segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ela também não gosta de blog?

 

Os Amigos do Presidente Lula 

 

A vice-procuradora-geral eleitoral Sandra Cureau diz que nunca viu uma eleição como a de 2010 e critica a participação do Presidente Lula: "Eu acho que ele quer, a qualquer custo, fazer a sua sucessora".

E ela acrescenta: "É por isso que, como dizem no manifesto [de intelectuais pela democracia], ele [Lula] misturou o homem de partido com o presidente. A impressão que tenho é a de que ele faz mais campanha do que a própria candidata. É quase como se fosse uma coisa de vida ou morte". Veja só um trecho da entrevista à cheirosa Eliane Canthanhêde para  assinantes.

Qual o balanço que a sra. faz das eleições de 2010?

Foi uma das eleições mais complicadas de que eu participei. Talvez tenha alguma coisa com o fato de eu ser mulher, mas acho que têm acontecido coisas incríveis.Pessoas se negam a dar informações que têm de dar, agressões e verdadeiras baixarias, principalmente em blogs. Fico pensando: será que, se fosse um homem, fariam a mesma coisa, tão à vontade? Há certa desobediência às decisões do TSE, certo desprezo pelo Ministério Público Eleitoral por parte de algumas autoridades.

Eles dizem ser "constrangedor o presidente não compreender que o cargo tem de ser exercido na plenitude e não existe o "depois do expediente'". A sra. concorda?

É, e é complicado, porque a gente nunca teve esse tipo de problema antes. Não porque os presidentes não fizessem campanha para seus candidatos, mas eles faziam tendo presente que eram chefes da nação. Era de uma maneira mais republicana, ou mais democrática, não sei que palavra usar.

Como a sra. avalia a participação de Lula nesta eleição?

Eu acho que ele quer, a qualquer custo, fazer a sua sucessora. É por isso que, como dizem no manifesto, ele misturou o homem de partido com o presidente. Aquela coisa de não aceitar a possibilidade de não fazer a sucessora. A impressão que eu tenho é a de que ele faz mais campanha do que a própria candidata. Nunca vi isso, é quase como se fosse uma coisa de vida ou morte para ele.

A oposição também não comete excessos o tempo todo?

Por isso também foi multada. No caso da candidata Marina Silva [PV], foram poucas representações. Com relação ao candidato José Serra [PSDB], entrei com 26 representações, e 29 contra a candidata Dilma Rousseff [PT] e o presidente.

Só lembrando dona Cureau

Um manifesto oportunista tentou passar a mensagem de que há uma ameaça à democracia. Esqueceu que a legitimidade vem pelo voto

O Brasil que a imprensa brasileira não vê é destaque no mundo todo

"Bolsa do Brasil é agora a segunda maior do mundo", postaram "Wall Street Journal" e outros no final da semana. O "Financial Times" descreveu como Lula "levantou salvas e aplausos na Bolsa após concluir o maior lançamento jamais realizado". Sob o título "Investidores correm em bando ao Brasil", o "Guardian" abriu descrevendo como "por anos 'Lula' foi palavrão na Bolsa de São Paulo", mas "os tempos mudaram". Os jornais ecoam declarações de Lula no pregão, como "não foi em Frankfurt, não foi em Londres, não foi em Nova York. Foi aqui em São Paulo!".

O "WSJ" foi além, publicando no sábado uma comparação entre a oferta da Petrobras e a operação prevista na GM. São empresas "emblemáticas de seus países", mas hoje, sob controle do governo, a montadora não tem a mesma perspectiva. Sua oferta visa reduzir o controle estatal, o que, diz o "WSJ", "é elogiável, mas não é estímulo para venda forte".

Como outros pelo mundo, também o "New York Times" noticiou "o maior lançamento de ações da história, armando a Petrobras com o dinheiro necessário para implantar seu ambicioso plano".
A "Economist" postou que não é exagero descrever a operação da Petrobras como "um grande sucesso", porém "agora vem a parte difícil" _o que inclui levantar ainda mais dinheiro, achar gente qualificada etc.
No   Bloomberg Will Landers,  falou do fundo BlackRock, avaliou que "o fato de a Petrobras ter sido capaz de levantar a maior operação jamais realizada, a dez dias da eleição presidencial, mostra o quanto este mercado avançou".

