para a radiodifusão, o Código Brasileiro de Telecomunicações (Lei nº 4.117/1962) completa cinquenta anos (!) no próximo mês de agosto. A Lei Geral de Telecomunicações (nº 9.472/1997), apesar de relativamente recente, entre outras questões já nasceu defasada por separar telecomunicações e radiodifusão. E as normas e princípios da Constituição de 1988 – que, pela primeira vez, trouxe um capítulo específico sobre a Comunicação Social – em sua maioria não foram regulamentados, e portanto não são cumpridos. Pior ainda, o artigo 224 que institui o Conselho de Comunicação Social, apesar de regulamentado, vem sendo descumprido pelo Congresso Nacional desde dezembro de 2006.

Mas não se trata apenas de uma questão legal. Regulamentar as comunicações implica o Estado cumprir seu papel de garantir a universalização da liberdade de expressão, assegurar maior diversidade e pluralidade de vozes no debate público e possibilitar a construção cidadã de uma opinião pública republicana e democrática.

A realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação em dezembro de 2009, apesar de boicotada por parte dos empresários de comunicações, confirmou o tema da regulação na agenda pública. Nos últimos meses, apesar da omissão deliberada e da satanização liberista que a grande mídia ainda faz do tema, é inegável que existe uma crescente mobilização de partidos políticos e da sociedade civil organizada em torno da necessidade da regulação das comunicações.

Por tudo isso, pela consolidação de uma democracia republicana, e em nome da maioria esmagadora do apoio popular que seu mandato tem recebido: regulamenta, Dilma!

Quem quer pressionar o STF é a mídia

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:




Estou farto de tanta hipocrisia. Acabo de ler um comentário do jornalista Ricardo Noblat, em seu blog hospedado no portal de notícias das Organizações Globo, dizendo que José Dirceu quer “obrigar” o STF a decidir a seu favor. Para dizer isso, esse jornalista insulta pesadamente o ex-ministro processado por aquele tribunal e que está com a própria vida, seu futuro e sua honra em suas mãos.


Grande vantagem insultar Dirceu. Corajoso o Noblat, não? Muito corajoso ao detratar e injuriar dessa forma alguém que há sete anos é tratado como bandido pelos maiores impérios de comunicação da América Latina apesar de nunca ter surgido uma só prova material contra si.

Enquanto isso, o país assiste à mídia pressionar o STF, levantar ilações sobre supostas intenções de membros do tribunal, a ela reclamar do relator-revisor do processo, o ministro Ricardo Lewandowsky, dizendo que, por não aprontar o processo mais rápido neste ano eleitoral como essa mesma mídia quer, estaria ajudando os acusados pelo inquérito.

Ou seja: quando Dirceu ou até mesmo o ex-presidente Lula reclamam, é imoral, ilegal, suspeito ou claramente prova de culpa, mas, quando a mídia aliada à oposição acusa, aí é um serviço prestado ao país contra pessoas que ela já trata como condenadas, dando a entender que acha que o julgamento delas deveria ser mera formalidade, sumário, pois a culpa de todas já estaria provada.

O fato é que não é Dirceu que diz que o STF se deixa pressionar pela mídia, nem eu, mas um membro do STF, o mesmo Lewandowsky que, em 2007, espionado por uma jornalista da Folha de São Paulo enquanto almoçava em um restaurante, disse a um interlocutor desconhecido, ao celular, que a Suprema Corte de Justiça da República havia aceitado o inquérito do mensalão “com a faca no pescoço” colocada pela… MÍDIA!

Desta maneira, considero uma afronta, uma prova de cinismo indizível esse comentário não só de Noblat, mas de todos esses seus congêneres que estão a querer um tribunal de exceção para os acusados do inquérito do mensalão.

Noblat diz que seria ilegítimo que manifestantes saíssem às ruas para protestar contra essa pressão que o ministro do Supremo Ricardo Lewandowsky diz que a mídia consegue fazer sobre a Corte que integra, o que, por si só, constitui um absurdo institucional, uma aberração, um atentado à Democracia. Eu, porém, garanto a você, leitor, que é perfeitamente constitucional e, ainda mais, que seria perfeitamente justo.

