terça-feira, 17 de novembro de 2009

Ministério Público Federal investiga apagão do Rouboanel




Quem é que manda em São Paulo, hein?

Quem é que manda em São Paulo, hein? (Tiago Queiroz/AE)

Leia press-release do Ministério Público Federal sobre o desabamento do Robanel dos Tunganos, que não fica pronto nunca (e, para evitar que morra mais gente, é até melhor que não fique).

Veja, amigo navegante, que o Ministério Publico acusa Zé Pedágio de fazer contratos DEPOIS que o MPF tinha dito para não fazer.

E que Zé Pedágio mudou a obra sem consultar ninguém.

Viva a empreitaria nacional (de São Paulo).

Clique aqui para ler sobre quem manda de verdade em São Paulo.

Leia o press-release do MPF:

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO ESTADO DE S. PAULO

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

17/11/09 – Rodoanel – MPF cobra da Dersa explicações sobre acidente na

obra do trecho sul

MPF acompanha a aplicação de recursos federais na obra desde 2001 e já

conseguiu limitar gastos adicionais no Rodoanel

O Ministério Público Federal em São Paulo cobrou da Dersa, na tarde de

ontem, explicações sobre o acidente ocorrido no canteiro de obras de um

viaduto do lote 5 do trecho sul do Rodoanel, no entroncamento do anel

viário com a rodovia Régis Bittencourt. Vigas de concreto da obra se

desprenderam e atingiram veículos que passavam pela estrada, ferindo

três pessoas.

Um ofício foi entregue pelo procurador da República José Roberto

Pimenta Oliveira, pessoalmente, ao diretor de engenharia da Dersa, Paulo

Vieira de Souza, requisitando informações sobre o procedimento

administrativo instaurado pela companhia estadual para apurar

responsabilidades civil e administrativa sobre o acidente. O MPF deu dez

dias para que a companhia encaminhe os documentos a respeito do

acidente. O objetivo é acompanhar a investigação do empreendedor.

“O MPF exige esclarecimentos sobre as causas do acidente e a apuração

das responsabilidades pela ocorrência, uma vez que há verbas federais na

obra”, disse Oliveira, responsável pelo inquérito civil público 04/2001,

que apura a aplicação de recursos federais na construção do Rodoanel.

Foi no âmbito do inquérito 04/2001 que o Ministério Público Federal,

com o auxílio técnico da equipe do Tribunal de Contas da União, assinou,

em setembro deste ano, um Termo de Ajustamento de Conduta com os

consórcios e a Dersa para limitar em R$ 264 milhões os gastos extras

com as obras do anel viário. Em agosto, reportagens anunciavam que o

governo do Estado gastaria R$ 500 milhões extras com a obra. Ou seja,

com o TAC foi vetado o gasto adicional de mais R$ 200 milhões com a

obra.

O TAC foi celebrado quase dois meses depois de o Ministério Público

Federal em São Paulo recomendar à Dersa que não celebrasse novos

aditivos contratuais para pagamentos de serviços não previstos nos

contratos originais até que o Tribunal de Contas da União decidisse

sobre a legalidade dos atos praticados durante a implantação do trecho

sul.

Em relatório encaminhado ao MPF-SP, o TCU apontou indícios de

irregularidades na construção do trecho sul do Rodoanel, identificando,

entre outras questões, adiantamento de pagamento por serviços prestados,

mas não realizados, pelos cinco consórcios responsáveis pela implantação

do trecho sul.

O TCU também identificou “inúmeras alterações significativas do

projeto, sem prévia formalização de termo aditivo”, bem como a

execução de serviços adicionais não previstos nos contratos. Além

disso, o órgão apontou a necessidade de o empreendedor elaborar um

levantamento detalhado das alterações do projeto e dos serviços

complementares efetivamente realizados pelas empreiteiras.

Notícias relacionadas:

24/09/09 – Ajuste de conduta encerra discussão sobre termos aditivos no

trecho sul do Rodoanel

19/08/09 – MPF-SP e TCU se reúnem para discutir contratos das obras do

trecho sul do Rodoanel

Assessoria de Comunicação

Procuradoria da República no Estado de S. Paulo

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