Será que Demóstenes Fala ?
Escanteado
entre seus pares, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) vive uma
semana decisiva no Congresso. Depois de quase três meses de silêncio,
estão marcados dois depoimentos, um no Conselho de Ética e outro na CPI,
que podem ou revelar detalhes ainda não conhecidos do esquema
capitaneado por Carlinhos Cachoeira, ou frustar as expectativas, como
ocorreu na semana passada. No Conselho de Ética, está em jogo o mandato
do senador, que se pronunciou pela última vez em 6 de março.
O primeiro depoimento será no
Conselho de Ética do Senado, amanhã de manhã. De acordo com a defesa de
Demóstenes Torres, nos primeiros 20 minutos da sessão, ele fará um
relato sobre sua vida pública
Na quinta-feira será a vez de
Demóstenes comparecer à CPI do Cachoeira. Por lá, a expectativa com
relação ao depoimento já não é tão grande.
De um lado, Lula, Dilma, e PF fazendo 'faxina' no Brasil... do outro, Cachoeira, PSDB, Demóstenes, Perillo, Gilmar, Veja, Globo
O PSDB inteiro resolveu enfiar o pescoço na guilhotina de uma vez por
todas, ao carimbar na testa o selo de partido do bicheiro Cachoeira,
anti-Lula.
Quem será o "gênio" que teve essa ideia de jumento?
Será o deputado Antônio Carlos Leréia (PSDB-GO) enquadrando o resto do PSDB a seguirem a liderança do bicheiro Cachoeira?
Será Marconi Perillo (PSDB-GO) dizendo que se cair, leva outros tucanos juntos?
Será Aécio Neves (PSDB-MG) às voltas com aparelhamento do estado de Minas por Cachoeira?
Será José Serra (PSDB-SP) e Paulo Preto, dizendo que não se larga um líder ferido na estrada?
Pois o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) e o deputado Francischini (PSDB-PR), aquele que é 'tchutchuca' com os tucanos do Cachoeira, agora aparecem enquadrados na defesa de Cachoeira-Desmóstenes-Marconi-Veja-Gilmar e querem voltar sua artilharia contra Lula.
Ridículos, falam em varrer para debaixo do tapete Cachoeira e suas relações com Demóstenes, Leréia, Marconi Perillo, Paulo Preto, Siqueira Campos, Beto Richa, a parceria Veja-Cachoeira, o caso CELG-Gilmar, a viagem a Berlim, os R$ 8,25 milhões da JC Gontijo, e "convocar" logo o presidente Lula, atacado por esta turma porque apoiou uma CPI para desbaratar esse esquema que era tão nefasto que há até telefonemas entre Demóstenes e Cachoeira falando sobre derrubada da Presidenta Dilma, através de matérias de Policarpo Júnior na revista Veja.
Fala sério, tucanada. Tenham um pouco de vergonha na cara para fazer uma faxina em sua própria casa, pelo menos no que já está fedendo de tão podre.
Alguém duvida que, se não tivessem foro privilegiado, Demóstenes e Perillo já estariam no presídio da Papuda? Junto com Cachoeira e com o tucano Wladimir Garcez, ex-vereador de Goiânia?
O PSDB perdeu o pudor de exibir-se do lado de Cachoeira. Não é só a casa de Perillo que caiu com Cachoeira. É o partido inteiro.
Como é bom ver que Lula, Dilma, a Polícia Federal, os bons procuradores do Ministério Público, os bons parlamentares estão de um lado, oposto ao do outro lado do bicheiro Carlinhos Carlinhos em parceria com o PSDB, com seus Marconi Perillo, Alvaro Dias, Franscischini, José Serra, Paulo Preto, Aécio Neves, etc.
Quem será o "gênio" que teve essa ideia de jumento?
Será o deputado Antônio Carlos Leréia (PSDB-GO) enquadrando o resto do PSDB a seguirem a liderança do bicheiro Cachoeira?
Será Marconi Perillo (PSDB-GO) dizendo que se cair, leva outros tucanos juntos?
Será Aécio Neves (PSDB-MG) às voltas com aparelhamento do estado de Minas por Cachoeira?
Será José Serra (PSDB-SP) e Paulo Preto, dizendo que não se larga um líder ferido na estrada?
Pois o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) e o deputado Francischini (PSDB-PR), aquele que é 'tchutchuca' com os tucanos do Cachoeira, agora aparecem enquadrados na defesa de Cachoeira-Desmóstenes-Marconi-Veja-Gilmar e querem voltar sua artilharia contra Lula.
Ridículos, falam em varrer para debaixo do tapete Cachoeira e suas relações com Demóstenes, Leréia, Marconi Perillo, Paulo Preto, Siqueira Campos, Beto Richa, a parceria Veja-Cachoeira, o caso CELG-Gilmar, a viagem a Berlim, os R$ 8,25 milhões da JC Gontijo, e "convocar" logo o presidente Lula, atacado por esta turma porque apoiou uma CPI para desbaratar esse esquema que era tão nefasto que há até telefonemas entre Demóstenes e Cachoeira falando sobre derrubada da Presidenta Dilma, através de matérias de Policarpo Júnior na revista Veja.
Fala sério, tucanada. Tenham um pouco de vergonha na cara para fazer uma faxina em sua própria casa, pelo menos no que já está fedendo de tão podre.
Alguém duvida que, se não tivessem foro privilegiado, Demóstenes e Perillo já estariam no presídio da Papuda? Junto com Cachoeira e com o tucano Wladimir Garcez, ex-vereador de Goiânia?
O PSDB perdeu o pudor de exibir-se do lado de Cachoeira. Não é só a casa de Perillo que caiu com Cachoeira. É o partido inteiro.
Como é bom ver que Lula, Dilma, a Polícia Federal, os bons procuradores do Ministério Público, os bons parlamentares estão de um lado, oposto ao do outro lado do bicheiro Carlinhos Carlinhos em parceria com o PSDB, com seus Marconi Perillo, Alvaro Dias, Franscischini, José Serra, Paulo Preto, Aécio Neves, etc.
CELG explicaria medidas desesperadas de Gilmar Mendes
(continuação da nota "Veja vestiu guardanapos na cabeça de Cachoeira, Demóstenes e Gilmar em Berlim")
Sexto ato:
A matéria da revista Veja onde Gilmar Mendes tenta se passar por vítima de Lula na CPI do Cachoeira, foi um tiro no pé, porque colocou em pauta a viagem a Berlim de Gilmar Mendes, Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira. Até então, o assunto era tratado apenas como boato, ainda. O próprio Gilmar conferiu veracidade na matéria da Veja.
Como dissemos, pode-se criticar Gilmar Mendes por tudo, mas de bobo ele não tem nada. Então o que levaria ele mesmo a agir com a Veja para ligar o holofote focalizando a viagem a Berlim? A lógica indica, que só seria razoável tomar esse rumo se fosse para desviar o foco de algo mais grave.
