quinta-feira, 26 de março de 2009

Comitiva de Parlamentares dão apoio político à Protógenes


Uma comitiva pluripartidária de senadores e deputados vai procurar o ministro da Justiça, Tarso Genro (PT/RS), para discutir os termos da investigação e do inquérito policial interno que apura a conduta do delegado Protógenes Queiroz.

A decisão foi tomada em encontro no Congresso do delegado, com a presença dos senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Inácio Arruda (PCdoB-CE), Eduardo Suplicy (PT-SP) e dos deputados Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), Janete Capiberibe (PSB-AP), Ivan Valente (PSOL-SP), Chico Alencar (PSOL-RJ) e Luciana Genro (PSOL-RS).

A comitiva também participará da reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônica da Câmara dos Deputados, a ser realizada na próxima quarta-feira (1º), na qual o delegado irá depor. Os parlamentares sustentam que há rumores de que Protógenes pode receber voz de prisão do presidente daquela comissão, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ).

Simon disse que voz de prisão em CPI só pode ser dada a pessoas que cometam infrações durante as atividades da comissão.
- É um absurdo, é uma provocação. Achamos muito estranho, é a operação mais séria da história deste país, que pela primeira vez envolveu um banqueiro, botou o banqueiro na cadeia - ressaltou Simon.

Simon cometeu pequenos lapsos, pois outros banqueiros também estão presos, como Cacciola e Edmar Cid Ferreira (do Banco Santos), para ficar em dois exemplos, mas não é isso que importa. Simon deveria mostrar o mesmo empenho em limpar a corrupução que assolou o governo de Yeda Crusius, a quem ele dá sustentação.

Protógenes faz bem em buscar apoio para enfrentar a bancada de Dantas na CPI.

No caso da Polícia Federal, quanto menos parlamentares quererem dar "carteirada" melhor, mas se, e somente se, Protógenes estiver tendo seus direitos violados no âmbito administrativo e jurídico, torna-se justo recorrer à interferência política.

Por: Zé Augusto . Quinta-feira, Março 26, 2009 Comentarios (3) | Trackback Links para esta postagem

Quarta-feira, 25 de Março de 2009


FHC diz ter "saudades" da Ditadura e vira capa em ONG de extrema-direita

Pra gente se situar na notícia, tem esse resumo do Portal Vermelho:

"Torcendo para que a crise mundial abale a popularidade do presidente Lula, o agourento FHC resolveu soltar a sua língua ferina. Em apenas dois dias, o "príncipe da Sorbonne" falou duas besteiras retumbantes. Talvez influenciado pela Folha de S.Paulo, que recentemente cunhou o odioso termo "ditabranda" para se referir ao sombrio período da ditadura no país, afirmou: "Aí que saudades do governo militar, quando eu podia falar". Foi uma resposta intempestiva a uma justa alfinetada de Lula, que recentemente afirmou que "tem ex-presidente que fala demais".

Pois por conta da "finesse" dessa ironia, FHC ganhou capa no site "Ternuma".

Por: Zé Augusto . Quarta-feira, Março 25, 2009 Comente(0) | Trackback Links para esta postagem

Agripino e Flexa Ribeiro são citados na operação Castelo de Areia

Os Senadores Agripino Maia (DEMos/RN) e Flexa Ribeiro (PSDB/PA) foram citados na investigação.

A príncipio ambos os Senadores foram apenas citados, e não denunciados por enquanto.

Da Revista Época:

Um dos políticos cujo nome aparece no inquérito da Operação Castelo de Areia é o senador José Agripino Maia, líder do DEM no Senado. Nas escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal, ele aparece como destinatário de doações da Camargo Corrêa durante a campanha eleitoral do ano passado. Procurado por ÉPOCA, Agripino Maia confirmou que o DEM do Rio Grande do Norte recebeu doação da construtora ano passado. Ele afirma, porém, que todos os repasses foram legais. "Recebemos R$ 300 mil, mas foi tudo legal, registrado e com recibo", afirmou Agripino Maia.

O senador disse não se lembrar quem da Camargo Corrêa tratou da doação ao partido. Mas confirmou ter recebido a notícia de que o repasse estava concretizado por meio de outro personagem cujo nome aparece na investigação. Trata-se de Luiz Henrique Maia Bezerra, representante da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) em Brasília. Nas conversas gravadas pela polícia, Luiz Henrique Bezerra aparece cobrando de diretores da Camargo Corrêa as doações prometidas aos partidos, dentre eles o DEM. "Eu conheço o Luiz Henrique. Foi ele quem comunicou que a doação seria feita", disse o senador Agripino.

