quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Brasil, capital Água Fria

É LULA !!!!!!!!

Avenida Beberibe, 1979. Estamos em Água Fria, um subúrbio recifense que muitos julgam ser periférico. De frente para o que um dia foi o Cine Império, e hoje é vulgar supermercado, vai ser inaugurada uma agência do Banco Azteca. A primeira no Brasil do grupo mexicano. Multidão de homens, mulheres e crianças tomam conta do largo de Água Fria, como antes nos idos 60 invadiam o mesmo lugar para dançar e pular o frevo. Mas agora, nesta quinta-feira 27.3.2008, não vêm para o carnaval, nem muito menos prestigiar, "dar uma força", a inauguração de uma agência pequena, sem luxo. Esperam. Lula vem aí. Lula vem inaugurar o Banco. É para isso que se reúnem tantos, tantas e tantinhos, em curiosidade e aflição, que nem sabem os últimos resultados da pesquisa CNI/Ibope, mas transformam os 73% de aprovação em sentimento. A massa, esta massa periférica, sonha, carece de melhor vida, de dinheiro, como a senhora Suzana, gorda, de olhos rasgados de índia. - O que a senhora quer de Lula? eu pergunto.- O senhor é do grupo dele?- Não.... (vontade tenho de dizer "eu sou do seu grupo", mas me calo)- Eu quero 150 reais.- Pra quê?- Pra comprar mortadela, pão, carvão, guaraná, cerveja, queijo, milho, aí eu faço pamonha, .manguzá...- Isso tudo com 150 reais?!- É só uma ajuda. Eu já tenho o carrinho de vender lanche. É só uma ajuda....Ela aperta nas mãos uma folha de caderno dobrada, com o seu pedido, para o presidente do Brasil. Estamos do outro lado da cerca, formada por cavaletes de ferro que circulam todo o Largo de Água Fria. Repórteres passam e não se dignam a nos dirigir um olhar, a misericórdia de uma atenção. Como são importantes, como têm a consciência de que a sua importância está na razão direta do quanto se distanciem desta massa. Dos periféricos, nós, que estamos do outro lado da cerca, espremidos entre os pivetes e os cavaletes. Uma repórter, muito jovem, se dirige a duas autoridades, isso devem ser, porque são gordos, altos, brancos, e vestem ternos de xadrez. A sua fotógrafa se aproxima, e como não pode ficar o tempo todo acompanhando uma conversa que não lhe diz respeito, dá-lhe as costas, vai caminhar em um diálogo com o seu celular. Belas fotos teremos.Lula demora. Para uma inauguração marcada para as 15 horas, já são 16 horas. Rapazes com terno preto, em um calor de 38 graus, fazem a segurança. Rijos como estátuas, com o olhar vazio de bronze.- Desde que hora vocês estão aqui? – pergunto.- Desde 9 da manhã.- Com esse terno preto, debaixo deste sol?- É bronca.- Quanto a diária?- Vinte e cinco reais mais almoço.Noto que um supervisor lhe traz uma bala, de café. É bronca. De vez em quando, em um ponto da multidão, há gritos, aplausos. Os seguranças olham em direção ao tumulto. É apenas algum gaiato que anuncia, "chegou Lula". Cheguei às 14 horas e já são 16 e 20. Troco a posição dos pés, levanto um para me apoiar em um só. É pior. Se sair do meu lugar, aqui junto ao cavalete, perderei o assento, dos pés. Eu me pergunto como esses jovens se mantêm impassíveis desde as nove da manhã. 