É meu direito dizê-lo e a Constituição Federal me garante esse direito. O direito de reunião e de expressão será exercido, a menos que a mídia pregue que, como em uma ditadura, o Estado brasileiro prenda ou espanque ou torture ou mate quem disser o mesmo que o ministro Lewandovsky disse e que ao menos a Folha publicou – na primeira página.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Os três vícios da capa da Veja

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
Publico aqui, com autorização do autor, email que recebi do meu xará, Miguel Freitas, comentando as últimas peripécias da Veja.

Fala xará!


Uma pequena contribuição para você, uma rápida reflexão sobre essa última barriga da Veja…

Eu estava respondendo a uma amiga que comentou como o caso “Control C + Control Veja” era péssimo para a credibilidade da revista. E é mesmo! Só que o episódio é bem pior que apenas um “copy-paste”, é um escárnio completo que revela muito sobre como é praticado o jornalismo na Veja:

1) INCOMPETÊNCIA: Ainda que se dê o benefício da dúvida (apesar do histórico nada favorável da revista) de que o jornalista não sabia que o documento obtido furtivamente era, na realidade, um “clipping” de notícias publicadas em vários jornais, isso revela a incompetência do jornalista: ele não fez nem mesmo uma checagem básica sobre o conteúdo do documento. Nem mesmo o estilo jornalistico do texto teria levantado a mínima suspeita?

2) A ESCANDALIZAÇÃO DO NADA: Obviamente se os textos já eram públicos, jornalísticos e não haviam causado nenhum furor na época de sua publicação, por que a mera mudança de autoria os transformaria agora em bombásticos? Escandalosos? Conspiratórios? Capa da Veja? É claro que o texto não tinha nada de mais e Veja está mais uma vez colocando chifre na cabeça de cavalo, tentando criar uma notícia que não existe.

3) MANIPULAÇÃO: Você já percebeu que um trailer de filme sempre mostra as melhores partes de ação? E o de um filme de comédia mostra as partes mais engraçadas? Pois é, a matéria da Veja mostra apenas uns 3 ou 4 trechos de um documento que deve ser muito maior. A Veja escolheria justamente os trechos menos comprometedores pra mostrar? É claro que não. É uma mera conclusão lógica que se realmente houvesse algo comprometedor eles mostrariam na matéria, mas não: mostram apenas aqueles pequenos fragmentos de matérias e a partir daí induzem o leitor a pensar que ele estaria diante de “um plano de ataque” e um “manual para instrumentalizar a CPI”. É claro que as partes mais picantes devem estar em algum outro lugar…

É tudo muito ridículo? É sim.

Se você retirar os anúncios (maior parte da revista), as matérias plantadas pelo Cachoeira para derrubar os bandidos concorrentes (denúncia dos correios) ou favorecer a própria quadrilha (derrubar a diretoria do DNIT que estaria multando a Delta), as matérias inventadas (dólares de Cuba, dossiê de contas de autoridades no exterior…), as matérias estranhas de beleza (como a capa que dizia que um remédio de diabetes fazia as pessoas emagrecer – motivo de nota de repúdio da Anvisa) e as futilidades… O que sobra?

abraços,

Miguel Freitas


* PS: Ok, ok… Já sei o que sobra: o guia de restaurantes que eles publicam uma vez por ano!

Os descalabros do PSDB em São Paulo

Por José Dirceu, em seu blog:
Deu na mídia hoje: a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) teve a circulação prejudicada por três horas ontem (das 11:55 até por volta das 15 h) com os trens circulando em lentidão e maior tempo de intervalo entre as estações por causa de uma pane iniciada entre a Granja Julieta e Santo Amaro, na Zona Sul paulistana.

Justificativa para a pane que trouxe de volta o apagão tucano nos transportes públicos paulistanos: queda de energia. O sistema CPTM, vocês sabem, junto com o metrô na capital, serve a milhões de passageiros diariamente na Região da Grande São Paulo.

Vocês se lembram, também, porque vivem o drama, que entram em pane metrô e/ou trens em média duas vezes por semana. Quando não entram os dois juntos. Na semana passada, por exemplo, falhas prejudicaram o funcionamento da linha 9 da CPTM por dois dias seguidos.

Falta investimento em expansão e manutenção, dizem especialistas

É o jeito de governo tucano gerir transportes públicos. Sem priorizá-los, sem investimentos em manutenção e expansão e sem atenção para o descalabro. Mesmo que ele ocorra no metrô mais lotado do mundo, o de São Paulo, e num sistema de trens de subúrbio dos mais lotados que se conhece.

