A que horas Serra trabalha?
Os Amigos do Presidente Lula
José Serra vive entrando no Twitter lá pelas 3hs da madrugada.
No telejornal da Globo, SPTV, só se vê ele na segunda edição (do início da noite).
Na inundação em São Luiz do Pariatinga, ele apareceu lá pelas 17:30hs. Será para não interromper o sono antes do meio-dia?
Não divulga sua agenda de governador.
Tem fama de ser notívago e de acordar tarde, trocando o dia pela noite.
Tem profissões em que a pessoa pode fazer seu horário, e trabalhar na hora que bem entender, como artistas, escritores. Mas não é o caso de um governador em exercício.
O serviço público funciona em horário comercial. Os governados, em sua maioria, também trabalham e estão acordados em horário comercial. Um governador precisa fazer reuniões, tomar providências, tomar o pulso da administração pública, no horário em que a máquina administrativa funciona.
José Serra se comporta como se fosse rei do Estado de São Paulo e não governante.
Enviar por e-mail: Por: Zé Augusto . Quarta-feira, Janeiro 06, 2010 Comente(0)
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Jardim Romano alagado de novo! Pede pra sair, José Serra!
A gente não é adepto do "quanto pior, melhor" e preferia mil vezes até elogiar Serra, do que ver a população do Jardim Romano (bairro de São Paulo) continuar nesse sofrimento todo, voltando à estaca zero, com suas casas alagadas de novo.
Mas não há meio do governo de José Serra (PSDB/SP) ser operante e livrar a população desse martírio.
Até para quem não mora em São Paulo, irrita profundamente ver essas cenas de novo, dia após dia, há um mês, com as ruas e casas alagadas, misturada ao mau cheiro da água com vazamento de esgoto da SABESP. Isso chega a ser tortura, castigo contra essa população.
José Serra joga a culpa nos prefeitos
Para fugir da responsabilidade pelos alagamentos, Serra diz que a Secretaria Estadual do Meio Ambiente vai intervir nos licenciamentos de obras concedidos por prefeituras, que impermeabilizam as várzeas do Alto Tietê.
Ora, é uma desculpa esfarrapada. Os tucanos estão no governo paulista há 15 anos, e porque foram omissos esse tempo todo? Quem é responsável pelos rios é o estado e não o município.
Além disso, até 2006 o prefeito de São Paulo era ele. Depois disso é Kassab, eleito com seu apoio.
Mas o motivo verdadeiro não é só esse. O motivo é que o governo demo-tucano jogou pelo ralo R$ 1,7 bilhão, gasto durante anos para aprofundar o Rio Tietê 2,5 metros (para aumentar a capacidade de escoamento e evitar transbordamento e enchentes). Para manter essa profundidade era necessário fazer dragagem sempre, para retirar os sedimentos que vão sendo depositados no fundo do rio. Mas a dupla Akckmin / Serra deixaram deixaram quase 3 anos sem fazer esse serviço, e quando voltou a fazer foi aquém do necessário. Resultado: a capacidade de vazão do Tietê está reduzida de novo, jogando pelo ralo a obra bilionária anterior feita, conforme demonstrou Conceição Lemes.
Não são as prefeituras que estão precisando de intervenção. É o governo do Estado de São Paulo que estaria em melhores mãos se sofresse uma intervenção federal. Pede pra sair, José Serra.
Enviar por e-mail: Por: Zé Augusto . Quarta-feira, Janeiro 06, 2010 Comentarios (14)
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terça-feira, 5 de janeiro de 2010
A "especialista" da Folha em caças da FAB
A Folha de José Serra (Folha de São Paulo) está doida para arranjar uma crise militar no governo Lula.
Agora se mete a querer gerar intrigas por conta da compra de novos caças da FAB (Força Aérea Brasileira). A intrigueira de plantão é Eliane Cantanhede, e pelas suas conclusões ela entende tanto dos interesses que cercam a compra dos caças, quanto entende de submarino nucleares (relembre aqui o que ela escreveu sobre os submarinos da Marinha).
Segundo a Folha, ela teve acesso ao "sumário executivo" do relatório da FAB, com as conclusões finais das mais de 30 mil páginas de dados, e saiu tratando o relatório (?) como se fosse um campeonato de Escolas de Samba, onde os "juízes" da FAB julgaram os quesitos "alegorias", "fantasias", "enredo", a soma dos pontos daria o vencedor, e como se a Presidência da República quisesse influir no resultado, no tapetão.
