quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Fonte os Amigos do Presidente Lula

Kassab recebe vaias em evento com Lula e deixa local alegando ter outros compromissos

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), foi vaiado durante evento nesta quinta-feira (29) na capital paulista que reuniu catadores de lixo. A vaia começou já na hora que o prefeito foi chamado para subir ao palco e durou todo o tempo do seu discurso, de cerca de um minuto. Com ar constrangido, o prefeito deixou o local em seguida e sua assessoria alegou que ele tinha outros compromissos.

A reação do público mudou quando o Presidente Lula foi anunciado. Ele foi aplaudido e subiu ao palco aos gritos de “Lula, cadê você. Eu vim aqui só para te ver”.

No mesmo evento também estava o ex-prefeito e deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), que também recebeu vaias, mas em proporções menores que as recebidas por Kassab.

Segundo a organização do evento, cerca de 1.500 catadores participaram da ExpoCatadores, evento do Movimento de Catadores de Materiais Recicláveis para divulgar a atividade e defender a sua profissionalização.R7

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Qual a opinião de vocês sobre esse assunto?: Subsídio para telefone de cadastrado no Bolsa Família é aprovado

Meus queridos leitores. Leiam essa matéria publicada hoje no jornal Valor Econônico. Depois, digam o que vocês acharam!

As contas de telefone fixo dos consumidores de baixa renda poderão ser reduzidas, de acordo com projeto de lei aprovado ontem na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado. A proposta será analisada pela Câmara e se for aprovada permitirá que a população carente não pague mais pela assinatura mensal de telefone fixo. O foco, segundo o autor do projeto, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), é a população assistida pelo Bolsa Família, principal programa social do governo Lula.

A medida, no entanto, beneficiará não só as famílias carentes, mas também muito mais as empresas de telefonia fixa, ao garantir que o governo federal assuma o pagamento da assinatura mensal de milhares de pessoas. Os subsídios para o pagamento da mensalidade, segundo a proposta, serão financiados com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). Dessa forma, poderá diminuir a pressão sobre as empresas de telefonia fixa para que reduzam a mensalidade.

O projeto de lei deverá estender a tarifa social à telefonia fixa. Atualmente a população de baixa renda tem benefício para o pagamento da conta de energia elétrica. O projeto de lei, no entanto, não diz o que é "baixa renda", nem determina o rendimento máximo mensal que cada família poderá ter para poder usufruir da tarifa menor. "Isso quem vai determinar é o governo federal", explicou o tucano Flexa Ribeiro. "Mas podemos considerar que são as pessoas atendidas pelo Bolsa Família", comentou. Flexa Ribeiro não soube estimar os custos da eventual implementação da tarifa social. Em uma conta rápida, chegou a pelo menos R$ 330 milhões mensais, ao multiplicar as 11 milhões de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família por R$ 30, uma média estimada da assinatura mensal do telefone fixo. O relator do projeto, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), disse, em voto favorável ao projeto, que o Fust conta com recursos da ordem de R$ 7 bilhões, mas ainda não ajudou a colocar em prática iniciativas de universalização dos serviços de telecomunicação.

A proposta de Flexa Ribeiro, presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, altera a Lei Geral de Telecomunicações para permitir que recursos do Fust sejam usados para subsidiar a assinatura do serviço de telefonia fixa. A ideia, segundo o autor do projeto, é universalizar o serviço de telefonia fixa. A justificativa do senador é que as empresas de telefonia fixa são obrigadas a instalar telefone em localidades com mais de 100 habitantes, mas a mesma regra não é válida para as empresas de telefonia celular. "Hoje os mais pobres não têm condições de pagar R$ 30, R$ 40 reais pela assinatura de um telefone fixo e acabam comprando telefones celulares", explicou Flexa Ribeiro. "As pessoas colocam R$ 5 de crédito no pré-pago e acabam usando o celular só para receber chamadas. Se o projeto for aprovado, os mais carentes poderão ter telefone."

O projeto de lei foi aprovado ontem, em caráter terminativo, depois de passar pelas comissões de Constituição e Justiça, Assuntos Econômicos e Ciência e Tecnologia do Senado. Seguirá para debate e votação na Câmara.Valor Econômico - 29/10/2009...

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Até a Veja ironiza o DEM:A juventude do DEM e o CQC…

Você já ouviu falar da juventude do DEM? Nem eu. Mas o partido crê firmemente que ela existe e quer motivá-la.

Como? Está preparando um megaevento para a juventude do partido para este feriado de…finados. Será Blumenau, Santa Catarina.

Com o objetivo de reunir mais de 800 militantes, o partido, que vem perdendo parlamentares ano após ano, convidou o âncora do CQC, Marcelo Tas, o consultor de imagem Mario Rosa, o cientista político Antonio Lavareda, e até um líder estudantil anti-chavista da Venezuela.Os temas anunciados são basicamente: internet, a imagem dos políticos e a militância de oposição.Quem diria que um dia o Lauro Jardim, empregado da Veja, fosse escrever isso. Sinais dos tempos!

Rá rá rá, uma data bem apropriada pra reuniar a juventude dos demos! Que até pode existir, mas só na idade, porque no pensamento e nas ações representam o atraso e a senilidade da decadente elite política brasileira. Agora...Logo no dia dos finados?. Estará presente ACM e os generais da Ditadura?

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Governo do Estado de São Paulo trabalhando por você: Carne podre era servida em escola e hospital

A Polícia Civil fechou ontem um frigorífico que armazenava mais de 30 toneladas de carne com validade vencida ou prestes a vencer. O alimento era reembalado com datas de validade falsas e vendido para hospitais, creches, escolas e penitenciárias de São Paulo e mais dois Estados.

O frigorífico ficava na rua João Graeber, 164, no Parque São Lucas (zona leste de SP). No local havia carne bovina, suína, de peixe e embutidos em cinco câmaras frias repletas de sujeira e bolor. Havia alimentos armazenados sem refrigeração em corredores."Os clientes são, na maioria, prefeituras, hospitais, penitenciárias e algumas empresas privadas", disse o delegado Anderson Pires Giampaoli, da 2ª Delegacia de Saúde Pública do DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania). Segundo ele, a polícia acredita que o grupo, cujo dono é o empresário Eduardo Antônio Gouveia dos Santos, 57 anos, usava pelo menos quatro razões sociais, entre elas, frigorífico Gouveia Santos, para participar de diferentes tipos de licitação.

De acordo com a polícia, as empresas dele conseguiam vencer as licitações porque compravam carne prestes a vencer de outros frigoríficos por preços muito mais baixos que os de mercado.A carne então era descongelada e recebia novas embalagens e etiquetas com carimbos federais e datas de vencimento futuras. Depois, ela era reembalada e congelada.

A reportagem do Agora encontrou no frigorífico peças de carne com validade vencida há um ano e meio que haviam recebido novo prazo de validade datado de janeiro de 2010.Segundo levantamento preliminar da polícia, entre os clientes estavam mais de 20 prefeituras de São Paulo e de Minas Gerais --que usavam os alimentos para fazer merenda escolar e comida de hospital.

Também recebiam carne a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária, que abastecia pelo menos dez penitenciárias e o Hospital do Servidor Público Municipal. A Secretaria da Segurança Pública do Mato Grosso do Sul também era cliente.Jornal Agora

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Abandonada pela imprensa, CPI da Petrobrax caminha para o nada





Vocês lembram deste post:"Oposição e imprensa esqueceram por completo a CPI do PSDB. A imprensa que tanto pressionou a oposição para criar a CPI, abandonou PSDB e DEM. A oposição reclama da imprensa:O senador ACM Júnior (DEM) explicou que a oposição contava com a "colaboração da imprensa", para fazer novas denúncias e que sem isso "fica difícil surgir mais informações contra a estatal". "Botamos fé na imprensa", comentou."

A confirmação de que a oposição foi abandonada pela imprensa veio ontem, a oposição abandonou CPI da Petrobrax tucana

Pouco mais de dois meses depois do início das investigações da CPI, senadores da oposição declararam ontem que poderão recuar nas investigações. Ao tomarem conhecimento de que o gerente-executivo de Serviços da Área de Exploração e Produção da Petrobras, Erardo Gomes Barbosa, não participaria da sessão de ontem, Álvaro Dias, Sérgio Guerra (PSDB-PE) e Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA) retiraram-se da reunião."

A reunião de ontem, começou depois de três semanas sem encontros da comissão, repetiu o cenário observado nas últimas sessões da CPI: plenário vazio, atraso para o início dos depoimentos e ausência até mesmo de senadores da oposição. A reunião começou sem o presidente da CPI, João Pedro (PT-AM), e com apenas Álvaro Dias. Dos onze titulares da comissão, oito são do governo. Os dois suplentes da oposição, Heráclito Fortes (DEM-PI) e Tasso Jereissati, não foram os mais assíduos nas sessões.

ACM Júnior, que chegou muito depois do inicio da sessão, disse que a oposição pretende apresentar novos requerimentos de convocação e discutir os rumos da CPI na reunião.

Os governistas têm ampla maioria na comissão, além dos dois cargos de comando (presidência e relatoria). Com isso, conseguem aprovar ou derrubar os requerimentos propostos pela oposição, reclamou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), autor do pedido de criação da comissão de inquérito.

Já o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), reclamou que, "nem a transmissão das sessões aparecem na televisão"

A comissão foi instalada em 14 de julho, mas os trabalhos de investigação só começaram mesmo em meados de agosto. A base governista descarta a possibilidade de prorrogar a CPI . Para a líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (PT-SC), todas as denúncias já foram investigadas "exaustivamente". O comando da CPI evita falar publicamente que encerrará a comissão em novembro. "Vamos combinar com o PSDB e DEM", disse João Pedro. A duração da CPI é de 180 dias e pode ser prorrogada pelo mesmo prazo.

Para amenizar os ânimos da oposição, o presidente da CPI marcou para a próxima terça-feira (3), um dia depois do feriado do Dia de Finados, uma reunião administra. Ele também marcou audiência com o presidente da Petrobras para o dia 10 de novembro.

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Lula fala de TV que tenta levar a 'pensamento único'



Em discurso na inauguração de dois novos estúdios da Rede Record de televisão, o Presidente Lula disse que, "alguns formadores de opinião" de tentam "conduzir a opinião pública" para formar o que chamou de "pensamento único". Lula elogiou o surgimento de novas opções na TV brasileira e pediu que ainda surjam outras alternativas no setor para que haja mais concorrência.

"Não seria bom para o Brasil se a gente tivesse apenas uma televisão produzindo novela. Não seria bom para o Brasil se a gente tivesse apenas uma televisão dando informações", disse o Presidente.

"Antigamente, sem controle remoto, (a televisão) ficava num canal só porque a gente ficava brigando em família para ver quem levantava para mudar o canal. Mas, agora, com controle remoto, não precisa levantar, é só clicar", afirmou. "O que está acontecendo na verdade? Essas alternativas estão permitindo que o povo brasileiro não seja vítima de alguns formadores de opinião pública que não querem formar opinião pública, mas querem conduzi-la a um pensamento único, a uma verdade única, sem permitir que as pessoas tenham possibilidade de ter opções de informação."

Lula elogiou a iniciativa da Rede Record, que começou a investir em 2005. "não era muita gente que acreditava no Brasil" naquela época. "Aqueles que em 2002 não tinham votado em mim, depois da vitória, ficaram em 2003 e 2004 torcendo para que o governo não desse certo", declarou. "Acompanho os meios de comunicação no Brasil e sei o quanto a Record e o povo da Record foram vítimas de preconceito."

O Presidente lembrou que, ao assumir o governo, o País, além de não ter reservas internacionais, devia US$ 30 bilhões ao FMI. "Hoje este país pagou ao FMI, emprestamos mais US$ 10 bilhões ao FMI e temos US$ 230 bilhões em reservas para dar segurança para a balança comercial e para enfrentar crises como esta que enfrentamos", afirmou Lula, tentando fazer um paralelo com a atuação da Record.

O Presidente chegou acompanhado do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e dos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Franklin Martins (Comunicação Social) e Orlando Silva (Esportes). Ciceroneado pelo presidente da Rede Record, Alexandre Raposo, conheceu os novos estúdios, antes da solenidade. Lula brincou de cameraman, chegando a focalizar a ministra Dilma e o governador do Rio.

O Presidente também brincou de filmar os fotógrafos que o acompanhavam e gritou: "Cena 1, imprensa!" Cabral também entrou na brincadeira, entrevistando Lula: "É o programa Jornalismo de Verdade, vou entrevistar o homem mais importante do Brasil". A uma repórter da Record, o Presidente afirmou que, para sobreviver, o político tem que ser "um pouco artista".

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O demo na TV

Se você não quiser se aborrecer. Se você quiser ter uma noite tranquila, deslique a TV hoje à noite. O programa do DEM que irá ao ar hoje -aquele do qual Rodrigo Maia mandou tirar imagem de José Serra- trará três frentes de ataque ao governo Lula: a violência no Rio, o vazamento do Enem e a tentativa de recriar a CPMF. Sobrou ainda um tempo para bater no MST.Propostas? Nenhuma!