Pois as cronologia das datas nos traz pistas.
26 de abril
Ocorreu o encontro com Lula na escritório de Nelson Jobim, dia que Lula esteve em Brasília, almoçou no Alvorada com a Presidenta Dilma e velhos companheiros de longa data. À noite, Lula e Dilma assistiram a estréia do documentário “Pela Primeira Vez”, de Ricardo Stuckert, sobre os últimos momentos do governo Lula e a posse da presidenta Dilma Rousseff.
À noite Gilmar Mendes estava no julgamento da constitucionalidade das cotas raciais nas universidades.
No próprio dia 26, cedo, já aparecia a notícia da deputada federal Iris de Araújo (PMDB-GO) apresentar requerimento na CPI do Cachoeira, para o Ministério da Fazenda investigar a existência de contas bancárias do governador Marconi Perillo (PSDB-GO) no exterior. Essas suspeitas envolvem supostos desvios de dinheiro na CELG (companhia estadual de eletricidade).
Por outro lado, já havia vazado os relatórios da Operação Monte Carlo, onde constava o telefonema onde o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) comemorava com Cachoeira, o fato de Gilmar Mendes ter puxado um processo da CELG para o STF. Demóstenes avaliava que Gilmar conseguiria tirar das costas da CELG, 2 a 3 bilhões de dívidas.
28 de abril
O Estadão publicava matéria sobre o diálogo acima, com um texto que colocava Gilmar Mendes sob suspeita de ter favorecido aos interesses de Carlos Cachoeira, através da influência de Demóstenes Torres (ex-DEM-GO).
A reportagem do Estadão teve duas versões.
A primeira foi ao ar no portal da internet com um texto maior, com o título "Demóstenes ‘trabalhou’ com Gilmar Mendes para levar ao STF ação da Celg, diz PF", e encerrava dizendo: "O ‘Estado’ não conseguiu encontrar o senador e o ministro do STF para comentarem a gravação".
A segunda versão, apagou a primeira, encurtou o texto e aliviou para Gilmar Mendes, a começar pelo título "Demóstenes tratou de processo da Celg no STF, segundo PF". A íntegra do texto da versão censurada e da substituída pode ser lida aqui.
Se a reportagem foi publicada em 28 de abril, é possível que no dia 26, Gilmar Mendes já soubesse, pelos rumores, e tentativas de "ouvir o outro lado".
29 de abril
O "site" Direito Positivo, levantava a possibilidade de Gilmar Mendes ter que responder processo por crime de responsabilidade:
10 de maio
Gilmar Mendes concedeu entrevista às redes de TV, onde foi perguntado sobre os rumores da convocação do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, à CPI.
Gilmar repetiu o bordão de gritar a palavra mágica "mensalão" para desviar do assunto Cachoeira:
“Eu tenho a impressão de que esta havendo um certo exagero, uma certa precipitação, talvez tenha razão o procurador-geral, que estamos prestes de iniciar o julgamento desse caso do mensalão e que haja talvez o propósito de desacreditá-lo, de deslegitimá-lo, não é?”, disse, e foi ao ar no Jornal Nacional (confira aqui)
Ora, então fica claro que se ele tivesse recebido "pressão" de Lula em troca de "proteção na CPI", ele teria que ter mencionado ali mesmo, naquela entrevista do dia 10.
Será que ainda não tinha, digamos, alinhavado o enredo a ser contado pela revista Veja?
Aliás, se ele achasse que houvesse motivo para "denunciar" Lula, como tentou fazer na Veja, por quê esperar um mês? Por que não no mesmo dia, no dia seguinte ou na semana seguinte?
Agora a CPI está obrigada a investigar o caso CELG:
Gilmar Mendes se expôs de forma que, racionalmente, ninguém se exporia, pois pulou dentro do caldeirão onde já fritam Demóstenes Torres, Carlinhos Cachoeira e a revista Veja.
Só medidas desesperadas explicam esse comportamento.
A CPI, agora, vê-se obrigada a investigar o caso CELG, além do que está por trás das viagens de Carlinhos Cachoeira, Demóstenes Torres e Gilmar Mendes a Berlim.
Também é hora de aprovar o requerimento da deputada Iris Araújo (PMDB), para rastrear contas no exterior.
Aguardemos o próximo capítulo.
Sexto ato:
A matéria da revista Veja onde Gilmar Mendes tenta se passar por vítima de Lula na CPI do Cachoeira, foi um tiro no pé, porque colocou em pauta a viagem a Berlim de Gilmar Mendes, Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira. Até então, o assunto era tratado apenas como boato, ainda. O próprio Gilmar conferiu veracidade na matéria da Veja.
Como dissemos, pode-se criticar Gilmar Mendes por tudo, mas de bobo ele não tem nada. Então o que levaria ele mesmo a agir com a Veja para ligar o holofote focalizando a viagem a Berlim? A lógica indica, que só seria razoável tomar esse rumo se fosse para desviar o foco de algo mais grave.
Pois as cronologia das datas nos traz pistas.
26 de abril
Ocorreu o encontro com Lula na escritório de Nelson Jobim, dia que Lula esteve em Brasília, almoçou no Alvorada com a Presidenta Dilma e velhos companheiros de longa data. À noite, Lula e Dilma assistiram a estréia do documentário “Pela Primeira Vez”, de Ricardo Stuckert, sobre os últimos momentos do governo Lula e a posse da presidenta Dilma Rousseff.
À noite Gilmar Mendes estava no julgamento da constitucionalidade das cotas raciais nas universidades.
No próprio dia 26, cedo, já aparecia a notícia da deputada federal Iris de Araújo (PMDB-GO) apresentar requerimento na CPI do Cachoeira, para o Ministério da Fazenda investigar a existência de contas bancárias do governador Marconi Perillo (PSDB-GO) no exterior. Essas suspeitas envolvem supostos desvios de dinheiro na CELG (companhia estadual de eletricidade).
Por outro lado, já havia vazado os relatórios da Operação Monte Carlo, onde constava o telefonema onde o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) comemorava com Cachoeira, o fato de Gilmar Mendes ter puxado um processo da CELG para o STF. Demóstenes avaliava que Gilmar conseguiria tirar das costas da CELG, 2 a 3 bilhões de dívidas.
28 de abril
O Estadão publicava matéria sobre o diálogo acima, com um texto que colocava Gilmar Mendes sob suspeita de ter favorecido aos interesses de Carlos Cachoeira, através da influência de Demóstenes Torres (ex-DEM-GO).
A reportagem do Estadão teve duas versões.