Tem mais na Folha de S.Paulo hoje: apesar de estarmos já no último mês do 1º semestre letivo do ano, pelo menos 20% dos alunos da rede pública municipal de ensino (mais de mil escolas) ainda estão sem o uniforme distribuido a um total de cerca de 640 mil estudantes. Na rede de escolas da Prefeitura, diz o jornal, quem mudou de colégio ou ingressou este ano ainda não recebeu o uniforme.

Justificativa da Prefeitura: a tirada de medidas desses alunos para confecção da roupa foi feita depois da realizada com os que já se encontravam na rede. Jeito de governar do prefeito paulistano Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB, agora PSD), que administra a capital há oito anos em uma sólida parceria com os tucanos.

Caos no trânsito, a sucessão de recordes

No trânsito, a cidade de São Paulo registrava às 9h de hoje 161 km de congestionamento. Foi o 3º maior registrado no período da manhã neste ano, atrás apenas dos 249 km às 10h do dia 23 de maio e dos 168 km das 9h30 de 27 de abril.

Explicação da prefeitura demotucana: inúmeros acidentes, árvores caídas e mais de 30 semáforos com defeito, decorrentes das chuvas (finas) de ontem a noite, madrugada e manhã de hoje que, felizmente, não provocaram alagamentos nem enchentes.

Apenas uma constatação: apagão nos transportes e no trânsito, falência na educação e na segurança pública (leiam o post Gestão tucana: mortes causadas por PMs aumentam todos os anos). No trânsito, quem sabe se Kassab tivesse construído e reformado os 26 corredores de ônibus que prometeu na campanha de sua reeleição em 2008, a cidade teria melhorado. Mas ele os engavetou e só pouco menos de um ano antes do término de seu 2º mandato, prometeu reativar as licitações.

Veja mente na base do copia e cola

Por Renato Rovai, na revista Fórum:
A jornalista Cynara Marques, da CartaCapital, publicou ontem um artigo no site da revista denunciando como farsa a matéria que ilustra a capa da última edição da revista Veja.

No artigo, Cynara aponta que o documento apresentado pela Veja, com exclusividade, como uma produção do PT para orientar a atuação de seus parlamentares na CPI do Cachoeira, na verdade não passa de um conjunto de recortes de reportagens de jornais, revistas e sites.


A inspiração para o artigo de Cynara partiu de um e-mail enviado por um leitor que colocava a seguinte questão: “manual do PT ou matéria do 247?”. Apurando a informação, a jornalista percebeu que o leitor tinha razão e que a reportagem de capa da Veja era uma fraude.

Segundo Cynara, a revista copiou e colou trechos de reportagens de terceiros, sem mudar uma virgula, e afirmou, no estilo Veja de tentar enganar trouxas, que eles fariam parte de um “documento preparado por petistas para guiar as ações dos companheiros que integram a CPI do Cachoeira”.

No artigo, Cynara apresenta os trechos publicados pela revista e os trechos originalmente publicados pelo site Brasil 247 e pelos jornais Folha de S.Paulo e Estado de S.Paulo.

A repercussão da denúncia levou o artigo ao Trending Topics do Twitter. Durante todo o dia de ontem, a hashtag #CtrlCCtrlVeja figurou entre os assuntos mais comentados do serviço de microblogs no Brasil.

Veja a íntegra do artigo:

Control C + Control Veja

No centro do furacão desde que vieram à tona suas relações no mínimo pouco éticas com os bandidos da quadrilha de Carlinhos Cachoeira, a revista Veja parece ter perdido toda a noção de ridículo. Sua capa desta semana é uma farsa: o “documento” que a semanal da Abril alardeia ter sido produzido pelo PT como estratégia para a CPI de Cachoeira é, na verdade, um amontoado de recortes de reportagens de jornais, revistas e sites brasileiros.

Confira neste link (clique AQUI) os fac-símiles do suposto “documento” que a revista apresenta com “exclusividade” e compare com os outros links no decorrer deste texto.

