quarta-feira, 14 de abril de 2010

Mensalão do DEM pode ter conexão com governo de SP


Acusada pela Corregedoria Geral da União (CGU) de superfaturamento de preços de medicamentos e fraude em licitações nas gestões de Joaquim Roriz (PSC) e José Roberto Arruda (ex-DEM) no Distrito Federal, a Hospfar Indústria e Comércio de Produtos Hospitalares recebeu mais de R$ 63 milhões em contratos com a Secretaria Estadual de Saúde desde 2008, na gestão José Serra/Alberto Goldman, ambos do PSDB, em São Paulo.

A denúncia é do Jornal da Tarde, de São Paulo.

A Hospfar tem como um de seus sócios, Marcelo Reis Perillo, primo do 1º vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO). Outro sócio da empresa, Moisés de Oliveira Neto, também integra quadro societário da Linknet, apontada pela Polícia Federal de ser uma das principais suspeitas de alimentar o mensalão do DEM, em Brasília, que levou à prisão e à cassação de Arruda. Perillo afirmou, por meio de assessor, que não se considera parente de Marcelo “tamanha a distância do grau de parentesco”.

Somente nos três primeiros meses de 2010, o governo paulista empenhou R$ 5,5 milhões para pagamento da Hospfar. Ao menos 20 dos 51 dos contratos foram feitos para cumprimento de decisão judicial - quando a Justiça determina que o Estado tem de fornecer determinado medicamento ao cidadão. Três deles foram realizados com dispensa de licitação. Em nota, a Secretaria de Saúde informou que as contratações estão dentro da lei, que autoriza contratos sem licitação em compras abaixo de R$ 8 mil.

Irregularidades no DF

Segundo o ministro da Corregedoria Jorge Hage, auditoria da CGU aponta que o governo do Distrito Federal mantinha os estoques do Núcleo de Medicamento de Alto Custo praticamente vazios, para, posteriormente, comprar, em regime de urgência, com preços que estavam acima da tabela federal. A favorecida era quase sempre a Hospfar, que recebeu mais de R$ 190 milhões dos cofres do DF desde 2006.

“Há suspeita de que haja prejuízos financeiros relevantes. Em uma comparação dos preços praticados pelo GDF (governo do Distrito Federal) na compra de medicamentos, nós verificamos que os valores unitários superam o teto de todas as tabelas oficiais do governo federal”, afirmou Hage na última terça-feira, durante divulgação do resultado da auditoria feita nas contas do DF.

Segundo a CGU, junto com outras duas empresas do setor - Medcomerce e Milênio - a Hospfar teria montado um cartel para fraudar licitações. Juntas, as três empresas, que têm parentes como sócios, teriam recebido R$ 294 milhões dos R$ 500 milhões repassados ao Distrito Federal pela União para compras de medicamentos desde 2006.

“Apurou-se a existência de vínculos societários entre os proprietários da Hospfar e Medcomerce com a Milênio, bem como dessas três com a empresa Linknet, citada no inquérito policial relacionado à Caixa de Pandora”, afirma o relatório da CGU.

O Jornal da Tarde também revelou em março que uma das empresas do ex-vice-governador do DF, Paulo Octávio (ex-DEM) - que renunciou em meio a denúncias que o ligam ao mensalão de Brasília -, integra consórcios que têm contratos de R$ 137,2 milhões com a Saúde do governo paulista desde 2005.

Saúde afirma que cumpre a lei. Perillo nega parentesco

Em nota, a assessoria da Secretaria Estadual de Saúde informou que as contratações da Hospfar “obedecem aos trâmites impostos pela lei de licitações”. 'Em um processo licitatório não há análise de pessoa física, mas de pessoa jurídica, que pretende concorrer no certame”.

Segundo a nota, a secretaria exige a apresentação de uma série de documentos, entre eles certidões e balanços fiscais e financeiros das empresas, um “procedimento que ocorre abertamente, na presença de todos os concorrentes”.

A secretaria afirma ainda que as compras feitas sem licitação estão “em consonância com a lei, segundo a qual compras abaixo de R$ 8 mil não requerem abertura de processo licitatório”. Os três contratos, segundo a secretaria, totalizaram R$ 1.386,00. 'É importante esclarecer que a Secretaria da Saúde de São Paulo gasta cerca de R$ 300 milhões por ano com ações judiciais”.

Tetravô

A reportagem do JT tentou, por diversas vezes, contato com a assessoria de imprensa da Hospfar, em Goiânia, mas não teve retorno até as 20h de ontem.