A primeira foi ao ar no portal da internet com um texto maior, com o título "Demóstenes ‘trabalhou’ com Gilmar Mendes para levar ao STF ação da Celg, diz PF", e encerrava dizendo: "O ‘Estado’ não conseguiu encontrar o senador e o ministro do STF para comentarem a gravação".
A segunda versão, apagou a primeira, encurtou o texto e aliviou para Gilmar Mendes, a começar pelo título "Demóstenes tratou de processo da Celg no STF, segundo PF". A íntegra do texto da versão censurada e da substituída pode ser lida aqui.
Se a reportagem foi publicada em 28 de abril, é possível que no dia 26, Gilmar Mendes já soubesse, pelos rumores, e tentativas de "ouvir o outro lado".
29 de abril
O "site" Direito Positivo, levantava a possibilidade de Gilmar Mendes ter que responder processo por crime de responsabilidade:
Na hipótese das notícias que ligam o Senador Demóstene com o Ministro Gilmar Mendes serem confirmadas durante a CPMI, o Ministro poderá ser julgado pelo Senado Federal pela prática em tese de conduta prevista na lei 1079/50 combinada com a Constituição Federal no Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal (...).
10 de maio
Gilmar Mendes concedeu entrevista às redes de TV, onde foi perguntado sobre os rumores da convocação do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, à CPI.
Gilmar repetiu o bordão de gritar a palavra mágica "mensalão" para desviar do assunto Cachoeira:
“Eu tenho a impressão de que esta havendo um certo exagero, uma certa precipitação, talvez tenha razão o procurador-geral, que estamos prestes de iniciar o julgamento desse caso do mensalão e que haja talvez o propósito de desacreditá-lo, de deslegitimá-lo, não é?”, disse, e foi ao ar no Jornal Nacional (confira aqui)
Ora, então fica claro que se ele tivesse recebido "pressão" de Lula em troca de "proteção na CPI", ele teria que ter mencionado ali mesmo, naquela entrevista do dia 10.
Será que ainda não tinha, digamos, alinhavado o enredo a ser contado pela revista Veja?
Aliás, se ele achasse que houvesse motivo para "denunciar" Lula, como tentou fazer na Veja, por quê esperar um mês? Por que não no mesmo dia, no dia seguinte ou na semana seguinte?
Agora a CPI está obrigada a investigar o caso CELG:
Gilmar Mendes se expôs de forma que, racionalmente, ninguém se exporia, pois pulou dentro do caldeirão onde já fritam Demóstenes Torres, Carlinhos Cachoeira e a revista Veja.
Só medidas desesperadas explicam esse comportamento.
A CPI, agora, vê-se obrigada a investigar o caso CELG, além do que está por trás das viagens de Carlinhos Cachoeira, Demóstenes Torres e Gilmar Mendes a Berlim.
Também é hora de aprovar o requerimento da deputada Iris Araújo (PMDB), para rastrear contas no exterior.
Aguardemos o próximo capítulo.
Veja amarrou guardanapos na cabeça de Cachoeira, Demóstenes e Gilmar em Berlim
Tem gente que veste carapuças, mas o que está na moda, em tempos de Cachoeira, é vestir guardanapos na cabeça (*).
Pois a revista Veja os vestiu (simbolicamente) na cabeça de Gilmar Mendes, em Berlim, em uma operação desastrada.
A Veja fez uma matéria que mais parece uma ópera bufã, onde tenta transformar o lobo-mau em vovozinha, e o chapeuzinho vermelho em lobo-mau.
Mas como até da reciclagem do lixo, se extrai matéria prima, dá para tirar boas hipóteses da matéria.
Primeiro ato:
O ministro Gilmar Mendes, parece querer se antecipar a "explicar", do seu modo, alguma coisa nada boa para o lado dele, que estaria para aparecer na CPI do Cachoeira.
Mas ele não pode simplesmente dizer "não fui eu", como o joãozinho da piada na escola, negando imediatamente após soltar um "pum", antes mesmo que os outros sintam o cheiro.
Segundo ato:
Então vem a calhar colocar o nome do presidente Lula no meio da estória, para embolar, e para tentar dizer "não fui eu", como se estivesse respondendo à uma hipotética acusação de "foi você".
Afinal o que explica um ministro do STF dar explicações de que pagou suas contas de uma viagem a Berlim, se ninguém ainda está perguntando isso?
O portal 247 afirma: "Gilmar Mendes fez uma viagem recente a Berlim, onde se encontrou com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM/GO). Carlos Cachoeira também foi à capital alemã, na mesma data, mas não se sabe se houve encontros dele com o senador e o ministro do STF".
Terceiro ato:
Em parceria com a revista Veja, cria-se a narrativa bufã, onde Gilmar torna-se vítima, a prima-dona pura e donzela da ópera, e Lula o vilão da CPI malvada.
Talvez, com isso, a revista Veja pense em melar a CPI "malvada", tirando-a de seus calcanhares, assim como evitando ir adiante o suposto aparecimento de algo, digamos, constrangedor, para Gilmar Mendes.
Quarto ato:
O problema é que a estória criada pela Veja é muito ruim de acreditar e foi muito mal contada. Além de inacreditável, havia testemunha que desmentiu (Nelson Jobim).
Mas serviu para acender os holofotes na viagem à Berlim de Demóstenes Torres, Gilmar Mendes e, supostamente, Carlos Cachoeira, na mesma "bat-hora", no mesmo "bat-local".
É como se a Veja colocasse os guardanapos na cabeça dos três, em Berlim.
Quinto ato:
O problema é que, pode-se criticar Gilmar Mendes por tudo, mas de bobo ele não tem nada. Então o que levaria ele mesmo a agir com a Veja para ligar o holofote focalizando a viagem a Berlim? A lógica indica, que só seria razoável tomar esse rumo se fosse para desviar o foco de algo mais grave.
E para piorar, não há momento pior para expor-se dessa forma atabalhoada, justamente na revista que manteve uma longa parceria com Cachoeira, em pleno escândalo com o bicheiro.
Sexto ato...
Bem... os próximos atos estão por vir. Aguardemos os próximos capítulos.
(*) em alusão às fotos constrangedoras de Sérgio Cabral espalhadas por Garotinho.
Para quem não está por dentro do Caso:
Pois a revista Veja os vestiu (simbolicamente) na cabeça de Gilmar Mendes, em Berlim, em uma operação desastrada.
A Veja fez uma matéria que mais parece uma ópera bufã, onde tenta transformar o lobo-mau em vovozinha, e o chapeuzinho vermelho em lobo-mau.
Mas como até da reciclagem do lixo, se extrai matéria prima, dá para tirar boas hipóteses da matéria.
Primeiro ato:
O ministro Gilmar Mendes, parece querer se antecipar a "explicar", do seu modo, alguma coisa nada boa para o lado dele, que estaria para aparecer na CPI do Cachoeira.