Luiz Henrique Maia Bezerra assumiu a representação da Fiesp em Brasília há cerca de dois anos. Em pelo menos uma das conversas gravadas pela polícia, num contato em que tratava de doações, ele dizia estar falando em nome do presidente da federação, Paulo Skaf. Procurado por ÉPOCA, Luiz Henrique Maia Bezerra preferiu não comentar o assunto. "Vou querer ter acesso a investigação primeiro, para depois falar. Deixa a polícia investigar para depois eu comentar", afirmou.

MaraJarbas terá muito o que explicar ...

De acordo com uma fonte com acesso aos dados da investigação, a maioria dos repasses a políticos detectados no inquérito tem como destinatários políticos e diretórios partidários do Nordeste. Um deles é o diretório do PMDB de Pernambuco.

Por: Zé Augusto . Quarta-feira, Março 25, 2009 Comentarios (16) | Trackback Links para esta postagem

Decisão do Juiz De Sanctis lista partidos envolvidos: PMDB, PSDB, DEM, PPS, PSB, PDT e PP

A decisão do juiz Fausto De Sanctis, da Sexta Vara Federal de São Paulo, menciona partidos políticos que podem ter recebido dinheiro da construtora Camargo Corrêa, nas eleições municipais de 2008. Entre as legendas citadas, PMDB, PSDB, DEM, PPS, PSB, PDT e PP.

Terra Magazine destaca trechos da decisão judicial que esclarecem os envolvimentos políticos da empreiteira. A Operação Castelo de Areia, deflagrada nesta quarta-feira, 25, pela Polícia Federal em São Paulo e no Rio de Janeiro, segue o rastro de crimes financeiros, lavagem de dinheiro e doação ilegal para partidos políticos.

"-... Os resultados das investigações realizadas pela Polícia Federal também lograram apurar, em tese, alguns diálogos que envolveriam supostas doações não declaradas para políticos e partidos políticos, eventualmente efetivadas pelo GRUPO CAMARGO CORREA ou por seus diretores."

"-... Durante o monitoramento telefônico realizado no interregno de 15.09.2008 a 16.09.2008, suspeita-se que a empresa CAMARGO CORREA, eventualmente por meio de seus diretores, DÁRCIO, PIETRO e FERNANDO, teria mantido contatos com a FIESP, esta representada em Brasília por... (...) (fone...), para a suposta distribuição de valores a políticos e/ou partidos políticos."

"-... Por meio das interceptações, verificou-se, outrossim, que FERNANDO BOTELHO utilizar-se-ia do nº..., o qual estaria cadastrado em nome de empresas do grupo CAMARGO CORREA... FERNANDO teria solicitado explicações a PIETRO... tendo sido feita suposta menção a divisão de valores, em tese, doados para partidos políticos (a princípio, PSDB e PS)..."

"- ... Constaria distribuição de dinheiro a diversos partidos, como, a princípio, PPS, PSB, PDT, DEM e PP, fato que estaria listado em algum documento ou mídia eletrônica."

"-...Os diálogos monitorados revelam em princípio tratativas e possíveis entregas de numerários supostamente a políticos e a partidos políticos oriundos, em tese, da empresa CAMARGO CORRÊA, com a suposta intermediação da FIESP, direta ou indiretamente."

"-... Observa-se, ainda, da conversa travada entre LUIZ HENRIQUE e FERNANDO a discussão sobre a destinação de um valor do PMDB do Pará de R$ 300.000,00, em que FERNANDO teria mencionado que tal quantia já estaria aprovada..."

"-... Com relação ao monitoramento das comunicações efetivadas pelo correio eletrônico, observa-se a interceptação de uma mensagem na qual DÁRCIO estaria cobrando de LUIZ recibo atinente a eventuais doações a partidos políticos supostamente efetuados pela CAMARGO CORREA no pleito eleitoral do ano de 2008."

Operação da PF investiga obras em refinaria de PE

Decisão sem conteúdo sigiloso, do juiz Fausto De Sanctis, da Sexta Vara Federal de São Paulo, traz um extenso relatório de remessas ilegais de diretores da construtora Camargo Correa ao exterior. O suíço Kurt Paul Pickel é apontado como intermediário das remessas.

Segundo a decisão judicial, Pickel "estaria atuando no mercado paralelo de câmbio e realizando operações conhecidas como dólar 'cabo', sendo, em tese, o responsável pela prestação de serviços ilegais junto a grandes empreiteiras/construtoras, como a Camargo Correa".

A operação de dólar-cabo é um sistema paralelo de remessas de recursos usado por doleiros para a lavagem de dinheiro, fora dos canais de conversão autorizados pelo Banco Central.