Segundo a revista, os trechos que exibe fariam parte de um “documento preparado por petistas para guiar as ações dos companheiros que integram a CPI do Cachoeira”. Mas são na realidade pedaços copiados e colados diretamente (o manjado recurso Ctrl C+ Ctrl V dos computadores) de reportagens de terceiros, sem mudar nem uma vírgula. O primeiro deles: “Uma ala poderosa da Polícia Federal, com diversos simpatizantes nos meios de comunicação, não engole há muito tempo o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal” saiu de uma reportagem de 6 de abril do site Brasil 247, um dos portais de notícia, aliás, que os colunistas online de Veja vivem atacando com o apelido de “171″ (número do estelionato no código penal). Mas quem é que está praticando estelionato com os leitores, no caso? (confira clicando AQUI).

Outro trecho do “documento exclusivo” de Veja é um “copiar e colar” da coluna painel da Folha de S.Paulo do dia 14 de abril: “Gurgel optou por engavetar temporariamente o caso. Membros do próprio Ministério Público contestam essa decisão em privado. Acham que, com as informações em mãos, o procurador-geral tinha de arquivar, denunciar citados sem foro privilegiado ou pedir abertura de inquérito no STF”. (Confira AQUI)

Mais um trecho do trabalho de jornalismo “investigativo” com que a Veja brinda seus leitores esta semana: “Em uma conversa entre o senador Demóstenes Torres e o contraventor Carlinhos Cachoeira, gravada pela Polícia Federal (…)”, é o lead de uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo do dia 28 de abril (leia AQUI).

Pelo visto, os espiões da central Cachoeira de arapongagem, que grampeavam pessoas clandestinamente para fornecer “furos” à Veja, estão fazendo falta à semanal da editora Abril…

Lista de Furnas. Tucanos, tremei!

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:
O ansioso blogueiro encontrou o Amaury Ribeiro Junior, na redação da TV Record, no exato momento em que, ao telefone, ele tentava falar com a filha do … … … , notável empresária do setor de lavanderia (a seco).

Inútil.

Só dava caixa postal.

Amaury procurava confirmar se o pai dela, notável tucano, estava na lista de Furnas.


Por que, Amaury, você vai mexer nessa caixa de marimbondo ?

Como se sabe, Amaury prepara o Privataria – II, com os documentos que não couberam no Privataria – I , além de outras preciosidades tucanas.

É que, no caminho da Privataria, Amaury entrou na caverna de Furnas.

E se prepara para soltar a bomba.

Vai voar pena de tucano para todo lado: Minas, São Paulo e Rio.

A Lista de Furnas, como se sabe, contém todos aqueles que receberam dinheiro (ilegal) de Furnas para a campanha de 2002.

2002, quando Aécio foi candidato a governador e o Padim Pade Cerra (derrotado) a Presidente.

A lista seria de autoria de Dimas Toledo.

Um laudo da Polícia Federal considerou que:
1) a assinatura de Dimas Toledo na lista é verdadeira;
2) a lista não foi “montada”, “editada”.

Esse laudo é uma – UMA e não a ÚNICA – prova da veracidade da lista.

O laudo foi incorporado à denúncia da Procuradora do Ministério Público Federal, que apresentou denuncia ao Juiz da Segunda Vara Federal do Rio, já que Furnas tem sede no Rio.

A Promotora denunciou peculato, corrupção passiva, e lavagem de dinheiro.

Um deputado estadual de Minas testemunhou que recebeu exatamente o valor que consta ao lado de seu nome na lista.

Disse que pediu o dinheiro para um hospital no Sul de Minas, recebeu o que pediu e mostrou o recibo da doação.

Roberto Jefferson, que só serve para denunciar o mensalão, mas não serve quando diz que não havia mensalão, também confirmou que recebeu de Furnas exatamente o que corresponde ao nome dele na lista.

E os tucanos se estrebucharam.

E resolveram melar as provas (alô, alô, Daniel Dantas!).

Arrumaram uns laudos da lista que mais pareciam a bolinha de papel do Cerra.

E se desmoralizaram quando arrumaram um “perito” americano que se revelou uma fraude.

E tentaram cassar o mandato de Rogério Corrêa, líder do PT na Assembléia de Minas, do grupo “Minas sem Censura”, um dos poucos que não tem medo da irmã do Aécio Neves.

O PSDB pediu a cassação do mandato dele, porque denunciou a lista.

O pedido foi arquivado.

Agora, Corrêa quer ter acesso à denuncia da Procuradora.

E desvendar dois mistérios profundos.

