segunda-feira, 4 de junho de 2012

FHC foge da Ley de Medios

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:
Saiu no Estadão e no Globo, onde o PIG gorjeia como em nenhum outro lugar, artigo de Fernando Henrique Cardoso sobre “Política e meios de comunicação – não basta mudar o espaço na mídia, é preciso haver vozes de oposição”.


(Ou seja, o PiG precisa ouvi-lo mais ainda, já que o Cerra, o Guerra, o Franceschini, o Alckmin, o Agripino, Aécio Never, o Álvaro Dias – isso tudo junto não dá em nada).

O ansioso blogueiro deu-se ao trabalho de ler duas vezes o citado artigo.

Tem mais colesterol que o estilo do de múltiplos chapéus.

São tantos os chapéus, que a clareza se perde nos malabarismos.

Na segunda leitura, o ansioso blogueiro entendeu (ou acha que entendeu).

O Farol de Alexandria, aquele que iluminava a Antiguidade e acabou num terremoto, ou aquele que presidiu a Privataria, esse mesmo defendeu a liberdade de expressão dos blogs.

O que seus mais conspícuos filhotes – Padim Pade Cerra e Gilmar Dantas – não fariam com o mesmo entusiasmo.

( Até porque os três – Cerra, Gilmar e FHC – estão irremediavelmente ligados à Privataria e, nela, a Daniel Dantas, o “foi (sic) brilhante !”. Clique aqui para ver o vídeo em que ele fala do Daniel e do Gilmar.)

Disse o Farol, neste domingo, no PiG:

Nos dias que correm, sobretudo nos regimes democráticos, não há política sem comunicação; logo, é melhor tomar coragem para ler e ouvir tudo o que se diz, mesmo quando partindo de fontes suspeitas.

A precondição para que haja alternativas ao que aí está é manter a liberdade de expressão, mesmo que haja distorções. Isso não exclui uma luta constante contra estas, não para censurá-las, mas para confrontá-las com outras versões. Afastando por inaceitável qualquer tentativa de “controle social da mídia”, o acesso de opiniões divergentes aos meios de comunicação poderia criar um ambiente mais favorável à veracidade das informações.


Claro, amigo navegante, como é que ele poderia dar aquelas conferencias em francês, ao lado do Alain Toutinegra, e ser confundido com o Cerra e o Gilmar, que perseguem os blogs?

Aí, o ansioso blogueiro debruçou-se pacientemente sobre o texto gordurento para procurar a reafirmação do que ele antes tinha dito: quero uma Ley de Médios !

Sim, essa adesão do Farol à luta por uma Ley de Médios provocou entusiasmo e ceticismo entre os blogueiros sujos, que nutrem especial afeto pelo Farol e deus dois ilustres descendentes.

O Miro Borges, presidente do Barão de Itararé, estava no time cético: aí tem coisa.

FHC a favor de Ley de Médios ?

Hum …, e o Miro cofiava os bigodes.

O Miro estava certo.

O Farol recuou rapidinho.

Antes de ir por duas semanas ao Japão e à China, tratou de redimir-se.

Não há uma única menção à Ley de Médios, num texto em que se propôs a tratar de “politica e meios de comunicação”.

Os filhos do Roberto Marinho – eles não tem nome próprio – podem respirar aliviados.

Aquele que disse “Viva a Globo, viva o Brasil !”, nessa ordem, na inauguração de uma fábrica do Roberto Marinho, ele será, sempre, “um operário padrão”.

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