Mas ele não pode simplesmente dizer "não fui eu", como o joãozinho da piada na escola, negando imediatamente após soltar um "pum", antes mesmo que os outros sintam o cheiro.
Segundo ato:
Então vem a calhar colocar o nome do presidente Lula no meio da estória, para embolar, e para tentar dizer "não fui eu", como se estivesse respondendo à uma hipotética acusação de "foi você".
Afinal o que explica um ministro do STF dar explicações de que pagou suas contas de uma viagem a Berlim, se ninguém ainda está perguntando isso?
O portal 247 afirma: "Gilmar Mendes fez uma viagem recente a Berlim, onde se encontrou com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM/GO). Carlos Cachoeira também foi à capital alemã, na mesma data, mas não se sabe se houve encontros dele com o senador e o ministro do STF".
Terceiro ato:
Em parceria com a revista Veja, cria-se a narrativa bufã, onde Gilmar torna-se vítima, a prima-dona pura e donzela da ópera, e Lula o vilão da CPI malvada.
Talvez, com isso, a revista Veja pense em melar a CPI "malvada", tirando-a de seus calcanhares, assim como evitando ir adiante o suposto aparecimento de algo, digamos, constrangedor, para Gilmar Mendes.
Quarto ato:
O problema é que a estória criada pela Veja é muito ruim de acreditar e foi muito mal contada. Além de inacreditável, havia testemunha que desmentiu (Nelson Jobim).
Mas serviu para acender os holofotes na viagem à Berlim de Demóstenes Torres, Gilmar Mendes e, supostamente, Carlos Cachoeira, na mesma "bat-hora", no mesmo "bat-local".
É como se a Veja colocasse os guardanapos na cabeça dos três, em Berlim.
Quinto ato:
O problema é que, pode-se criticar Gilmar Mendes por tudo, mas de bobo ele não tem nada. Então o que levaria ele mesmo a agir com a Veja para ligar o holofote focalizando a viagem a Berlim? A lógica indica, que só seria razoável tomar esse rumo se fosse para desviar o foco de algo mais grave.
E para piorar, não há momento pior para expor-se dessa forma atabalhoada, justamente na revista que manteve uma longa parceria com Cachoeira, em pleno escândalo com o bicheiro.
Sexto ato...
Bem... os próximos atos estão por vir. Aguardemos os próximos capítulos.
(*) em alusão às fotos constrangedoras de Sérgio Cabral espalhadas por Garotinho.
Para quem não está por dentro do Caso:
Nelson Jobim desmente a parceria Veja-Gilmar Mendes
Hoje a revista Veja inventou uma estória, supostamente contada por
Gilmar Mendes. Para a revista seria a palavra de Gilmar contra a palavra
de Lula. Mas tinha uma testemunha, que desmentiu a revista e Gilmar
Mendes, o ex-ministro e também ex-presidente do STF, Nélson Jobim.
Note-se que Jobim não é petista, muito pelo contrário. Filiado ao PMDB, tem muita proximidade com o alto tucanato, sobretudo com FHC e Serra. Além disso, já apoiou Gilmar Mendes em outros episódios.
O desmentido também veio de um veículo insuspeito de ser "petista" ou "lulista", o Estadão, que, pelo menos, deu-se ao trabalho de fazer jornalismo, e ouvir e publicar, sem truques, o testemunho de quem presenciou.
Eis o que publicou o Estadão (grifos meus):
Jobim nega pressão de Lula sobre STF para adiar julgamento do mensalão
O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim negou hoje que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha pressionado o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a adiar o julgamento do mensalão, usando como moeda de troca a CPI do Cachoeira.
Reportagem da revista Veja publicada neste sábado relata um encontro de Lula com Gilmar no escritório de advocacia de Jobim, em Brasília, no qual o ex-presidente teria dito que o julgamento em 2012 é "inconveniente" e oferecido ao ministro proteção na CPI, de maioria governista. Gilmar tem relações estreitas com o senador Demóstenes Torres (sem partido, GO), acusado de envolvimento com a quadrilha do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
"O quê? De forma nenhuma, não se falou nada disso", reagiu Jobim, questionado pelo Estado. "O Lula fez uma visita para mim, o Gilmar estava lá. Não houve conversa sobre o mensalão", reiterou.
Segundo a revista, Gilmar confirmou o teor dos diálogos e se disse "perplexo" com as "insinuações" do ex-presidente. Lula teria perguntado a ele sobre uma viagem a Berlim, aludindo a boatos sobre um encontro do ministro do STF com Demóstenes da capital alemã, supostamente pago por Cachoeira.
Ele teria manifestado preocupação com o ministro Ricardo Lewandowski, que deve encerrar o voto revisor do mensalão em junho; e adiantado que acionaria o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência, Sepúlveda Pertence, ligado à ministra do STF Carmen Lúcia, para que ala apoiasse a estratégia de adiar o julgamento para 2013.
Jobim disse, sem entrar em detalhes, que na conversa foram tratadas apenas questões "genéricas", "institucionais". E que em nenhum momento Gilmar e o ex-presidente estiveram sozinhos ou falaram na cozinha do escritório, como relatou Veja. "Tomamos um café na minha sala. O tempo todo foi dentro da minha sala, o Lula saiu antes, durante todo o tempo nós ficamos juntos", assegurou.
Questionado se o ministro do STF mentiu sobre a conversa, Jobim respondeu: "Não poderia emitir juízo sobre o que o Gilmar fez ou deixou de fazer".
Procurado pelo Estado, Pertence negou ter sido acionado para que intercedesse junto a Carmen Lúcia: "Não fui procurado e não creio que o ex-presidente Lula pretendesse falar alguma coisa comigo a esse respeito".
-----------
Em tempo: Lula não atendeu a revista Veja e não deu a menor importância para o que publicou a revista (que era abastecida pelo bicheiro Cachoeira). Sua assessoria disse que nem comentaria.
Pouco antes das eleições de 2006, a revista Veja chegou ao cúmulo de publicar contas falsas no exterior atribuídas a Lula. Sem qualquer confirmação, nem mesmo da fonte do boato (Daniel Dantas), que desmentiu.
Note-se que Jobim não é petista, muito pelo contrário. Filiado ao PMDB, tem muita proximidade com o alto tucanato, sobretudo com FHC e Serra. Além disso, já apoiou Gilmar Mendes em outros episódios.
O desmentido também veio de um veículo insuspeito de ser "petista" ou "lulista", o Estadão, que, pelo menos, deu-se ao trabalho de fazer jornalismo, e ouvir e publicar, sem truques, o testemunho de quem presenciou.
Eis o que publicou o Estadão (grifos meus):
Jobim nega pressão de Lula sobre STF para adiar julgamento do mensalão
O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim negou hoje que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha pressionado o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a adiar o julgamento do mensalão, usando como moeda de troca a CPI do Cachoeira.