O Juiz da 2a. Vara Federal do Rio se considerou incompetente para julgar, já que Furnas é uma empresa de “economia mista” e mandou o abacaxi para a Justiça estadual do Rio.

Por que seria?, pergunta-se o Corrêa.

E mais intrigante, ainda.

A Procuradora do Ministério Público Federal, que substituiu a Procuradora que fez a denuncia inicial, não contestou o Juiz.

Será que o brindeiro Gurgel poderia explicar essa aparente omissão?

Com isso, o abacaxi foi enviado à Justiça do Rio, sem que o MP protestasse.

Como o PSDB tentou envolver Corrêa no escândalo – com o inevitável apoio da revista Veja, o detrito sólido de maré baixa – ele se considera no direito de furar o bloqueio do “segredo de Justiça” para ter acesso, também, à inesperada decisão do Juiz federal do Rio que não quis julgar o caso.

Rogerio Corrêa ganhou na Justiça o direito de resposta contra o jornal O Estado de Minas, que o atacou.

Por enquanto, o jornal, um dos pilares do aecismo cinzento de Minas, prefere pagar a multa diária a publicar a resposta do deputado.

Por que será, amigo navegante?

E onde entra o Amaury?

Bem, aí é que palpita o coração tucano, de pais e filhas.

Amaury está na bica para se tornar blogueiro sujo, daqueles que o Cerra não deixa de ler (de madrugada).

A Procuradora Federal assegurou que a lista é UMA das peças da denuncia.

Quais são as outras provas?

O que provam?

Quem inculpam?

Tchan, tchan, tchan, tchan !

E mesmo que o Juiz estadual do Rio devolva ao Juiz federal – e isso tome outros cinco anos – o Amaury está aí, ao telefone.

Esse Amaury …

terça-feira, 5 de junho de 2012

Veja perdeu noção do ridículo

Por Cynara Menezes, na CartaCapital:

No centro do furacão desde que vieram à tona suas relações no mínimo pouco éticas com os bandidos da quadrilha de Carlinhos Cachoeira, a revista Veja parece ter perdido toda a noção de ridículo. Sua capa desta semana é uma farsa: o “documento” que a semanal da Abril alardeia ter sido produzido pelo PT como estratégia para a CPI de Cachoeira é, na verdade, um amontoado de recortes de reportagens de jornais, revistas e sites brasileiros.


Confira neste link (clique AQUI) os fac-símiles do suposto “documento” que a revista apresenta com “exclusividade” e compare com os outros links no decorrer deste texto.

Segundo a revista, os trechos que exibe fariam parte de um “documento preparado por petistas para guiar as ações dos companheiros que integram a CPI do Cachoeira”. Mas são na realidade pedaços copiados e colados diretamente (o manjado recurso Ctrl C+ Ctrl V dos computadores) de reportagens de terceiros, sem mudar nem uma vírgula. O primeiro deles: “Uma ala poderosa da Polícia Federal, com diversos simpatizantes nos meios de comunicação, não engole há muito tempo o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal” saiu de uma reportagem de 6 de abril do site Brasil 247, um dos portais de notícia, aliás, que os colunistas online de Veja vivem atacando com o apelido de “171″ (número do estelionato no código penal). Mas quem é que está praticando estelionato com os leitores, no caso? (confira clicando AQUI).

Outro trecho do “documento exclusivo” de Veja é um “copiar e colar” da coluna painel da Folha de S.Paulo do dia 14 de abril: “Gurgel optou por engavetar temporariamente o caso. Membros do próprio Ministério Público contestam essa decisão em privado. Acham que, com as informações em mãos, o procurador-geral tinha de arquivar, denunciar citados sem foro privilegiado ou pedir abertura de inquérito no STF”. (Confira AQUI)

Mais um trecho do trabalho de jornalismo “investigativo” com que a Veja brinda seus leitores esta semana: “Em uma conversa entre o senador Demóstenes Torres e o contraventor Carlinhos Cachoeira, gravada pela Polícia Federal (…)”, é o lead de uma reportagem do jornalO Estado de S.Paulo do dia 28 de abril (leia AQUI).

Pelo visto, os espiões da central Cachoeira de arapongagem, que grampeavam pessoas clandestinamente para fornecer “furos” à Veja, estão fazendo falta à semanal da editora Abril…