Nada mais falso e absurdo, pela própria leitura da reportagem.
Vamos aos fatos:
Qualquer relatório técnico dessa natureza é como um laudo. Ele orienta decisões que devem ser tomadas.
A FAB fez seu papel com profissionalismo: mostrou os pontos fracos e fortes de cada modelo e de cada proposta, criou um critério de pontuação e apresentou um ranking para a coisa não ficar subjetiva.
Nada impede que pontos fracos de uma proposta sejam superados em uma negociação entre governos, e nada impede que contratos finais superem restrições apontadas.
Pelo que foi noticiado, a FAB usou critérios de pontuação de acordo com quesitos como recursos tecnólogicos, transferência de tecnologia, custos financeiros, operacionais, etc.
Qualquer dos modelos atende às necessidades bélicas de defesa da FAB, portanto é errado dizer que a FAB ficaria insatisfeita com qualquer modelo (foi a FAB quem selecionou os modelos a serem analisados, e esses 3 modelos são os finalistas).
A Folha diz que o fator financeiro foi decisivo para a classificação do caça sueco, seguido do estadunidense e o francês teria ficado em terceiro lugar. Mas a ausência de detalhes diz pouco sobre esse resultado.
Se for isso mesmo, a leitura do relatório da aeronáutica é simples: com um orçamento menor, o caça sueco é o que melhor se encaixa. Para ter o caça francês exige um orçamento maior para o Comando da Aeronáutica.
Priorizar orçamento é decisão política e não meramente técnica. É a nação, representada pelo governo eleito e o Congresso, quem decide se quer gastar um pouco mais para ter o modelo mais avançado (obviamente com parecer técnico de quem entende, na própria FAB), ou se quer gastar menos com um modelo mais econômico.
Segundo a Folha, o relatório técnico da FAB diz que "o Gripen NG [sueco] é um projeto em desenvolvimento que oferece em tese mais acesso a tecnologias para empresas futuramente parceiras, como a Embraer. Há a promessa genérica de produção final no Brasil, mas de resto o Rafale [francês] também diz isso. O problema é que o francês é um produto pronto, supostamente com menor taxa de transferência de conhecimento de produção".
Novamente o relatório aponta corretamente as vantagens e desvantagens óbvias. O uso de expressões como "promessas genéricas" demonstra que o critério de pontuação diz pouco. O que falará mais alto são as cláusulas que nada tem de genéricas nos contratos finais a serem assinados.
Há que se levar em conta até uma possibilidade na escolha: é possível economizar na compra, optando pelo modelo sueco, e destinar verba economizada para usar em pesquisa e desenvolvimento para desenvolver tecnologia própria. É uma opção a se considerar. Mas também é possível fazer pesquisa e desenvolvimento partindo de um patamar mais avançado, no caso do modelo francês, cortando caminho e ganhando tempo. Novamente tudo depende do que venha a ser escrito nos contratos finais.
A especialista da Folha aponta: "A Embraer, consultada pela Aeronáutica, declarou que, se fosse o Rafale [francês], não teria interesse em participar do projeto, pois lucraria muito pouco em tecnologia e em negócios".
Ora, a FAB aponta apenas uma ressalva, que deve ser levada em conta, mas a FAB não é subordinada à EMBRAER, como insinua o lobby explícito de Cantanhede por modelos que trazem mais lucros aos interesses de acionistas.
A Embraer é uma empresa privada, que tem também acionistas estrangeiros. Seu compromisso é com o lucro e com acionistas, e não com o interesse nacional. Um projeto dessa envergadura, em qualquer país do mundo, quem dá as diretrizes às empresas é as Forças Armadas, e não o "mercado" quem dá diretrizes às Forças Armadas. A Embraer vai fazer o que o governo encomendar. Simples assim.
A FAB ainda não divulgou oficialmente o relatório, e é mais do que provável que parte seja sigilosa por motivos óbvios: envolve estratégias de defesa nacional que não interessa tornar pública a potenciais agressores.
Um relatório dessa complexidade passa longe de ser unanimidade dentro da própria aeronáutica, entre seus maiores especilistas. Por isso é passível até mesmo de revisões em alguns tópicos.