Reportagem da revista Veja publicada neste sábado relata um encontro de Lula com Gilmar no escritório de advocacia de Jobim, em Brasília, no qual o ex-presidente teria dito que o julgamento em 2012 é "inconveniente" e oferecido ao ministro proteção na CPI, de maioria governista. Gilmar tem relações estreitas com o senador Demóstenes Torres (sem partido, GO), acusado de envolvimento com a quadrilha do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
"O quê? De forma nenhuma, não se falou nada disso", reagiu Jobim, questionado pelo Estado. "O Lula fez uma visita para mim, o Gilmar estava lá. Não houve conversa sobre o mensalão", reiterou.
Segundo a revista, Gilmar confirmou o teor dos diálogos e se disse "perplexo" com as "insinuações" do ex-presidente. Lula teria perguntado a ele sobre uma viagem a Berlim, aludindo a boatos sobre um encontro do ministro do STF com Demóstenes da capital alemã, supostamente pago por Cachoeira.
Ele teria manifestado preocupação com o ministro Ricardo Lewandowski, que deve encerrar o voto revisor do mensalão em junho; e adiantado que acionaria o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência, Sepúlveda Pertence, ligado à ministra do STF Carmen Lúcia, para que ala apoiasse a estratégia de adiar o julgamento para 2013.
Jobim disse, sem entrar em detalhes, que na conversa foram tratadas apenas questões "genéricas", "institucionais". E que em nenhum momento Gilmar e o ex-presidente estiveram sozinhos ou falaram na cozinha do escritório, como relatou Veja. "Tomamos um café na minha sala. O tempo todo foi dentro da minha sala, o Lula saiu antes, durante todo o tempo nós ficamos juntos", assegurou.
Questionado se o ministro do STF mentiu sobre a conversa, Jobim respondeu: "Não poderia emitir juízo sobre o que o Gilmar fez ou deixou de fazer".
Procurado pelo Estado, Pertence negou ter sido acionado para que intercedesse junto a Carmen Lúcia: "Não fui procurado e não creio que o ex-presidente Lula pretendesse falar alguma coisa comigo a esse respeito".
-----------
Em tempo: Lula não atendeu a revista Veja e não deu a menor importância para o que publicou a revista (que era abastecida pelo bicheiro Cachoeira). Sua assessoria disse que nem comentaria.
Pouco antes das eleições de 2006, a revista Veja chegou ao cúmulo de publicar contas falsas no exterior atribuídas a Lula. Sem qualquer confirmação, nem mesmo da fonte do boato (Daniel Dantas), que desmentiu.
Código Florestal: PSDB tornou-se partido desmatador. Dilma vetou estragos.
Na votação do código florestal na Câmara, a bancada da motoserra
retalhou o projeto, e costurou todo tipo de emendas inaceitáveis, que
tirava dos donos de terras a responsabilidade social de conciliar a
produção com a preservação do meio ambiente.
Dilma vetou 12 dispositivos e fez 32 modificações. Os principais vetos visaram impedir anistia a desmatadores, obrigar a recompor reservas desmatadas e manter as reservas naturais dentro das propriedades, sem redução de área feita na Câmara.
O que causou estranheza foi um partido como o PSDB empunhar a motoserra com vigor para desmatar a versão do código florestal mais ecológica.
Dos 48 deputados tucanos que votaram, 26 votaram pelo desmatamento, e só 22 votaram pela preservação.
Significa que o partido se tornou majoritariamente composto por oligarquias rurais, com pensamento do velho coronelismo político retrógrado do século passado.
Para piorar, não se pode falar em "baixo-clero", já que a alta cúpula do partido na Câmara, votou pelo desmatamento:
- Sérgio Guerra (PE), o presidente do partido;
- Bruno Araújo (PE), líder da bancada;
- Duarte Nogueira (SP), ex-líder da bancada;
Três deputados da tropa de choque de Aécio Neves (metade da bancada do partido em Minas) também fizeram "uso da motoserra" no Código Florestal, impiedosamente.
A bancada ligada a Carlinhos Cachoeira, como Carlos Alberto Leréia e Leonardo Vilela, também votou pelo desmatamento.
Portanto, torna-se tão falsa como uma nota de R$ 3 reais, o discurso ecológico dos tucanos na hora de pedir o voto aos eleitores.
Nome aos bois:
Eis os 26 tucanos que votaram na versão desmatadora do código florestal, ordenado por estado:
AC - Marcio Bittar (PSDB)
AP - Luiz Carlos (PSDB)
CE - Raimundo Gomes de Matos (PSDB)
GO - Carlos Alberto Leréia (PSDB)
GO - João Campos (PSDB)
GO - Leonardo Vilela (PSDB)
MA - Carlos Brandão (PSDB)
MG - Bonifácio de Andrada (PSDB)
MG - Domingos Sávio (PSDB)
MG - Paulo Abi-Ackel (PSDB)
MS - Reinaldo Azambuja (PSDB)
MT - Nilson Leitão (PSDB)
PA - Dudimar Paxiúba (PSDB)
PA - Wandenkolk Gonçalves (PSDB)
PE - Bruno Araújo (PSDB)
PE - Sergio Guerra (PSDB)
PR - Alfredo Kaefer (PSDB)
PR - Fernando Francischini (PSDB)
PR - Luiz Nishimori (PSDB)
RN - Rogério Marinho (PSDB)
RR - Berinho Bantim (PSDB)
RS - Nelson Marchezan Junior (PSDB)
SC - Jorginho Mello (PSDB)
SC - Marco Tebaldi (PSDB)
SP - Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB)
SP - Duarte Nogueira (PSDB)
Para ver como votaram todos os deputados, de todos os partidos, consulte aqui.
Dilma vetou 12 dispositivos e fez 32 modificações. Os principais vetos visaram impedir anistia a desmatadores, obrigar a recompor reservas desmatadas e manter as reservas naturais dentro das propriedades, sem redução de área feita na Câmara.
O que causou estranheza foi um partido como o PSDB empunhar a motoserra com vigor para desmatar a versão do código florestal mais ecológica.
Dos 48 deputados tucanos que votaram, 26 votaram pelo desmatamento, e só 22 votaram pela preservação.
Significa que o partido se tornou majoritariamente composto por oligarquias rurais, com pensamento do velho coronelismo político retrógrado do século passado.
Para piorar, não se pode falar em "baixo-clero", já que a alta cúpula do partido na Câmara, votou pelo desmatamento:
- Sérgio Guerra (PE), o presidente do partido;
- Bruno Araújo (PE), líder da bancada;
- Duarte Nogueira (SP), ex-líder da bancada;
Três deputados da tropa de choque de Aécio Neves (metade da bancada do partido em Minas) também fizeram "uso da motoserra" no Código Florestal, impiedosamente.