16 e 30. Há um alvoroço, há uma onda que me empurra, há uma corrente de eletricidade a passar por todos os corpos. Minha mulher, a fotógrafa, que faz sua estréia de máquina e de profissão, me desperta: os soldados da PM tomam posição de sentido.- Olha o batedor! Olha os batedores!Então vem um carro escuro, que entra pelo "portão" de cavaletes, e somente pára diante do que será o Banco Azteca.- Eu pensei que Lula fosse passar por aqui. Mas ele vai descer na frente da agência – falo.Uma senhora por trás me ensina: é ele não. Ele não faz isso não. Por isso mais tensos nos posicionamos. Súbito há um estouro, não de fogos, nem bem de boiada. Há um rumor que cresce, que se torna incontrolável, que mais lembra um orgasmo coletivo. Sofrido, querido e esperado. É Lula! É Lula! Todos gritam. As vozes competem entre si. Os berros se fazem ouvir mais alto, ensurdecedores e alto. Mulheres, meninos, homens chamam sua atenção, querem chamá-lo, e Lula não sabe exatamente para que lado do cercado de cavaletes se dirige. Na hora uma idéia tenebrosa me ocorre: se caísse um raio aqui, todos morreriam felizes. Mas essa idéia não atinge palavras. Lula, guiado pelo governador Eduardo Campos, vem para o nosso lado. É ele. A minha fotógrafa se esquece em absoluto de mim, o repórter, e avança para o círculo estreito onde todos, todas e todinhos querem tocar a mão do presidente. Aos gritos. Aos prantos. Aos empurrões. À força, ainda que contidos e reprimidos pelos jovens rapazes de negro. A última vez em que vi algo semelhante e parecido foi em 1965, no último dia de carnaval, neste Largo de Água Fria. Tocou Vassourinhas e não havia força humana que contivesse o gozo da multidão em fúria. Lembro bem A poeira subiu. Os gritos de libertação se gritaram com força. Uma felicidade, um desassosego, um dessufoco, se assim podemos escrever. Quando Vassourinhas foi anunciado como se anunciam os batalhões na guerra, e quando por fim num surto Vassourinhas avançou, subiu uma nuvem de violência no ar. Houve bombos, percussão intensa, mas não sabíamos se o baque pesado vinha dos bombos ou dos passos, dos muitos pés, pontapés, cotoveladas, golpes que homens e mulheres se davam. Toda aquela gente enlouqueceu, queria correr, mas não saía do lugar, porque estava cercada por todos os lados. Imaginem que aquela gente, cada homem, cada mulher, cada menino, todos queriam ainda assim abrir espaço à sua volta, e todos queriam isto a um só tempo.Assim como desta vez. Agora sem frevo, sem orquestra, sem metais. Desta vez a multidão delira como se estivesse diante de um astro pop. O presidente passa para as pessoas a idéia de um santo, porque tem poderes para ajudar os que padecem, e de fascínio, porque mostra como um homem do povo consegue ser bonito e importante. Por isso as mulheres gritam, "É Lula!... Lula, meu lindo!", por isso os homens lhe apertam a mão, com força e calor, por isso os meninos levantam a cabeça, todos os meninos levantam a cabeça. O Largo de Água Fria explode, mesmo sem fogos, somente com o fogo dessa gente, que eu pensava que só se embriagava de álcool e frevo. É Lula.Uma vez na vida eu vi: Brasil, capital Água Fria.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Mentalidade Paulistana


