quarta-feira, 12 de maio de 2010


Justiça e PF investigarão pesquisas


A evidente seriedade da representação do Movimento dos Sem Mídia à Procuradoria Geral Eleitoral foi reconhecida e as pesquisas eleitorais feitas e por fazer neste ano eleitoral serão auditadas.
É uma vitória da sociedade e uma derrota para aqueles que pretenderam ludibriá-la através de uma estratégia injusta, ilegal e imoral.
A imprensa (Globos, Folhas, Vejas, Estadões e congêneres) acusa os institutos Sensus e Vox Populi; a imprensa alternativa acusa o instituto Datafolha e o Ibope. Veremos, agora, quem tem razão.
Abaixo, reproduzo a nota que enviei a vários meios de comunicação, inclusive à Blogosfera. Em seguida, faço um último comentário

A quem possa interessar:
Conforme informações obtidas pelo Departamento Jurídico do Movimento dos Sem Mídia — MSM  – na tarde desta 3a. feira, 11/05/2010, em Brasilia – DF,  a Vice-Procuradora Geral Eleitoral do Ministério Publico Eleitoral Federal, Dra. Sandra Cureau, acolheu a representação de nossa Organização no sentido de que as pesquisas feitas e por fazer em 2010 pelos institutos de pesquisa Datafolha, Ibope, Sensus e Vox Populi, sejam auditadas.
A Procuradoria determinou em despacho que  “se extraiam cópias na íntegra da Representação Eleitoral do MSM e da lista de adesões dos cidadãos brasileiros que a apoiaram,  remetendo os documentos à Superintendência da Polícia Federal em Brasília – DF, para que a Polícia Federal proceda a Abertura de inquérito Policial para apurar suposta prática de Crime Eleitoral de Realização e Divulgação de Pesquisa Eleitoral Fraudulenta”.
O processo junto à Procuradoria Geral Eleitoral – DF recebeu o número 4559.2010-33
Atenciosamente,
Eduardo Guimarães
Movimento dos Sem Mídia
Presidente

O MSM, com sua ação na Justiça, poderá mudar a história desta eleição ao impedir que pesquisas eleitorais sejam usadas para enganar o eleitorado. A menos que os que andaram cometendo fraude decidam desafiar a lei...
Cumprimento, pois, a todos os que, ao meu lado, ao lado do nosso diretor jurídico, Antonio Donizeti, enfim, ao lado do Movimento dos Sem Mídia, firmaram a lista de apoios à iniciativa de nossa organização. Posso garantir que as cerca de duas mil assinaturas virtuais pesaram muito na decisão da Justiça Eleitoral
Esta é, legitimamente, uma vitória da democracia brasileira.




“O discurso do medo”






Há uma discurseira da mídia e de Serra que só se sustentará, nesta campanha eleitoral, enquanto só os que fazem oposição ao governo Lula tiverem acesso aos meios de comunicação de massa. No primeiro dia do horário eleitoral gratuito no rádio e na tevê, porém, os marqueteiros de Dilma farão picadinho dessa conversa mole.
Um dos pontos desse discurso cínico é o de que “os petistas” estariam usando o “discurso do medo contra Serra, o discurso de que se ele se eleger presidente o Brasil andará para trás.
Além de publicar o vídeo acima, transcreverei esse tal “discurso do medo” que os únicos que usaram contra alguém, até hoje, foram a mídia e a direita tucano-pefelê.
Trata-se de um discurso daquela que ficou conhecida como a “apavoradinha do Brasil”, a atriz global Regina Duarte, e que foi declamado na tevê durante a campanha eleitoral de 2002, no programa do PSDB. Dizia Regina, a mando de Serra:

Tô com medo. Faz tempo que eu não tinha esse sentimento. Sinto que o Brasil, nesta eleição, corre o risco de perder toda a estabilidade que já foi conquistada.
Eu sei que muita coisa deixou de ser feita, mas também tem muita coisa boa que já foi realizada. Não dá pra ir tudo pra lata do lixo.
Nós temos dois candidatos a presidente. Um eu conheço, que é o Serra. É o homem dos genéricos, do combate à Aids; o outro, eu achava que conhecia, mas hoje eu não conheço mais. Tudo que ele dizia mudou muito. Isso dá medo, gente.
Outra coisa que dá medo é a volta da inflação desenfreada. Lembra? Oitenta por cento ao mês...
O futuro presidente vai ter que enfrentar a pressão da política nacional e internacional. Vem muita pressão por aí. É por isso que eu vou votar no Serra. Ele me dá segurança. Porque dele, eu sei o que esperar.
Por isso eu voto 45, voto Serra, e voto sem medo”.

Regina sabia do que falava quando dizia que vinha “muita pressão da política nacional e internacional”. Só que veio mais da política nacional, na forma, por exemplo, da sabotagem de negarem a Lula a mesma CPMF que foram eles, os tucanos, que implantaram.
Enquanto os que SEMPRE usaram esse discurso do medo contra Lula a cada eleição agora têm a suprema cara-de-pau de virem acusá-lo de fazer o que eles é que sempre fizeram, vejam até que ponto essa gente é baixa, nas palavras dela mesma:

De Ilimar Franco, em O Globo de 10 de maio de 2010
O candidato do PSDB, José Serra, destacou ontem, na rádio CBN, o aval que o presidente Lula concedeu aos candidatos à sua sucessão, em declaração ao jornal espanhol "El País".
Para o tucano, a coisa mais importante que Lula disse foi: "Ganhe quem ganhar, ninguém fará nenhum disparate. O povo quer seguir em frente e não voltar atrás".
Serra traduziu o presidente dizendo que "qualquer um que ganhar não vai ter nada de anormal". E queixou-se: "Há um certo jogo de quase terrorismo, se não ganhar o candidato do Lula vai dar problema".
Concluindo: "Taí o Lula dizendo que não vai ter nenhuma calamidade se ganhar outro".

Que diferença de homens públicos, não? Enquanto Lula age com decência e lealdade até mesmo com os adversários, Serra, que o acusa do que ele mesmo fez, tenta, de novo, enganar o país. Hoje, oito anos depois, é possível afirmar isso sem a menor sombra de dúvida, pois este governo consertou todas as burradas do governo anterior, do qual Serra foi expoente.
E depois eles não entendem por que é que Lula tem oitenta por cento de aprovação. E é por isso que ainda não entenderam que, em algum momento, os dois lados terão voz.
Hoje, coisas como estas que digo são, literalmente, censuradas pela grande mídia aliada a Serra, detentora do controle da banda mais importante do espectro radioelétrico. Mas é por mais alguns meses, só. Depois de quase quatro anos, o PT voltará a dar a sua versão dos fatos à farta, tanto na tevê quanto no rádio.
Eles não perdem por esperar.




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