A bancada ligada a Carlinhos Cachoeira, como Carlos Alberto Leréia e Leonardo Vilela, também votou pelo desmatamento.
Portanto, torna-se tão falsa como uma nota de R$ 3 reais, o discurso ecológico dos tucanos na hora de pedir o voto aos eleitores.
Nome aos bois:
Eis os 26 tucanos que votaram na versão desmatadora do código florestal, ordenado por estado:
AC - Marcio Bittar (PSDB)
AP - Luiz Carlos (PSDB)
CE - Raimundo Gomes de Matos (PSDB)
GO - Carlos Alberto Leréia (PSDB)
GO - João Campos (PSDB)
GO - Leonardo Vilela (PSDB)
MA - Carlos Brandão (PSDB)
MG - Bonifácio de Andrada (PSDB)
MG - Domingos Sávio (PSDB)
MG - Paulo Abi-Ackel (PSDB)
MS - Reinaldo Azambuja (PSDB)
MT - Nilson Leitão (PSDB)
PA - Dudimar Paxiúba (PSDB)
PA - Wandenkolk Gonçalves (PSDB)
PE - Bruno Araújo (PSDB)
PE - Sergio Guerra (PSDB)
PR - Alfredo Kaefer (PSDB)
PR - Fernando Francischini (PSDB)
PR - Luiz Nishimori (PSDB)
RN - Rogério Marinho (PSDB)
RR - Berinho Bantim (PSDB)
RS - Nelson Marchezan Junior (PSDB)
SC - Jorginho Mello (PSDB)
SC - Marco Tebaldi (PSDB)
SP - Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB)
SP - Duarte Nogueira (PSDB)
Para ver como votaram todos os deputados, de todos os partidos, consulte aqui.
Para quem perdeu, o discurso de Lula na Câmara de SP
Na segunda-feira, o presidente Lula recebeu o título de Cidadão Paulistano e a Medalha Anchieta em sessão solene no plenário 1° de Maio da Câmara Municipal de São Paulo.
Lula fez um discurso daqueles, onde ele bate um bolão, mostrando que sua voz, aos poucos, está recuperando a velha e boa forma. Além disso, esbanjou bom humor.
Veja é alvejada de novo pela artilharia de Collor
Em mais um duro pronunciamento na sexta-feira (25), contra o
Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel (leia a nota abaixo), o
senador Collor (PTB-AL) abriu fogo mais uma vez conta a revista Veja.
O seandor falou que cada vez mais o rumo da CPI aponta para a revista Veja. Voltou a pedir a convocação do jornalista Policarpo Júnior, chefe da sucursal da revista em Brasília, e do dono, Roberto Civita.
Ele afirmou também, ter indícios de que os repórteres da revista Veja, Gustavo Ribeiro e Rodrigo Rangel, teriam obtido dos Procuradores Federais, encarregados das operações Vegas e Monte Carlo, o vazamento do inquérito sob segredo de justiça. Segundo Collor, os procuradores teriam vazado a pedido de Roberto Gurgel.
Detalhe: cabe lembrar que, se for verdade, a revista Veja quase nada publicou do que teve acesso (apenas seguiu, em parte, o que os outros veículos da "grande" imprensa publicaram primeiro). Mas a revista deu mostras de que teve acesso ao vazamento do inquérito, quando tentou se defender, publicando trechos editados do diálogo onde Cachoeira falava como o araponga Jairo Martins sobre "Policarpo ser f...".
Esse trecho do pronunciamento de Collor está no final da segunda parte do vídeo disponível no site da TV Senado (aqui)
O seandor falou que cada vez mais o rumo da CPI aponta para a revista Veja. Voltou a pedir a convocação do jornalista Policarpo Júnior, chefe da sucursal da revista em Brasília, e do dono, Roberto Civita.
Ele afirmou também, ter indícios de que os repórteres da revista Veja, Gustavo Ribeiro e Rodrigo Rangel, teriam obtido dos Procuradores Federais, encarregados das operações Vegas e Monte Carlo, o vazamento do inquérito sob segredo de justiça. Segundo Collor, os procuradores teriam vazado a pedido de Roberto Gurgel.
Detalhe: cabe lembrar que, se for verdade, a revista Veja quase nada publicou do que teve acesso (apenas seguiu, em parte, o que os outros veículos da "grande" imprensa publicaram primeiro). Mas a revista deu mostras de que teve acesso ao vazamento do inquérito, quando tentou se defender, publicando trechos editados do diálogo onde Cachoeira falava como o araponga Jairo Martins sobre "Policarpo ser f...".
Esse trecho do pronunciamento de Collor está no final da segunda parte do vídeo disponível no site da TV Senado (aqui)
O MPF podia passar sem essa: Collor condena Gurgel
Na sexta-feira (25), o senador Fernando Collor (PTB-AL) afirmou, em
pronunciamento no Senado, que a resposta enviada pelo procurador-geral
da República, Roberto Gurgel, à CPI do Cachoeira comprova, de maneira
"cabal", crime de prevaricação:
- O fato é que o senhor Roberto Gurgel nada sobrestou; ao contrário, omitiu-se ou prevaricou, falhou com a verdade, ao afirmar a necessidade de se retomarem as interceptações telefônicas e outras diligências (...) No engavetamento da Operação Vegas, sem as formalidades legais, ou seja, com despacho de arquivamento, o procurador agiu de forma criminosa, já que um membro do Ministério Público que atua em qualquer entrância ou instância tem de agir nos estritos limites da legalidade - disse.
- O fato é que o senhor Roberto Gurgel nada sobrestou; ao contrário, omitiu-se ou prevaricou, falhou com a verdade, ao afirmar a necessidade de se retomarem as interceptações telefônicas e outras diligências (...) No engavetamento da Operação Vegas, sem as formalidades legais, ou seja, com despacho de arquivamento, o procurador agiu de forma criminosa, já que um membro do Ministério Público que atua em qualquer entrância ou instância tem de agir nos estritos limites da legalidade - disse.
Collor considerou "a resposta do Procurador-Geral à CPMI invocando a
ação controlada para tentar justificar seu ato, um acinte ao Congresso
Nacional", pois estaria chamando os parlamentares de "ignorantes",
uma vez que a lei citada por Gurgel (nº 9034/95) traz requisitos
indispensáveis à ação controlada:
LEI Nº 9.034, DE 3 DE MAIO DE 1995.Art. 2o (...)
II - a ação controlada, que consiste em retardar a interdição policial do que se supõe ação praticada por organizações criminosas ou a ela vinculado, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz do ponto de vista da formação de provas e fornecimento de informações;
O senador disse que "no caso, ele [Gurgel] não manteve, nem mandou manter nada sob observação e acompanhamento".
Para Collor, "graças a esta omissão, esta organização criminosa pode atuar livre e destemidamente por 18 meses, sem ser perturbada".