Fonte: Cidadania

Mauro Carrara

Conforme costume antigo, costumo visitar velhos amigos em dias de eleição. Perambulo pela cidade à procura do "espírito" da eleição, pois, sim, cada uma tem o seu, das barbadas aos prélios mais renhidos.Desde cedo, notei certa tendência de defecção nos redutos "progressistas". Havia nos fundos do Tucuruvi um jovem negro, em trajes de grife surfe, distribuindo discretamente santinhos de Kassab. Vejam bem, ele não fazia campanha para um candidato à vereança, mas para o majoritário. Só.O rapaz é estudante do terceiro ano do segundo grau, comprou recentemente seu primeiro computador, a crédito. O pai é vigia (conseguiu carteira assinada há três anos) e a mãe é diarista. Ele atualmente não trabalha regularmente. Nos fins de semana, atua como assistente de som em bailes na região dos Jardins. É o típico emergente da nova classe C.João (vamos chamá-lo assim) afirma que o governo Lula "acostuma mal os vagabundos" com o Bolsa Família. A mãe sempre votou em Marta, mas o pai costuma odiar qualquer petista. "Meu velho não quer saber do casamento gay em São Paulo, nem eu", sentencia, alisando a sobrancelha.Mais tarde, encontro-me na região do Jardim Aricanduva, na Zona Leste. Márcia (vamos chamá-la assim) come uma coxinha num bar próximo a uma escola estadual. Vai votar em seguida.Tem uma colinha de Kassab (DEM) e de um candidato a vereador do PSDB.- Vai votar em quem?- Dessa vez é no Kassab – revela a moça, que graças ao crescimento da renda familiar (ela e dois irmão conseguiram emprego nos últimos três anos) pôde matricular-se numa faculdade privada.- Por que nele?- É o menos pior...- E pra vereador?- Voto é segredo. Mas vai ser no PSDB. Um amigo da faculdade me indicou. É um cara que escreveu vários livros de auto-ajuda.- É o Chalita (ex-secretário estadual de educação)?- A gente precisa de pessoas cultas na Câmara. Esse aí é o melhor escritor do Brasil.- O que você já leu dele?- Ainda não li, porque não tenho tempo. Mas esse meu amigo diz que é muito bom.- A Marta era mais forte por aqui, não era?- Era, mas ela fez o apagão aéreo e mandou o povo gozar depois do estupro. Tem como uma pessoa passar uma hora, uma hora e meia, esperando o avião?- Como?- O povo ficar horas esperando o avião...- É chato mesmo – respondo. – Mas você já viajou de avião? – indago.- Nunca. O mais longe que fui na vida foi para Mongaguá (litoral sul).- Entendo. E o trânsito em São Paulo?- Péssimo. Entre metrô e ônibus, fico umas 4 horas e meia no transporte, todo dia. Não anda.- E de quem é a culpa?- Sei lá... Tem muito carro na rua. Precisava fazer alguma coisa.- E você não acha que o Kassab tem alguma responsabilidade nisso?- (silêncio)... Não sei. Não parei para pensar.- Isso afeta sua vida, não?- Muito, mas a gente tem que lidar com isso...Quase cinco da tarde, na região dos Jardins. O filho de um amigo chega da votação com três colegas. O rapaz é o único que votou em Marta Suplicy. Dos colegas, dois preferiram Kassab. O outro votou em Geraldo Alckmin.- Na verdade, eu e toda minha família somos malufistas, mas o Kassab é o único que pode ganhar dessa "vaca" da Martaxa – diz Paulo (vamos chamá-lo assim), exaltado.- Sim, as taxas devem ter prejudicado muito sua família... – pondero.- Meu pai fez a empresa dele sem ajuda de ninguém. A gente ta cansado de pagar os impostos que o PT inventou. Cada dia tem um imposto novo.- Que imposto novo?- Vários.- Mas quais?- Vários. Tudo para sustentar vagabundo nordestino. E olha que eu não sou nem um pouco racista. Tenho até amigo japonês, negro, de todo tipo. Mas com esse negócio de bolsa, o cara se acostuma a não trabalhar e fica tomando cachaça o dia inteiro. É preciso ensinar o cidadão a pescar, e não dar o peixe.- Mas o Bolsa Família está integrado a vários projetos de promoção e inclusão. Tem a contrapartida educativa... – tento argumentar, quando sou interrompido.- Tem nada. Isso aí é coisa da mídia que o Lula comprou.- Mas a mídia costuma ser contra o presidente – afirmo.- Nada disso. O senhor viaja muito, pelo que eu sei, não é? Aqui, eles inventam pesquisa para dizer que a vida do povão melhorou. Melhorou nada.- Mas e os dados do Ipea, do IBGE?- Eu estudo Administração. Isso é tudo mentira.- Quer dizer que o país não melhorou em nada?- Esse semi-analfabeto deu sorte. Aproveitou o Plano Real e o crescimento da China... Agora, quero ver. Estou só esperando para ver o que vai acontecer. E vou dar risada.- Mas o país não estava muito bem em 2.002 – intervenho.- O PT é o "partidão", não é?- Não que eu saiba – respondo.- É sim... Eu abri os olhos de muito colega sobre esse comunismo disfarçado aí... Nessa eleição, eu convenci muito petista a votar no Kassab.- Quem?- O nosso motorista, o jardineiro que vai lá em casa...Já são 18h20... Alguém grita do interior da casa: "o Kassab está ganhando". Os três jovens urram de prazer. Está se iniciando a longa noite até o segundo turno.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

ATENÇÃO !!!!