A Escola de Guerra do Exército dos EUA publicou estudo de 86 páginas sobre os "Dilemas da Grande Estratégia Brasileira" -a "grande estratégia de Lula" para "posicionar o Brasil como líder de uma América do Sul unida". Em suma, " foi bem-sucedida em elevar o perfil", mas "expôs dilemas estratégicos" como "as tensões crescentes com os EUA"
  
Do indiano "Business Standard" à alemã Deutsche Welle, ecoa o novo esforço conjunto de Índia, Alemanha, Japão e Brasil para reformar o Conselho de Segurança. O chanceler alemão vê "boas chances".

O mesmo "FT" noticiou de Ramallah que a "Autoridade Palestina abre negociações comerciais com Mercosul". O primeiro-ministro Salam Fayyad "embarcou no esforço de preparar o caminho para a independência" do país.

"National" e "Gulf News", dos Emirados Árabes Unidos, deram que o país "está pronto para comprar aviões militares do Brasil", citando o cargueiro KC-390, parte de um amplo "acordo de defesa" entre as nações.Nelson Sá

Enquanto isso... na  nossa imprensa brasileira....o destaque é....

'O "Estado" apoia a candidatura de José Serra à Presidência da República.'
Do editorial "O mal a evitar", do jornal "O Estado de S. Paulo", ontem.

É hoje, grande comício da vitória em São Paulo com Lula, Dilma e Mercadante

É hora de São Paulo pensar grande e dar basta ao provincianismo tucano.



Grande comício da vitória com Dilma, Mercadante, Lula, Marta e Netinho.
Dia: 27/09/2010 (segunda-feira)
Hora: a partir da 18hs (os discursos devem começar as 19hs)
Local: Sambódromo, Anhembi

Nosso blog transmitirá ao vivo pela internet.

Chega dessa tucanada que governam São Paulo há 16 anos (na verdade, desde 1983, há 28 anos, considerando as brigas de compadres).

Chega de governo da PPPP, privatização, presídio, PCC, pedágio e paulada em professores e policiais.

Chega de governo onde obra rápida é praça de pedágio.

Chega de tucanos que dá apagão no trânsito, no metrô, na educação, na segurança pública, na sáude, nos salários dos professores, policiais e outros funcionários, nos empregos, no custo dos fretes, na limpeza dos rios e córregos, no tratamento de esgoto, na falta d'água, no controle das represas para evitar enchentes, na poluição do ar, nas moradias de risco, nos incêndios nas favelas.

Chega de alagão, chega de CPI's abafadas, chega de desvio de dinheiro, que dava para construir mais quilômetros do metrô, e em vez disso, foi parar em contas de tucanos na Suiça (Caso Alstom).

Chega de corrupção jogada para baixo do tapete. Com tucano no poder a imprensa cala a boca. Com Mercadante, sofrerá marcação implacável da Folha, Estadão, Veja, Globo, JovemPan. Mesmo sofrendo acusações injustas, acaba fazendo um governo muito melhor, como fez Lula, que se depura.

Chega de pensar pequeno, daqueles que achavam que São Paulo era pequeno para ter um Banespa; que era pequeno para ter uma Nossa Caixa, que poderia estar financiando casas igual a CEF faz; que acha que São Paulo é pequeno para ter uma empresa de energia como a CESP; que acha que só espanhol sabe ter uma empresa de telefonia. Chega dessa mediocridade tucana que acha que só é bom o que vem dos EUA e Europa. Chega de São Paulo ficar para trás, pensando que está ganhando quando faz guerra fiscal com estados mais pobres, e acaba perdendo exportações de seus próprios produtos para aqueles estados, ao não deixar que também enriqueçam.

São Paulo precisa de Mercadante para fazer como Lula: apoiou os países pobres da América Latina a prosperarem, e exporta mais do que nunca para a região. O mesmo ocorre com países da África.