A íntegra do pronunciamento está em vídeo no site da TV Senado, em duas partes:
A íntegra do pronunciamento está em vídeo no site da TV Senado, em duas partes:
- parte 1
- parte 2
Sem habeas-corpus de Cachoeira, denuncismo continua sumido da Veja
Desde que o bicheiro Carlinhos Cachoeira foi preso, em 29 de fevereiro, já se vão 13 capas da revista Veja sem denuncismo.
Parece que secou a fonte alimentada pela parceria Veja-Cachoeira.
E não adianta querer usar a capa "Nas águas do Cachoeira" como se fosse denuncista, porque não foi. Quando foi publicada, já era notícia velha. Não tinha nenhuma denúncia, só registro do que já havia sido noticiado nas redes sociais da internet e mesmo em outros órgãos da velha imprensa com menos vínculos de lealdade ao bicheiro. Tampouco foi denuncista a capa da cortina de fumaça com o chamado "mensalão", cuja função era desviar as atenções da CPI, o que, aliás, não funcionou.
Mais cedo ou mais tarde, a CPI acabará por convocar os envolvidos da Veja para depor sobre a parceria com Cachoeira.
Parece que secou a fonte alimentada pela parceria Veja-Cachoeira.
E não adianta querer usar a capa "Nas águas do Cachoeira" como se fosse denuncista, porque não foi. Quando foi publicada, já era notícia velha. Não tinha nenhuma denúncia, só registro do que já havia sido noticiado nas redes sociais da internet e mesmo em outros órgãos da velha imprensa com menos vínculos de lealdade ao bicheiro. Tampouco foi denuncista a capa da cortina de fumaça com o chamado "mensalão", cuja função era desviar as atenções da CPI, o que, aliás, não funcionou.
Mais cedo ou mais tarde, a CPI acabará por convocar os envolvidos da Veja para depor sobre a parceria com Cachoeira.
Lula dá seu recado para os blogueiros 'sujos'
“O trabalho de vocês é muito importante. A Internet é um meio fundamental para garantir a liberdade de expressão, a diversidade de opinião e a construção da cidadania e participação na vida política do país
(...)
A comunicação não pode estar concentrada na mão de tão poucas pessoas e em tão poucos lugares. Temos que ouvir as diversas opiniões do norte, do nordeste, da mulher, do negro, de todos os grupos. Vamos lutar juntos por um país mais justo e democrático também na área da comunicação”.
Participaram da abertura do encontro, na sexta-feira, o presidente
da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), Nelson Breve, o presidente do
IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Márcio Porchmann, além
de outras autoridades, parlamentares e lideranças sindicais.
Bingo! Caminho do dinheiro do 'Deltaduto' já leva a Perillo, Demóstenes e Sandes Júnior
Ela recebeu mais de R$ 26 milhões da Delta Contruções, e o grosso do dinheiro foi para 29 empresas e pessoas.
O contador de Cachoeira, Geovani Pereira da Silva (que está foragido), recebeu o maior valor em sua conta: R$ 7.482.000.
No cruzamento de dados com as doações de campanha registradas no TSE, há fortes evidências de triangulação do dinheiro.
A Delta pagou à empresa "Alberto e Pantoja", que pagou à Midway Internacional Lab R$ 150 mil, que fez duas doações de R$ 150 para a campanha do deputado federal Sandes Junior (PP-GO).
O Auto Posto T 10 de Goiânia recebeu R$ 98.720,00 da mesma conta da Alberto e Pantoja, e doou R$ 32.620,82 para a campanha ao senado do DEM (Demóstenes Torres).
A Rio Vermelho Distribuidora Ltda recebeu R$ 60 mil da Alberto & Pantoja. Aparentemente é parte dos R$ 450 mil doados para a campanha de Marconi Perillo (PSDB), e de R$ 30 mil doados para a campanha para deputada federal da vereadora de Anápolis Miriam Garcia Sampaio Pimenta (PSDB).
Isso foi no caixa-1, na prestação de contas oficial das campanhas. Há outras suspeitas as mais diversas a serem apuradas.
A presença destes políticos na rota do dinheiro já era previsível. Surpresa é o que faz na lista de pagamentos de uma empresa tida como fantasma e ligada ao esquema de Cachoeira, o escritório Morais Castilho e Brindeiro, do ex-procurador geral da República no governo FHC, Geraldo Brindeiro.
Isso é apenas uma pequena amostra do que vem por aí. Mas já explica o desespero dos tucanos quando tentaram pautar a CPI para não seguir esse caminho do dinheiro sujo, e desviar a atenção para outras bandas, antes da hora. É coisa de "171" para afastar as investigações da "cena do crime". (Com informações da Coluna Esplanada)
A presença destes políticos na rota do dinheiro já era previsível. Surpresa é o que faz na lista de pagamentos de uma empresa tida como fantasma e ligada ao esquema de Cachoeira, o escritório Morais Castilho e Brindeiro, do ex-procurador geral da República no governo FHC, Geraldo Brindeiro.
Isso é apenas uma pequena amostra do que vem por aí. Mas já explica o desespero dos tucanos quando tentaram pautar a CPI para não seguir esse caminho do dinheiro sujo, e desviar a atenção para outras bandas, antes da hora. É coisa de "171" para afastar as investigações da "cena do crime". (Com informações da Coluna Esplanada)
STJ: Acusados no mensalão ficam livres de ação por improbidade
"Acusados no escândalo do mensalão ficam livres de ação por improbidade
José Dirceu, Delúbio Soares,
José Genoino, Sílvio Pereira, Marcos Valério de Souza, Anderson Adauto
Pereira e outras nove pessoas acusadas de envolvimento no chamado
“escândalo do mensalão” ficaram livres de responder a uma ação civil
pública por improbidade administrativa."
O ministro Humberto Martins, do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou recurso do Ministério Público
Federal (MPF) contra decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região
(TRF1).
Em primeiro grau, a Justiça
Federal rejeitou a ação de improbidade administrativa contra 15 pessoas.
No caso de José Dirceu e Anderson Adauto, a ação foi recusada por
atipicidade das condutas atribuídas a eles.
Quanto aos demais, o juiz
entendeu que eles já respondem a outras quatro ações que tratam da mesma
conduta tipificada como ímproba. Para o magistrado, o MPF estava
tentando pulverizar ações de improbidade idênticas, “não devendo uma
pessoa responder pela mesma conduta em cinco processos distintos”.
O TRF1 rejeitou a apelação do
MPF contra a decisão de primeiro grau por razões processuais, pois foi
apresentado o recurso errado. O acórdão destaca que, de acordo com a
jurisprudência, o recurso cabível de decisão que extingue o processo,
sem exame de mérito, com relação apenas a alguns acusados é o agravo de
instrumento.