Já o senador Marconi Perillo (PSDB-GO) afirmou, por meio de assessor, que ele “nem pode ser considerado primo” de Marcelo Reis Perillo, sócio da Hospfar, “tamanha a distância do grau de parentesco”. “O senador fez um levantamento genealógico e viu que seu tetravô era irmão do tetravô dele (Marcelo)”, disse o assessor.

Histórico Nebuloso


Investigada por fraudes no Distrito Federal, a Hospfar responde a processos em Goiânia e no Mato Grosso por suposto superfaturamento de preços e participação em licitações fraudulentas

Em Goiânia, onde fica a matriz da empresa, a Justiça chegou a determinar a indisponibilidade bens dos sócios e proibiu a distribuidora de fechar qualquer contrato com o governo do município

Um dos sócios da empresa, Marcelo Reis Perillo, é primo do senador tucano Marconi Perillo (GO). Outro, Moisés de Oliveira Neto, também é sócio da Linknet, ligada pela PF ao mensalão do DEM.

Ligadas à escândalo de Brasília atuaram em SP


Além da Linknet, que tem entre seus donos um dos sócios da Hospfar, pelo menos outras duas empresas suspeitas de abastecerem o “mensalão do DEM” no Distrito Federal atuaram em São Paulo: Uni Repro e Serveng Civilsan.

A Uni Repro foi investigada em 2007 dentro da Operação Parasitas da Polícia Civil. A empresa faria parte de um grupo que teria causado um rombo de R$ 100 milhões na área da saúde por meio de fraudes em licitações, superfaturamento de preços e entrega de produtos de má qualidade.

Um organograma feito pela Secretaria Estadual da Fazenda e anexado ao inquérito aponta a Uni Repro como prestadora de serviços para o Estado entre 1999, no governo Mário Covas (PSDB) e 2007, início da gestão de José Serra/Alberto Goldman (PSDB), recebendo R$ 26 milhões, dos quais R$ 1 milhão em contratos assinados sem licitação.

A construtora Serveng participou de, ao menos, dois consórcios com contratos no Estado. Um para a realização de obras de melhorias no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, e outro para a construção do trecho sul do Rodoanel, inaugurado em 30 de março.

Na obra no aeroporto, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a suspensão do pagamento de R$ 70,9 milhões ao consórcio Queiroz Galvão/Constran/Serveng, após suspeitas de irregularidades. No Rodoanel, auditoria do TCU entre janeiro de 2007 e julho de 2008 encontrou indícios de superfaturamento. Segundo o órgão, a obra, com valor estimado em R$ 3,6 bilhões, obteve “permissão de preços unitários até 30% acima dos preços de referência”.

A Serveng também foi um dos principais doadores da campanha do prefeito Gilberto Kassab (DEM) em 2008 - R$ 1,2 milhão. O repasse foi considerado ilegal pela Justiça Eleitoral, que cassou o mandato de Kassab. Ele aguarda no cargo julgamento de recurso.

Mensalão do DEM pode ter conexão com governo de SP

Acusada pela Corregedoria Geral da União (CGU) de superfaturamento de preços de medicamentos e fraude em licitações nas gestões de Joaquim Roriz (PSC) e José Roberto Arruda (ex-DEM) no Distrito Federal, a Hospfar Indústria e Comércio de Produtos Hospitalares recebeu mais de R$ 63 milhões em contratos com a Secretaria Estadual de Saúde desde 2008, na gestão José Serra/Alberto Goldman, ambos do PSDB, em São Paulo.

A denúncia é do Jornal da Tarde, de São Paulo.

A Hospfar tem como um de seus sócios, Marcelo Reis Perillo, primo do 1º vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO). Outro sócio da empresa, Moisés de Oliveira Neto, também integra quadro societário da Linknet, apontada pela Polícia Federal de ser uma das principais suspeitas de alimentar o mensalão do DEM, em Brasília, que levou à prisão e à cassação de Arruda. Perillo afirmou, por meio de assessor, que não se considera parente de Marcelo “tamanha a distância do grau de parentesco”.

Somente nos três primeiros meses de 2010, o governo paulista empenhou R$ 5,5 milhões para pagamento da Hospfar. Ao menos 20 dos 51 dos contratos foram feitos para cumprimento de decisão judicial - quando a Justiça determina que o Estado tem de fornecer determinado medicamento ao cidadão. Três deles foram realizados com dispensa de licitação. Em nota, a Secretaria de Saúde informou que as contratações estão dentro da lei, que autoriza contratos sem licitação em compras abaixo de R$ 8 mil.