Chega de sossego, de se conformar com cinturões de pobreza em volta de bairros ricos, em vez de urbanizar, elevar para a classe média, com programas de moradia popular.

Chega de cracolândias sem destino, de meninos de rua sem rumo, de sem-tetos e de falta de apoio à agricultura familiar.

É hora da militância vestir a camisa, adesivar o carro, a janela, conversar com os amigos, com os companheiros de trabalho, da família, dos encontros com amigos, e explicar o quanto tudo pode ser melhor, se São Paulo pensar grande, parar de pensar pequeno e de forma submissa como fizeram Alckmin e Serra. É hora de colocar o estado sob nova direção. Com Mercadante em São Paulo e Dilma em Brasília, para fazer em Sâo Paulo o que Lula fez no Brasil, e que Dilma continuará fazendo.

Debate: Dilma e Marina devem ter conquistado mais votos

No debate na Record, como já virou rotina, o pior candidato foi Serra. Teve sua imagem de suposta competência desmascarada por todos, e precisou recorrer a mentiras em suas respostas.

Dilma teve uma boa atuação, estava muito bem e deve ser quem conquistou mais votos. Não deixou perguntas sem respostas, assumiu posições firmes, foi incisiva, chamou o debate para os grandes temas nacionais, e os programas do governo Lula que impactaram na vida dos brasileiros, se defendeu bem dos ataques (que foram muitos). Esteve no tom certo, nem baixou a cabeça, nem se excedeu, diante de perguntas provocativas. Também não humilhou nenhum adversário, a ponto de colocá-lo na posição de vítima.

Dilma aproveitou suas perguntas para fazer uma ampla agenda positiva. Falou:
- dos 14,5 milhões de empregos gerados;
- do ProUni e do Reuni;
- do Minha Casa, Minha Vida, com 1 milhão de casas que devem ter financiamento contratado até o fim do ano;
- do pré-sal e capitalização da Petrobrás que garantiu o programa de investimentos sem se endividar e ainda aumentando o patrimônio público em vez de vender;
- da liberdade de imprensa: "eu prefiro as vozes múltiplas da democracia do que o silêncio das ditaduras", afirmando que a imprensa tem todo o direito de dizer o que quiser, assim como ela tem o direito de responder;
- da política de valorização do salário mínimo no governo Lula, que permitirá que o governo continue ampliando o salário mínimo todos os anos, o que permitirá ir muito além do que promete Serra apenas para o ano que vem.

Na hora da crítica ao adversário, Dilma acertou em cheio em alguns alvos de Serra:
- no caso do governo de SP, 40% das professoras do Estado mais rico do País tinham vínculos precários" (não são concursadas).
- pendurou FHC no pescoço de Serra, e disse ter muito orgulho de ter participado do governo Lula e ser candidata a continuar a obra do presidente, enquanto Serra esconde FHC de sua campanha.

Dilma não se intimidou com perguntas provocativas sobre escândalos, e mostrou que o governo Lula é quem tem mais compromisso com o combate à corrupção, seja de quem for, através da Polícia Federal e da CGU.

Serra cometeu um deslize grave ao mentir de forma incontestável: os números o desmentem. Disse que a Petrobras teria aumentado o número de terceirizados. O presidente da empresa, Sérgio Gabrielli, estava na platéia e comentou que a Petrobras ampliou o número de funcionários concursados em 40% nos últimos oito anos, chegando a 77 mil funcionários.

Serra se deu mal com Plínio, na questão do Irã, onde Plínio criticou Serra e apoiou a política externa do governo Lula. Se deu mal também na questão da educação em São Paulo, onde 30% dos alunos não sabem ler nem escrever, e Serra trata mal os professores, pagando mal, não dialogando, e ainda reprimindo manifestação com a polícia.

O demo-tucano se deu mal também com Marina, que cobrou as críticas do DEM ao Bolsa-família, e a contradição entre as promessas de campanha de Serra, e os cortes nos programas sociais em São Paulo quando ele foi governador.