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Classes D e E puxaram consumo na crise

A base da pirâmide social, as classes D e E, de menor renda, foi responsável pela metade do crescimento das vendas de alimentos e artigos de higiene e limpeza vendidos nos supermercados no primeiro semestre deste ano, revela um estudo da consultoria Nielsen.

As 44 categorias de produtos pesquisadas em 8.400 domicílios brasileiros tiveram um acréscimo no volume de vendas de 3% no primeiro semestre deste ano em relação aos mesmos meses de 2008. E as classes D e E contribuíram com 50% dessa variação no período.

"Ao contrário do que se previa, o desemprego se manteve controlado, a confiança do consumidor foi aos poucos retomada e a população de baixa renda voltou às compras", afirma o executivo de atendimento da consultoria, Sergio Pupo.

Apesar do medo da crise, as classes D e E, que são 36% dos lares brasileiros, ampliaram em 4% a frequência ao supermercado no primeiro semestre deste ano e gastaram 1% a mais a cada compra, mostra a pesquisa. Com isso, aumentaram em 5% o desembolso total com as compras de supermercado no primeiro semestre de 2009 ante igual período de 2008, superando a média do mercado como um todo, que foi 3%.

Já as famílias de classe C reduziram em 1% a compra média, apesar de terem aumentado em 5% a frequência de compras. O que resultou num acréscimo de apenas 1% do gasto total nos supermercados para esse estrato social no período.

Segundo Pupo, o padrão de consumo dos itens vendidos nos supermercados já retomou os níveis pré-crise. De acordo com a pesquisa, 42% das categorias apresentaram crescimento no primeiro semestre deste ano e 31%, estabilidade, ante os mesmos meses de 2008. No primeiro semestre de 2007 na comparação com igual período de 2006, 41% dos itens apresentavam crescimento e 42%, estabilidade. O quadro mudou completamente no primeiro semestre de 2008, quando só 21% dos itens vendidos nos supermercados tiveram acréscimo ante o mesmo período de 2007 e 47% estabilidade, nas mesmas bases de comparação.

A consultoria, que também pesquisa a confiança do consumidor em 50 países, detectou melhora do humor do brasileiro em geral. No segundo trimestre deste ano, o Brasil subiu três posições no ranking mundial da confiança do consumidor. No primeiro trimestre deste ano, o País ocupava a sétima posição, com 88 pontos, e no segundo trimestre passou para a quarta posição, com 96 pontos. Esse resultado supera a média global de 82 pontos. Entre os Brics, grupo de países emergentes que inclui Brasil, Rússia, Índia e China, o índice de confiança do brasileiro só perdeu no segundo trimestre deste ano para a do indiano (112 pontos). Tanto o chinês, com 94 pontos, e o russo, com 82 pontos, foram superados pelos brasileiros.

Na análise de Pupo, esse otimismo pode ser considerado como tendência. De acordo com uma enquete feita no segundo trimestre, 46% dos brasileiros consideram excelentes e boas as perspectivas para o emprego nos próximos 12 meses.

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quarta-feira, 28 de outubro de 2009
STF manda Senado cassar mandato de tucano

Por 7 votos a 1, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta-feira que o Senado deve confirmar imediatamente a perda do mandato do senador Expedito Júnior (PSDB-RO), decretada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por compra de votos e abuso do poder econômico durante as eleições de 2006.

Apesar da decisão do TSE ter saído em junho, uma determinação da Mesa Diretora do Senado resolveu segurar o mandato do senador até que terminassem todas as chances de recurso.

Os ministros do STF acolheram o mandado de segurança apresentado pelo segundo colocado na eleição de 2006 para senador por Rondônia, Acir Gurgacz (PDT).

O relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski, disse que não há previsão legal para que a decisão do TSE seja protelada.

O ministro Celso Mello criticou a resistência do Congresso. "É inaceitável que as Mesas das Casas do Congresso não cumpram decisões emanadas do TSE. O Supremo disse claramente que as decisões emanadas na Justiça Eleitoral hão de ser cumpridas, independentemente de seu trânsito em julgado", afirmou.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009


PIG -Partido da Imprensa Golpista (e corrupta).

Desculpe porquinho, vc não tem nenhuma culpa.

Os capos: FHC (o vendilhão traidor, o pior e mais desprezível presidente da nossa história). Zé Serra (que passaria com um trator por cima da própria mãe), Aécio (sexo, drogas and rock roll), Corruptarso, Agrepino, Arthur Pedof 3%, Pedro Simon, Yêda Cruzes, Taxab (o ventríloquo de Serra), Alckmim Chuchu de nada, Marajarbas e a BR 404, Jungman e os 33 milhões roubados do INCRA, Sério Guerra, crápula até a alma, Maciel, herdeiro do satanás na terra, etc, etc.

O braço armado dos capos: Leitão, vendida a Daniel Dantas e ao capital estrangeiro, Wack, um crápula mentiroso, manipulador e corrupto, Hipólito, uma mafiosa a serviço de Zé Serra, Mainard, psicopata depressivo maníaco, Reinaldo Azevedo, um doente que só merece compaixão. Catanhede, uma mulher bonita mas que tem a alma vendida ao diabo (Zé Serra), Bonner Simpsons e Fátima Barnardes: pobres coitados que ainda acreditam que o povo brasileiro vive no tempo das cavernas e que ainda assistem creem nas mentiras do JN., CQC, casseta e planeta (programas ridículos), Braga, tão decadente que não despertaria tesão num homem preso durante 50 anos sem ver uma mulher, mau dia Brasil, etc.

O PIG na essência: globos, vejas (o esgoto jornalístico), folha de são Paulo (ou faça serra presidente), correio braziliense, estadão, CBN, a rádio que troca a notícia, diário de Pernambuco, folha de Pernambuco, jornal do comercio, Istoé, época, etc.

Prá cima deles,Lula. Vamos elegr Dilma 2010 e fechar estes antros, que são concessões públicas e que estão descumprindo a legislação, agindo como partidos políticos, fazendo campanha para o PSDB/Serra e atacando Lula, diuturnamente, o maior presidente da história do Brasil, com mentiras e manipulações, fabricando, a cada dia uma nova crise, criando dossiês e fichas falsas.

Tá na hora de espalhar pelo Brasil, A ONDA VERMELHA, que vai eleger Dilma Roussef.

Publicado por Miron





Juros no cheque especial e no cartão são quase um assalto

Fonte: Os Amigos do Presidente Lula


O Presidente Lula afirmou ontem que é "quase" um assalto a taxa de juros cobrada no cheque especial e no cartão de crédito. Em entrevista logo após o lançamento do Programa Aprendiz Banco do Brasil, Lula disse que os clientes se iludem com os produtos bancários.O Presidente participou do lançamento da nova versão do Programa Aprendiz do Banco do Brasil, que contrata adolescentes de famílias com renda de até meio salário mínimo, que estejam cursando o 8º ano do ensino fundamental e que tenham bom desempenho escolar.

Os jovens trabalham por dois anos no banco e recebem um salário mínimo, além de ajuda para custear o transporte e a alimentação. O objetivo é estimular a inserção de adolescentes no mercado de trabalho.O programa atende a 4,3 mil adolescentes. O Presidente do banco, Aldemir Bendini, afirmou que a meta é expandir o programa para chegar a 10 mil jovens.



"A primeira vez que eu ganhei um cheque especial, achei que era gente fina, que estava sendo tratado com certa deferência. Mas, quando, no primeiro mês, vi que não podia pagar na data correta, percebi que não era deferência coisa nenhuma; eu estava sendo quase assaltado pela quantidade de juros que se pagava", relatou o presidente.

Na entrevista no Centro Cultural Banco do Brasil, Lula disse que os juros só tendem a baixar com a maior conscientização dos clientes dos bancos. "Quem tem cartão de crédito é um setor médio da sociedade, que tem de entender que a gente só vai moralizar o cartão de crédito no dia que formos mais exigentes conosco mesmos", disse. "Os juros do cartão de crédito são muito altos e do cheque especial, também."

Indagado sobre o juro básico para 2010 e se conversou ontem sobre o tema com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, Lula respondeu: "Eu nem terminei de comemorar 2009 e vocês querem que eu pense em 2010? Até 31 de dezembro, o Brasil já saiu da crise e o crescimento do próximo ano será muito bom".

Com relação ao crescimento de 2010, o Presidente não quis fazer previsões. "Não vou chutar um número", disse, acrescentando, ao ser questionado sobre a previsão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o País crescerá 5% em 2010: "Tem gente que fala em 5%, 4%, 4,5%. Eu prefiro trabalhar para que seja o máximo possível. Vou trabalhar para vocês terem um bom Natal, um fim de ano infinitamente melhor do que o do ano passado e um 2010 melhor ainda. Não há nada que a gente olhe à distância que possa trazer qualquer problema ao crescimento em 2010".

Mantega, também presente, fez a defesa dos funcionários públicos. Segundo ele, as "afirmações de que o serviço público é ineficiente é uma balela". Ele afirmou que o Banco do Brasil demonstrou que banco público pode ser mais útil que banco privado. "Se não fossem o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNDES, talvez não saíssemos da crise com tanta facilidade, porque eles aumentaram crédito, diminuíram a taxa de juros, quando o País precisava muito."

Dia de festa

No aniversário de 64 anos, comemorado ontem, o Presidente Lula recebeu os parabéns, logo pela manhã, da Banda da Guarda Presidencial. Em frente ao Palácio da Alvorada, o grupo executou o tradicional Parabéns para você e canções de Roberto Carlos. Ao longo do dia, o aniversariante ganhou outras quatro comemorações. Após o almoço, a orquestra de uma organização não governamental recepcionou o Presidente Lula no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória da Presidência da República.

No gabinete, servidores organizaram uma pequena festa surpresa para o aniversariante, que também ganhou um bolo, em formato do mapa do Brasil, após cerimônia de lançamento de programa do Banco do Brasil, voltado para os jovens. À noite, a primeira-dama, Dona Marisa, organizou ainda uma festa para ministros e convidados, no Palácio da Alvorada.

Qual seria o interesse?

O TCU (Tribunal de Contas da União) quer ter acesso a todo e qualquer documento -incluindo grampos telefônicos- da Operação Castelo de Areia, que investiga suposto superfatu-ramento em obras realizadas pela empreiteira Camargo Corrêa. O material está sob segredo de Justiça. Há alguns dias, o tribunal enviou solicitação ao juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, para que ele mandasse a Brasília toda a papelada.

O magistrado respondeu à solicitação com perguntas. Antes de enviar a documentação sigilosa a Brasília, ele quer saber qual é o processo que corre no TCU para o qual os papéis seriam necessários, qual é o número dele e qual é o objeto desta investigação conduzida pelo TCU. Da coluna da Mônica Bergamo

Veja e Civita pagarão R$ 30 mil a Collor por dano moral

O senador e ex-presidente, o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) receberá da editora Abril e do jornalista Roberto Civita R$ 30 mil de indenização por danos morais, de acordo com a decisão da 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Em reportagem da revista Veja publicada em julho de 2004, o senador e mais cinco pessoas são acusadas de participarem de um esquema de corrupção batizado de "Esquema PC".

Collor alegou que teve honra e imagem maculadas devido à publicação. A reportagem fez referência também à apreensão, pela Polícia Federal, do computador do então tesoureiro PC Farias, morto em 1996, onde havia organograma detalhando como funcionava a estrutura do esquema.

Ainda segundo a matéria, no topo do gráfico que estava no computador estavam as palavras "big boss", apelido pelo qual Collor era chamado pelos demais membros da quadrilha. Durante o julgamento no qual o ex-presidente foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 1994, a descoberta do esquema não foi admitida como prova, já que foi obtida sem autorização judicial.

A relatora do processo, desembargadora Nanci Mahfuz, destacou que mesmo que assegurada a liberdade e afastada a censura dos meios de comunicação pela Constituição Federal, a imprensa não pode emitir comentários e opiniões que venham a atingir a honra das pessoas.

"É bem verdade que o autor se viu envolvido em fatos que causaram grande repercussão e comoção pública, mas foi ele absolvido pelo Judiciário. Ainda que seja por falta ou invalidade das provas, não pode a imprensa substituir o poder competente para julgá-lo, tratando-o como corrupto. Misturar no mesmo contexto pessoas condenadas e absolvidas, ainda que para comentar a dificuldade de apuração de corrupção, é ofensivo à honra e à dignidade", escreveu em seu voto.

Segundo a desembargadora, pessoas públicas estão sujeitas a críticas e avaliações, e não podem se considerar ofendidas pela imprensa no seu dever de informar. Entretanto, argumenta a magistrada, a imprensa deve respeitar os limites da liberdade, não praticando ofensa ao direito à honra e à dignidade, também garantido pela Carta Maior.

"Se a notícia ou reportagem imputa crime a quem foi absolvido e deseja reconstruir sua vida, superando episódio nefasto, é de se reconhecer a dor moral", afirmou.