Irregularidades no DF

Segundo o ministro da Corregedoria Jorge Hage, auditoria da CGU aponta que o governo do Distrito Federal mantinha os estoques do Núcleo de Medicamento de Alto Custo praticamente vazios, para, posteriormente, comprar, em regime de urgência, com preços que estavam acima da tabela federal. A favorecida era quase sempre a Hospfar, que recebeu mais de R$ 190 milhões dos cofres do DF desde 2006.

“Há suspeita de que haja prejuízos financeiros relevantes. Em uma comparação dos preços praticados pelo GDF (governo do Distrito Federal) na compra de medicamentos, nós verificamos que os valores unitários superam o teto de todas as tabelas oficiais do governo federal”, afirmou Hage na última terça-feira, durante divulgação do resultado da auditoria feita nas contas do DF.

Segundo a CGU, junto com outras duas empresas do setor - Medcomerce e Milênio - a Hospfar teria montado um cartel para fraudar licitações. Juntas, as três empresas, que têm parentes como sócios, teriam recebido R$ 294 milhões dos R$ 500 milhões repassados ao Distrito Federal pela União para compras de medicamentos desde 2006.

“Apurou-se a existência de vínculos societários entre os proprietários da Hospfar e Medcomerce com a Milênio, bem como dessas três com a empresa Linknet, citada no inquérito policial relacionado à Caixa de Pandora”, afirma o relatório da CGU.

O Jornal da Tarde também revelou em março que uma das empresas do ex-vice-governador do DF, Paulo Octávio (ex-DEM) - que renunciou em meio a denúncias que o ligam ao mensalão de Brasília -, integra consórcios que têm contratos de R$ 137,2 milhões com a Saúde do governo paulista desde 2005.

Saúde afirma que cumpre a lei. Perillo nega parentesco

Em nota, a assessoria da Secretaria Estadual de Saúde informou que as contratações da Hospfar “obedecem aos trâmites impostos pela lei de licitações”. 'Em um processo licitatório não há análise de pessoa física, mas de pessoa jurídica, que pretende concorrer no certame”.

Segundo a nota, a secretaria exige a apresentação de uma série de documentos, entre eles certidões e balanços fiscais e financeiros das empresas, um “procedimento que ocorre abertamente, na presença de todos os concorrentes”.

A secretaria afirma ainda que as compras feitas sem licitação estão “em consonância com a lei, segundo a qual compras abaixo de R$ 8 mil não requerem abertura de processo licitatório”. Os três contratos, segundo a secretaria, totalizaram R$ 1.386,00. 'É importante esclarecer que a Secretaria da Saúde de São Paulo gasta cerca de R$ 300 milhões por ano com ações judiciais”.

Tetravô

A reportagem do JT tentou, por diversas vezes, contato com a assessoria de imprensa da Hospfar, em Goiânia, mas não teve retorno até as 20h de ontem.

Já o senador Marconi Perillo (PSDB-GO) afirmou, por meio de assessor, que ele “nem pode ser considerado primo” de Marcelo Reis Perillo, sócio da Hospfar, “tamanha a distância do grau de parentesco”. “O senador fez um levantamento genealógico e viu que seu tetravô era irmão do tetravô dele (Marcelo)”, disse o assessor.

Histórico Nebuloso


Investigada por fraudes no Distrito Federal, a Hospfar responde a processos em Goiânia e no Mato Grosso por suposto superfaturamento de preços e participação em licitações fraudulentas

Em Goiânia, onde fica a matriz da empresa, a Justiça chegou a determinar a indisponibilidade bens dos sócios e proibiu a distribuidora de fechar qualquer contrato com o governo do município

Um dos sócios da empresa, Marcelo Reis Perillo, é primo do senador tucano Marconi Perillo (GO). Outro, Moisés de Oliveira Neto, também é sócio da Linknet, ligada pela PF ao mensalão do DEM.

Ligadas à escândalo de Brasília atuaram em SP


Além da Linknet, que tem entre seus donos um dos sócios da Hospfar, pelo menos outras duas empresas suspeitas de abastecerem o “mensalão do DEM” no Distrito Federal atuaram em São Paulo: Uni Repro e Serveng Civilsan.

A Uni Repro foi investigada em 2007 dentro da Operação Parasitas da Polícia Civil. A empresa faria parte de um grupo que teria causado um rombo de R$ 100 milhões na área da saúde por meio de fraudes em licitações, superfaturamento de preços e entrega de produtos de má qualidade.