Na pergunta dos jornalistas, Ana Paula Padrão questionou Serra usar a imagem do presidente Lula e esconder a de FHC na campanha. Dilma comenta a resposta de Serra: "Eu tenho um imenso orgulho de ter participado do governo Lula"... e reforça a crítica de usar a imagem de Lula e esconder FHC.

A jornalista pergunta sobre o fato de o ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEMos), afastado por corrupção, ter sido cotado para ser vice de Serra. Serra "não ouve a pergunta", e a jornalista é obrigada a repetir a pergunta. Pior para Serra, pois acabou enfatizando a pergunta, e responderu: "O Arruda em certo momento disse ‘eu poderia ser vice do Serra’, isso muito antes do escândalo", mentiu o demo-tucando, pois foi ele quem apareceu lançando Arruda para vice, com o vídeo "Vote em um careca, e ganhe dois", mostrado no telejornal "Bom Dia Brasil".

Também em pergunta de jornalista, Serra é questionado sobre a participação de Regina Duarte em sua campanha de 2002 e por que volta a apostar "no medo" em sua campanha. Serra voltou a recorrer à mentira: "Não sei de onde a jornalista tira essa conclusão". Ora, da propaganda eleitoral dele na TV e na internet.

Plínio teve bons momentos, como quando criticou as fragilidades da educação dos governos tucanos em São Paulo, mas ficou acima do tom em outros momentos quando tentou fazer desqualificação pessoal, e não política, a Dilma e Marina. Pareceu mais um inquisidor, o que não agrada ninguém.

Marina também foi tecnicamente bem. Tentou tirar eleitores de Serra questionando seu governo em São Paulo e como ministro de FHC. Tentou tirar eleitores de Dilma fustigando com escândalos de corrupção, mas Dilma respondeu à altura dizendo que se comportou na Casa Civil, da mesma forma que Marina se comportou no Ministério do Meio Ambiente, pois Marina também teve casos de corrupção na venda de madeira ilegal no período em que esteve no ministério, e teve que afastar funcionários.

Dessa vez Serra demonstrou medo de fazer perguntas diretas para Dilma. Perguntou a outros candidatos toda vez que teve oportunidade.

Tirando os torcedores de cada candidato, os indecisos que assistiram ao debate muito provavelmente saíram inclinados a votar em Dilma (creio que a maioria), e em Marina (creio que a minoria). Plínio ficou no zero a zero, e Serra deve ter perdido eleitores entre os que assistiram.


domingo, 26 de setembro de 2010

Corrupção na imprensa: noticiário lobista na privatização das Teles, em causa própria

"A imprensa está muito favorável, com editoriais",
diz Mendonça de Barros.
"Está demais, né?", diz FHC em tom de brincadeira.
"Estão exagerando, até."

Diálogo telefônico
durante as negociatas prévias 
à privatização das teles em 1998
entre FHC 
e o então ministro das comunicações, 
Mendonça de Barros (PSDB,
levado para governo por indicação de José Serra),
.

O diálogo completo acima pode ser lido aqui, nos arquivos de Carta Capital.

Por quê a imprensa estava até "exagerando" nos editoriais e na cobertura do noticiário na privataria das teles, em 1998?

Os "impolutos" lobistas da família Mesquita, do Estadão, saíram do processo sócios da empresa de telefonia celular BCP (atualmente comprada pela Claro), na região Metropolina de São Paulo, com o Grupo OESP (Estadão) participando com 6% do consórcio:

Banco Safra (44%)
Bell South - EUA (44%)
OESP (6%)
Splice (6%)

O lobby dos Mesquita junto com lobby da família Sirotsky (Grupo gaúcho RBS) pela privataria, também resultou em 6% e 7% de participação de cada grupo, no consórcio BSE (Estados do Nordeste à exceção da BA e SE):

Banco Safra (40,5%);
OESP (6%);
Splice (6%);
RBS (7%)