Os investigadores recorreram a escutas telefônicas e telemáticas legais. Na mira, o superfaturamento de obras públicas, entre elas a Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca (PE).

-... a autoridade policial carreou ao feito documentos compartilhados com o Tribunal de Contas da União dando conta acerca de eventual sobrepreço e superfaturamento de obras públicas, atinentes a construções que teriam sido realizadas em parte pela Camargo Correa na REFINARIA ABREU E LIMA...

Noutro trecho, a Operação Castelo de Areia é relacionada à Operação "Downtown", que, em agosto de 2008, desarticulou 14 quadrilhas de doleiros.

- ... No que concerne à suposta ligação do grupo desmantelado de supostos doleiros da Operação "DOWNTOWN" com integrantes da CAMARGO CORREA, juntamente com KURT PAUL PICKEL, a Polícia Federal anexou ao feito documentos apreendidos quando da deflagração daquela operação, em que teria sido possível aferir, em tese, através de rascunhos , os nomes de FERNANDO, MARISA, DARCIO BRUNATO e KURT, os quais estariam , em tese, recebendo valores advindos de TIGRÃO, possível "doleiro" que atuaria no Uruguai.

Mais à frente, em sua decisão, o juiz chama atenção para o relatório da PF. Ressalta o uso do Unibanco pelos indiciados com a finalidade de atribuir aparente legalidade às transações:

-... Segundo Relatório Final da Polícia Federal, as ações dos indivíduos, em tese, buscariam inicialmente aparentar um caráter lícito às referidas transações financeiras, através de utilização de instituição financeira oficial (UNIBANCO) e a pretexto de suposto pagamento a fornecedores, para, em seguida, pulverizar tais valores no exterior.

Em nota, a corretora Camargo Correa "vem a público manifestar sua perplexidade diante dos fatos ocorridos hoje pela manhã, quando a sua sede em São Paulo foi invadida e isolada pela Polícia Federal, cumprindo mandado da Justiça".

"O Grupo reafirma que confia em seus diretores e funcionários e que repudia a forma como foi constituída a ação ... trazendo incalculáveis prejuízos à imagem de suas empresas."

A empresa alega que "que cumpre rigorosamente com todas as suas obrigações legais".


A informação é do Terra Magazine

Por: Zé Augusto . Quarta-feira, Março 25, 2009 Comentarios (10) | Trackback Links para esta postagem

PSDB, DEM, PMDB e PPS na propina da Camargo Correia

A revista ÉPOCA teve acesso a informações do inquérito da Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, no qual há referências a repasses de dinheiro da empreiteira para quatro partidos políticos: PSDB, DEM, PMDB e PPS. Nem todos os repasses foram devidamente declarados à justiça eleitoral.

Destinada a esquadrinhar crimes financeiros envolvendo a construtora Camargo Corrêa, uma das maiores do país, a Operação Castelo de Areia, deflagrada nesta quarta-feira (25) pela Polícia Federal, acabou descobrindo um esquema bem organizado de repasse de dinheiro para campanhas políticas. Trata-se de descobertas com potencial para antecipar a guerra de denúncias entre governo e oposição prevista para acontecer em 2010, ano de eleições presidenciais. ÉPOCA teve acesso a informações do inquérito, que corre em segredo na Justiça Federal de São Paulo. Há referências a repasses de dinheiro da empreiteira para quatro partidos políticos: PSDB, DEM, PMDB e PPS. Nem todos os repasses foram devidamente declarados à justiça eleitoral, de acordo com a investigação – em muitos casos, a "doação" era feita em dinheiro vivo.

A distribuição de dinheiro começou a ser descoberta por meio de telefonemas interceptados pela Polícia Federal com autorização da justiça. Nesses telefonemas, diz uma pessoa familiarizada com a investigação, diretores da Camargo Corrêa falavam abertamente com emissários de partidos políticos para tratar dos pagamentos. Os acertos se deram entre julho e outubro do ano passado – o que indica tratar-se de dinheiro utilizado nas campanhas municipais de 2008, segundo o inquérito.

Há referências, na investigação, a personagens importantes do cenário político e empresarial. Num dos telefonemas interceptados, um representante da Federação das Industrias de São Paulo em Brasília conversa com um dos diretores da Camargo Correa. Diz que está falando em nome do chefe, o presidente da federação, Paulo Skaf. Na ligação, em tom de reclamação, ele cobra da Camargo Corrêa o repasse de R$ 400 mil a dois partidos. Afirma que os representantes dos partidos estariam cobrando o dinheiro - pelo teor da conversa, o pagamento estaria atrasado. Outro nome que aparece no inquérito, como destinatário de repasses da Camargo Corrêa, é o de um importante senador, do DEM do Nordeste.

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