Dilma 2010:Está na hora de formar a onda vermelha na internet


Com um investimento de R$ 600 mil, o PT vai pôr no ar, no próximo dia 5, um novo portal de notícias na internet (www.pt.org.br), que abrigará uma TV e uma rádio online. Além de ser uma importante ferramenta para promover Dilma, o portal - que usará recursos da web 2.0, como twitter e Orkut - trará entrevistas com ministros e, a partir de 5 de julho de 2010, poderá arrecadar doações para a campanha.

O tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, acha, porém, que a Lei Eleitoral aprovada pelo Congresso prejudicará a arrecadação pela internet. "Essa lei não colabora para o aumento das pequenas contribuições, porque exige que o doador assine um recibo", reclamou Ferreira. "O que aconteceu com o Obama não acontecerá no Brasil", emendou ele, numa referência à eleição do presidente dos EUA, Barack Obama, quando houve uma avalanche de doações pela internet de até US$ 100.

O PT aposta na nova estrutura de comunicação para impulsionar a candidatura de Dilma e admite até mesmo debater com internautas sugestões para o programa de governo. "Estamos nos posicionando desde já para o grande debate de 2010", afirmou o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP).

O investimento de R$ 600 mil inclui os custos com a montagem de dois estúdios - um de rádio e outro de TV - que funcionarão na sede do partido. A manutenção do site está orçada em R$ 60 mil mensais.

O twitter do PT preparou uma "promoção" para a estreia: os autores das três melhores frases sobre "sonhos, esperanças e bandeiras" ganharão o livro "Lula, o filho do Brasil", de Denise Paraná, autografado pelo presidente.

O primeiro teste da TV online ocorrerá no encontro dos prefeitos do PT, marcado para os dias 6 e 7, em Guarulhos, com a presença de Dilma. O comando petista também quer usar sua TV para fazer um debate ao vivo entre os candidatos à presidência do partido.

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Objetivo é desgastar o movimento


No curto espaço de seis anos, esta é a segunda CPI criada no Congresso para investigar o repasse de verbas do governo federal para associações e cooperativas rurais ligadas ao MST. A primeira delas, instalada no Senado em 2003, primeiro ano do governo do Ppresidente Lula, não teve resultados objetivos. Dois anos de debates e dois relatórios não responsabilizaram ninguém pelas supostas falhas que alega a oposição

Nos próximos meses a CPI eleitoreira do PPS, DEM e PSDB vão pôr o MST sob os holofotes tentar enfraquecê-la perante a opinião pública. O objetivo é acuar o movimento, que, após perder força no final do governo de Fernando Henrique Cardoso, voltou no governo Lula

O governo Lula, certo de que também ficará exposto nesta guerra.A gota d"água foi a divulgação, dias atrás, das cenas de destruição de uma plantação de laranjas no interior de São Paulo. Elas tiveram o poder de animar os opositores do MST e desanimar seus aliados.

Os ruralistas, agora parlamentares, alegam que há uma malversação dos recursos públicos destinados à Reforma Agrária para justificar essa CPI. É um direito deles, fazer esse questionamento.

Mesmo sabendo que a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que a senadora Kátia Abreu preside, financiou a campanha eleitoral da senadora e até hoje não foi investigada. Mas se há problemas com esses recursos públicos, para que serve o Tribunal de Contas da União (TCU), subordinado ao Congresso Nacional, ou a Receita Federal?

O Democratas indicou na tarde desta terça-feira, 27, os nomes dos parlamentares que irão fazer parte da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a apurar desvios de repasses de recursos públicos ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O partido foi o primeiro a anunciar seus titulares na comissão: os deputados Abelardo Lupion (PR) e Onyx Lorenzoni (RS). Para suplentes, Jorginho Maluly (SP) e Vic Pires Franco (DEM-PA).

Brasil virará um canteiro de obras nos próximos cinco anos, diz Miguel Jorge

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Miguel Jorge, afirmou hoje que o Brasil se tornará um grande campo de obras nos próximos cinco anos graças ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e graças aos eventos internacionais que o país sediará.

No próximo ano, o governo investirá em muitas obras de infraestrutura, afirmou o ministro, durante visita à Feira Internacional da Indústria dos Transportes (Fenatran,) em São Paulo. "O Brasil virará um canteiro de obras nos próximos cinco anos – temos muito o que fazer para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016", ressaltou Miguel Jorge.

Segundo ele, o país ficou muito tempo sem investir em obras de infraestrutura. "Tinhamos desaprendido a planejar, e o PAC trouxe um novo patamar para o setor de infraestrutura."

O ministro informou que a licitação do trem bala, que ligará a cidade de Campinas (SP), ao Rio de Janeiro, deve sair até o final do ano e que a obra deve custar aproximadamente US$ 15 bilhões.

Para ele, o país deve investir em inspeções veiculares mais rígidas para impedir que veículos de grande, pequeno e médio portes circulem sem condições pelas ruas e estradas.

"Estamos tentando, há anos, renovar a frota. Acho impossível que um país pague algo como R$ 1 mil para comprar um carro usado e ganhar apenas R$ 800 com sucata. Deveríamos investir em inspeções veiculares mais rígidas e ainda aumentar os impostos de veículos mais antigos. Todos os países usam este método", disse o ministro, acrescentando que os bancos públicos têm dinheiro do fundo garantidor para financiar esta nova frota.

Juros para pessoa física são os mais baixos desde julho de 1994

O custo médio da taxa de juros cobradas nos empréstimos das pessoas físicas cai 0,5 ponto percentual em relação a agosto e ficou em 43,6% ao ano no mês passado. Essa é a menor taxa da série histórica do BC iniciada em julho de 1994.

A taxa para as empresas (pessoas jurídicas) ficou em 26,3% ao ano em setembro, com redução de 0,1 ponto percentual.

Dados do Banco Central (BC) divulgados hoje (27) mostram que, no geral, a taxa média teve redução pelo décimo mês seguido e ficou em 35,3% ao ano. É o menor patamar desde dezembro de 2007. Em relação a agosto, a redução foi de 0,1 ponto percentual.

O spread (diferença entre taxa de captação e a cobrada dos clientes na hora do empréstimo) passou de 17,8 para 17,7 pontos percentuais para as pessoas jurídicas, e de 34,3 para 33,4 pontos percentuais para as famílias. O spread geral caiu de 26,3 para 26 pontos percentuais.

O prazo médio para as empresas passou de 264 para 269 dias corridos. Para as pessoas físicas, houve aumento do prazo de 498 para 506 dias corridos. O prazo total passou de 367 para 374 dias corridos.Agência Brasil

Reajuste salarial do serviço público foi maior do que da iniciativa privada

O reajuste salarial dos servidores públicos durante o governo Lula superou os ganhos dos trabalhadores do setor privado. A constatação é da pesquisa realizada pela Consultoria Mosaico. Segundo o estudo, de dezembro de 2002 a fevereiro de 2009, quem trabalha no Executivo Federal teve aumento real de 74,2%, além da correção da inflação do período (43,3% ).

O resultado, segundo o economista Alexandre Marinis, responsável pelo estudo, os ganhos chegam a 8,5 vezes maior que o de um funcionário de empresa privada, que foi de 8,2%. O levantamento mostra também que o aumento no Legislativo foi de 28,5% e do Judiciário, 79,3%, no mesmo período.

Ainda segundo os dados da Mosaico Consultoria, em dezembro de 2002 a remuneração média do servidor federal na ativa do Executivo era de R$ 2.680 - 3,6 vezes maior do que o rendimento médio de R$ 740,90 do setor privado. Em fevereiro de 2009, o ganho mensal médio no Executivo pulou para R$ 6.691 - 5,8 vezes maior do que o rendimento médio do setor privado, de R$ 1.154. Para a pesquisa foi considerada as médias salariais de 12 meses da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), para o setor privado, e o mesmo indicador do Boletim Estatístico do Ministério do Planejamento, para os funcionários públicos.

Além da correção salarial do serviço público, o governo Lula implantou ações de ajuste e racionalização da gestão de pessoas. Houve substituição de mão-de-obra terceirizada irregular por servidores concursados, novas carreiras foram criadas, foram executadas iniciativas para profissionalizar a ocupação dos cargos e funções comissionadas, e foi possibilitada a contratação temporária no setor público. Veja a seguir outras conquistas do servidor público nas duas gestões do presidente Lula - 2003 a 2009.

Veja outras conquistas dos servidores no Governo Lula

Saúde

Foi instituída uma política de saúde do servidor com a universalização da oferta do benefício da assistência médica odontológica para todos os servidores federais. O benefício foi transformado em despesa orçamentária obrigatória (evitando contingenciamentos) e estabeleceu as iniciativas para a isonomia no tratamento deste benefício entre todos os entes do Poder Executivo.

Terceirização

O Governo assumiu o compromisso de substituir todos os trabalhadores terceirizados em situação irregular na administração direta até 2010. O pessoal terceirizado, porém, só deve trabalhar em atividades de apoio à administração, como vigilância, conservação ou suporte de informática.

Contratação

Desde 2003, a política de gestão da força de trabalho tem por norte a recomposição priorizando setores mais carentes e atendendo demandas inadiáveis para o projeto de desenvolvimento do país. Do total de 43.044 vagas de concursos autorizadas no ano passado, 70% foram destinadas à área da educação. Porém, outras áreas que executam programas importantes e tinham déficit quantitativo e qualitativo de pessoal também foram contempladas. Entre elas, a estruturação das agências reguladoras e do Sistema de Defesa da Concorrência; a ampliação dos programas sociais; o reforço aos órgãos de controle; e o fortalecimento da Polícia Federal.

Qualificação

A agenda de profissionalização no setor público prevê ainda destinação de parte das funções comissionadas a servidores ocupantes de cargo efetivo, restringindo indicações políticas e induzindo a profissionalização em áreas essenciais do Estado.

Novas carreiras

Foram criados a carreira de analista de Infraestrutura e os cargos de especialista em infraestrutura, estão em tramitação propostas para a criação das carreiras de Desenvolvimento de Políticas Sociais e de Analista Executivo.

Temporários

Foi feita uma modificação na Lei 8.745/93, que regulamenta a contratação temporária na administração pública, para acabar com a terceirização e permitir o contrato temporário para auxiliar na implantação de novos órgãos, de novos programas, ou simplesmente para enfrentar situações inesperadas.

Negociação

Criou o Sistema de Negociação Permanente, um espaço inovador de diálogo e de mediação dos conflitos entre o governo e as entidades representativas dos servidores públicos.

Quadro

O quadro de pessoal do Poder Executivo Federal está organizado em 129 Carreiras, 22 Planos Especiais de Cargos. Esse universo abrange cerca de 553.000 servidores ativos, 364.000 servidores aposentados e 249.000 instituidores de pensão.

Juro mais baixo aumenta venda de caminhões e já provoca fila de espera

A compra de caminhões novos por caminhoneiros, tanto microempresários como autônomos (pessoas físicas), está ajudando a alongar o prazo entre a encomenda e o recebimento do veículo, que já chega a três meses, dependendo do modelo e do fabricante. Após três anos, o programa Procaminhoneiro, criado pelo BNDES em maio de 2006 para financiar a renovação da frota dos autônomos, disparou nos últimos três meses, após o governo reduzir, em junho, a taxa de juros de 13,5% para 4,5%. De agosto até 19 deste mês, o programa aprovou R$ 381 milhões em novas operações, contra R$ 341 milhões no ano passado.

"Pela primeira vez na história o governo Lula conseguiu ter um programa que está permitindo ao caminhoneiro renovar sua frota", disse Norival de Almeida Silva, presidente do sindicato dos caminhoneiros do Estado de São Paulo. Segundo ele, São Paulo tem 211 mil caminhoneiros autônomos - donos de 264 mil veículos - e está havendo uma corrida na categoria para trocar o equipamento. Entre aqueles que têm contratos de fretes firmes, a renovação chega a 90%, de acordo com Silva.

Foto Destaque

Embora o Procaminhoneiro financie a compra de veículos novos e usados, o sindicalista disse que os caminhoneiros estão preferindo comprar o caminhão novo e, em muitos casos, ficando também com o antigo para ajudar a fazer dinheiro para pagar o financiamento. Édson Moret, gerente de operações indiretas do BNDES, confirmou que a participação dos usados no total de operações aprovadas é pequena.

A redução da taxa de juros do BNDES Procaminhoneiro foi anunciada pelo governo no dia 29 de junho. Além de baixar a taxa em 67%, equalizando a diferença com recursos da União, o governo aumentou de 84 para 96 meses o prazo do financiamento para veículos novos. A linha de crédito total para o programa, que era de R$ 1 bilhão, passou a ser de R$ 1,8 bilhão. As montadoras estão pleiteando ao governo que o prazo de validade das condições atuais, limitado a 31 de dezembro, seja prorrogado.