Os "impolutos" lobistas da família Frias, mais cautelosos, saíram do processo com opção compra de 5%, do consórcio Avantel Comunicações (disputava telefonia celular no interior do estado de SP), que ficou em 2º lugar no leilão, mas ganhou com a desclassificação do 1º (Consócio Tess), mas o Avantel acabou desistindo em fins de 1998:

Air Touch - EUA (25%);
Stelar (25%);
Camargo Correa (25%);
Unibanco(25%);
Jornal Folha de São Paulo (opção de compra de 5%)

Opção de compra significa que se o Grupo Folha achasse o negócio bom depois de algum tempo, poderia exercer o direito de ser sócio de 5%. Se não achasse o negócio bom o suficiente, não compraria os 5%, não correndo nenhum risco.

Os "impolutos" lobistas da família Marinho (Globopar), participaram do consórcio TT2, que disputava a telefonia celular nas áreas dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo:

Globopar (40%);
ATT - EUA (37%);
Bradesco (20%);
Stet - Itália (3%)

O consórcio acima perdeu o leilão para o Grupo Telefonica da Espanha, mas a família Marinho não ficou no sereno. Ganharam com o consórcio Vicunha Telecomunicações, a telefonia celular na Bahia e Sergipe:

Stet - Itália (44%);
Grupo Vicunha (37%);
Globopar e Bradesco (20%)


Clique na imagem para ampliar



Informações na pág. 70 (figura acima) do estudo "INVESTIMENTO E PRIVATIZAÇÃO DAS TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL: DOIS VETORES DA MESMA ESTRATÉGIA".

É fácil entender porque o Estadão declara apoio a José Serra (PSDB) no seu editorial de hoje.

Leia também:

- Corrupção na Imprensa: Grupo Estadão teve contrato prorrogado sem licitação no governo tucano

- Corrupção na imprensa paulista: esconderam as milionárias transações de Marcos Valério com a TELESP em 1997

domingo, 26 de setembro de 2010

Eles queriam acabar com a nossa raça...Nós estamos assistindo a raça deles acabar: Lideres do DEM já admitem o fim da sigla

Mesmo que haja fato novo na campanha, os líderes políticos têm diagnóstico semelhante sobre o quadro partidário ao final do pleito: a oposição vai minguar e o partido Democratas tende à extinção. Na base aliada, o País vai assistir à resistência do PSB para não ficar emparedado entre o PMDB e o PT.

"O partido que vai pagar o maior preço da eventual derrota do PSDB na eleição presidencial é o DEM. Se o (José) Serra for derrotado, nós sairemos aniquilados", prevê o deputado Alceni Guerra (DEM-PR), que admite de público que, sozinho, o DEM terá poucas chances de sobreviver a mais quatro anos de um eventual governo petista.


Seja como for, rebeldes da oposição que deram trabalho ao governo Lula prometem infernizar a vida de Dilma, caso ela seja eleita presidente. Diferentemente de Alceni, o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), não admite o risco de extinção nem a fusão com o PSDB. "Fusão de dois partidos que pensam diferente é ruim para a democracia", afirma. "E temos espaço na sociedade para colocar nossas ideias, como partido de centro-direita, no eixo oposto ao PT."
Há cinco anos, Bornhausen previu a derrocada do PT. "Estou é encantado, porque estaremos livres dessa raça pelos próximos 30 anos", disse então, numa referência aos petistas.

O DEM foi "refundado" em março de 2007, em substituição ao Partido da Frente Liberal (PFL), que por sua vez era uma dissidência do extinto Partido Democrático Social (PDS), sucessor ARENA, partido mantenedor da ditadura.O partido é filiado à Internacional Democrática de Centro (antiga Internacional Democrata Cristã).

domingo, 26 de setembro de 2010

A imprensa poode ter candidato. Mas também, deve respeitar a vontade do povo. E o povo, quer Dilma

Em editoriais em suas edições deste domingo, os jornais Folha de S.Paulo e o Estado de S.Paulo se posicionaram a respeito da sucessão presidencial no País. A Folha e o Estadão reagiram às críticas à imprensa feitas pelo Presidente Lula

O Estadão declarou apoio ao candidato do PSDB à presidência da República, José Serra.Intitulado "O Mal a Evitar", o editorial do Estado de S. Paulo diz que "com todo o peso da responsabilidade (...), o Estado apoia a candidatura de José Serra à presidência da República".