Fonte: Desabafo
Abra o olho eleitor, cuidado com o PIGC-Partido da Imprensa Golpista e Corrupta: Rede Globo, Veja, Estadão, Folha de São Paulo, SBT, Rede Record, RedeTV, CBN, Rádio Globo, Jornal O Dia, Jornal do Brasil, Estado de Minas...
FRASE DO DIA: "O Ibope é composto “por criminosos que devem ser banidos da vida pública do Brasil”." - Luiz Carlos Hauly - candidato tucano em Londrina - Paraná

Reflexão

De que lado vc esta??Do lado daqueles que governaram o Brasil oprimindo o povo Brasileiro? Ou daquele que olhou para os miseráveis e a classe trabalhadora? Dos empresários da Avenida Paulista? Ou do Operário presidente?

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Editorial do jornal fala em recordes do presidente

Fonte: Os Amigos do Presidente Lula

Uma matéria que parecia impossivel até bem pouco tempo atrás, hoje pode ser vista e lida no editorial do jornal O Estado de S.Paulo. Mudou o jornal? Bem possível. Mas não porque aderiu ao "Lulismo" como a impresa gosta de dizer. Mudou para não perder leitores e os anunciantes. Publico na integra o texto do editorial, para seus comentários.Os recordes do presidenteO céu parece ser o limite para a aprovação ao governo Lula e a avaliação positiva da figura do presidente da República. Nos dois quesitos, os índices favoráveis aumentam de pesquisa para pesquisa, como mostram os três levantamentos diferentes realizados no decorrer de setembro. Conforme o instituto, a satisfação com o governo ou não tem precedentes desde que esse tipo de sondagem começou a ser feito sistematicamente no Brasil ou só é menor, por apenas 3 pontos porcentuais, do que os 72% obtidos pelo governo Sarney em 1986, no auge do Plano Cruzado.Não é só que nunca antes neste país se viu coisa igual: com toda a probabilidade, Lula deve ser o dirigente mais popular do mundo, ao menos entre os países democráticos. E isso depois de 5 anos e 9 meses no poder, um período suficientemente longo para os governados passarem a dar sinais de cansaço com os seus governantes.As razões para a Lulolatria são conhecidas - os êxitos na economia, os avanços na área social e a onipresença pública de um presidente cujas origens e estilo, em síntese, levam a grande maioria da população a considerá-lo “um de nós”. Lula explora admiravelmente esse sentimento. Para citar o mais recente de uma infinidade de exemplos do gênero, em um dos seus últimos discursos, num comício do PT, Lula explicou por que não lhe faz falta um diploma universitário para conduzir uma nação. “Eu tinha o maior conhecimento que um político tem que ter”, argumentou. “Eu tinha e tenho exatamente o sentimento da alma do povo brasileiro.Sei exatamente o que sentem as pessoas.” Não se pode subestimar, em todo caso, outro motivo para o encantamento com ele e o seu governo: o otimismo em relação ao futuro da economia, prolongando até onde a vista alcança o “momento mágico” em que vive o País.Somente 9% dos entrevistados na terceira daquelas pesquisas, a do Ibope, acham que sua renda diminuirá nos próximos 6 meses. No levantamento anterior da série, os pessimistas eram 16%. O padrão se repete quando dos prognósticos sobre a tendência do nível de emprego e a evolução dos preços. E é nítido o nexo entre as expectativas em alta e o aumento da aprovação às políticas antiinflacionárias e de combate ao desemprego. As pessoas em geral talvez não consigam dizer no que consistem essas políticas, mas têm a experiência própria a guiar a sua percepção - e a confiança nas palavras radiosas do presidente que, afinal de contas, não as desapontou com a promessa do espetáculo do crescimento. Lula utiliza à farta o seu patrimônio de credibilidade para acenar com o advento de uma realidade muitas vezes mais empolgante - a redução radical da pobreza a ser proporcionada pelos fabulosos recursos do petróleo do pré-sal - que o governo dá como assegurados.Monopolizando a interlocução com o povo, o presidente sabe que não ecoam as vozes dos que advertem para os riscos de contar com o bilhete premiado quando o sorteio ainda não ocorreu. Também por isso há de confiar em que o debate público que preconiza para a definição do modelo de exploração das jazidas dificilmente produzirá um resultado que colida com as suas inclinações a respeito. Lula, em suma, detém a hegemonia política - no sentido amplo que a ciência política dá ao termo.Ela só não se exerce como ele decerto desejaria quando está em jogo a decisão de voto nas eleições municipais de domingo. Numa eloqüente manifestação de maturidade, o eleitorado demonstra que não se deixará conduzir à urna eletrônica pelas mãos do presidente, ainda que o consagre e louve a sua gestão. Solicitados pelo Ibope a apontar os fatores que mais levarão em conta para se decidir, os entrevistados relegaram ao sétimo lugar, com apenas 8% das menções, o apoio de Lula a esse ou aquele candidato.Isso recomenda encarar com sobriedade a crença no milagre da transferência de votos. Se Lula, que dirá de outros, tivesse poderes para eleger “um poste”, principalmente em disputas locais cujo desfecho o eleitor sabe que afetará de perto o seu dia-a-dia, os seus preferidos nas maiores cidades - nenhum deles um poste, por sinal - teriam todos assegurada a vitória já no primeiro turno. A grande questão é saber se a popularidade de Lula, a manter-se até lá, decidirá a sua sucessão em 2010.-EDITORIAL- O Estado de S. Paulo

