Folha e Globo: Mentira e analfabetismo funcional
Os Amigos do Presidente Lula
O Jornal Nacional da Globo e a Folha de José Serra (jornal Folha de São Paulo), continua a fazer "reporcagens" (reportagens porcas), para recauchutar o factóide.
Sai de pauta o encontro, entra em pauta a discusão de Imagem é a mesma coisa que banco de dados (é claro que não é. Até existem bancos de dados multimídia, mas não é o caso de sistemas de segurança).
Na chamada de capa da Folha on-line há uma mentira ou analfabetismo funcional (não saber interpretar texto).
A Folha publica uma mentira, pois dados no edital, não abrange as imagens, e sim as informações de identificação (nome, documento, etc) e acesso (dia, hora, onde vai, etc.), chamadas de DADOS e guardadas em banco de dados.
O GSI em nota oficial, do dia 21 de agosto de 2008, informou:
2. Com relação às câmeras de vigilância: ... - Conforme as especificações do contrato relativo ao Sistema de Segurança, assinado em 2004, o período médio de armazenamento das imagens varia em torno de 30 dias; ... 4. Com relação às pessoas: ... - Nos registros existentes, correspondentes aos meses de novembro e dezembro de 2008, não foi encontrado o nome da ex-Secretária da Receita Federal, Sra Lina Maria Vieira.
Ao contrário do que a Folha diz, o edital NÃO contradiz a nota do GSI.
Segundo a nota do GSI, os dados são os registros existentes, e estão guardados os meses de novembro e dezembro de 2008 - Portanto há mais de 6 meses. A nota e o edital são coerentes, e dizem a mesma coisa.
Quanto as imagens (que a Folha misturou com dados), para entender é preciso entrar na "reporcagem" completa com o título "Edital de empresa de segurança previa back-up de imagens do Palácio do Planalto".
Diz no texto da Folha (em preto), e meu comentário (em vermelho):
... Pelo edital, os registros de acesso de pessoas e de veículos deveriam ser guardados em um banco de dados por no mínimo seis meses e depois deveriam ser transferidos para um back-up...
O GSI disse exatamente isso em sua nota, que tem os registros (dados) de novembro e dezembro passado (mais de 6 meses), e que o nome de Lina Vieira não consta.
A Folha continua:
... Já as imagens deveriam ser armazenadas "por um período não inferior a 30 dias" devendo ainda os mesmos (gravadores digitais) ser apoiados por um sistema de back-up...
Em bom português:
Sistema de back-up é copia de segurança (como uma 2a. via dos dados), não é necessariamente arquivo morto (para ficar guardado permanentemente).
Pelo edital, segundo o texto escrito pela própria Folha, a obrigação é manter à disposição as imagens por no mínimo 30 dias. Estas imagens dos últimos 30 dias é que precisam ter cópias de segurança para, no caso de defeitos de equipamentos, furto, incêndio, etc, ter como recuperá-las, a partir das cópias de segurança.
Passados os 30 dias, as cópias de segurança, se forem regraváveis, podem ser reutilizadas de acordo com o edital, apagando as antigas, e gravando as novas por cima.
Não há nenhuma contradição entra a nota do GSI e o edital.
Há contradição da Folha entre o título da capa, o texto da chamada de capa e o texto interno da "reporcagem" completa.
Para montar essa confusão nos textos, só pode ser má-fé, pois, do contrário, seria analfabetismo funcional.
O Jornal Nacional fez pior
A Globo repetiu o mesmo enredo da Folha, com os mesmos erros e mentiras. Mas piorou com 2 agravantes:
1) Mostrou na tela o documento; então tinha-o em mãos e não há justificativa para se confundir, pois basta ler e reler atentamente;
2) Ao ouvir o outro lado, um senador da base governista deixou claro que dados são mais de 6 meses, e imagens o mínimo de 30 dias.
Mesmo assim a Globo insistiu na mentira. (o vídeo pode ser acessado aqui).
O novo factóide: Banco de dados X imagens
Descoberto o novo factóide dos próximos dias. Será demo-tucanos dizendo que gravação de câmara de vídeo é banco de dados.
Tão ruim ou pior do que o ano passado, quando chamaram informações de banco de dados de dossiê.
A oposição demo-tucana sabe que o encontro de Lina não existiu. Sabe que Banco de dados não é imagens de câmera de TV.
A oposição quer é ter acesso ao MÁXIMO de imagens possíveis, para vazar alguma de uma gafe, de alguma situação desconcertante (como o a Globo pegou o top-top do Marco Aurélio Garcia).