A Folha criticou o Presidente Lula e a "candidata oficial", Dilma Rousseff, do PT, e disse procurar manter uma orientação de "independência, pluralidade e apartidarismo editoriais".

Isso é democracia de verdade.Você pode ofender o Presidente da República em locais públicos que nada lhe acontece. Você pode inventar historinha,  e  não vai ter que provar. Estão  reclamando do quê? Tem até direito a fazer trocadilho sem graça sem que nada lhe aconteça. Dilma, Lula e muitos outros arriscaram a vida para que  hoje, todos, até a impresa, pudesse exercer o direito de se manifestar, e de modo grosseiro.

Globo e Veja, não precisam publicar editorias, nós já sabemos qual é o candidatos dele

Como também, já percebemos que têm limite a estupidez, a parcialidade e o empenho de setores da chamada imprensa grande para levar ao segundo turno a disputa presidencial. A candidata Dilma Rousseff e o Presidente Lula são tidos como inimigos, não adversários. Essa mídia transforma em escândalos quaisquer denúncias oriundas de fontes. Concordo com todos que lutam pela liberdade de expressão. Contudo, não me conformo com a tendência do dos jornais de exagerar no número de páginas e no tamanho das manchetes quando o assunto são os erros dos políticos de quem, nitidamente, o jornal discorda. Ao contrário, nem noticia, ou, se o faz, é em poucas palavras e em minúsculas letras, num cantinho quase escondido, quando a notícia ruim é sobre os políticos com quem o jornal simpatiza.

A imprensa, julga e condena sem provas e sem direito de defesa as pessoas acusadas. Ainda assim, reclama da suposta falta de liberdade de expressão. Esse comportamento sim, não tem nada a ver com democracia. Tal ferocidade é resultado do arraigado preconceito contra o Presidente Lula, não obstante sua alta popularidade, jamais alcançada por qualquer outro primeiro mandatário em fim de governo. Contudo, a vontade popular, livremente manifestada nas urnas, deve ser respeitada.

domingo, 26 de setembro de 2010

Até jornal tucano diz: Baixaria de José Serra na internet é o vale-tudo da campanha eleitoral

Para se apresentar ao eleitor, um presidenciável se ampara em três grandes mídias: TV, rádio e web. E precisa adotar uma estratégia diferente em cada uma delas.

Nesse sentido, a internet é o "inferno": espaço do vale-tudo eleitoral, onde as pancadas são mais fortes para levar logo o adversário à lona.

Caso do vídeo encomendado pelo PSDB que alia a candidata Dilma Rousseff aos "radicais do PT", representados por cães rottweilers.

Na campanha de José Serra (PSDB), distribuída apenas na rede, o rosto de Dilma se metamorfoseia até virar o de José Dirceu. Na sequência, o Planalto é coberto de tinta vermelha _alusão a uma suposta ditadura do PT.Passado o ringue virtual, é a vez do rádio, "purgatório" mais ameno do que a web.

Um programa da semana passada, por exemplo, pôs Dilma como quem domou o "apagão do FHC".No mesmo dia, ela foi descrita na TV como a responsável por livrar "o Rio Grande [do Sul] do racionamento de energia que parou o país" _mas nada do nome do ex-presidente aparecer.

Professor da USP e especialista em marketing político, Gaudêncio Torquato acompanha o quadro eleitoral há 30 anos e nunca achou "que agenda negativa em TV desse resultado".Para ele, bater de frente na TV não pega bem com o eleitorado. Ataques ao rival podem resvalar no "efeito joão bobo": você bate, e ele volta para o mesmo lugar.Aqui, valem imagens e cenas otimistas para construir o "Brasil dos sonhos".

Bem-vindo ao "paraíso" da propaganda eleitoral.