Moret disse que a prorrogação depende de decisão de governo, porque os recursos para equalização saem do Orçamento da União, mas afirmou que da parte do banco não faltarão recursos, mesmo que as aprovações possam se aproximar de R$ 1 bilhão até o fim do ano. Atualmente restam R$ 760 milhões do total da linha a serem contratados, mas Moret avalia que, por se tratar de decisão interna do banco, não haverá problema se for necessário ampliar o volume de recursos.

Os números do BNDES mostram que o desempenho da linha foi negativo ao longo dos sete primeiros meses deste ano, com queda de 62,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados revelam ainda que o volume maior de recursos vai para as microempresas. Do total do ano passado, R$ 195 milhões foram para elas e R$ 146 milhões para as pessoas físicas. Até setembro deste ano, de R$ 332 milhões, as microempresas ficaram com R$ 186 milhões.

O gerente de vendas e marketing da Ford , Cláudio Terciano, disse que, graças à redução dos juros, a empresa está percebendo forte participação do programa Procaminhoneiro nas vendas. Segundo ele, 90% dos atuais financiamentos para caminhões estão saindo da Finame, agência do BNDES para financiar máquinas e equipamentos nacionais, e desses, 30% são do Procaminhoneiro.

Terciano disse que a disponibilidade de financiamento barato está fazendo com que as vendas de caminhões estejam alcançando o patamar do ano passado. Segundo ele, até o dia 25 deste mês a média diária de caminhões novos acima de 3,5 toneladas emplacados foi de 527 unidades, praticamente igual ao recorde de 530 registrado em setembro do ano passado.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Os leitores do blog, Os amigos do Presidente Lula, desejam Feliz aniversário ao Presidente

27 de outubro. Aniversário do Presidente Lula


Nós, seus amigos, queremos te desejar um dia feliz, pois hoje realmente é um grande dia, afinal de contas mais 365 dias se passaram na tua vida e com eles vieram novos sonhos, novas conquistas e também novos projetos de vida.

Fazem alguns anos que Deus te enviou a terra para iluminar a todos com a tua presença, e neste dia mais que especial que evidencia a tua chegada ao mundo, palavras não bastam para te homenagear, você é uma obra preciosa com muitas e boas qualidades, uma grande pessoa que nós admiramos e gostamos.

Que você caminhe sempre em busca do sucesso, alcançando um futuro amplo, se aperfeiçoando e prosperando ainda mais.

FELIZ ANIVERSÁRIO Presidente Lula! De todos os leitores e eleitores

*Atendendo pedidos de leitores, esse post permanece no dia de hoje, sempre em primeiro lugar. Novos posts abaixo...leiam

Festa no Alvorada





Será hoje às 20h30 no Palácio da Alvorada a comemoração do aniversário de 64 anos do Presidente Lula. .As homenagens vão atravessar o dia. Ao sair para o trabalho, o Presidente ouviu a música “Amigo” (”Você meu amigo de fé, meu irmão camarada…”), e o hino do Corinthians – tocados pela Banda do Batalhão da Guarda Presidencial. Logo mais, haverá uma confraternização com os funcionários do gabinete, é que conta o r7.

O momento não poderia ser melhor para Lula. No penúltimo dos seus 8 anos de governo, angaria o apoio de cerca de 80% da população – marca inédita. “Nunca antes na história deste país” – como gosta de repetir Lula, um Presidente chegou ao fim do desgastante exercício da gestão pública ostentando tais índices.

Para completar, coleciona vitórias simbólicas também no cenário internacional, como a escolha do Rio para sediar as Olimpíadas de 2016, a Copa de 2014, a descoberta do pré-sal, a vitória sobre a crise financeira mundial.

Cabe com perfeição na biografia de Lula encerrar o mandato passando o cargo a um sucessor por ele escolhido.É Dilma 2010!


Vai votar no Serra?.Compre antes um barco :Represas da Sabesp causaram inundação em SP

Relato dos moradores informam que a Sabesp liberou reservatórios, depois de rompimentos na represa



As famílias das 30 casas dos bairros Vila Lurdes, em Carapicuíba, e das 12 residências no Jardim Maria Helena, em Barueri, que ficam no limite entre as duas cidades, foram aconselhadas pelas equipes da Defesa Civil a não saírem de suas casas e a subir para partes altas durante a madrugada.O alagamento aconteceu depois de um rompimento nos reservatórios. A Sabesp, abriu os reservatórios para não inundar a casa das máquinas.

Em nota a Sabesp informou que, as 49 casas que foram atingidas pelo alagamento, na madrugada desta terça-feira, 27, estão em um um terreno particular, e foi invadida irregularmente pelas famílias. A Sabesp, também culpou a chuva para justificar a abertura dos reservatórios . Ou seja, a Sabesp lavou as mãos. e culpou os moradores. José Serra e Kassab, como sempre se fingem de mortos.

O alagamento que atingiu São Paulo na tarde de ontem interditou estradas, causou 26 pontos de alagamento, transbordou córregos,complicou o trânsito da capital e deixou pessoas desabrigadas.

O córrego do Jacú transbordou, deixando várias casas inundadas. A subprefeitura não sabia informar quantas residências foram afetadas.

O Itaim Paulista (zona leste) também foi fortemente atingido pelo transbordamento do córrego Três Pontes. Segundo a Defesa Civil da subprefeitura, 300 famílias tiveram suas casas inundadas, mas não havia registro de feridos.

A avenida Marechal Tito, principal via dos dois distritos, também foi afetada e ficou completamente parada. A CET registrou, às 19h30, 174 quilômetros de congestionamento na cidade Na via Dutra, o km 212 ficou bloqueado nos dois sentidos entre as 16h30 e as 18h30. A rodovia registrou 13 km de congestionamento no sentido Rio de Janeiro às 19h, segundo a concessionária Nova Dutra.A rodovia Regis Bittencourt também foi inundada e teve trechos intransitáveis na região de Taboão da Serra por mais de três horas.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009


Crise de credibilidade derruba vendas da Folha



No primeiro semestre deste ano, foram vendidos cerca de 4 milhões de exemplares por dia, número 4,8% menor, se comparado ao mesmo período do ano passado...Depois de você ver esse vídeo, vai entender porque a Folha de S.Paulo, faz oposição ao governo Lula.Você vai continuar assinando a Folha/Uol? Vai manter seu email na Uol?E seu blog, vai continuar sendo hospedado na Uol/Zip?

E agora José Serra?:Fundo da Sabesp tem rombo de R$ 530 mi

Previdência: Funcionários dizem que contribuição da empresa foi insuficiente e SPC ameaça intervir



O Sabesprev, fundo de pensão dos funcionários da Sabesp, a empresa de saneamento básico do Estado de São Paulo, não tem dinheiro para garantir a aposentadoria de seus mais de 20 mil assistidos, ativos e inativos. Mais exatamente, faltam R$ 530 milhões para que a fundação garanta a complementação de renda até a morte do último dos participantes, como diz a lei.

Aquele é o valor do déficit atuarial e equivale a quase metade do patrimônio líquido de R$ 1,1 bilhão do fundo. O problema não é de hoje, mas nunca houve consenso entre a patrocinadora e os participantes para equacioná-lo.

Oito anos atrás, eram R$ 16 milhões de déficit, que só cresceu até este ano quando a Secretaria de Previdência Complementar (SPC), que fiscaliza as fundações, ameaçou intervir caso não se encontre uma fórmula de equacionamento. No documento enviado à Sabesp e à Sabesprev, ao qual o Valor teve acesso através de entidades ligadas aos funcionários, a SPC diz, em outras palavras, que se nada for feito, a projeção é que o déficit atinja R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos.

Cumprindo a determinação da SPC, a Sabesp enviou em 29 de setembro uma proposta para chegar ao equilíbrio atuarial. O presidente do Sabesprev, José Sylvio Xavier, disse que não pode divulgar a proposta antes que ela seja aprovada pela SPC, o que é esperado para o fim deste mês. Questionado, o presidente da SPC, Ricardo Pena Pinheiro, disse que não poderia comentar a proposta que está ainda em análise.

Fontes ligadas aos funcionários e que tiveram acesso à proposta, dizem que basicamente o déficit será dividido entre 48,1% para a patrocinadora e 51,9% para os participantes. Estes percentuais correspondem à contribuição de cada parte que é 2,1% para a empresa (em média sobre a folha de pagamentos) e 2,22% para os empregados.

Será oferecida aos participantes a migração dos atuais planos de Benefício Definido (BD) para outros de Contribuição Definida (CD). No novo plano, a patrocinadora manterá sua contribuição, porém os empregados perderão benefícios como reajuste anual, 13º salário, a garantia de renda vitalícia para o participante e a esposa e o seguro de vida e acidentes pessoais que dá cobertura em caso de morte e invalidez.

Os empregados terão um acréscimo de desconto e os aposentados, que não pagavam nada, passam a pagar. Os valores das novas contribuições ainda não foram divulgados.

Os ajustes não vão parar por aí. Além de estimular a migração para o CD, a Sabesprev está preparando uma revisão da meta atuarial, dos atuais 6% ao ano mais a variação da inflação medida pelo INPC, para algo entre 5% e 5,5%. A medida, que vai custar cerca de R$ 300 milhões, está sendo tomada também por outros fundos de pensão e responde à queda da taxa de juros, que tornou inviável o cumprimento das metas.

Nove entidades ligadas aos funcionários e aposentados da Sabesp formaram um Fórum para tentar negociar uma saída para o problema. Elas já tiveram reuniões com o presidente da empresa, Gesner de Oliveira, e levaram suas reivindicações. Mas até agora não tiveram resposta, afirmou Marcos Sergio Duarte, presidente do Sindicato dos Urbanitários da Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira.

Na lista de reivindicações, os representantes do Fórum de Entidades incluíram a demanda de que a Sabesp assuma o passivo integralmente; paridade na elevação da contribuição, independente da faixa salarial; e a inclusão de benefícios de risco e renda vitalícia também nos novos planos.

Consultada pela reportagem do Valor, a direção da Sabesp não quis dar entrevista. Mas respondeu, por escrito, através da assessoria de imprensa, que "de acordo com a Resolução CGPC (Conselho de Gestão da Previdência Complementar) número 26, de 29/9/2008" cabe a ela arcar com o equacionamento de 48,1% do déficit. Com isso deixa claro que não aceita a proposta de arcar com todo o prejuízo, e confirmou, ainda, a criação do CD, "como forma de evitar a formação de novos déficits no futuro".

O único ponto em que aparentemente há consenso entre as partes envolvidas é sobre as causas do déficit. "Esse plano foi mal formulado", disse o diretor de Assuntos Previdenciários da Associação dos Aposentados e Pensionistas da Sabesp (AAPS), Armando Silva Filho, repetindo o que, segundo ele, ouviu da própria direção da SPC.

O plano Sabesprev começou em 1991 com contribuição paritária de 1,5%, tanto da patrocinadora quanto dos funcionários. Segundo Marcos Duarte, na época a empresa se propôs a incluir os empregados desde 1971, o chamado "serviço passado", pagando a diferença necessária para equilibrar as contribuições aos benefícios futuros.

"Na época, a Sabesp deveria ter acrescentado 0,7% à sua contribuição (que ficaria então em 2,2%) para cobrir o serviço passado, mas isso não se concretizou", diz Duarte. Em 2001, quando o regime de previdência complementar foi regulamentado e os fundos de pensão foram obrigados a se ajustar, a empresa elevou a contribuição para 2,1%. Hoje se vê que não foi suficiente.

"A culpa (do desequilíbrio) não é nossa, é da Sabesp que engessou a contribuição dela em 2%, que é pouco", disse Armando Silva Filho, da AAPS, para quem houve "negligência e omissão" da diretoria da Sabesp e da Sabesprev. José Sylvio Xavier, presidente do Sabesprev, tem outra explicação: "O que aconteceu é que a expectativa de vida dos nossos participantes aumentou sete anos desde 1991 quando o plano foi montado".

Segundo Silva a proposta de saneamento do fundo de pensão é "muito ruim", principalmente para os aposentados. "O plano novo acaba com todos os benefícios e vira praticamente um fundo de investimentos. O risco passa a ser totalmente dos participantes. É muito preocupante", disse. Segundo ele, o Fórum de Entidades pretende entrar na Justiça para obrigar a Sabesp e o governo do Estado a cobrirem o déficit. -Valor Econômico

O Nobel de Obama

Muita gente se surpreendeu com o prêmio Nobel da Paz concedido ao presidente norte-americano Barak Obama. Afinal é um presidente com pouco tempo de mandato e que ainda não mostrou a que veio. O cineasta Michael Moore afirmou que agora que Obama ganhou o Nobel deve fazer por merecê-lo. Em linha próxima a esse raciocínio segue Fidel Castro, em recente artigo publicado na Agência Cubana de Notícias.
Um dos fortes candidatos ao Nobel da Paz era o presidente Lula, que apenas não ganhou devido a situação que Obama enfrenta hoje nos Estados Unidos.