E ainda falando no seu Gilmar Dantas Mendes, lembrei-me das palavras do juiz Fausto De Sanctis, quando disse em entrevista à revista Época, publicada no sábado, que foi pressionado pela desembargadora Suzana Camargo para voltar atrás no pedido de prisão preventiva do banqueiro Daniel Dantas, nos dias que se seguiram à deflagração da operação Satiagraha, da Polícia Federal.Alguém de vocês leram ou ouviram alguma entrevista de Gilmar Mendes na mídia desmentindo o Juiz De Sanctis? . Nem eu.Ontem, o juiz Fausto De Sanctis voltou a falar, sem dar nomes, disse que vai aguardar o fim das investigações sobre grampos para tomar as "providências necessárias", inclusive na Justiça, "contra aqueles que tentaram atingir a minha honra". A desembargadora Suzana Camargo, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, arrastou Sanctis para o meio do furacão ao dizer que ouvira dele que o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, estava sendo monitorado.


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Dizem por ai que Gilmar Mendes já está com a caneta na mão e, vai fazer plantão de vinte e quatro horas para atender prontamente o pedido do advogado do banqueiro Daniel Dantas em Nova York, Philip Korologos, que enviou uma carta à secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, para pedir "qualquer ajuda que o Departamento de Estado possa oferecer" para tentar "destruir todos os relatórios existentes, arquivos ou outros documentos criados pela Polícia Federal ou qualquer braço do governo federal brasileiro" e que contenham dados relativos ao seu escritório de advocacia.Os dados integram o inquérito da Operação Satiagraha, desencadeada pela PF em julho passado, e que levou Dantas à prisão por duas vezes.A estratégia da defesa de Dantas é alegar que a PF feriu o sigilo de comunicação entre advogados americanos, que seria assegurado por lei nos EUA. Não há notícia de que a carta tenha sido recebida ou respondida por Condoleezza.Segundo conta o jornal Folha de S.Paulo, a voz de Korologos foi interceptada com ordem judicial pela Satiagraha quando ele conversava com a advogada brasileira Danielle Silbergleid Ninio. Eles falavam sobre um suposto pedido de suborno para que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) retirasse processos administrativos contra o grupo financeiro.Segundo a transcrição feita pela PF, a advogada do Opportunity diz, em junho: "Demos duro na FCC brasileira -Anatel-para encerrar todos os processos administrativos e eles disseram que os retirariam se nós pagássemos algum dinheiro para eles, mas para os processos criminais fica mais difícil".


quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Planalto foi quem mandou investigar Dantas, afirma Protógenes

Com essa declaração, que deveria ser dita mais cedo, Protógenes desfaz boa parte dos boatos de que o Planalto estaria encobrindo o caso.A afirmação foi em depoimento ao Ministério Público, de que a operação Satiagraha foi aberta por determinação da Presidência da República ao então diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda.O ponto de partida da investigação foram informes repassados ao Planalto pela Abin (Agência Brasileira de Investigação). Protógenes não revelou o nome de quem teria dado a ordem.Paulo Lacerda dá uma versão um pouco diferente. Por meio de sua assessoria, disse que a Satiagraha é um desdobramento da Operação Chacal que, em outubro de 2004, apreendeu computadores na sede do Banco Opportunity, de Dantas.Em 2004, quando começou a apuração, Dantas estava em pé de guerra com o governo, em meio à disputa que travava com fundos de pensão estatais pelo controle da Brasil Telecom. Para tentar demover o governo, Dantas tentou corromper o governo pelas beiradas, na época, financiando aliados com caixa-2 (o famoso "mensalão"), sem obter sucesso.À época, foi acusado de ter mandado grampear integrantes do primeiro escalão, sendo de conhecimento público a violação de emails de Luiz Gushiken, que tinha muitos contatos e influência junto aos diretores dos fundos de pensão, na época.Esse fato é que teria deflagrado a operação Chacal, precedente à Satiagraha.Paulo Lacerda deve voltar em breve ao seu posto na ABIN, assim que a investigação for concluída, passando-lhe mais um atestado de honestade.LULA GRAMPEADO DEU QUEIXA À POLÍCIA - GILMAR DEU QUEIXA "DA" POLÍCIAVejam só que curioso:O Planalto quando sofreu grampos ilegais de Dantas, deu queixa à Polícia Federal.Um certo presidente do STF, quando "supostamente" sofreu o mesmo, deu queixa CONTRA a Polícia Federal.PROTÓGENES APÓIA CANDIDATO DO PT EM POÇOS DE CALDASQuebrando a sequência de apoios aos candidatos do PSOL, Protógenes apoiou o candidato do PT em Poços de Caldas (MG), Paulo Tadeu Silva D'Arcádia.Num depoimento de 29 segundos (veiculado no horario eleitoral à noite), o delegado disse que levava apoio e solidariedade ao candidato, lembrando que ele havia se empenhado para a instalação de uma delegacia da PF na cidade, quando ocupou a prefeitura (2000-2004).Assim, o delegado começa a revelar habilidade política em abrir o leque de apoios partidários, apesar da incoveniência de misturar campanha política com as polêmicas que envolveram o delegado com seus superiores, enquanto não ficar claro o que de fato aconteceu nos bastidores da Polícia Federal, assunto sobre o qual Protógenes ainda não esclarece.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Estamos assistindo esse filme!

Fonte: Os Amigos do Presidente Lula
“Um homem vivia à beira da estrada e vendia cachorro-quente. Não tinha rádio e, por deficiência de visão, não podia ler jornais. Em compensação, vendia bons cachorro-quentes.Colocou um cartaz na beira da estrada, anunciando a mercadoria, e ficou por ali, gritando quando alguém passava : “Olha o cachorro-quente especial !”E as pessoas compravam. Com isso, aumentou os pedidos de pão e salsichas, e acabou construindo uma boa mercearia. Então, ao telefonar para o filho, que morava em outra cidade, e contar as novidades, o filho lhe disse:- Pai , o senhor não tem ouvido o rádio ? Não tem lido jornais ? Há uma crise muito séria, e a situação internacional é perigosíssima! Diante disso o pai pensou: - “Meu filho estuda na Universidade, Ouve rádio e lê jornais, portanto, deve saber o que está dizendo!”E reduziu os pedidos de pão e salsichas, tirou o cartaz da beira da estrada, e não ficou ali, divulgando seu cachorro-quente.As vendas caíram do dia para noite. Então, ele ligou para seu filho e disse: “ Você tinha razão, a crise é muito séria!” (Autor desconhecido