Por que SP não melhora - 2
do blog Cidadania
Recentemente, divulguei dados que mostraram como a segurança pública no Estado de São Paulo mergulhou num poço sem fundo depois que o PSDB assumiu o governo paulista e nunca mais largou o osso. Dados da Secretaria da Segurança Pública mostram que, entre 1995 (primeiro ano de um governo tucano em São Paulo) e 2007, os crimes contra a pessoa (assassinatos e lesões corporais), entre outros, aumentaram 66%, o que condiz perfeitamente com a espantoso cerco de criminosos que ocorreu em 2006, quando o PCC acuou as cidades paulistas e até o governo do Estado, gerando um clima de pânico e desespero entre os paulistas.
Também falei da Educação pública em São Paulo, que hoje está entre as piores do país, apesar de o governo paulista ser o que tem maiores recursos na Federação brasileira.
Expliquei que o estado calamitoso em que o Estado mais rico e desenvolvido da Federação brasileira mergulhou se deve ao fato de que a imprensa paulista, à diferença do que faz em relação ao governo federal, não fiscaliza ou pressiona o governo de São Paulo. Relutantemente, quando não existe alternativa de esconder as catástrofes geradas pela que talvez seja a pior governança de um Estado brasileiro, a imprensa de meu Estado se vê obrigada a noticiar os desatinos do PSDB. Porém, em questão de dias esses escândalos tucanos são abandonados e, dali em diante, passa a viger o mais deslavado acobertamento.
De qualquer forma, apesar da blindagem dos jornais Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e revista Veja aos tucanos, veículos tão rigorosos com o governo federal, cumpre-me continuar relembrando os escândalos enterrados. Apesar da amnésia renitente da população paulista, enquanto um segmento da sociedade permanecer consciente do descalabro administrativo tucano sempre haverá chance de chamar à razão essa população.
Aliás, a incompetência e a corrupção dos governos tucanos que vêm se sucedendo em São Paulo não decorrem de nenhum fator residente no "DNA" do PSDB e, sim, na situação peculiar de esse grupo político ser acobertado pela imprensa com a qual estabeleceu algum tipo de acordo. Sobre esse presumível acordo, aliás, devido ao fato de que os veículos que acobertam os tucanos serem verdadeiros impérios, imagina-se que só poderiam ser subornados com grandes somas que, pelo volume, só podem ser de dinheiro público.
Um bom indício de que dinheiro público é usado para calar a imprensa paulista está no escândalo da Nossa Caixa, que eclodiu em março de 2006. Descobriu-se que o governo de Geraldo Alckmin anunciava ilegalmente em meios de comunicação inexpressivos, alguns pertencentes a verdadeiros cabos eleitorais do PSDB, como era o caso da revista Primeira Leitura, fundada pelo tucano Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro de FHC, e, então, gerida pelo hoje blogueiro da Veja Reinaldo Azevedo, que passou a prestar ao PSDB serviços de pistolagem intelectual.
Tão dramático quanto, é o desastre na linha 4 do metrô paulista. Em janeiro de 2007, desabou obra de uma das estações entregue pelo PSDB ao Consórcio de empreiteiras Via Amarela. Esse desastre matou sete pessoas e desalojou centenas de suas casas e apartamentos. Uma rua inteira ruiu. Até hoje, cerca de um ano e meio depois, não se sabe absolutamente nada sobre o caso. A imprensa não pressiona as autoridades paulistas e o desastre ficou por isso mesmo. As vítimas, inclusive, não conseguem voz na imprensa de São Paulo para cobrarem o governo do Estado.
Mas o maior escândalo de todos, solenemente enterrado pela imprensa, está no caso dos cartões corporativos do governo paulista. Enquanto a mídia bate sem parar na tecla dos cartões do governo do Estado, acompanhando com enorme afinco as CPIs com finalidade político-eleitoral criadas na Câmara e no Senado, o fato de que os gastos do governo do Estado de São Paulo com esses cartões superam os do governo federal, simplesmente sumiu da imprensa. A bancada governista na Assembléia Legislativa paulista impediu investigação e Folha, Estadão e Veja, veículos paulistas, não dizem um A.
Com essa impunidade eterna dos malfeitos do governo de São Paulo, possibilitada pela imprensa paulista, vige em meu Estado uma situação de calamidade, em que o governo faz o que quer sem qualquer fiscalização ou cobrança. Por isso, São Paulo só faz piorar. Por isso, São Paulo, apesar de ser tão rico e desenvolvido, não melhora. Por isso, o povo paulista é tão ignorante politicamente, porque tem uma imprensa corrupta que o mantém alienado.