Como toda decisão é política, coube aos organizadores da outorga também fazer uma escolha política. Lula já vinha há tempos sendo lembrado para o prêmio, devido aos projetos sociais, como o programa bolsa família, que se tornou exemplo mundial de política pública de sucesso, de distribuição de renda e de retirada de pessoas da situação de miséria, além de suas preocupações com a diminuição da miséria em outros continentes, particularmente a África, com projetos de inclusão de afro-descentes, pobres e populações indígenas, como o Pro-Uni, além de uma série de outras iniciativas.

Obama, por sua vez, elegeu-se com um discurso novo para os padrões norte-americanos, carregando a esperança de muitos por ser jovem, ter um histórico de compromisso com movimentos sociais e principalmente, por ser um afro-descente. No entanto, passado quase um ano de sua posse muitas das iniciativas, que grande parte de seus apoiadores esperavam, não aconteceram. O fechamento de Guatánamo continua sem conclusão, o embargo comercial a Cuba não foi suspenso, tropas norte-americanas continuam no Afeganistão e no Iraque, o orçamento militar recentemente aprovado é o maior da história dos EUA.

Enfim, Obama recebeu o Nobel da Paz não pelo que fez, mas é um prêmio que veio para dar sustentação política aos ataques que vem sofrendo dentro de seu próprio país pela direita racista. Os ataques que boa parte da mídia e dos blogues direitistas vem fazendo contra Obama chegam ao extremo de sugerir um golpe de estado.

A situação chegou a tal ponto que o governo de Obama passou a considerar a Fox News como partido político e não como emissora de televisão, ou seja, parece que a idéia daqueles que outorgaram o prêmio a Obama é reforçar sua permanência na Casa Branca e sua posição de iniciar reformas, como a do sistema de saúde norte-americano, que mesmo tímida para os padrões europeus é suficiente para gerar uma ampla campanha contra ele através da mídia e de grandes corporações.

Mas você pode pensar: mas a mídia brasileira é igual. É verdade, no entanto para os europeus que fazem a escolha entre os candidatos, Lula tornou-se uma referência mundial, é elogiado pelos veículos de comunicação do mundo todo e respeitado internacionalmente pelo fato de ter uma aprovação de 85% a um ano do final de seu segundo mandato, uma coisa muito difícil de se conseguir por qualquer governante.

Os especialistas que outorgam o prêmio estão pouco se lixando se a mídia brasileira fala bem ou mal de Lula. Para eles não importa se por aqui a Globo, Folha, Estadão, Veja e todos os demais “grandes” veículos de comunicação também se comportem como partido de oposição. Para eles o que importa é que Lula superou tudo isso, tem reconhecimento popular no Brasil e no mundo e está no final de seu mandato, enquanto Obama apenas está iniciando. Uma forte pressão interna, sem algum apoio internacional, poderia deixa-lo em situação de difícil governabilidade, portanto o prêmio Nobel da Paz para Obama é isso, um incentivo para que não se atemorize com as críticas internas, que siga nas reformas e para que enfrente a mídia e a direita norte-americana.Por isso, e apenas por isso, esse prêmio foi para Obama e não para Lula.
Nelson Canesin
Sociólogo

Sem credibilidade


Nos blogs

Leio no Blog do Josias: Lideranças do PT empurram Ciro Gomes para disputa de São Paulo. Coincidentemente, o mesmo blog, até bem pouco tempo atrás, escrevia que, Marta e lideranças do PT eram contra a candidatura de Ciro em S.Paulo.Diferente de nós que,sempre afirmamos que Ciro é candidato à governador.

Outro blogueiro sem desconfiômetro, é o senhor barriga. Ontem, ele recuou. Voltou atrás em tudo que disse sobre pesquisas e assumiu que deu nova barrigada

Noblat, foi a 1a grande 'barriga' na historia dos blogs brasileiros

O Blogueiro Ricardo Noblat em 2006, deu a informaçao de que o Ibope da noite no Jornal Nacional confirmaria a ida da disputa presidencial para o 2o turno. Ele tinha anunciado a tarde, as 15:39, 'Alckmin comemora pesquisa do Ibope'. Dava os percentuais como 41% para Lula, 30% para Alckmin e 9 ou 10% para Heloisa Helena. No Jornal Nacional, os numeros oficiais da pesquisa desmentiram o post - Lula 44%, Alckmin 27%, Heloisa 8%, vitoria de Lula no 1o turno se a eleiçao fosse ontem. Lembram dessa?E vocÊ ainda acredita nas pesquisas dele?Leia aqui outras barrigadas e aqui notícias relacionadas

Do blog para o twitter

Ontem, Chalita (que tem cara de bocó) usou o Twitter (microblog) para criticar a política educacional de Serra. "Projeto do governo de São Paulo mostra que Serra não gosta de professor. Nada de aumento agora. Projeção de aumento mediante prova em alguns anos", escreveu ele.

É verdade que José Serra não gosta de professor. Aliás, não só de professores. Serra não gosta de pobre. Essa que é a verdade. Mas, Chalita passou anos e anos ao lado de José Serra dentro do PSDB. Nunca contestou Serra.Ou seja, Chalita só descobriu que o governador Serra não gosta de professores depois que deixou o PSDB? Enquanto ele estava lá,foi conivente com Serra e toda a máfia tucana, certo?. Outra coisa. José Serra mandou o PSDB pedir o mandato depois que Chalita saiu do partido fazendo várias críticas a Serra.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Desemprego cai para 7,7% e tem menor nível desde dezembro


Fonte: Os Amigos do Presidente Lula


Eu gostaria que vocês prestassem atenção no título e na notícia do jornal O Estado de S.Paulo. Depois, façam uma compração com o título e a notícia do jornal Folha de S.Paulo:

O Estado de São Paulo:Desemprego cai para 7,7% e tem menor nível desde dezembro

A taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País caiu para 7,7% em setembro, ante 8,1% em agosto, e atingiu o menor patamar desde dezembro (quando a taxa ficou em 6,8%). O resultado veio abaixo das estimativas dos analistas, que iam de 7,8% a 8,2%, com mediana de 8%.

Uma boa notícia trazida pela pesquisa é a continuidade no aumento do poder de compra dos trabalhadores, já que a renda média real aumentou, em setembro, em todas as bases de comparação, refletindo sobretudo o baixo patamar da inflação. Segundo o IBGE, o rendimento médio real dos trabalhadores subiu 0,6% na comparação mensal e 1,9% frente a setembro do ano passado, para R$ 1.346,70.

Na média de janeiro a setembro de 2009, a renda média real registra um aumento de 3,6% ante igual período do ano passado, resultado superior a variação de 3,2% na renda apurada de janeiro a setembro de 2008 ante igual período do ano anterior. Segundo Cimar, essa aceleração no aumento do rendimento real foi impulsionada especialmente pelo aumento do salário mínimo e o patamar mais baixo da inflação. A matéria completa aqui no Estadão

A mesma notícia vista de forma diferente

Veja como é a manchete e a mesma notícia na Folha:

Folha de S.Paulo:Emprego formal cai, mas renda do trabalhador é quase recorde

Apesar de ter registrado a menor taxa de desemprego no ano --7,7% em setembro-- o mercado de trabalho brasileiro em 2009 vem perdendo qualidade em relação ao ano passado, com queda no nível de formalização e menor entrada de empregados com carteira assinada, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).O jornalista que escreveu a matéria estava muito pessimista né não?. Veja aqui na íntegra

CCJ do Senado rejeita convite de Dilma

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado rejeitou requerimento do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), de convite para que a ministra Dilma Rousseff, e a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, dessem explicações sobre o possível encontro da agenda. O requerimento foi rejeitado por nove votos a quatro.

A estratégia governista, maioria na comissão, foi de apresentar e rejeitar o requerimento para que outro requerimento sobre o mesmo assunto – do líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM) – ficasse prejudicado e não fosse apreciado pelos senadores. Virgílio não estava presente na comissão por isso, seu requerimento não chegou a ser votado.

A decisão gerou revolta entre os oposicionistas. O vice-líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), chegou a discutir com Romero Jucá e classificou a atitude de “mentira”.

O líder do PT no Senado, Aloízio Mercadante (SP), disse que o convite a Lina e Dilma não é necessário. “Não vejo razão para 'requentar' esse assunto. O Senado tem matérias mais relevantes para debater.”

Lina Vieira já havia comparecido à CCJ para dar explicações quanto ao possível encontro que, segundo ela, teria ocorrido na Casa Civil, mas ela não sabia o dia, a hora, e o mês que teria ocorrido. Lina, disse ainda que o encontro teria sido extraoficial, por isso, não registrado na agenda de trabalho, mas, esta semana, Lina Vieira afirmou à Veja ter encontrado a agenda em que registrou a data e a hora da reunião com sua própria letra.

FAB usará helicópteros russos na Amazônia

Até o final do ano, os três primeiros helicópteros de ataque, comprados da Rússia, serão utilizados pela Força Aérea Brasileira para reforçar a presença militar na região da Amazônia. Eles vão ficar sediados na Base Aérea de Porto Velho, em Rondônia.

São aeronaves MI-35, que integram um lote de 12 unidades, do mesmo tipo que os modelos vendidos para a Venezuela. Os helicópteros chegam à região em um momento de tensão militar na América do Sul, sobretudo entre os países andinos: Colômbia, Equador e Venezuela.

Os caças

Os planos da FAB não param por aí. A Aeronáutica também está criando a unidade pioneira de aviões de caça também na Amazônia. A partir do final de 2010, os seis primeiros jatos supersônicos F-5, totalmente modernizados pela Embraer, que hoje estão operando em Natal, serão transferidos para Manaus.

No futuro, parte do lote de 36 caças que o Brasil está comprando, dentro do projeto FX-2, ficará em Manaus para fazer a defesa aérea da região. Até hoje, a Amazônia não dispõe de aeronaves de grande performance para proteger a fronteira brasileira e ajudar no combate ao narcotráfico.

Atualmente, em Manaus existem apenas Super Tucanos. São aviões turboélices que não têm agilidade para executar, por exemplo, missões de interceptação.

O objetivo do governo é reforçar as unidades militares da Amazônia, considerada prioridade, e - mesmo sem fixar porcentuais - planeja ampliar o volume de gastos com as Forças Armadas, hoje da ordem de 1,5 % do PIB.

O reequipamento das unidades da Marinha, do Exército e da Aeronáutica faz parte da Estratégia Nacional de Defesa, aprovada no final do ano passado.

Pelotões

O Exército já anunciou que vai instalar 28 novos pelotões de fronteira, tanto em terras indígenas como em áreas de conservação ambiental. Com isso, haverá uma ampliação dos atuais 23 para 51, reforçando principalmente a fronteira norte, uma área quase sem proteção militar.

No caso da Marinha, a Estratégia Nacional de Defesa prevê a criação de uma segunda Esquadra no Norte/Nordeste do País, perto da foz do Rio Amazonas, com a transferência de navios e de pessoal.

Novas capitanias de portos também serão instaladas nos rios da Amazônia, com objetivo de aumentar o patrulhamento na região. Além disso, serão criadas delegacias e agências navais, que receberão navios de patrulha fluvial.

"No Brasil, Jesus teria que se aliar a Judas", diz Lula



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista para o repórter especial da Folha, Kennedy Alencar. Leia abaixo íntegra da entrevista:

FOlha - É correto classificar de marolinha uma crise que gerou desemprego, redução de investimentos e derrubou o crescimento da economia de 5% ao ano para 1% em 2009 no cenário mais otimista?

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA - Foi correto. Temos que separar a crise em dois momentos. Até setembro de 2008, discutíamos a crise do subprime quando ainda não havia o problema dos bancos. Até esse momento, o Brasil sentiria muito pouco a crise por várias razões. A economia estava sólida. Havíamos diversificado nossas exportações. Os bancos brasileiros tinham maior solidez e havia maior controle do Banco Central. Quando veio o Lehman Brothers [quebra do banco americano de investimentos em setembro de 2008], aconteceram duas coisas graves. O dinheiro desapareceu. Uma empresa como a Petrobras passou a pegar empréstimos na Caixa que seria destinado a pequenas empresas brasileiras.

FOLHA - Ali não houve um tsunami?

LULA - As coisas não aconteceram aqui como em outras partes do mundo porque nós tomamos medidas imediatas. Liberamos R$ 100 bilhões do depósito compulsório para irrigar o sistema financeiro. Fizemos com que o Banco do Brasil e a Caixa agilizassem mais a liberação de crédito. Fizemos o Banco do Brasil comprar carteiras de bancos menores que estavam prejudicados. Fizemos o Banco do Brasil comprar a Nossa Caixa em São Paulo e comprar 50% do Banco Votorantin. Era preciso que os bancos públicos entrassem em outras fatias do mercado, em que não tinham expertise, como financiar carro usado.

Nos debates com empresários, a minha inconformidade é que houve no mês de novembro e dezembro uma parada brusca desnecessária de alguns setores da economia.

Em outubro de 2007, o sr. disse que tinha aprendido que era importante governar também para a burguesia, que possuía uma visão diferente de quando era dirigente sindical, pois tinha um lado claro. Como presidente, precisava governar para todos, pobres e ricos.

