terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Outro embuste de Zé Pedágio: Ele não tem o direito de se dizer economista


Fonte: ConversaAfiada

O Conversa Afiada tem o prazer de anunciar que tira do ar a trepidante enquete “qual a melhor coisa da ‘jestão’ do Governo Pedágio?”
. Ali, a resposta mais votada, com 18% dos votos, foi Pedágio “fingir que gosta de nordestino”.
. Em seguida, Pedágio pagar o Pior Salário Do Brasil, o PSDB de São Paulo.
. E, em terceiro, com 216 votos, ou 12% dos votos, a resposta “dizer que é economista”.
. Essa enquete acaba de ser substituída por outra, sugestão de amigo que trabalha na Globo de São Paulo (onde tenho vários amigos): se a crise não for A crise, o que eles vão fazer? Vote ao lado.
. Fiquei muito intrigado com o número de respostas para “dizer que é economista”.
. O Conversa Afiada já disse que o PiG(**) de São Paulo, entre os muitos blefes que criou e sustenta, propaga que Zé Pedágio é um “economista competente”: não é uma coisa nem outra.
. Porém, como Pedágio não tem escrúpulos – e passaria com um trator por cima da mãe, como previu Ciro Gomes, em sabatina na Folha (*), - Pedágio, sem nenhum escrúpulo se diz “economista” (o “competente” fica implícito).
. Zé Pedágio fez uns cursos de meia tigela no Chile e nos Estados Unidos e não se graduou no Brasil.
. Das duas, uma: ou ele revalida os “diplomas” de meia tigela que trouxe do Chile e dos Estados Unidos;
. Ou volta aos bancos escolares e se forma em economia no Brasil.
. Só com um diploma revalidado ou com uma graduação no Brasil ele tem direito a se chamar de “economista” (o “competente” o PiG deixa implícito).
. O Renato Machado, por exemplo, que nos enriquece todas as manhãs com seus argutos comentários sobre a economia brasileira, mundial e planetária, por exemplo, tem tanto direito a se dizer economista quanto o Zé Pedágio.
. Quem sabe da vida acadêmica do Zé Pedágio é o nosso amigo navegante Nylson:
NYLSON GOMES FILHO em 5/fevereiro/2009 as 13:04Caro PHA, você disse que o Serra não é economista competente. Como poderá constatar abaixo, nem economista é. Vejamos a trajetória dele:Serra, aos 18 anos, ingressou no curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, o qual nunca concluiu. Com o golpe militar de 1964, ele exilou-se na Bolívia, no Uruguai e, em seguida, no Chile, onde fez o “Curso de economia” da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), de 1965 a 1966, especializando-se em planejamento industrial. Apenas 2 (dois) anos de curso! Quer dizer, não é um curso superior formal. Depois disso, fez mestrado em Economia pela Universidade do Chile (1968), da qual foi professor entre 1968 e 1973. Em 1974, fez Mestrado e Doutorado em Ciências Econômicas na Universidade Cornell, nos Estados Unidos, sem nunca ter cuncluído uma faculdade. Como foi possivel isso? No Chile e nos EUA não é exigido curso superior para fazer pós-graduação, o que não é permitido aqui no Brasil. Além disso, os cursos de pós-graduação que Serra cursou na Cornell (com que dinheiro não sei, porque são caríssimos) não são “strictu senso“ mas “lato senso“ como os fornecidos pela rede privada aqui no Brasil. Em suma: não valem nada em termos acadêmicos.O pior disso tudo é que ele usou toda esta papelada aqui no Brasil para ser professor na UNICAMP. Como? Não sei mas seria uma pauta interessante para o jornalismo investigativo.Grande abraço.
. Agora, vejam só como Zé Pedágio, na maior cara de pau, se diz economista em documentos oficiais: no Portal do Governo de São Paulo e na ficha do Tribunal Eleitoral


O Governador José Serra nasceu em São Paulo, no bairro da Mooca. Logo cedo ingressou na política, como presidente da União Estadual dos Estudantes de São Paulo em 1962/63, e depois, como presidente da UNE em 1963/64. Foi perseguido pelo golpe de Estado que derrubou João Goulart em 1º de abril de 1964, e partiu para o exílio três meses depois. No exterior, José Serra enfrentou dificuldades e não pôde concluir seus estudos de engenharia. Decidiu então formar-se em Economia, obtendo o diploma de mestre nessa disciplina pela Universidade do Chile, onde tornou-se professor. Foi, também, funcionário das Nações Unidas nesse período.Obrigado a exilar-se novamente, Serra foi para os Estados Unidos, onde obteve outro mestrado e o doutorado em Ciências Econômicas pela Universidade de Cornell. E foi, por dois anos, professor do Instituto de Estudos Avançados de Princeton. Em 1978 José Serra retornou ao Brasil. Tornou-se professor da Unicamp, pesquisador do Cebrap e editorialista da Folha de S. Paulo. Ajudou a fundar o PMDB, sendo relator do primeiro programa do partido.
Em tempo: agora, aqui para nós, amigo navegante: existe sorriso mais simpático do que esse do Pedágio, com aquelas extensas gengivas “implícitas” ?
(*) Já estava na hora de a Folha tirar os cães de guarda do armário e confessar que foi “Cão de Guarda” do regime militar. Instigado pelo Azenha –
clique aqui para ir ao Viomundo – acabei de ler o excelente livro “Cães de Guarda – jornalistas e censores do AI-5 à Constituição de 1989”, de Beatriz Kushnir, Boitempo Editorial, que trata das relações especiais da Folha (e a Folha da Tarde) com a repressão dos anos militares. Octavio Frias Filho, publisher da Folha (da Tarde), não quis dar entrevista a Kushnir.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

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