Ao analisar o recurso especial, o
ministro Humberto Martins ratificou o entendimento do TRF1, que segue
sedimentada jurisprudência do STJ. Ele afirmou que o caso trata de
decisão interlocutória recorrível por meio de agravo, “caracterizando
erro grosseiro a interposição de apelação”. Dessa forma, o ministro, em
decisão individual, não conheceu do recurso. Do STJ
Carta Capital mostra parceria Cachoeira-revista Época (da Globo)
A revista CartaCapital
mostra como o sargento Dadá, considerado braço direito de Cachoeira,
negociou com o diretor da sucursal da revista Época em Brasília, Eumano
Silva, a publicação de informações contra a empresa Warre Engenharia,
uma concorrente da empreiteira Delta em Goiás.
A versão impressa da revista também mostra a interlocução entre o
vice-presidente Michel Temer e a cúpula das Organizações Globo, em torno
da CPI do Cachoeira.
Nesta semana, o advogado de Dadá informou à CPI do Cachoeira que o trabalho do araponga era “abastecer veículos de comunicação”, e que “é notório que o interesse de Cachoeira era usar essas informações no mundo dos negócios”.
A negociação entre Dadá e o jornalista da Época foi flagrada em
interceptações telefônicas da Polícia Federal. CartaCapital teve acesso a
cinco ligações telefônicas entre os dois.
Procurada, a direção da revista Época disse não saber que os emissários integravam a quadrilha de Cachoeira. A PF interceptou também conversas do grupo com o repórter Eduardo Faustini, da TV Globo, para uma reportagem sobre compra de votos para prefeito numa cidade do interior. A reportagem não foi ao ar, segundo Faustini.
Confira as gravações abaixo:
1ª ) Eumano Silva diz para Dadá “muito boa, aquela história”, se referindo às informações sobre a Warre Engenharia, do empresário Paulo Daher, que atropelou os interesses da Delta, em Goiânia (GO). Silva adianta, naquele dia, que o Jornal Nacional vai falar dos grampos da Operação Voucher, no Ministério do Turismo. Ele estava com medo de a história da Warre, passada com exclusividade para a Época, vazasse no telejornal da TV Globo, o que não ocorreu:
2ª) Eumano Silva fala com Dadá sobre o que saiu no Jornal Nacional, comenta do grampo de Frederico da Silva Costa, ex-secretário-executivo do Ministério do Turismo e comemora que não “apareceu o nosso assunto”, justamente a parte da Warre. “Tamo (sic) indo bem, até agora não se falou naquela firma (Warre)”. Aí, Dadá especula que “devem falar depois que vocês (revista Época) fizerem (a matéria)”. Silva diz que já foi tudo mapeado da Warre, e que foi tudo “encaminhado”. E se despede de Dadá: “Tamo (sic) junto, amigão. O que tiver aí a gente chuta para você”:
3ª) Dadá diz a Eumano Silva que “aquele povo lá”, referindo-se à Warre, construiu um aeroporto subfaturado (?) no Ceará. Mais um esforço de Dadá para plantar novas informações contra a Warre em favor da Delta:
4ª) Eumano Silva avisa a Dadá que um post no Twitter do jornalista Ronaldo Brasiliense avisava da possibilidade de a Delta aparecer no escândalo do Ministério do Turismo. Isso demonstra que ele sabia do interesse do araponga em proteger a Delta. Esse é o único áudio em que Silva liga para Dadá, e não o contrário:
5ª) Dadá parece estar com a matéria da Época contra a Warre na mão e
comenta que “o nosso contato”, provavelmente Cláudio Abreu, da Delta,
disse que eles (a matéria é assinada por quatro repórteres) “foram na
ferida certinha”. Silva, contudo, se ressente por conta da falta de
repercussão da matéria da Época, porque naquele mesmo fim de semana a
revistaVeja tinha publicado uma reportagem de capa contra o ex-ministro
da Agricultura Wagner Rossi:
6ª) Dadá fala que vai encontrar “com a pessoa” mais tarde, provavelmente, Cláudio Abreu, da Delta:
6ª) Dadá fala que vai encontrar “com a pessoa” mais tarde, provavelmente, Cláudio Abreu, da Delta:
Diálogos apontam esquema Cachoeira abastecendo TV Globo
No dia 10/08/2011 às 19:39hs, o araponga Dadá, do esquema Cachoeira,
teve um telefonema interceptado pela Polícia Federal, durante as
investigações da Operação Monte Carlo.
Do outro lado da linha, uma pessoa identificada como "Doni" no relatório, agradecia uma informação passada por Dadá, e confirmava que o "Jornal Nacional" iria falar sobre o grampo:
Cerca de 15 minutos depois, Dadá ligou para o ex-diretor da Delta Construções, Cláudio Abreu, dizendo que "o grampo" iria sair na Globo.
Logo mais, naquela noite, entrava no ar a edição do Jornal Nacional, mostrando o grampo:
Após o fim do telejornal, Dadá liga novamente para Doni às 21:56hs, e comentam sobre o diálogo acima:
Como no relatório só tem o resumo dos diálogos, falta a transcrição completa para elucidar mais detalhes. Mas já tem informação suficiente para indicar que o esquema Cachoeira, através do araponga Dadá, abasteceu o Jornal Nacional com grampos sigilosos da Polícia Federal.
Uma das funções de Dadá, dentro do esquema Cachoeira, era obter informações sobre operações policiais, segundo o inquérito.
Quem é Doni?
Não há nenhum DONI identificado na redação do Jornal Nacional, mas talvez o diretor de jornalismo no DF, Mariano BONI, pudesse ajudar a esclarecer quem é.
Do outro lado da linha, uma pessoa identificada como "Doni" no relatório, agradecia uma informação passada por Dadá, e confirmava que o "Jornal Nacional" iria falar sobre o grampo:
Cerca de 15 minutos depois, Dadá ligou para o ex-diretor da Delta Construções, Cláudio Abreu, dizendo que "o grampo" iria sair na Globo.
Logo mais, naquela noite, entrava no ar a edição do Jornal Nacional, mostrando o grampo:
http://goo.gl/ARvs3 |
Como no relatório só tem o resumo dos diálogos, falta a transcrição completa para elucidar mais detalhes. Mas já tem informação suficiente para indicar que o esquema Cachoeira, através do araponga Dadá, abasteceu o Jornal Nacional com grampos sigilosos da Polícia Federal.
Uma das funções de Dadá, dentro do esquema Cachoeira, era obter informações sobre operações policiais, segundo o inquérito.
Quem é Doni?
Não há nenhum DONI identificado na redação do Jornal Nacional, mas talvez o diretor de jornalismo no DF, Mariano BONI, pudesse ajudar a esclarecer quem é.
Nenhum comentário:
Postar um comentário