Disse também que a burguesia brasileira era a "burguesia que sempre foi, a burguesia que está sempre querendo mais". Falou ainda: "Da minha parte, não existe preconceito. Tenho consciência de que estão ganhando dinheiro no meu governo como nunca".

Durante a crise econômica internacional, o que o sr. achou do papel do empresariado brasileiro?

LULA - Alguns setores empresariais resolveram colocar o pé no breque de forma muita rápida, a começar do setor automobilístico, que seguia a orientação das matrizes, que estavam em situação muito delicada. Tinha um estoque razoável. Estavam numa situação privilegiada de produção e venda de carros. De repente, a indústria automobilística parou. Quando ela para, para uma cadeia produtiva que representa 24% do PIB industrial brasileiro. E outros setores que já tinham empréstimos assegurados com o BNDES pararam porque ninguém sabia o que ia acontecer.

Aí, fizemos desonerações, liberação de financiamentos, o Meirelles colocou dinheiro das reservas para facilitar nossas exportações. Depois, descobrimos outra coisa grave, os derivativos, feitos por empresas que não pareciam que faziam derivativos. Foi outro problema. Tivemos de conversar com empresa por empresa. Discutir como financiar, como evitar que algumas quebrassem, e colocamos o BNDES em ação.

FOLHA - No auge da crise, os bancos privados secaram o crédito. A Vale e a Embraer demitiram de imediato. Foi um comportamento à altura do país naquele momento?

LULA - Não foi. Foi precipitação do setor empresarial, que deveria ter tido tido a tranquilidade que o governo teve. Deveriam ter ouvido o pronunciamento de 22 de dezembro em que fui à TV contraditar a tese de que as pessoas não iam comprar com medo de perder o emprego. Fui dizer que iam perder emprego exatamente se não comprassem.

FOLHA - O sr. comprou algo?

LULA - Lógico. Comprei geladeira nova.

FOLHA - E a sua opinião hoje sobre a burguesia, pós-crise?

LULA - Não utilizo mais a palavra burguesia.

FOLHA - Sobre o grande capital nacional?

LULA - Tem setores diferenciados. Não pode colocar todo mundo no mesmo barco. Tem o setor automobilístico que é dinâmico, mas depende de orientação da matriz. Como a matriz, estava numa situação muito delicada, a orientação recebida aqui era para colocar o pé no breque. Tinha o setor siderúrgico, com 60% da produção para exportação, que, de repente, minguou. A Vale exportava quase tudo o que produz de minério. Na hora em que caiu a demanda da China, houve um breque. O que me deixou decepcionado é que as pessoas deveriam ter tido a paciência para ver o tamanho do buraco. Quando dizíamos que o Brasil seria o último a entrar na crise e o primeiro a sair, nós estávamos convencidos do potencial do Brasil e do mercado interno. Há anos venho dizendo: o problema do Brasil não é o custo final do carro, o problema é saber se a mensalidade que o trabalhador vai pagar cabe no seu holerite.

Hoje é um fato consagrado no mundo inteiro: o Brasil hoje é o país mais bem preparado e o que melhor enfrentou a crise.

FOLHA - O sr. vai prorrogar a isenção de IPI para a linha branca? Total ou parcialmente?

LULA - Essas coisas a gente não diz sim ou não com antecedência. Se eu disser agora que vai ser prorrogado, as pessoas que iam comprar agora deixam de comprar.

FOLHA - O sr. tem simpatia pela prorrogação?

LULA - Tanto que tenho simpatia que fiz a desoneração.

FOLHA - Com o dólar no patamar de R$ 1,70 e juros ainda altos na comparação com outros países, o sr. não teme viver uma crise cambial em 2010 ou deixar uma bomba-relógio para o sucessor?

LULA - Nunca trabalhei com juros altos tendo como parâmetro outros países.

FOLHA - Mas os juros no Brasil são altos, e o sr. reclama.

LULA - Sei. Mas trabalho na comparação com o que era. Em vez de ficar achando que a calça do outro é apertada, eu vejo a minha de manhã. O Brasil tem a menor taxa de juros de muitas décadas.

FOLHA - A taxa básica não poderia estar menor?

LULA - Poderia. Mas, descontada a inflação, temos 4%, 4,5% de juro real. Há muitas décadas o Brasil não tinha esse prazer. O problema hoje é o spread bancário, que ainda está alto, e o governo tem trabalhado para reduzir.

FOLHA - O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), tem uma crítica...

LULA - Deixa eu falar do câmbio. Depois respondo à crítica do Serra, que é menos importante para mim, para você e para o povo brasileiro. O câmbio sempre foi uma preocupação nossa. Se um dia você for presidente da República e sentar naquela cadeira, vai entrar na sua sala uma turma reclamando que o dólar está baixo, porque ele é exportador e está perdendo. Quando sai, entra a turma dos compradores, importadores, que acham que o dólar está maravilhoso, que é preciso manter assim. Aí entra o ministro da Fazenda, o presidente do Banco Central e dizem que é maravilhoso o dólar baixo porque controla a inflação.

Agora, antes que aconteça, uma superentrada de dólares no Brasil, reduzindo muito o valor do dólar em relação ao real, criando problema na balança comercial, e com algumas empresas exportadores tendo problema, nós demos um sinal com o IOF [Imposto sobre Operações Financeiros, que passou a ser cobrado no ingresso de capitais]. Demos um sinal para ver se a gente equilibra.

FOLHA - Especialistas dizem que o IOF será inócuo?

LULA - Se for inócuo, mudamos. Há uma disputa. O setor produtivo totalmente favorável, e o financeiro totalmente contrário. Isso é importante, porque significa que o governo está no caminho do meio, e aí é mais fácil a gente acertar.

FOLHA - A crítica básica do Serra é a seguinte: o Banco Central jogou fora na crise um bilhete premiado, que seria a oportunidade de baixar mais os juros sem custo. Agora, a crise acabou, a taxa está alta, pode ter que aumentar e jogou fora o bilhete premiado?

LULA - Vivi os dois lados. Quando se é oposição, você acha, pensa, acredita. Quando é governo, faz ou não faz. Toma decisão. O Serra participou de um governo oito anos. Tiveram condições de tomar decisões e não tomaram. Obviamente, qualquer um que for presidente, tem o direito de tomar a posição que bem entender. É como jogador bater pênalti. Brincando todo mundo marca gol. Na hora do pega para capar, até pessoas como o Zico e o Sócrates perderam pênalti.

FOLHA - Uma crítica de especialistas e da oposição é o aumento dos gastos públicos no segundo mandato. Além da elevação temporária de gastos na crise, há despesas permanentes que pressionarão o caixa no futuro e tornarão mais difícil baixar os juros. O sr. estaria deixando uma herança maldita.

LULA - As contas do governo nunca estiveram tão boas na história deste país. A política anticíclica na crise fez com que o governo deixasse de arrecadar uma enormidade de dinheiro. Mas é o preço que a gente tem de pagar. Compare o que colocamos de dinheiro na crise, com desoneração, com o que os países ricos tiveram de colocar. Foram trilhões de dólares colocados para ajudar o sistema financeiro, coisa que não precisamos fazer.

FOLHA - Saiu barato?

LULA - Eu acho. Em setembro, recuperamos os empregos que perdemos na crise e muito mais. Vamos chegar a um milhão de empregos no final do ano. Veja o mundo desenvolvido.

FOLHA - Qual é a sua previsão de crescimento do PIB para este ano?

LULA - Positivo, entre 1% e 1% e pouco. Se não houvesse a brecada brusca entre dezembro e janeiro, poderíamos ter crescido 2,5%, 3% com certa tranquilidade. O importante é o sinal para 2010.

FOLHA - Aquela brecada do empresariado sacrificou crescimento econômico?

LULA - O empresário brasileiro foi vítima de uma circunstância. O pânico criado no mundo fez com que todo mundo acordasse de manhã achando que ia acabar o mundo. O pânico precipitou decisões de recuo de setores empresariais. Eu chamei empresários, disse que tínhamos de aproveitar a crise, que tínhamos dinheiro no BNDES, que as empresas com dinheiro em caixa tinham de fazer investimento agora porque, quando a crise acabasse, estaríamos preparados para ocupar outro patamar no mundo. O momento não é de medo, é de investir. Eu jamais demoraria o tanto que foi demorado nos Estados Unidos para salvar a GM.

FOLHA - Aécio Neves ataca o inchaço da máquina e diz que o sr. faz um governo para a companheirada. Como o sr. responde?

LULA - Tem duas concepções de ver o Brasil. Tem pessoas que governam o Brasil para o imaginário de uma pequena casta. E tem pessoas que governam pensando em envolver 190 milhões de brasileiros. Quebramos o preconceito de primeiro tem que enxugar a máquina, fazer o país crescer e, então, dividir. Vivi isso durante quatro décadas. Quando resolvemos fazer política social, dissemos que era possível crescer concomitantemente e criamos uma nova casta de consumidores que está ajudando a indústria e o comércio.

FOLHA - O sr. recuou no envio de um projeto para cobrar IR de poupança acima de R$ 50 mil e mandou normalizar a devolução da restituição do IR. A lógica eleitoral, com temor de desgaste, autoriza a conclusão de que o sr. não pretende tomar medidas impopulares até o final do governo?

LULA - (Risos). Não faça injustiça, querido. Não adiamos o envio do projeto de lei. Decidimos o que íamos fazer em março, por unanimidade. A oposição que imaginava pegar a poupança como cavalo de batalha, ficou sem discurso. Em vez de a Fazenda mandar em março, como era algo que só valeria para 2010, esperou para mandar agora.

FOLHA - Vai enviar ao Congresso?

LULA - Vai mandar. Obviamente, poderemos discutir outras bases. Vai mandar, vai mandar.

FOLHA - E sua ordem para normalizar o pagamento da restituição do IR?

LULA - Não havia nada de anormal. No Brasil, já tivemos momentos em que a devolução atrasou. No nosso governo, tivemos momentos em que adiantou.

FOLHA - O ministro da Fazenda disse que estava atrasado, e o sr. deu a ordem para acelerar.

LULA - Lógico, porque tem que pagar. Nós precisamos de consumo. Precisamos que o povo tenha dinheiro para comprar. Falei com o Guido [Mantega]: Guido, nós precisamos que o povo tenha dinheiro para comprar. O povo tem de ter o dinheiro em dezembro.

*

"No Brasil, Jesus teria de fazer aliança com Judas"

FOLHA - Por que o sr. escolheu Dilma como candidata, uma cristã nova no PT e pessoa que nunca disputou eleição, sem fazer uma discussão no partido e levar em conta os nomes de governadores, como Jaques Wagner (BA) e Marcelo Déda (SE), e de ministros, como Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) e Tarso Genro (Justiça)?

LULA - Não estava em discussão quem era PT mais puro sangue, menos puro sangue. Era uma questão de viabilidade política. Dilma é a mais competente gerente que o Estado brasileiro já teve. A capacidade de trabalho da Dilma, a competência, o passado político e o presente, me faz garantir que a Dilma é uma excepcional candidata a presidente da República.

FOLHA - O sr. nunca havia sido gestor, era político, virou presidente e faz um governo bem avaliado. Seu argumento não é muito tucano, essa coisa de gerente.

LULA - Não é tucano, não. Além de extraordinária gestora, a Dilma é um extraordinário quadro político. Tem firmeza ideológica, tem compromisso, tem lealdade, sabe de que lado está.

FOLHA - O sr. a acha preparada para presidir o Brasil?

LULA - Muito preparada.

FOLHA - Já há faixas na rua dizendo que Dilma eleita equivale ao terceiro mandato de Lula.

LULA - É exatamente o contrário. Uma mulher que tem a personalidade que a Dilma tem. Conheço bem a personalidade dela. Isso vai exigir que eu tenha o bom senso de quando elegi o Jair Meneguelli presidente do sindicato de São Bernardo, o José Dirceu presidente do PT. Rei morto, rei posto. A Dilma no governo tem de criar a cara dela, o estilo dela, o jeito dela de governar.

FOLHA - Falando do estilo, ela é retrata por pessoas do governo como muito dura no trato pessoal, que falta habilidade política, que massacra algumas pessoas. Isso não é ruim para um presidente?

LULA - O Brasil já teve muitos governantes maleáveis, e não deram certo? Você tem de ser bom, afável, duro, em função de cada circunstância. Uma mulher por si já tem a necessidade de ser mais retraída, pelo preconceito que existe contra a mulher. A Dilma vai surpreender esse país. Quem pensa que a Dilma é uma mulher grosseira, é uma mulher dura, está errado. Na sua casa, se você for com uma gracinha para o lado de sua mulher, ela vai lhe dar um tranco. Se a conversa for séria, não vai dar. E a Dilma tem toda a clareza disso.

FOLHA - Dilma precisará refazer sua imagem, tomar um banho de loja, semelhante ao que o sr. fez em 2002?