Se a Folha fosse honesta, a interpretação seria outra:
- a FAB produz um relatório para orientar a tomada de decisão;
- aponta pontos críticos nas propostas, que orientam negociações;
- a FAB faz o que o governo espera: um relatório honesto nos quesitos técnicos e apontando os pontos fracos de cada proposta para subsidiar as negociações finais.
Ao contrário do que insinua a Folha, a FAB e governo convergem para o mesmo interesse: a defesa das riquezas nacionais com os melhores equipamentos e com o máximo de conhecimento tecnológico por brasileiros.
A falácia da ideologia
A imprensa tenta vender a idéia de que haveria uma preferência pela França por motivos ideológicos. É falso.
Sarkosy é a direita francesa (apesar da direita européia ser bem mais civilizada do que a brasileira). Obama seria a esquerda dos EUA, apesar tomar decisões recentes decepcionantes. O primeiro-ministro sueco é de centro-direita, mas na suécia um governo destes, é praticamente esquerda no Brasil.
Restrições à compras de armamentos dos EUA vem do seio das próprias Forças Armadas, devido à antecedentes. Os EUA usaram cláusula de veto proibindo a venda de aviões super-tucanos da Embraer para Venezuela por conter equipamentos estadunidenses em sua fabricação.
No regime militar, o governo Geisel fez um acordo nuclear com a Alemanha, após a brusca decisão dos Estados Unidos de suspender, em 1974, o fornecimento do urânio enriquecido para novas usinas (Angra I foi fornecida pela Westinghouse, estadunidense, em 1971).
O que existe com a França é uma maior aproximação geopolítica, e simetria econômica (o tamanho das economias são mais próximos, o que facilita negociações de igual para igual). A França tem apoiado as mesmas posições brasileiras nos foros internacionais. A França tem uma presença na América do Sul, na Amazônia, a Guiana Francesa. Tudo isso facilita negociações, mas jamais o governo brasileiro do presidente Lula irá comprar aviões franceses por causa dos belos olhos de Carla Bruni. A decisão final será técnica, econômica e estratégica com olhos no futuro, voltados para aquilo que for melhor para nação.
Enviar por e-mail: Por: Zé Augusto . Terça-feira, Janeiro 05, 2010 Comentarios (29)
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Brasil assume vaga no Conselho de Segurança da ONU
A partir deste ano o Brasil ocupará, por 24 meses, uma vaga provisória no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em substituição à Costa Rica. Mas o esforço do Presidente Lula é para conseguir que o Brasil ocupe um dos assentos permanentes do conselho. Em cada reunião com autoridades estrangeiras, Lula reitera o pleito brasileiro.
Como este blog já havia antecipado no dia 15 de outubro(Leia mais), O Brasil foi eleito pela Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) para uma das dez vagas rotativas do Conselho de Segurança, informou em nota o Ministério das Relações Exteriores. O mandato durará dois anos 2010 e 2011.Após receber 182 votos de um total de 183 países votantes, o Brasil ocupará pela décima vez um assento eletivo no Conselho.
Os outros quatro novos integrantes do conselho, ao lado do Brasil, são a Bósnia Herzegovina, o Gabão, o Líbano e a Nigéria. Por dois anos, a presidência do órgão ficará a cargo da China. A primeira reunião de 2010 será realizada ainda esta semana sob o comando do embaixador chinês Zhang Yesui.
O conselho reúne 15 integrantes, dos quais cinco são permanentes e dez eleitos pela Assembleia Geral da ONU para um período de dois anos. Os membros permanentes são a China, os Estados Unidos, a Rússia, a França e o Reino Unido.
Os conflitos e as crises internacionais são discutidos pelo conselho, que pode autorizar intervenção militar nos países em confronto. Para uma resolução ser aprovada pelo órgão, é necessário maioria de nove dos 15 membros, inclusive dos cinco permanentes. Um voto negativo de um dos integrantes representa veto à medida.
Há uma série de debates, capitaneados pelo Presidente Lula, em defesa de uma reforma do Conselho de Segurança da ONU. Para o governo Lula, há um desequilíbrio que não representa a nova ordem mundial. A ideia é ampliar de 15 para 25 os membros com espaço para dois integrantes da Ásia, um da América Latina, um do Leste da Europa e outro da África.
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