Não à toa, segundo o professor, Serra recuou dos ataques que vinha fazendo a Dilma. Pela primeira vez em semanas, o tucano evitou agredir a petista no programa da última quinta-feira.

Vitima

Para Torquato, pesquisas qualitativas mostraram aos tucanos que, ao atacar Dilma, eles corriam o risco de transformá-la em vítima. E, na TV, não se deve subestimar o "fator emoção".

"É o 'efeito bolo'. Quanto mais [Serra] bateu, mais ela cresceu", afirma.

Já o rádio precisa ser mais direto, ou não prenderá a atenção do ouvinte. "Como não tem imagem, há dificuldade maior na compreensão. Por isso, deve-se simplificar a linguagem. É o veículo mais popular", avalia Torquato.

Por isso, uma das táticas nessa mídia é criar "personagens do povo", adotando a informalidade de uma conversa no balcão da padaria.Jornal do serra Folha

domingo, 26 de setembro de 2010

Promessas mentirosas de Serra na campanha já foram alvo do TCE de São Paulo por superfaturamento

Algumas das principais bandeiras hoje empunhadas por José Serra (PSDB) na campanha à Presidência foram objeto, durante sua gestão no governo de São Paulo, de ressalvas de auditorias promovidas pelo TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado).

Uma equipe de 15 técnicos finalizou, em maio, a análise das contas relativas a 2009, terceiro ano de Serra à frente do governo ao qual renunciou em abril para concorrer á presidência.

Essas auditorias apontam problemas nas áreas de saúde, distribuição de medicamentos, habitação popular, expansão da oferta de transporte de massa, saneamento e política de esporte nas escolas, entre outras.

Todas essas áreas incluem propostas centrais do candidato José Serra, divulgadas tanto em seu programa de TV como no seu site oficial e em entrevistas e debates.

Na saúde, área da qual foi ministro no governo Fernando Henrique Cardoso, a gestão de Serra é cobrada por ignorar os planejamentos anuais definidos pela Secretaria da Saúde na definição de investimentos. OTCE diz que há "ausência de garantias quanto a critério, planejamento e racionalidade".

Também foram verificados problemas em obras realizadas pelo Estado, como valor contratado acima do orçado e obras entregues já com infiltrações e rachaduras. Agora, uma das principais propostas de Serra é construir 154 ambulatórios médicos de especialidades.

Ainda na área da saúde, Serra promete distribuição de "cestas de medicamentos" gratuitas. O TCE, contudo, afirma que, como governador, ele não cumpriu a destinação de valores mínimos determinados por normas para um programa semelhante e reduziu a verba disponível para a ação.

Nessa área, o órgão descobriu que o governo paga mais por medicamentos- superfaturados- do que outras instituições e recomenda que a "pactuação de preços deveria ser revista".

Outra promessa do presidenciável Serra é "garantir a oferta de moradia popular de qualidade", com imóveis "bem acabados". Quando governador, casas e apartamentos entregues a partir de sua posse, em 2007, apresentam uma série de problemas, segundo fiscalização do TCE.Na região metropolitana de São Paulo, 62% dos moradores consultados pelos auditores disseram sofrer com vazamentos e infiltrações.No interior, onde prevalecem casas, a maior reclamação (38% dos entrevistados) foi em relação a goteiras.

Além disso, o governo entregou, em 2009, menos de 40% da meta prevista para aquele ano. Um dos motivos alegados pelo governo à época foram as chuvas no segundo semestre.

Outra meta não cumprida foi em relação à expansão de vagas no ensino técnico. O número de vagas criadas naquele ano não chegou à metade do programado, apesar de toda a verba disponibilizada ter sido executada.

A política é bandeira de Serra, que prevê criar 1 milhão de vagas em todo o país, uma das principais promessas do candidato do PSDB.

Na área de saneamento, os auditores fizeram duas inspeções em uma série de "piscinões" (reservatórios para evitar enchentes). Uma em 2008, outra em 2009. Segundo os técnicos, houve uma "pequena melhora" com relação à limpeza, mas o assoreamento chegou a piorar.Na Folha tucana

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