LULA - (Risos) Por esse aspecto, não precisa. Não mudei minha cara. Comprei apenas um terno novo para 2002. Não é possível mudar a cara. A pessoa pode aprimorar. Em 2002, fizemos uma pesquisa em que 85% diziam que a reforma agrária tinha de ser pacífica. Levei mais de 15 dias para que minha boca pudesse proferir reforma agrária tranquila e pacífica. Essas mudanças têm de ter. Algumas que a gente fala, pensando que está agradando, não batem com o que povo pensa.

FOLHA - O sr. defende uma coalizão e uma disputa plebiscitária. Se a coalizão é tão importante, por que faz tanta questão que o candidato seja do PT e não de um partido aliado?

LULA - Porque seria inexplicável para grande parte da sociedade brasileira o maior partido de de esquerda do país, que tem o presidente da República atual, não ter um sucessor. Apenas por isso.

FOLHA - Fechou ontem a aliança ontem com o PMDB?

LULA - Patrocinei uma reunião de líderes do PT com o PMDB, que fizeram uma nota. Haverá um acordo nacional, e a chapa será PT-PMDB.

FOLHA - Michel Temer é o nome para vice?

LULA - Não posso dar palpite. Quem discute vice é o candidato a presidente.

FOLHA - O sr. ainda tem o desejo de que Ciro seja vice de Dilma e que o PMDB apoie?

LULA - Um presidente não tem desejo. Faz o que é possível.

FOLHA - É possível?

LULA - Na política, tudo pode acontecer. O Ciro tem todas as condições de ser candidato a presidente. Sou um homem feliz. Feliz desse país, que tem o Ciro, a Dilma, o Serra, o Aécio, a Marina, a Heloísa Helena. Nesse espectro, não tem ninguém de extrema-direita ou conservador ao extremo. Todos tem história. Não acho que é mérito meu, não. Fernando Henrique Cardoso tem importância nisso, pelo fato de ter feito comigo uma transição excepcional.

FOLHA - Se Ciro se mantiver emparelhado ou à frente de Dilma em março, quando o sr. e ele combinaram de tomar uma decisão final, que argumento o sr. pode usar para convencê-lo a desistir da Presidência e concorrer em São Paulo?

LULA - Não vou tentar convencê-lo.

FOLHA - O sr. patrocina a articulação para ele ser candidato a governador de São Paulo.

LULA - Não é verdade. Não patrocino. O Ciro pertence a um partido pelo qual tenho profundo respeito. O PSB tem os mesmos direitos do PT. Sou o único cidadão que não tem autoridade moral para pedir para alguém não ser candidato. Fui candidato a vida inteira. Só cheguei à Presidência porque teimei. Muita gente achava que eu tinha de desistir. Jamais farei isso [pedir para Ciro desistir].

FOLHA - Como o sr. explica ter um governo popular e a oposição liderar nas pesquisas sobre sucessão?

LULA - Ainda não temos candidatos

FOLHA - Os motivos? Recall?

LULA - Lógico que é recall. O fato de ter um candidato da oposição que é governador de São Paulo, já foi candidato a presidente, que já foi senador, que já foi ministro, tem uma cara muito conhecida no Brasil inteiro.

Obviamente, a transferência de voto não é como passe de mágica. Vamos trabalhar para que a gente possa transferir todo o prestígio angariado pelo governo e pelo presidente para a nossa candidatura.

FOLHA - O sr. diz que ainda não há candidatos. Mas todo dia a Dilma aparece com o sr. no noticiário, viajando. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, classificou de vale-tudo as viagens que viram comícios.

LULA - Você passa o tempo inteiro plantando a sua rocinha. É justo que, quando ela ficar no ponto de colher, você vá colher. Foi grande o sacrifício que fizemos para o Brasil voltar a investir em infraestrutura. A gente não tinha dinheiro. Se olhássemos o saldo de caixa do governo para fazer o PAC, a gente não teria feito. Foi uma decisão de faríamos e arrumaríamos dinheiro onde fosse necessário.

A Dilma trabalha das oito, nove da manhã às três da manhã. Quando era ministra das Minas e Energia, ela ficava, às vezes, três e meia da manhã, ficava comendo lanche com os assessores para fazer as coisas andar. Ninguém pode ser contra a Dilma ir às obras comigo. Até porque, se ela for candidata, a lei determina quem tem prazo em que ela não poderá mais ir. Até chegar lá, ela é governo. É um debate pequeno.

FOLHA - Mendes disse que o governo testa o limite da Justiça Eleitoral.

LULA - É um debate pequeno. Cada brasileiro, seja ele presidente da suprema corte ou o mais humilde, tem o direito de falar o que bem entender, mas tem uma lógica. Nós vamos continuar inaugurando obra. Tudo que a oposição quer é mostrar na TV tudo o que eu não fizer. O que eu fizer eu tenho obrigação de inaugurar, porque sei qual foi o sacrifício para chegar aonde chegamos.

FOLHA - O sr. teme uma chapa Serra-Aécio?

LULA - Não [com voz firme].

FOLHA - O sr. pediu a Aécio para não ser vice de Serra?

LULA - [Riso] Não, não.

FOLHA - O sr. não subestimou Marina, que deixou o PT para, segundo ela, construir uma nova utopia no PV?

LULA - Se ela acredita nisso, não sou que vou desmentir. Nunca subestimei a Marina, porque a adoro como pessoa humana. Tenho carinho por ela. Fomos militantes juntos por 30 anos. Ela me pediu demissão em janeiro do ano passado, eu não dei. Na medida em que quis sair do governo e do partido, é um direito dela. Só tenho que desejar sorte, que Deus ajude. É uma pessoa boa.

FOLHA - Por que o sr. não abandonou Sarney na crise do Senado?

LULA - Por uma razão muito simples. O PT teve candidato a presidente do Senado, derrotado [Tião Viana, do Acre]. Não entendi porque os mesmos que elegeram Sarney, um mês depois, queriam derrubá-lo. Coincidentemente, o vice não era uma pessoa [Marconi Perillo, do PSDB de Goiás] que a gente possa dizer que dá mais garantia ao Estado brasileiro do que o Sarney. A manutenção do Sarney era questão de segurança institucional. O Senado está calmo. Está funcionando. Qualquer cidadão pode perder a cabeça, um presidente da República não pode perder a cabeça.

FOLHA - Se Sarney caísse, acabaria sua sustentação política no Senado?

LULA - A queda do Sarney era o único espaço de poder que a oposição tinha. Aí, ao invés de governabilidade, iam querer fazer um inferno neste país. Foi correta a decisão de manter o Sarney no Senado.

FOLHA - Falando do seu papel como presidente da República, o sr. chegou a dizer que Sarney não poderia ser tratado como um cidadão comum. Não é incorreto numa democracia, onde ninguém está acima da lei? Um presidente falar isso não transmite mensagem ruim?

LULA - É verdade que ninguém está acima da lei, mas é importante que a gente não permita a execração das pessoas por conveniências eminentemente políticas. Sarney foi presidente. Os ex-presidentes precisam ser respeitados, porque foram instituições brasileiras. Não pode banalizar a figura de um ex-presidente. O que vem depois da negação da política é pior do que a gente tinha. O mundo está cheio de exemplos.

A negação do socialismo, feita pela Gorbatchov, deu quem? O que tomava vodca lá, o [Bóris] Iéltsin. A relação com a política tem de ser mais séria. Não adianta falar mal do Congresso Nacional, porque ele é a cara do que foi votado pelo povo. O importante é que a democracia garante que a cada 4 anos haja troca.

FOLHA - O sr. apoiou Sarney, reatou relações com Collor, é amigo do Renan Calheiros, do Jader Barbalho e recebeu o Delúbio Soares recentemente na Granja do Torto. Todos eles são acusados de práticas atrasadas na política e até de corrupção. Ao se aproximar dessas figuras, o presidente não transmite ideia de tolerância com desvios éticos?

LULA - O dia que você for acusado, justa ou injustamente, enquanto não for julgado, terá de ser tratado como cidadão normal. Não tenho relações de amizade, mas relações institucionais. As pessoas ganharam eleições e exercem seus mandatos.

FOLHA - O cidadão que admira o Lula e o vê abraçado com essas figuras...
LULA - O cidadão que admira o Lula tem de saber que essas pessoas foram eleitas democraticamente. E o eleitor dessas pessoas é tão bom quanto ele.

FOLHA - O sr. trabalhou tanto pela reabilitação política de Palocci. O episódio do caseiro não é insuperável do ponto de vista eleitoral para um candidato majoritário?

LULA - Estranho a malandragem da pergunta: "O sr. trabalhou pelo Palocci". Deixa eu lhe falar uma coisa, desejo que todos os que foram acusados, e acho que tem muita gente acusada injustamente, que todos sejam julgados. Palocci teve um veredicto. Não tem mais nenhuma pendência com a Justiça. Portanto, o Palocci pode ser o que ele quiser ser.

FOLHA - E [pendência] perante o eleitorado?

LULA - Aí terá de ser construído.

FOLHA - Ele pode ser candidato a governador de São Paulo?
LULA - Ele tem inteligência suficiente para saber se o momento é de ter uma candidatura ou não.

FOLHA - Qual é sua opinião?

LULA - Não tenho opinião. Se fizer a pergunta em março, terei opinião. Palocci pode reconstruir a vida dele. Durante os primeiros anos do meu governo, ele era considerado a pessoa mais respeitada no mundo empresarial, no mundo financeiro. Ele está quase perto de ser um gênio político e vai saber tomar a decisão.

FOLHA - Seu aliado Ciro Gomes diz que há "frouxidão moral" na hegemonia da aliança PT-PMDB, da qual o sr é o principal avalista. Sobre o encontro com o PMDB, disse: "Espero que o PMDB entregue o que prometeu. E espero que os argumentos dessa aliança sejam confessáveis publicamente". Como o sr. responde a essas críticas?

LULA - A aliança com o PMDB e os demais partidos permitiram uma governança muito tranquila. Tive a governança mais tranquila que FHC e Sarney. Se for confirmada a aliança com o PMDB, será feito um documento público explícito para saber qual são os compromissos assumidos. Pra mim, as coisas têm de ser explícitas.

FOLHA - E a frouxidão moral?

LULA - É um conceito do Ciro.

FOLHA - Não quer responder.

LULA - Estou respondendo. É uma opinião do Ciro.

FOLHA - Não o incomoda?

LULA - Não. O Ciro esteve no meu governo. A única que não tem aqui é frouxidão moral.

FOLHA - Ciro disse que o sr. e FHC foram tolerantes com o patrimonialismo para fazer aliança no Congresso. Ou seja, aceitaram a prática política de usar os bens públicos como privados. "No governo Lula, vi um pouco de novo a mesma coisa", ele disse em entrevista em fevereiro de 2008. Como responde a essa crítica?

LULA - Qualquer um que ganhar as eleições, pode ser o maior xiita deste país ou o maior direitista, ele não conseguirá montar o governo fora da realidade política. Entre o que se quer e o que se pode fazer, tem uma diferença do tamanho do oceano Atlântico. E o eleitor escolheu seus representantes. Quem ganhar a Presidência amanhã, terá de fazer quase a mesma composição, porque este é o espectro político brasileiro. Não é o espectro do Ciro, do Lula, do FHC, do Serra, da Dilma. Coloque tudo isso na frigideira e perceberá que são os ovos que a galinha botou. São com eles que terá de fazer o omelete.

FOLHA - Nunca se sentiu incomodado por ter feito alguma concessão?

LULA - Nunca me senti incomodado. Nunca fiz concessão política. Faço acordo. Uma forma de evitar a montagem do governo é ficar dizendo que vai encher de petista. O que a oposição quer dizer com isso. Era para deixar quem estava. O PSDB e o PFL (hoje DEM) queriam deixar nos cargos quem já estava lá. Quem vier para cá não montará governo fora da realidade política. Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão.

FOLHA - É isso que explica o sr. ter reatado com Collor, apesar do jogo baixo na campanha de 1989?

LULA - Minha relação com o Collor é a de um presidente da República com um senador de um partido que faz parte da base da base. Os senadores do PTB têm votado sistematicamente com o governo.

FOLHA - Do ponto de vista pessoal, não o incomoda? Não lhe dá aperto no peito?

LULA - Não tenho razão para carregar mágoa ou ressentimento. Quando o cidadão tem mágoa, só ele sofre. A pessoa que é a razão de ele ter mágoa vive muito bem, e só ele sofre. Quando se chega à Presidência da República, a responsabilidade nas suas costas é de tal envergadura que você não tem o direito de ser pequeno. Tem de ter as atitudes de chefe de Estado. Fico sempre olhando quando a Alemanha e a França resolveram criar a União Européia. A grandeza daqueles dirigentes políticos, ainda com o gosto de sangue da Segunda Guerra Mundial.

FOLHA - O sr. cobrou um esclarecimento da ex-secretária da Receita, Lina Vieira.

