sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

“Massa cheirosa” vaia PSDB

Fonte: Os Amigos do Presidente Lula  

Os partidários do secretário estadual de Cultura de São Paulo, Andrea Matarazzo, candidato do PSDB à prefeitura da capital paulista, vaiaram os outros três pré-candidatos do partido na abertura do terceiro debate das prévias tucanas, na noite de ontem, que ocorreu em um buffet na Zona Leste da cidade.

A situação constrangeu os adversários e a direção do partido, que tentava - sem sucesso - impedir as vaias e acalmar a plateia, que conversava, em vez de prestar atenção aos discursos.

O grupo, chegou a vaiar até o presidente municipal da sigla, Julio Semeghini, que é secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional do governo paulista. A maioria deles frequenta as Fábricas de Cultura, programa da secretaria controlada por Matarazzo que dá cursos gratuitos em regiões com alto "índice de vulnerabilidade juvenil", segundo levantamento do governo estadual.

Os partidários de Matarazzo, que esvaziaram o auditório logo no começo dos primeiros discursos, eram orientados a gritar ou fazer silêncio por jovens de cerca de 20 anos, que se identificavam como representantes da juventude do PSDB na Zona Leste. Eles foram ao debate em três ônibus fretados.

Matarazzo disse que não sabe quem os levou e que o evento era aberto ao público. Este não é o primeiro caso que envolve militantes de um dos pré-candidatos, embora a direção do partido os tenha orientado a deixar a "claque" de fora dos eventos. O secretário estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas, foi criticado, nos bastidores, por levar grupos de militantes para aplaudi-lo nos dois primeiros debates. Também concorrem nas prévias o deputado federal Ricardo Tripoli e o secretário estadual de Energia, José Aníbal.

Durante o debate, houve outra polêmica. O deputado estadual e presidente do PSDB de São Paulo, Pedro Tobias, reagiu aos ataques do ex-presidente da legenda na capital paulista, José Reis Lobo, e disse que o tucano não pode criticar a atual direção porque, supostamente, ele não trabalhava. "Ele foi secretário [estadual de Relações Institucionais] por quatro anos e chegava todos os dias às 18h, com o cabelo ainda molhado", acusou.

José Reis Lobo escreveu um artigo, publicado ontem no jornal "Folha de S. Paulo", em que criticou a realização de prévias e disse que o partido, construído "de cima para baixo", deveria deixar a cúpula escolher o candidato. "Não se pode correr o risco de perder de véspera simplesmente para cortejar as "bases" do partido, como se a vontade dessas representasse a da população", afirmou.

Tobias criticou o posicionamento de Lobo e ressaltou que o candidato do partido será escolhido por prévias. "Isso era no tempo em que ele era presidente. Agora as coisas mudaram e quem vai escolher o candidato é a militância", disse. Do Valor Econômico


PSDB metendo a mão no cofre público

Os tucanos, sempre tão ágeis para denunciar ou pedir CPI quando se trata de erros cometidos por seus adversários políticos, se calam quando a máquina pública e o dinheiro do contribuinte é usado por seus pares.

Uma matéria publicada nesta quinta-feira (9) no jornal o Estado de S. Paulo conta que "os candidatos à prefeitura de São Paulo pelo PSDB usaram estruturas de comunicação das secretarias de estado para tratar de assuntos relativos às prévias do partido". Nos últimos quatro meses, assessores de comunicação utilizaram espaços físicos e telefones vinculados às pastas dos candidatos para abordar temas específicos da disputa tucana, marcada para março, explica a matéria....Leia mais aqui


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Deputada do PSOL confirma que recomendou alastrar greve de PM's



A deputada estadual do Rio de Janeiro Janira Rocha (Psol) confirmou que é dela a voz feminina presente na gravação telefônica autorizada pela Justiça, em que ela travou o seguinte diálogo com o cabo do corpo de Bombeiros Benevenuto Daciolo:
Janira Rocha: Daciolo, Daciolo, presta atenção. Está errado fechar a negociação antes da greve do Rio.
Daciolo: Tudo bem, tudo bem. Sabe o que vou fazer agora? Avise para ele que eu vou embora daqui, não vou ficar mais aqui.
Janira Rocha: Eles estão querendo que você avalize um acordo antes da greve do Rio. Depois da greve do Rio, muda tudo. Sabe como você vai ajudar eles? Voltando para o Rio, garantindo aqui. O governo vai fazer uma propostinha rebaixada para vocês, vai melhorar um pouquinho esse negócio que eles colocaram. E acho, se vocês garantirem a greve aqui, a mobilização aqui, vocês vão ajudar a Bahia a liberar o Prisco, a ter uma negociação.
Daciolo está preso no presídio de segurança máxima de Bangu I, para onde foi transferido após ser preso no aeroporto do Galeão, após retornar de Salvador.

A deputada do PSOL disse:
"A voz é minha e não cometi nenhuma irregularidade. Esta Casa contém deputados que representam banqueiros, empresários, mas eu represento o trabalhador. Eu também tenho esse direito...
... Eu não estou nesse movimento para ganhar voto. A questão da segurança pública é muito importante. Não incitei greve alguma, o que eu discuti foram as tratativas da mobilização, para que não houvesse uma greve armada e que eles garantisse o mínimo de 30% de efetivo que a lei exige...
...Eu cumpri um papel para que não houvesse radicalização, a emissora que levou ao ar esta gravação editada, tem coisas que eu falei que não foram ao ar...
...Do jeito que a imprensa colocou as coisas, parece que ele (Daciolo) saiu para incitar uma greve. Ele foi acompanhado de um juiz federal, temos como provar isso. Ele tem esse direito de ir e vir".
A deputada pode dizer o que quiser, e é possível que haja atenuantes no diálogo completo, mas não há como negar que ela propôs uma estratégia de nacionalizar a greve, alastrando para o Rio de Janeiro, ao mesmo tempo em que ocorre na Bahia.

Os policiais, como trabalhadores que são, tem todo o direito a reivindicarem melhores salários por quaisquer outros meios, mas sequestrar a segurança pública e usar a população como refém é que não dá. Isso nunca acaba bem.

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