Um organograma feito pela Secretaria Estadual da Fazenda e anexado ao inquérito aponta a Uni Repro como prestadora de serviços para o Estado entre 1999, no governo Mário Covas (PSDB) e 2007, início da gestão de José Serra/Alberto Goldman (PSDB), recebendo R$ 26 milhões, dos quais R$ 1 milhão em contratos assinados sem licitação.

A construtora Serveng participou de, ao menos, dois consórcios com contratos no Estado. Um para a realização de obras de melhorias no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, e outro para a construção do trecho sul do Rodoanel, inaugurado em 30 de março.

Na obra no aeroporto, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a suspensão do pagamento de R$ 70,9 milhões ao consórcio Queiroz Galvão/Constran/Serveng, após suspeitas de irregularidades. No Rodoanel, auditoria do TCU entre janeiro de 2007 e julho de 2008 encontrou indícios de superfaturamento. Segundo o órgão, a obra, com valor estimado em R$ 3,6 bilhões, obteve “permissão de preços unitários até 30% acima dos preços de referência”.

A Serveng também foi um dos principais doadores da campanha do prefeito Gilberto Kassab (DEM) em 2008 - R$ 1,2 milhão. O repasse foi considerado ilegal pela Justiça Eleitoral, que cassou o mandato de Kassab. Ele aguarda no cargo julgamento de recurso.

Incrível: De la Penã foi mordido pela mosca azul... ou verde-e-amarelo... vermelha...sei lá!

'James Cameron, o mala sem alça na versão em 3D'

Assistir a "Avatar" num cinema em 3D é experimentar uma sensação diferente. Você penetra nos cenários, acompanha de perto a movimentação dos personagens. É tão realista que o próprio Cameron acreditou que Pandora existia. E, o que é pior, ficava na Amazônia.

Por Helio de La Peña*, em Folha de S.Paulo

No filme, vemos uma ONG formada por pessoas bem intencionadas e idealistas se unir aos nativos daquele planeta e derrotar um exército americano mau feito pica-pau. Cameron faturou bilhões de dólares, mas não ganhou o Oscar. Levou muito menos estatuetas que a ex-mulher. O que não deve ter pensado a atual?

"E aí, Jimmy, como foi lá?" "Mais ou menos. Trouxe três troféus. Na verdade, quem se deu bem foi a Kathryn [Bigelow], ganhou seis estatuetas: melhor filme, direção, roteiro e..." "Chega! Não quero ouvir mais uma palavra sobre essa mulher! Eu me sinto humilhada."

"Calma, Suzy! Já sei o que fazer: salvar o planeta. Prepare as malas, vamos para o Brasil!" Cameron caiu de paraquedas na floresta amazônica. Pintou-se de urucum, abraçou indígenas, dançou com bois em Parintins e se meteu num assunto espinhoso: a questão energética.

Ouviu ONGs e manifestou sua oposição à construção da hidrelétrica de Belo Monte que, não fosse o Google Maps, não teria a menor ideia de que fica no Pará.

Aliás, nem saberia onde fica o próprio Pará. Mas ele vem de uma civilização mais avançada disposto a nos ajudar. Portanto, devemos seguir suas orientações e preservar o ambiente de "Pandora Brasilis". Segundo Cameron, deveríamos ouvir os povos da floresta, mas até agora só ele falou. Fez propostas, pôs um bonezinho, participou de manifestações e ainda deu uns toques no Lula: "Vai na minha que você vai se dar bem...".

Não sei por que, mas essa atitude conquistou minha antipatia e má vontade. Não tinha nenhuma opinião sobre a construção de Belo Monte. Agora, só porque ele é contra, sou a favor. Ele me lembra aquele comercial das Havaianas, em que um argentino resolve se meter na conversa do Lázaro Ramos para falar mal do Brasil. "E quem disse que o Brasil tem problemas?", rechaça Lázaro.

É isso. Não gostamos quando alguém de fora palpita sobre o que devemos fazer. Como diria Romário: "O cara chegou agora e quer sentar na janela?". Pega leve, James Cameron!

Ouviu um discurso da Marina Silva e já entrou na campanha presidencial. Na verdade, acho que gostaria de vê-la na sua próxima superprodução. Marina é verde, seus personagens são azuis, tudo a ver.

Mas tudo isso está ajudando a chamar a atenção para o real propósito da viagem, os lançamentos do DVD e do Blu-ray de "Avatar" no Brasil. E esse filme nós conhecemos. No final das contas, tudo não passa de uma obra do PAC: o Programa de Aceleração do Cameron.

Traíras



Dilma Rousseff (PT) viaja para São Paulo, onde ainda tem parte da agenda indefinida e deve jantar com a apresentadora Ana Maria Braga.

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