Ela achou a agenda e a data, 9 de outubro, em que teria se encontrado com Dilma e ouvido o pedido para acelerar as investigações da Receita sobre Sarney. A ministra e o governo não devem esclarecimentos que o sr. mesmo cobrou?
LULA - É fantástico. O engraçado é que quando se levanta uma tese, essa tese fica sendo martelada todo santo dia para ver se ela vinga. Ora, o governo mesmo disse que a Lina tinha vindo aqui em outubro. Isso foi nós que dissemos. Acho estranho tirar tantos dias de férias para depois encontrar sua agenda.

FOLHA - Não é preciso mais explicações da Dilma?

LULA - Não tenho dúvida nenhuma. Também não tenho dúvida de que a Lina também deve ser uma grande funcionária pública. Muitas vezes as pessoas são vítimas de uma palavra a mais ou a menos. Quando as pessoas viram vítimas de utilização política, quando fulano procura alguém, e ninguém fala diretamente, sempre alguém fala por eles, aprendi a não levar muito a sério.

FOLHA - O sr. acha que Lina está sendo usada?

LULA - A dona Lina é dona da sua consciência. A dona Dilma é dona da sua consciência.
p(star). *

"Papel da imprensa não é fiscalizar, é informar"

LULA - Não faz mal porque aprendi, ao longo da minha vida, cair e levantar, cair e levantar. A pesquisa de opinião pública é como medir a pressão.

FOLHA - Quando o Rio foi escolhido para sediar as Olimpíadas de 2016, o sr. disse que simbolizava a entrada do Brasil no primeiro mundo político e econômico. O episódio de derruba de um helicóptero no último sábado não mostra que aquele Rio vendido lá é fantasia e que seu discurso é irrealista?

LULA - Pelo contrário. Disse que o Brasil tinha conquistado sua cidadania internacional. E reafirmo. Foi um momento glorioso ter a maior votação que um país já teve na história das Olimpíadas. Não foram escondidos os problemas sociais do Rio.

FOLHA - O secretário da Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, diz que "o Rio precisa que o governo federal assuma a responsabilidade legal pelo combate à droga". Empurrou a responsabilidade para o governo federal.

LULA - O governador [Sérgio Cabral] contraditou o secretário. O secretário é uma figura da Polícia Federal muito respeitada, muito amigo do diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa. Em momentos de medo, de insegurança, as pessoas falam qualquer coisa. Converse com o governador para ver a parceria na área de segurança que estamos construindo.

FOLHA - O sr. assistiu ao filme "Lula, o filho do Brasil"?

LULA - Não. Estou sendo convidado. Quinhentas ofertas. Quero sentar com a minha família e ver o filme.

FOLHA - Com financiamento de grandes empresários e ajuda das centrais sindicais na distribuição, não é um instrumento de propaganda personalista?

LULA - Se isso prevalecer, não sei o que fazer. Vou entrar numa redoma de vidro, mandar cobrir e não apareço mais em lugar nenhum. Tem um livro sobre a minha vida que é pública. O cidadão resolve fazer um filme. A única condição que impus foi não ter dinheiro público, e eu não quero que fale do governo. Do governo, só quando acabar.

FOLHA - O sr. não teme a repercussão negativa entre os judeus do encontro com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad?

LULA - Muito pelo contrário. Não estou preocupado com judeus nem com árabes. Estou preocupado com a relação do estado brasileiro com o estado iraniano. Temos uma relação comercial, queremos ter uma relação política, e eu disse ao presidente Barack Obama (EUA), ao presidente Nicolas Sarkozy (França) e à primeira-ministra Angela Merkel (Alemanha) que a gente a não vai trazer o Irã para boas causas se a gente ficar encurralando ele na parede. É preciso criar espaços para conversar.

FOLHA - Ações recentes da política externa na América Latina foram de contraponto a Washington. O Brasil tem de ser um contrapeso à força dos EUA na região?

LULA - Não quero ser um contraponto a Washington. Quando propus a criação do Conselho de Defesa e de combate ao narcotráfico, tinha duas coisas na cabeça. Nós precisamos nos transformar numa zona de paz. E, enquanto América do Sul, a gente assuma a responsabilidade de combater o narcotráfico. Porque aí vai permitir que os países consumidores cuidem dos seus consumidores.

FOLHA - Zelaya completou completou um mês na embaixada brasileira fazendo política interna. Não foi longe demais?

LULA - Só tem um exagero em Honduras. É o golpista.

FOLHA - O sr. diz que a imprensa internacional elogia o Brasil e a nacional puxa o Brasil para baixo. Nos EUA, o Obama apanha da imprensa, e é elogiado na imprensa internacional. Isso não acontece porque a imprensa nacional conhece o país melhor?

LULA - [Risos] Quisera Deus que fosse verdade. Estou convencido de que a imprensa nacional conhece melhor o país, até porque tem obrigação de conhecer. Mas, às vezes, vejo um comportamento de um setor da imprensa muito ideologizado. Sou amante da democracia e da liberdade de imprensa. A maior alegria que tenho é que os leitores, ouvintes e telespectadores são os únicos censuradores que admito nos meios de comunicação. Portanto, cada um paga pelo que faz.

FOLHA - Um dos papéis da imprensa é fiscalizar o poder. O sr. não está incomodado com a imprensa cumprindo o seu papel?

LULA - Não incomoda.

FOLHA - O sr. disse que tem azia quando lê jornais.

LULA - Como presidente, nunca fico incomodado. Não acho que o papel da imprensa é fiscalizar. O papel é informar.

FOLHA - A imprensa não tem de ser fiscal do poder?

LULA - Para ser fiscal, tem o Tribunal de Contas da União, a Corregedoria-Geral da República, tem um monte de coisas. A imprensa tem de ser o grande órgão informador da opinião pública. Essa informação pode ser de elogios ao governo, de denúncias sobre o governo, de outros assuntos. A única que peço a Deus é que a imprensa informe da maneira mais isenta possível, e as posições políticas sejam colocadas nos editoriais.

FOLHA - O sr. acha legítimo o governo interferir na gestão de uma empresa privada como o sr. faz em relação à Vale?

LULA - Não interferi na Vale.

FOLHA - Houve interferência pública.

LULA - É preciso parar com essa mania de entender que só o presidente da República tem responsabilidade com o Brasil. Os 190 milhões têm. E, mais ainda, os empresários têm. E aqueles que receberam benefício do governo têm mais ainda. O que eu disse ao companheiro Roger foi pedir para a Vale colocar todo o seu poder de investimento em investimentos internos. Não apenas na exploração de minério, mas também na transformação desses minérios em aço.

Os trabalhadores da Vale sabem do carinho que tenho por ela. Tenho feito esforço em vários países do mundo, ajudando a cavar espaço para que a Vale seja empresa multinacional. Agora, não pode acontecer, quando deu um sinal de crise, mandar tanta gente embora como mandou. O Roger já sabe que houve equívoco nisso.

FOLHA - Na fusão da Oi com a Brasil Telecom, o sr. mudou a regra para favorecer um negócio em andamento de um empresário que é seu amigo e contribui para suas campanhas, Sérgio Andrade. Foi um benefício do Estado a um grupo privado. Isso não ultrapassa o limite ético?

LULA - Vocês são engraçadíssimos. Temos uma agência reguladora.

FOLHA - Mas o sr. assinou um decreto mudando a regra.

LULA - A legislação brasileira permite que a agência faça a regulação que melhor atenda ao mercado brasileiro. Estou convencido de que foi correta a decisão do governo.

*

Lula elogia Dunga e diz quem tem vaga garantida na seleção

O presidente Lula diz ser "excepcional" o saldo de Dunga na seleção brasileira. Acha que o Corinthians não tem mais chance de ganhar o Campeonato Brasileiro. O título, crê, está em disputa entre Palmeiras, São Paulo, Atlético Mineiro e Flamengo, que vem "despontando".

Fala que Robinho "faz motocicleta" em campo. "Nem bicicleta é." Conta que aconselhou Ronaldo a se preparar para ser convocado. Recusou-se a escalar seus onze titulares, mas opinou sobre quem teria vaga garantida para a Copa de 2010 na África do Sul.

"Dunga ganhou o que a gente não imaginava que ele ia ganhar". Diz que o técnico foi "demonizado" como jogador em 1990, com "o fracasso da seleção" na Alemanha. Mas saiu como "herói" na Copa de 1994, nos Estados Unidos. "É casca de ferida."

Falou que, se a seleção jogar a Copa de 2010 com "o espírito" da Copa das Confederações, "já está bom". "Ganhar a Copa ou não, é consequência. Para o torcedor, o que é a gente quer, além de ganhar, é muita raça", disse.

Para ele, Luís Fabiano "está excepcional" e será titular. Os outros titulares seriam Júlio Cesar, Maicon, Lúcio, Júan, Felipe Melo, Gilberto Silva e Kaká.

Apesar da irregularidade, Lula levaria Robinho para a África do Sul: "Às vezes, o cara é convocado porque o técnico tem afinidade com as pessoas que cumprem as tarefas do técnico. E o Robinho é aquele moleque de explosão. Tem dia que a gente fica nervoso porque ele não faz nada. Tem dia que a gente vê ele fazer lá uma motocicleta, nem bicicleta é, e marcar um gol espetacular".

O presidente colocaria no grupo André Santos, Daniel Alves e Nilmar. "Se fosse técnico, levaria o Nilmar. Tenho de convocar 22 e só vou colocar 11 em campo. O Nilmar é um moleque de uma explosão extraordinária. Muito esperto, muito ligeiro", opina.

Conta que disse a Ronaldo para se preparar fisicamente para "ser convocado" e ser reserva de Luís Fabiano. "O Ronaldão é sempre o Ronaldão". Sobre Gilberto Silva, diz; "Sinto que é uma das figuras de confiança do Dunga".

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PINGA FOGO

Vale, a maior empresa privada do país
A cara do Brasil lá fora.

Roger Agnelli, presidente da Vale
Grande executivo.

Eike Batista, o homem mais rico do Brasil
Grande executivo.

Dona Lindu, mãe
Junto com a Marisa são as duas melhores mulheres do mundo.

Sr. Aristides, pai
Tenho boa lembrança do meu pai. Quando era pequeno, tinha muita bronca, porque ele era muito severo. Depois que fiquei politizado, tenho compreensão do motivo de meu pai ser rude.

Frei Chico, irmão
Figura excepcional

Lurdes, primeira mulher, que já morreu
Extraordinária

Marisa Letícia, primeira-dama
Uma das responsáveis pelo que eu sou

José Alencar, vice-presidente
O melhor vice do mundo

José Sarney, presidente do Senado
Grande republicano

Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã
Não conheço bem

Barack Obama, presidente dos EUA
Grande esperança. Um bem para os EUA e para o mundo

Michele Obama, primeira-dama dos EUA
Muito simpática

Nicolas Sarkozy, presidente da França
Surpreendentemente extraordinário.

Carla Bruni, primeira-dama da França
Sei que é muito bonita

Cristina Kirchnerr, presidente da Argentina
Grande presidente. Vai terminar fazendo grande governo

Michelle Bachelet, presidente do Chile
Muito competente

Angela Merkel, primeira-ministra
Figura séria. A Alemanha está em boas mãos

Lula
Sempre procuro me comportar com a maior humildade possível. Gosto de falar com o povo. Odeio intermediário com o povo. Esse negócio de gente falar por mim, eu não gosto. Por isso, falo muito.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Calma, pessoal: ainda tem muita obra para inaugurar

Aos que estão ‘nervosos’ com as inaugurações de obras promovidas pelo governo, o presidente Lula só pede uma coisa: calma, porque ainda vem muita coisa por aí. Em discurso hoje à noite durante a inauguração do projeto BH Digital, que garante acesso à internet em banda larga sem fio em órgãos públicos, telecentros e espaços públicos da capital mineira, Lula deu um recado a quem o critica por viajar pelo País promovendo as obras de seu governo:

Agora desgraçou tudo, os homens estão ficando nervosos porque estamos inaugurando obra. É a primeira vez na vida que vejo alguém ficar nervoso, porque a gente está inaugurando obra. Eu, quando era oposição, ficava nervoso, porque não tinha obra, não tinha escola, estrada, ponte, não tinha nada. O Estado não existia. Agora que estamos começando a visitar para inaugurar estão ficando nervosos.(Vídeos do blog do Planalto)





Lula, Aécio e Dilma participaram de lançamento do PAC

Irônico, o presidente deixou um recado para a oposição. "Calma, calma, que nós ainda nem começamos a inaugurar o que nós temos de inaugurar neste país." Segundo ele, ainda há muito coisa para acontecer até o fim de seu mandato.

Lula disse que seus ministros têm viajado muito, mas que eles não estão fazendo turismo. Estão, percorrendo o País porque há muito trabalho para ser feito fora de Brasília. Antigamente não tinha, por isso os ministros não precisavam viajar, disse Lula.

"Ficava todo mundo em Brasília vendo o tempo passar." Nesta quarta, acompanhavam o presidente, além de Dilma, outros cinco ministros: Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social, Hélio Costa, das Telecomunicações, Fernando Haddad, da Saúde, Márcio Fortes, das Cidades, e Luiz Dulci, da Secretaria Geral.