Recentemente, divulguei dados que mostraram como a segurança pública no Estado de São Paulo mergulhou num poço sem fundo depois que o PSDB assumiu o governo paulista e nunca mais largou o osso. Dados da Secretaria da Segurança Pública mostram que, entre 1995 (primeiro ano de um governo tucano em São Paulo) e 2007, os crimes contra a pessoa (assassinatos e lesões corporais), entre outros, aumentaram 66%, o que condiz perfeitamente com a espantoso cerco de criminosos que ocorreu em 2006, quando o PCC acuou as cidades paulistas e até o governo do Estado, gerando um clima de pânico e desespero entre os paulistas.
Também falei da Educação pública em São Paulo, que hoje está entre as piores do país, apesar de o governo paulista ser o que tem maiores recursos na Federação brasileira.
Expliquei que o estado calamitoso em que o Estado mais rico e desenvolvido da Federação brasileira mergulhou se deve ao fato de que a imprensa paulista, à diferença do que faz em relação ao governo federal, não fiscaliza ou pressiona o governo de São Paulo. Relutantemente, quando não existe alternativa de esconder as catástrofes geradas pela que talvez seja a pior governança de um Estado brasileiro, a imprensa de meu Estado se vê obrigada a noticiar os desatinos do PSDB. Porém, em questão de dias esses escândalos tucanos são abandonados e, dali em diante, passa a viger o mais deslavado acobertamento.
De qualquer forma, apesar da blindagem dos jornais Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e revista Veja aos tucanos, veículos tão rigorosos com o governo federal, cumpre-me continuar relembrando os escândalos enterrados. Apesar da amnésia renitente da população paulista, enquanto um segmento da sociedade permanecer consciente do descalabro administrativo tucano sempre haverá chance de chamar à razão essa população.
Aliás, a incompetência e a corrupção dos governos tucanos que vêm se sucedendo em São Paulo não decorrem de nenhum fator residente no "DNA" do PSDB e, sim, na situação peculiar de esse grupo político ser acobertado pela imprensa com a qual estabeleceu algum tipo de acordo. Sobre esse presumível acordo, aliás, devido ao fato de que os veículos que acobertam os tucanos serem verdadeiros impérios, imagina-se que só poderiam ser subornados com grandes somas que, pelo volume, só podem ser de dinheiro público.
Um bom indício de que dinheiro público é usado para calar a imprensa paulista está no escândalo da Nossa Caixa, que eclodiu em março de 2006. Descobriu-se que o governo de Geraldo Alckmin anunciava ilegalmente em meios de comunicação inexpressivos, alguns pertencentes a verdadeiros cabos eleitorais do PSDB, como era o caso da revista Primeira Leitura, fundada pelo tucano Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro de FHC, e, então, gerida pelo hoje blogueiro da Veja Reinaldo Azevedo, que passou a prestar ao PSDB serviços de pistolagem intelectual.
Tão dramático quanto, é o desastre na linha 4 do metrô paulista. Em janeiro de 2007, desabou obra de uma das estações entregue pelo PSDB ao Consórcio de empreiteiras Via Amarela. Esse desastre matou sete pessoas e desalojou centenas de suas casas e apartamentos. Uma rua inteira ruiu. Até hoje, cerca de um ano e meio depois, não se sabe absolutamente nada sobre o caso. A imprensa não pressiona as autoridades paulistas e o desastre ficou por isso mesmo. As vítimas, inclusive, não conseguem voz na imprensa de São Paulo para cobrarem o governo do Estado.
Mas o maior escândalo de todos, solenemente enterrado pela imprensa, está no caso dos cartões corporativos do governo paulista. Enquanto a mídia bate sem parar na tecla dos cartões do governo do Estado, acompanhando com enorme afinco as CPIs com finalidade político-eleitoral criadas na Câmara e no Senado, o fato de que os gastos do governo do Estado de São Paulo com esses cartões superam os do governo federal, simplesmente sumiu da imprensa. A bancada governista na Assembléia Legislativa paulista impediu investigação e Folha, Estadão e Veja, veículos paulistas, não dizem um A.
Com essa impunidade eterna dos malfeitos do governo de São Paulo, possibilitada pela imprensa paulista, vige em meu Estado uma situação de calamidade, em que o governo faz o que quer sem qualquer fiscalização ou cobrança. Por isso, São Paulo só faz piorar. Por isso, São Paulo, apesar de ser tão rico e desenvolvido, não melhora. Por isso, o povo paulista é tão ignorante politicamente, porque tem uma imprensa corrupta que o mantém alienado.
Escrito por Eduardo Guimarães às 10h32
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